Finanças prometem a Bruxelas “contas certas” no OE2022

Num momento em que vai ter de negociar à esquerda, o Governo enviou um draft à Comissão Europeia onde reitera a importância das "contas certas". Leão não abre mão do défice de 3,2% do PIB em 2022.

Desde a apresentação da proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022) que tanto o primeiro-ministro como o ministro das Finanças têm feito o discurso das “contas certas” para consumo interno, avisando os partidos à esquerda que as suas reivindicações não se podem sobrepor à sustentabilidade das finanças públicas. O mesmo discurso é repetido em Bruxelas no esboço orçamental para 2022 entregue à Comissão Europeia: “O Governo português reitera o compromisso para com as contas públicas responsáveis”.

Limitar o crescimento da despesa pública, em particular a que tem caráter permanente, é uma premente preocupação do Ministério das Finanças“, lê-se no documento que resume o OE 2022 para a Comissão Europeia, uma obrigação de todos os Estados-membros uma vez que o executivo comunitário terá de dar o seu parecer. Numa altura em que tem de negociar mais cedências à esquerda, João Leão reafirma assim a sua intenção de manter as “contas certas”.

Já na passada sexta-feira, em entrevista ao ECO, sinalizou que nas negociações não irá abrir a mão do défice orçamental de 3,2% do PIB que definiu para o próximo ano. A previsão do défice é “importante porque é o cenário de referência em todas as análises [externas] sobre o país e mesmo internamente”, frisando que nos últimos seis anos houve “a preocupação” de não o alterar. Porém, é de notar que, ainda que não se saiba o seu valor, a proposta do OE já contém uma “folga” negocial para a fase de especialidade.

Também na semana passada, António Costa deixou claro de que não abdica das “contas certas” na negociação do Orçamento. “Não é este objetivo [de contas certas] que nos impedirá de, na medida certa, aumentarmos o rendimento das famílias, subir o investimento e aliviar a carga fiscal”, garantiu António Costa, insistindo que é preciso manter as “contas certas, continuando a diminuir o défice e a dívida pública”. O primeiro-ministro alertou que “não podemos achar que um Orçamento é uma moeda que não tem duas faces”. “Tem duas faces: a face da receita e da despesa, mas tem a face também do saldo dessa receita e dessa despesa”, concretizou.

No documento enviado à Comissão Europeia, o Ministério das Finanças deixa ainda mais garantias de que as finanças públicas estão controladas, mesmo num ano em que o limite do défice imposto pelas regras orçamentais europeias continuará a não aplicar-se. Houve “sempre a preocupação em conceber medidas de política de caráter temporário, evitando aumentos de despesa de natureza permanente, condição necessária para a sustentabilidade orçamental que se pretende imprimir nos próximos anos“, recorda Leão a Bruxelas, assumindo que a política orçamental de 2022 será “pautada pela retração da vasta maioria das políticas públicas transitoriamente implementadas no âmbito do combate à COVID-19″.

O equilíbrio orçamental é um desiderato central na criação de novas medidas de política, evitando que se gerem desfasamentos entre reduções de receita e aumento de despesa, pelo que neste exercício orçamental se projeta que o peso da despesa permanente em rácio do PIB se reduza, acompanhada de um quadro fiscal pautado pela estabilidade e previsibilidade“, acrescentam ainda as Finanças. As contas do Governo apontam para uma redução do rácio da despesa pública de 49,1% do PIB em 2021 para 46,7% do PIB em 2022.

O ministro das Finanças reafirma também a intenção de alcançar um défice abaixo de 3% em 2023, no próximo e último Orçamento do Estado desta legislatura, e o rácio da dívida pública mais baixo. “A perspetiva orçamental de médio prazo aponta para a retoma da trajetória de redução da dívida pública em percentagem do PIB já em 2021”, compromete-se o Governo, assegurando que “Portugal está, portanto, empenhado em manter uma estratégia prudente de gestão de dívida“. A previsão aponta para 126,9% do PIB em 2022 e 122,8% do PIB em 2022.

Mão de Leão agrava carga fiscal e défice em 2022

Apesar deste discurso, a comparação das previsões entre o cenário em políticas invariantes e o cenário já com as medidas do OE mostra que o Governo já cedeu alguma coisa à esquerda. É isso que sugerem os números do saldo orçamental: apenas contabilizando as medidas já legisladas, o défice seria de 2,6%; com as medidas propostas pelo Governo no OE2022, o défice agrava-se em seis décimas e passa a ser de 3,2%. É esse o impacto líquido negativo das medidas onde se inclui o desagravamento fiscal no IRS, o aumento extraordinário das pensões e o crédito fiscal ao investimento, entre outras medidas.

Menos expectável é que num Orçamento em que o discurso do Governo passa pelo alívio fiscal, principalmente para a classe média e os jovens, a carga fiscal se agrave com as medidas novas (34,2% do PIB) em comparação com o previsto em políticas invariantes (34,1% do PIB). Porém, a diferença é de apenas uma décima, de acordo com as contas do Governo entregues a Bruxelas. Além disso, face a 2021 (34,9% do PIB) apresenta nas duas situações uma descida.

Acresce que os dados sugerem que este aumento vem dos impostos sobre a produção e a importação, como o IVA, e não dos impostos sobre o rendimento e a propriedade (IRS, por exemplo), cujo peso no PIB desce no cenário que contempla das medidas do Governo.

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Tecnológicas dão a volta a Wall Street após arranque negativo

Investidores em Wall Street deixaram para trás as más notícias sobre o crescimento económico chinês com a ajuda do bom desempenho das big tech, como Apple e Facebook.

Wall Street começou a sessão com o pé esquerdo, por causa das notícias desfavoráveis sobre o crescimento chinês, mas deu a volta com a ajuda do setor tecnológico.

O S&P 500 e o tecnológico Nasdaq valorizaram 0,34% e 0,84%, respetivamente, enquanto o industrial Dow Jones não evitou as perdas e fechou em baixa de 0,10%.

Com a notícia de que a China cresceu ao ritmo mais lento do último ano no terceiro trimestre, as bolsas dos EUA arrancaram a semana em baixa, mas o designado grupo FAANGFacebook, Apple, Amazon, Netflix e Google (Alphabet) — ajudaram a mudar o sentimento.

A Apple somou 1,18% para 146,55 dólares, no dia em que apresentou novos computadores MAC com processadores mais potentes.

O Facebook, que tem estado sob pressão, também acelerou 3,26% para 335,34 dólares, beneficiando de notícias positivas como a criação de 10 mil postos de trabalho na Europa.

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Portugal quer levar 100 empresas ao maior palco industrial do mundo

Portugal é o país parceiro da próxima Hannover Messe, a maior feita industrial do mundo. Pequenas e médias empresas vão receber apoio para participar.

Ser o ator principal no palco principal da maior feira industrial do mundo, poder abrir novos mercados e estabelecer parcerias. É esta a vantagem de ser o país-parceiro da Hannover Messe, segundo os seus responsáveis. Para o aproveitar, Portugal quer ter 100 empresas no certame e acena com apoios para as PME.

Portugal vai estar na Hannover Messe 2022 com quatro pavilhões: um pavilhão central com 1.300 m2 e três pavilhões satélites de 200 m2 cada, perfazendo um total de 1.900 m2.

A presença portuguesa, sob o mote “Portugal Makes Sense”, terá três áreas de aposta: Engineered Parts & Solutions, Energy Solutions e Digital Ecosystems. Estarão representados os setores dos equipamentos e metalomecânica, da mobilidade, dos setores automóvel e aeronáutico, dos têxteis e plásticos técnicos, dos moldes, das tecnologias de produção, das tecnologias digitais e das energias renováveis.

Luís Castro Henriques, presidente da AICEP, traçou o objetivo de ter 100 empresas portuguesas presentes na feira que se realiza entre 25 e 29 de abril. Para já estão inscritas 80. O responsável salientou a importância de as empresas investirem na sua presença e para as PME haverá 1,2 milhões em apoios financeiros, ainda a serem ultimados. Ao todo, a presença portuguesa na feira deverá custar entre 4 e 5 milhões de euros.

Um investimento que, para o ministro da Economia, tem retorno garantido. “A atenção mundial será uma oportunidade para comunicar o ecossistema da indústria, os nossos centros de desenvolvimento, as nossas start-ups e as capacidades do nosso talento e da nossa engenharia”, afirmou Pedro Siza Vieira na conferência realizada ao final da tarde na residência do embaixador alemão, Martin Ney.

“É um testamento da confiança que as autoridades alemãs põem no nosso país e um reconhecimento do caminho que a indústria portuguesa tem feito” em áreas como a tecnologia, as energias sustentáveis e a descarbonização”, acrescentou o ministro da Economia.

Setphen Weil, ministro-presidente da Baixa Saxónia, sublinhou que a Hannover Messe 2022 marcará o regresso da feira, depois da interrupção de dois anos por causa da covid-19. “Será um recomeço e uma oportunidade para perceber quais são as perspetivas da indústria depois da pandemia. Portugal terá um palco para se apresentar nesta fase tão importante”, destacou.

A participação portuguesa na Hannover Messe 2022 é coordenada pela AICEP e coorganizada com a AIMMAP e a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã. As inscrições das empresas são feitas junto da AIMMAP.

Para a escolha de Portugal contribuíram os casos de sucesso de investimento em Portugal de grandes empresas, como a Siemens ou a Bosch, sublinhou o embaixador da Alemanha em Portugal. “As grandes empresas já sabem que Portugal é um bom parceiro. As outras empresas também têm de saber”, afirmou Luís Castro Henriques, reforçando o “call to action” para o envolvimento do tecido económico português.

“Estamos convencidos que a pandemia está para trás e em abril vamos ter uma grande feira e um grande palco para Portugal”, rematou Jochen Koeckler, presidente do conselho de administração da Deutsche Messe, salientando a oportunidade para fazer novos negócios e estabelecer novas parcerias.

Foi há um ano que o embaixador da Alemanha em Portugal, Martin Ney, e o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, anunciaram que Portugal seria o país parceiro da Hannover Messe em 2022. Já com 75 anos de existência, a feira ocupa uma área de 40 hectares. China, França, Coreia do Sul, Polónia, México e EUA são alguns dos países que foram parceiros nas edições anteriores.

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Altice inicia negociações com sindicatos com proposta de aumentos salariais entre 0,5% e 1%

  • Lusa
  • 18 Outubro 2021

A proposta da Altice prevê aumentos de 1% para quem ganha até 760 euros e de 0,5% para quem ganha entre 761 e 2.000 euros.

A Altice Portugal apresentou esta segunda-feira aos sindicatos uma proposta de aumentos salariais entre os 0,5% e 1%, mas os representantes dos trabalhadores consideraram insuficiente e reivindicaram aumentos entre os 60 e os 40 euros.

A proposta foi apresentada pelo representantes da empresa na primeira sessão de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para a Altice Portugal e empresas do grupo.

Jorge Félix, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Altice (STPT) disse à agência que a proposta da empresa ainda não foi apresentada por escrito, mas que esta afirmou que não pretende alargar o âmbito do ACT a novas empresas do grupo.

A proposta da Altice prevê aumentos de 1% para quem ganha até 760 euros e de 0,5% para quem ganha entre 761 euros e 2.000 euros.

Para os trabalhadores com salários acima dos 2.000 euros não estão previstos aumento por parte da empresa.

Os seis sindicatos presentes na mesa de negociações reafirmaram a sua proposta reivindicativa conjunta, e desafiaram a empresa a evoluir na sua posição na próxima reunião negocial, marcada para dia 25 de Outubro.

A proposta da ‘Frente Sindical’ prevê um aumento para todos os trabalhadores, entre os 60 e os 40 euros, consoante o valor do salário base e a fixação do salário mais baixo da empresa nos 850 euros.

A melhoria dos critérios da avaliação de desempenho, das progressões e promoções são outras das reivindicações dos sindicatos.

Os aumentos salariais que vierem a ser definidos nesta negociação entram em vigor a 1 de Janeiro de 2022.

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Letónia anuncia confinamento de quatro semanas para travar pico de casos

  • ECO
  • 18 Outubro 2021

País tem uma das mais baixas taxas de vacinação na União Europeia. Primeiro-ministro pediu desculpa a quem já se vacinou e terá de confinar novamente até 15 de novembro.

A Letónia anunciou um confinamento obrigatório de quatro semanas, entre 21 de outubro até 15 de novembro, para travar o aumento das infeções num dos países com mais baixa taxa de vacinação na União Europeia.

“O nosso sistema de saúde está em perigo… A única forma de sairmos desta crise é sermos vacinados”, apelou o primeiro-ministro letão, Krisjanis Karins, depois de se reunir com o seu executivo de emergência. Karins culpa os baixos índices de vacinação pelo pico de hospitalizações derivadas da Covid-19.

Apenas 54% dos adultos letões estão totalmente vacinados, bem abaixo da média de 74% da UE, segundo os dados de Bruxelas.

“Tenho de pedir desculpas ao que já estão vacinados”, afirmou Karins, anunciando que as lojas, restaurantes e espaços culturais e entretenimento vão ter de encerrar, mantendo-se abertos os serviços apenas essenciais. Os letões terão de cumprir recolher obrigatório entre as 20h00 e as 5h00.

A maioria das empresas terá de funcionar em teletrabalho, sendo que apenas os setores industrial, da construção e dos serviços essenciais poderão continuar em trabalho presencial.

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Seguradoras vs. EIOPA: Novo modelo de reporte vai onerar consumidores

  • ECO Seguros
  • 18 Outubro 2021

EIOPA propôs alterações nos reportes de informação à Supervisão. A sobrecarga resultará em custos que serão passados para os consumidores, alerta a federação europeia de seguradores.

A Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma (EIOPA), organismo europeu de regulação do setor segurador, propôs alterações aos relatórios de supervisão e documentos que são de divulgação pública. As propostas do regulador têm em conta algumas preocupações levantadas pela indústria no passado, mas a Insurance Europe, organização que agrega associações nacionais (incluindo a APS), considera que as alterações propostas “são desproporcionadas e resultarão em novos encargos administrativos e custos excessivos para as seguradoras” que, em última análise, considera, “acabariam por ser transferidas para os consumidores.”

Embora saudando algumas das alterações propostas pelo Supervisor, a federação de seguros afirma que, na sua maioria, as mudanças são desnecessárias nos atuais modelos trimestrais de reporte (QRTs – Quantitative Report Templates) e colocariam um encargo administrativo adicional significativo para as seguradoras, “sem um benefício claro para os segurados”.

Aumentando significativamente os custos para as seguradoras, a sobrecarga de reportes resultaria, por exemplo, na necessidade de as seguradoras reservarem recursos significativos para implementar, testar e validar as alterações necessárias nos seus sistemas de TI.

A EIOPA deve limitar quaisquer alterações ao pacote de informação às que são absolutamente necessárias para desempenhar as suas funções de supervisão. Além disso, o prazo proposto pela EIOPA para essas alterações é demasiado curto, argumenta a Insurance Europe em comunicado.

Por outro lado, reforça a patronal setorial, as alterações devem ser efetuadas no âmbito da revisão mais ampla atualmente em curso no normativo europeu Solvência II, e não através de uma abordagem fragmentada que conduzirá a múltiplas alterações num curto espaço de tempo, agravando ainda mais os custos.

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Sun Life compra DentaQuest por 3,1 mil milhões de dólares canadianos

  • ECO Seguros
  • 18 Outubro 2021

DentaQuest é a 2ª maior prestadora de cuidados de saúde dentária nos EUA, contando 33 milhões de beneficiários. A transação representa a 1ª grande aquisição do grupo canadiano em 20 anos.

A canadiana Sun Life Financial acordou a compra da DentaQuest por 3,1 mil milhões de dólares canadianos (cerca de 2 146 milhões de euros). A transação, acordada através da subsidiária nos EUA e supondo pagamento de parte em dinheiro (fundos próprios) e o restante financiado por dívida, deverá estar concluída na primeira metade de 2022.

Afirmando tratar-se de uma aquisição de interesse estratégico, a canadiana mais do que duplica o negócio de benefícios de saúde que desenvolve nos EUA, fortalecendo igualmente a sua posição no mercado de planos de saúde de coletivos.

“Estamos entusiasmados com a aquisição da DentaQuest e com o reforço da nossa posição de liderança na área dos benefícios dentários dos EUA”, disse Kevin Strain, presidente e CEO da Sun Life. “A DentaQuest é uma líder da indústria orientada por valores, dedicada a melhorar a saúde oral, com enfoque nas populações mal servidas e no acesso aos cuidados dentários. A soma da DentaQuest é consistente com a estratégia de nos concentrarmos na saúde e nos benefícios de grupo nos EUA,” complementou Strain citado num comunicado da companhia.

A DentaQuest, fundada em 2001 e sediada em Boston, serve uma carteira de 33 milhões de utentes, emprega 2400 pessoas e está presente em 36 estados norte-americanos, sendo atualmente considerada a maior prestadora de cuidados dentários do programa Medicaid, a crescer no Medicare Advantage e a conquistar beneficiários do Affordable Care Act (ACA, também conhecido por lei “Obamacare”).

O negócio, que no primeiro exercício completo após integração, acrescentará cerca de 100 milhões de dólares americanos à receita anual do grupo canadiano nos EUA, representa a primeira grande aquisição da Sun Life, desde a compra da Clarica Life Insurance, em 2002, por 5,8 mil milhões de USD, assinala um artigo da Reuters.

Na sequência da aquisição, o CareQuest Institute for Oral Health (CareQuest Institute), entidade sem fins lucrativos e considerada casa-mãe da DentaQuest, vai rever a sua estratégia para responder a novas prioridades, continuando a colaborar estreitamente com a Dentaquest e a Sun Life.

Ainda, segundo a seguradora canadiana, o instituto vai aplicar parte do encaixe financeiro em programas e iniciativas que permitam expandir a sua missão de “promover um sistema de saúde oral mais acessível, equitativo e integrado, em particular junto das comunidades menos bem servidas.”

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Mudança climática e cibernética encabeçam lista de riscos globais da próxima década

  • ECO Seguros
  • 18 Outubro 2021

Depois de, em 2020, ter cedido à pandemia a 1ª posição entre ameaças globais mais percecionadas, o Clima reassume estatuto de risco mais preocupante para o mundo no horizonte de uma década.

Embora a pandemia de Covid-19 continue como ameaça mais importante em certas regiões do mundo e constitua fator determinante de incerteza da evolução global, as alterações climáticas regressaram ao primeiro lugar do Future Risks Report 2021, a 8ª edição estudo realizado pela Axa, em parceria com a Ipsos e a consultora Eurasia Goup.

O estudo traça o panorama dos grandes riscos do futuro com base em inquérito a um painel de 3 500 especialistas e 20 mil pessoas do grande público. Apesar da crise sanitária que, corrobora o documento, “terá impacto duradouro” na perceção das pessoas e 70% dos inquiridos afirmarem vulnerabilidade por exposição a doenças infeciosas, substâncias tóxicas e doenças crónicas, a pandemia desce ao terceiro lugar nesta edição. No futuro pós-pandémico, serão temas relevantes a saúde mental, a proteção de dados e o tópico “envelhecimento”.

Cerca de dois meses da próxima cimeira sobre Alterações Climáticas, em Glasgow (COP26), a Axa – uma das seguradoras globais mais ativas no alinhamento (institucional e operacional) com as metas ambientais, afirma no seu relatório: “os riscos associados à mudança climática retomam o seu lugar no topo da lista. A tomada de consciência é mais forte na Europa onde os peritos e o grande público colocam, mais uma vez, esse risco no topo das suas preocupações.” Na Ásia Pacífico e no Médio Oriente é o terceiro risco e, em África, onde a pandemia se mantem como principal ameaça, o clima é quarta ameaça mais séria na tabela de riscos.

O relatório salienta forte inquietação quanto ao risco cibernético, num contexto de explosão de ataques informáticos e de aceleração da transformação digital da sociedade. Pela primeira vez, o risco cibernético é nº1 nos EUA, ocupando o segundo lugar da lista em todas as restantes geografias.

TOP 3 dos Riscos Futuros

Fonte: “AXA Future Risks Report 2021”.

As sociedades mostram-se ainda impreparadas para desafios como as alterações climáticas, os riscos cibernéticos e a crise pandémica, vinca o documento. Para cada um destes riscos, o relatório revela que as pessoas manifestam “confiança limitada na capacidade de os poderes públicos lhes dar solução,” sintetiza Thomas Buberl, CEO da AXA no prefácio ao documento.

Menos de 20% dos especialistas sondados confiam que os poderes públicos conseguirão fazer face à alteração climática. O relatório sugere que o desafio climático exige acordos entre governos do mundo inteiro, e isso pode abrir portas e oportunidades para mais colaboração do setor privado.

A completar a lista dos 10 riscos mais importantes para os especialistas, o relatório identifica ainda: #4 Instabilidade geopolítica; #5 Descontentamento social e conflitos locais; #6 Riscos ligados à biodiversidade e recursos naturais; #7 Novas ameaças contra a segurança e o terrorismo; #8 Riscos de estabilidade financeira; #9 Riscos macroeconómicos; #10 Riscos ligados a inteligência artificial e big data.

A instabilidade geopolítica já limita a capacidade de uma atuação à dimensão mundial para gerir coletivamente os riscos relacionados com a alterações climáticas, tal como testemunham os numerosos obstáculos que se colocam às iniciativas internacionais de elevar as taxas sobre o carbono, sintetiza um comentário do Eurasia Group, empresa de consultoria e análise em temas de geopolítica.

Uma cooperação internacional mais eficaz também é desejável e necessária, por exemplo, para acelerar vacinação (covid-19) a nível mundial e, ainda, na luta contra o terrorismo, aponta o relatório.

Por outro lado, os jovens são os mais otimistas relativamente à capacidade global de enfrentar as ameaças enumeradas e, segundo afirma o documento da seguradora francesa, a opinião pública (75%) confia na comunidade científica e académica para limitar as consequências de futuras crises.

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Redução de impostos não é a “bala de prata” para as empresas, diz Pedro Nuno Santos

  • Lusa
  • 18 Outubro 2021

Dizer que baixar os impostos é a única solução para “salvar as empresas” é uma “visão pequena da política económica” que “atrasou o país durante muitos anos”, disse o ministro as Infraestruturas.

O ministro das Infraestruturas e da Habitação considerou esta segunda-feira ser uma “visão pequena da política económica” achar que a redução de impostos é a “bala de prata” que vai “permitir às empresas produzir, vender e ganhar dinheiro”.

“Quem faz a crítica, correta, de que o país tem tido um crescimento baixo, ao mesmo tempo não tem a capacidade de apresentar uma estratégia para o desenvolvimento que não passe quase exclusivamente por redução de impostos, como se fosse a bala de prata que permitirá às nossas empresas produzir, vender e ganhar dinheiro”, afirmou Pedro Nuno Santos na conferência “Fundos Europeus: O Minho e a Galiza”, organizada pela Confederação Empresarial do Minho, em Braga.

Para o responsável das Infraestruturas, achar que baixar os impostos é a única solução para “salvar as empresas” é uma “visão pequena da política económica” que “atrasou o país durante muitos anos”.

Pedro Nuno Santos partiu da necessidade de Portugal renovar a frota de comboios para exemplificar a sua visão de como se pode desenvolver a Economia e o país.

O nosso país foi sempre muito bom a importar, compramos muito bem. Não damos é oportunidade a que se faça cá”, disse, explicando a estratégia que o Governo está a seguir no caso da compra de carruagens de comboios.

“O que é que nós estamos a fazer? O caderno de encargos [da compra de novas carruagens] está a ser trabalhado para que, não incumprindo a legislação europeia, garanta que quem quer fornecer comboios a Portugal os tenha que fazer cá, os tenha que montar cá, tenha que incorporar produção nacional no fabrico desses comboios”, enumerou.

Não apenas porque nós queremos que naqueles comboios em particular os empresários participem, mas porque queremos que em Portugal a indústria nacional ganhe competências num setor que está a crescer, para que amanhã, quando houver concursos de fornecimento, nós tenhamos as nossas empresas lá a apresentar trabalho já feito”, salientou.

“E é assim que nós podemos desenvolver uma economia, é assim que podemos desenvolver uma país”, finalizou o ministro das Infraestruturas e da Habitação.

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SNS não precisa só de mais dinheiro mas de “reformas profundas”

  • Lusa
  • 18 Outubro 2021

Segundo Francisco Assis, o SNS vai precisar "de mais dinheiro, mas, fundamentalmente, precisa de reformas profundas" para dar uma resposta cabal aos portugueses.

O presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis, defendeu que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “não precisa apenas de mais dinheiro”, mas de “reformas profundas” no “modelo de financiamento” e na “gestão das unidades de saúde”.

“Para que o SNS possa responder cabalmente, não precisa apenas de mais dinheiro. Precisará, certamente, de mais dinheiro, mas, fundamentalmente, precisa de reformas profundas, ao nível do modelo de financiamento, do modelo de gestão das unidades de saúde. É preciso introduzir maior autonomia nas unidades de saúde”, defendeu.

Francisco Assis falava aos jornalistas depois de ter visitado a nova ala pediátrica do Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, e de ter reunido com o presidente do Conselho de Administração daquele hospital.

Depois dessa reunião, em que diz ter tido “oportunidade de conversar e pensar o futuro”, o presidente do Conselho Económico e Social (CES) destacou que a saúde é uma “preocupação” daquele órgão, lembrando que foi criado um grupo de trabalho, “coordenado por Adalberto Campos Fernandes, num debate muito aberto sobre o sistema de saúde”.

"Para que o SNS possa responder cabalmente, não precisa apenas de mais dinheiro. Precisará, certamente, de mais dinheiro, mas, fundamentalmente, precisa de reformas profundas, ao nível do modelo de financiamento, do modelo de gestão das unidades de saúde. É preciso introduzir maior autonomia nas unidades de saúde.”

Francisco Assis

Presidente do CES

“Consideramos que o SNS tem um papel central, sem desvalorizar a componente social e privada”, afirmou.

O socialista usou aquele hospital como exemplo, referindo: “É impensável que um hospital desta dimensão não tenha autonomia para algumas decisões tão simples como contratar funcionários para determinadas áreas”.

Assis considera ainda que “é preciso que haja formas de uma gestão mais flexível, recompensando melhor aqueles que trabalham mais, incentivando o trabalho, criando condições de atração”, já que “um dos problemas […] em Portugal é um de migração de médicos e enfermeiros altamente qualificados, ou para o setor privado, que cresceu muito nos últimos anos em Portugal, ou para outros países europeus”.

Para o líder do CES, “formar mais médicos é uma decisão correta do Governo, mas é importante que haja condições para garantir que grande parte desses médicos vá trabalhar no Serviço Nacional de Saúde”.

No dia em que visitou a nova ala pediátrica do São João, que, disse, “vai significar uma mudança radical para milhares de crianças da região”, apontou para a necessidade de, “ao lado dos investimentos”, “fazer as reformas que são importantes e qualitativas”.

Assis reconheceu que o SNS “é uma das maiores conquistas da democracia portuguesa” e “foi um dos fatores que mais justiça trouxe ao país”, mas acredita que, “como todas as coisas, tem de se modernizar, adaptar”.

“Não podemos viver na eterna nostalgia do que foi e funcionou, temos de olhar para o futuro e ter instrumentos de gestão próprios do século XXI”, rematou.

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ASAE procura falta de seguro em instalações desportivas

  • Lusa
  • 18 Outubro 2021

Falta de seguro obrigatório foi uma das infrações procuradas e detetadas pela ASAE em fiscalização realizada a 128 operadores de instalações desportivas.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) instaurou 35 processos de contraordenação resultantes de uma ação de fiscalização a 128 operadores de instalações desportivas relativa ao incumprimento de regras no âmbito do combate à covid-19.

Em comunicado, a ASAE refere que a ação decorreu “de norte a sul do país” em ginásios, centros de fitness, academias e ‘health clubs’, e teve em conta “os requisitos técnicos e de segurança, de acordo com as regras da Direção-Geral da Saúde (DGS) no âmbito da doença covid-19 e ainda a verificação do cumprimento das regras de comercialização de suplementos alimentares”.

Nos 35 processos de contraordenação instaurados, explica a ASAE, destacam-se “como principais infrações a falta de licenciamento, o exercício de atividade de técnico responsável sem título profissional válido, a falta de seguro obrigatório, bem como o incumprimento das regras da DGS no âmbito da doença covid-19”.

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Fidelidade torna-se parceira do Técnico Innovation Center

  • ECO Seguros
  • 18 Outubro 2021

A seguradora vai além do mecenato, a parceria com o IST quer acelerar a inovação através de projetos conjuntos de I&D e permitir recrutar futuros colaboradores.

O futuro Técnico Innovation Center, antiga Gare do Arco Cego. A Fidelidade será parceira do IST neste projeto de 12 milhões de euros.

A Fidelidade vai ser único parceiro privado na construção do novo Técnico Innovation Center, que ocupará o espaço da antiga Gare do Arco do Cego, em Lisboa. Orçamentado em 12 milhões de euros e com inauguração prevista em 2023, o espaço que se chamará Técnico Innovation Center, Powered by Fidelidade, será “a nova centralidade da inovação e tecnologia em Lisboa”, afirma a seguradora em comunicado.

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Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade: “A ligação da Fidelidade ao Técnico irá ainda mais longe ao longo da próxima década, não seremos apenas mais um Mecenas”.Hugo Amaral/ECO

“A ligação da Fidelidade ao Técnico irá ainda mais longe ao longo da próxima década, não seremos apenas mais um Mecenas”, refere Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, concluindo que a seguradora vai continuar a procurar futuros colaboradores no Técnico, quer promover o aprofundamento da interligação entre a vertente académica e empresarial vai fomentar a aceleração da inovação desenvolvendo projetos conjuntos de I&D com o Técnico.

Para Jorge Magalhães Correia, Presidente da Fidelidade, “esta forte ligação ao Instituto Superior Técnico explica-se facilmente: Partilhamos com o Técnico a mesma paixão pela Inovação e a transferência de tecnologia entre universidades e empresas é uma das soluções para muitos dos nossos problemas endémicos enquanto país”.

O novo espaço terá cerca de 1000 metros quadrados com espaços de estudo disponíveis 24 horas por dia para estudantes universitários e uma grande área expositiva que terá uma programação anual para mostrar a ciência produzida no Técnico.

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