Bolsas norte-americanas em máximos históricos à boleia dos resultados das empresas

As principais bolsas norte-americanas fecharam a sessão desta terça-feira com recordes históricos. O sentimento foi impulsionado pelos fortes resultados trimestrais das cotadas, numa altura em que os investidores estão de olhos postos na reunião da Fed.

O índice de referência S&P 500 somou 0,38% para 4.630,66 pontos, enquanto o industrial Dow Jones valorizou 0,40% para 36.057,73 pontos. Ao mesmo tempo, o tecnológico Nasdaq ganhou 0,42% para 15.972,494 pontos. Todos estes índices alcançaram recordes intradiários durante a sessão.

Em linhas gerais, os resultados trimestrais das empresas foram melhores do que o esperado pelos analistas, dado que a maior economia mundial ainda continua a recuperar da crise provocada pela pandemia. Entre as 320 empresas que apresentaram os resultados referentes ao terceiro trimestre do ano, o lucro das cotadas do S&P 500 subiu 40,2% face a igual período do ano passado, de acordo com as estimativas da Refinitiv IBES, citadas pela Reuters.

Em foco está ainda ainda a sétima reunião deste ano do Comité Federal de Mercado Aberto da Fed, que termina esta quarta-feira e onde estão a ser debatidas eventuais alterações à política monetária norte-americana. Na última reunião, os dirigentes do banco central dos EUA admitiram começar a reduzir o programa de compras mensais de títulos de dívida em novembro e encerrá-lo em meados de 2022.

“Os próximos dias e semanas vão ser conhecidos desenvolvimentos significativos na vertente política, e estamos a observá-los muito de perto dado que à medida que fazemos a transição para fora da temporada de resultados, muitos dos fatores macroeconómicos vão começar a voltar a ocupar o centro da discussão novamente”, sublinha Bill Northey, responsável pelo departamento de investimentos do Bank Wealth Management, em declarações à Reuters.

Entre as cotadas que mas se destacaram nesta sessão esteve a Pfizer, que somou 4,15% para 45,45 dólares, após ter apresentado as contas ao mercado. Nos primeiros nove meses deste ano, a farmacêutica norte-americana lucrou 18.586 milhões de dólares, o que representa um aumento de quase 60% face aos resultados alcançados em igual período do ano passado.