Internamentos Covid em cuidados intensivos sobem 22% numa semana
A taxa de ocupação de camas em Unidades de Cuidados Intensivos mantém uma "tendência crescente" e aumentou 22% face à semana anterior, revela o relatório semanal divulgado pela DGS e pelo INSA.
A taxa de ocupação de camas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) associada a internamentos Covid continua a subir e aumentou 22% face à semana anterior, segundo o relatório semanal de monitorização das “Linhas Vermelhas” da Covid divulgado esta sexta-feira pela DGS e INSA. Há uma “inversão da tendência” nos serviços de saúde, avisam as entidades.
A 3 de novembro, estavam 73 doentes internados em UCI, um número que corresponde a 29% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas. “Nas últimas semanas, este indicador tem vindo a assumir uma tendência crescente (+ 22% em relação à semana anterior)“, refere o documento.
Assim, após três semanas consecutivas a subir, a DGS confirma que “há uma inversão da tendência” no que toca à pressão sobre os serviços de saúde, dado o “aumento no número de internamentos em UCI”.
Em termos regionais, o Centro é a região do país com uma maior percentagem de doentes nestas unidades, com 12 doentes internados em UCI, o equivalente a 35% do nível de alerta definido para aquela região. Já no que toca às faixas etárias, o grupo etário dos 60 aos 79 anos (43 casos para o período analisado), bem como o grupo etário dos 40 aos 59 anos, são as faixas etárias com maior número de pessoas internadas nestas unidades.
Nos últimos sete dias, verificou-se ainda um decréscimo no número de testes realizados, mas a taxa de positividade aumentou. A proporção de testes positivos observada na última semana (de 28 de outubro a 3 de novembro) foi de 2,8% (na semana passada era de 2,3%), um valor que se encontra abaixo do limiar de 4% recomendado pelo ECDC. No período analisado foram realizados de 209.589 testes, ou seja menos quase 29 mil face aos 238.314 realizados na semana anterior.
O documento revela ainda uma diminuição na proporção de casos confirmados notificados com atrasos, que foi de 6% (contra os 7% registados na semana anterior), mantendo-se claramente abaixo do limiar de 10% e “apesar de revelar uma tendência crescente nas últimas semanas”.
Além disso, a DGS nota ainda que nos últimos sete dias, 88% dos casos notificados foram isolados em menos de 24 horas após a notificação e 95% de todos os casos notificados tiveram todos os seus contactos rastreados e isolados no mesmo período.
No que toca aos indicadores que “guiam” a matriz de risco delineada pelo Governo, Portugal apresenta uma incidência cumulativa a 14 dias de 110 casos por 100 mil habitantes, o que continua a refletir uma “tendência crescente” da doença. Em termos regionais, este indicador subiu em todas as regiões do país, sendo que o aumento foi mais significativo no Centro (+20%), Algarve (+18%) e em Lisboa e Vale do Tejo (+15%). Não obstante, o Algarve é a região com maior incidência, com 164 casos por 100 mil habitantes.
Quanto ao índice de transmissibilidade (rt) está em 1,04 a nível nacional e acima de 1 em quase todas as regiões do país (à exceção do Alentejo),o que indica “uma tendência crescente da incidência de infeção por SARS-CoV-2”. Neste contexto, as autoridades avisam que, a manter-se este ritmo, Portugal pode atingir o limite definido como crítico de 240 casos por 100 mil habitantes a 14 dias, entre “dois a quatro meses”.
(Notícia atualizada pela última vez às 18h07)
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