Pandemia põe investidores mais atentos à sustentabilidade
O estudo Schroders Global Investor Study revelou que, depois da pandemia, o foco dos investidores, a nível global, acentuou-se nas questões ambientais e sociais.
A Schroders realizou um estudo, denominado Schroders Global Investor Study 2021, que observou a relação dos investidores com o tema da sustentabilidade depois da pandemia. Ao todo, foram analisadas mais de 23 mil pessoas de 33 locais a nível mundial.
Os resultados da pesquisa revelaram que, globalmente, 57% dos investidores estão, agora, a dar maior importância às questões sociais e 55% às questões ambientais.
Em Portugal, 52% dos investidores sentiram que as questões sociais são muito mais importantes do que antes da pandemia, e 48% sentiram o mesmo em relação às questões ambientais.
Na mesma análise ficou, ainda, evidente que os fundos sustentáveis interessam os investidores portugueses, já que 52% admitiram valorizar o seu impacto ambiental numa perspetiva mais ampla, 43% revelaram apreciar os seus princípios sociais, e 33% disseram que acreditam que estão mais propensos a oferecer retornos mais elevados.
“Estamos a concentrar-nos em assegurar que os investimentos que gerimos para os nossos clientes estão alinhados com a transição para um planeta mais sustentável, e que beneficiam das oportunidades que a transição trará. Procuramos influenciar ativamente os comportamentos empresariais, para que as empresas em que investimos sejam sustentáveis e resilientes”, concluiu, em comunicado, Carla Bergareche, Diretora Geral da Schroders para Portugal e Espanha.
Quase metade dos investidores mundiais (40%) afirmaram, também, que se sentem mais motivados para investir em sustentabilidade quando observam dados de relatórios regulares, que destacam o impacto que os seus investimentos estão a ter. A mesma ideia é partilhada por 60% dos investidores portugueses.
Ainda assim, 57% dos investidores, a nível mundial, sentem-se positivos quanto à mudança para uma carteira de investimentos inteiramente sustentável, desde que mantenha o mesmo nível de risco e diversificação. Os números são ainda mais evidentes em Portugal, com 67% dos inquiridos, considerando os investidores da geração Geração Z (18-22 anos de idade), a apontar a transição para uma carteira totalmente sustentável.
Contudo, o mesmo estudo revelou que os investidores também esperam, cada vez mais, que sejam tomadas medidas globais para fazer face às alterações climáticas. A maioria dos investidores portugueses (83%) concordou que esta responsabilidade deveria recair sobre os governos e reguladores nacionais, contra 74% a nível global.
53% dos investidores a nível mundial acreditam mesmo que os gestores de investimentos e os principais acionistas são responsáveis pela mitigação das alterações climáticas, o que representa um aumento substancial em relação aos 46% registados em 2020. Em Portugal, este número também aumentou de 49% em 2020 para 56% em 2021.
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