Licenças de emissão de carbono batem recordes na Europa e passam dos 80€/tonelada

A crise energética global e o foco nas emissões após a Cimeira do Clima da ONU em Glasgow acabaram por forçar um aumento no preço das licenças de emissões na Europa e Reino Unido.

Os preços das licenças de emissão de carbono estão a atingir valores nunca antes vistos. No Reino Unido, cada tonelada de carbono emitida estava a custar na semana passada 75 libras (acima dos 88 euros). Enquanto isso, na União Europeia, os preços atingiram recordes de 81 euros na segunda-feira.

Um valor 2,5 vezes acima dos 32 euros por tonelada que se registavam no início deste ano, de acordo com o Financial Times. A Bloomberg diz que o preço do carbono aumentou 140% só em 2021.

Os valores justificam-se com a escassez de gás na Europa para produzir energia elétrica e para a indústria, o que levou muito produtores a retornar ao carvão (uma fonte fóssil mais barata e mais poluentes), o que só por si aumentou o custo das licenças de emissão de carbono. No Reino Unido, os novos máximos desencadearam já um mecanismo de mercado que pode levar o governo britânico a intervir para reduzir os preços.

Os preços consistentemente altos desde setembro acionaram o “mecanismo de contenção de custos” do Reino Unido pela primeira vez, o que obriga os legisladores a considerar se devem intervir no mercado. O governo disse que anunciará se tomará medidas até 14 de dezembro.

O mecanismo de intervenção do governo britânico é acionado se as licenças forem negociadas a mais do que o dobro do preço médio dos dois anos anteriores por três meses consecutivos.

A crise energética global e o foco renovado nas emissões após a Cimeira do Clima da ONU em Glasgow também acabaram por forçar um aumento no preço das licenças emitidas nos sistemas de comércio de emissões da UE e do Reino Unido.

De acordo com estes sistemas, os governos estabelecem um limite para o nível máximo de emissões e criam permissões. As empresas mais poluidoras são então obrigadas a comprar créditos que lhes concedem “livre passe” para emitir cada tonelada de carbono.

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Finanças quer recrutar externamente 200 trabalhadores para reforçar AT

É o primeiro recrutamento externo para a AT na última década, anunciou António Mendonça Mendes, secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais, na tomada de posse da Ordem dos Contabilistas.

O Governo autorizou esta semana a abertura de um processo de recrutamento externo de 200 trabalhadores para a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). É o “primeiro recrutamento externo para a AT na última década, e que deve significar o retomar de um recrutamento regular de quadros altamente especializados”, anunciou António Mendonça Mendes, secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais.

A decisão, conhecida durante a tomada de posse da Ordem dos Contabilistas Certificados, é justificada com a necessidade de “capacitar” a AT, dando-lhes meios humanos para combater a fuga ao fisco.

“Trata-se de um recrutamento de profissionais altamente qualificados para os serviços centrais, que visa reforçar, essencialmente, as áreas de informática, da Unidade de Grandes Contribuintes, do combate à fraude, da troca de informações internacionais e de controlo do comércio internacional, na componente aduaneira“, explica o secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais.

“Continuaremos a apostar nos novos canais de comunicação com a AT, privilegiando o atendimento telefónico e o atendimento via e-balcão e Portal das Finanças, que disponibiliza centenas de serviços eletrónicos”, diz António Mendonça Mendes, mas, ressalva, “não abdicamos da presença no terreno, através dos serviços locais de finanças, para os quais devemos continuar a apostar no atendimento com marcação prévia, condição essencial para termos um atendimento mais eficaz, preparado e qualificado.”

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AICEP ainda não sabe se exportações superam nível pré-pandemia em 2021

O presidente da AICEP confia que as exportações portuguesas vão "terminar o ano de forma positiva", mas ainda recusa arriscar se será suficiente para retomar os valores de vendas registados em 2019.

O presidente da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal declarou esta terça-feira que as exportações portuguesas vão “terminar o ano de forma positiva” e que este resultado demonstra que as empresas são “resilientes e competitivas”. Porém, ainda não sabe se as vendas ao exterior vão superar os níveis pré-pandemia.

“Creio que as exportações portuguesas vão terminar o ano de forma positiva. A grande questão é perceber se as exportações vão ficar ou não acima do nível de 2019 [93.271 milhões de euros]”, realçou Luís Castro Henriques, à margem da apresentação oficial do projeto THEIA, uma parceria entre a Bosch e a Universidade do Porto no valor de 28 milhões de euros.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da AICEP destacou ainda que “as empresas exportadoras estão mais resilientes, mais competitivas e reagem mais depressa”, numa comparação da crise pandémica com aquele que aconteceu a partir de 2009 e em que “as exportações reduziram bastante”.

Em relação ao investimento estrangeiro, Luís Castro Henriques sublinhou que 2021 está a ser um “excelente ano” e repetiu que o montante contratualizado pela AICEP vai atingir este ano um novo recorde. Isto porque até outubro já tinham sido captados 1.233 milhões de euros, acima do anterior máximo de 1.172 milhões registado em 2019.

Além destes dados quantitativos, Luís Castro Henriques assegurou que 2021 “será um ano muito forte com bons projetos”. O responsável máximo da AICEP deu como exemplo o projeto de inovação assinado esta terça-feira com a alemã Bosch e a Universidade do Porto, garantindo que Portugal “terá ainda muitos mais” projetos de investimento deste género.

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Anacom entregou ao Governo levantamento das zonas sem redes fixas de alta velocidade

  • Lusa
  • 7 Dezembro 2021

O Governo tinha dado 45 dias à Anacom para fazer o levantamento de zonas brancas, ou seja, onde não há redes fixas de alta velocidade. Regulador entregou a lista na segunda-feira.

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) entregou ao Governo o levantamento das zonas onde não há redes fixas de alta velocidade, disse esta terça-feira presidente da entidade, João Cadete de Matos.

Em 10 de novembro foi publicado o despacho do Governo que encarregava a Anacom de recolher informação atualizada sobre a cobertura de redes públicas de comunicações eletrónicas de capacidade muito elevada no território nacional e de elaborar as propostas dos cadernos de encargos dos procedimentos concursais a realizar pelo executivo, no prazo máximo de 45 dias, a contar da data da comunicação à entidade reguladora.

Terminou ontem [segunda-feira, 6 de dezembro] os 45 dias que tinham sido dados pelo Governo no despacho sobre o levantamento das zonas brancas” e as propostas para o caderno de encargos, afirmou Cadete de Matos, num encontro com jornalistas.

A Anacom entregou na segunda-feira o relatório ao Governo. “Agora o Governo recebeu o levantamento das zonas brancas e devo dizer que isso é marcante para o país”, acrescentou, salientando que prazo dado para o efeito era curto, mas foi cumprido.

Ou seja, a Anacom teve 45 dias para “fazer o levantamento junto dos operadores” sobre a cobertura geográfica da rede fixa em alta velocidade. “O que fizemos agora foi ter uma cobertura geográfica georreferenciada na base de subsecções estatísticas, vai ao detalhe máximo, nós neste momento temos o mapa do país com a identificação de quais são as zonas onde não existe rede de alta velocidade”, salientou João Cadete de Matos.

“Isto serve para identificar onde hoje não há redes de alta velocidade”, que são as zonas brancas, no fixo.

João Cadete de Matos salientou tratar-se de um “passo importante para o país”, uma vez que está previsto a cobertura de 75% do território em rede móvel em dois anos, 90% em quatro anos, com 100 Mbps, e se simultaneamente se avançarem com os concursos da fibra ótica – que o Governo tem previsto, Portugal será um “país mais homogéneo” em termos de cobertura.

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Complexidade da regulação na cibersegurança

  • ECO + EY
  • 7 Dezembro 2021

Luís Avilez, Consulting Cybersecurity Manager na EY, fala dos desafios atuais, da perceção das empresas e das perspetivas futuras da regulação no setor da cibersegurança.

A regulação é essencial para o cumprimento de metas de crescimento sustentável, promovendo o funcionamento correto de economias e sociedades. É esta que suporta a competitividade e equilíbrio dos mercados, protege os direitos e a segurança dos cidadãos e contribui para uma distribuição mais eficiente de bens e serviços. No entanto, apesar dos seus benefícios, a regulação não é isenta de custos. Como tal, é essencial a adoção de abordagens que otimizem os benefícios face aos custos e a implementação de mecanismos de monitorização.

Luís Avilez, Consulting Cybersecurity Manager na EY

Na cibersegurança, têm sido múltiplos os instrumentos a ser adotados pelos estados-membros da União Europeia com o intuito de aumentar a segurança e resiliência dos sistemas. Da Diretiva 2016/1148, da segurança das redes e da informação (SIR), à regulação no domínio do tratamento de dados pessoais e em outros, são múltiplos os exemplos da tendência acumulativa e fragmentária no quadro normativo.

Os desafios da regulação

Para as organizações, os custos da regulação podem contribuir negativamente para a competitividade. O investimento realizado na familiarização, gestão, monitorização, reporte, e formação dos quadros desviam recursos ao negócio e geram custos de oportunidade.

Para as organizações, a identificação dos requisitos associados à regulação pode ser um grande desafio, em particular para as que operam em múltiplas jurisdições. Noutras situações, as regulações podem requerer o reporte da conformidade e impor penalizações severas, incluindo a perda de licença, se não forem realizados de forma correta e atempada. A acumulação e fragmentação do quadro regulatório e as especificidades para alguns setores podem ainda somar maior complexidade.

A navegação num meio regulatório fragmentado e tendencialmente mais exigente é um dos maiores desafios atuais para os Chief Information Security Officer

Segundo o EY Global Information Security Survey 2021

O balanço que as organizações fazem

A COVID-19 trouxe um aumento substancial no volume de ciberataques, despertando uma maior sensibilidade do público em torno da cibersegurança e da atuação das autoridades. De acordo com dados do relatório da EY Global Information Security Survey 2021 (GISS)1, a navegação num meio regulatório fragmentado e tendencialmente mais exigente é um dos maiores desafios atuais para os Chief Information Security Officer (CISOs).

Dados do GISS alertam para que 1 em cada 2 inquiridos afirma que a conformidade pode ser um dos fatores de maior ansiedade na sua função. Com algumas organizações sujeitas a uma carga adicional de regulação específica setorial, a regulação pode, em algumas circunstâncias, exigir uma disponibilidade que os CISOs afirmam não dispor.

"Os CISOs estão menos confiantes de que a conformidade possa continuar a ser um fator que contribua para a melhoria dos níveis de segurança”

Luís Avilez

Consulting Cybersecurity Manager na EY

Perspetivas sobre o futuro

Em termos comparativos, em 2020, 46% dos inquiridos considerava que a regulação inspirava comportamentos positivos nas organizações. Com o aumento da complexidade regulatória, este número tem vindo a diminuir, situando-se atualmente nos 35%. Esta tendência anuncia que os CISOs estão menos confiantes de que a conformidade possa continuar a ser um fator que contribua para a melhoria dos níveis de segurança.

Seis em cada dez inquiridos consideram que a regulação se tornará mais heterogénea e que consumirá mais tempo, tornando-se cada vez mais um fator de distração.

Atenuar os custos da regulação

Através da adoção de uma abordagem estruturada, as organizações podem reduzir substancialmente o esforço associado à conformidade. Organizações que operem com diferentes regulações deverão dar prioridade à elaboração de um programa global de políticas e controlos que se adeque aos aspetos comuns, realizando posteriormente adendas específicas para tratar das exceções.

Outro fator de sucesso é a adequação de processos e de tecnologias. A identificação incorreta de requisitos para avaliação das soluções tecnológicas ou o desenho de processos ineficientes podem traduzir-se em custos elevados de conformidade. Processos e tecnologias devem ser avaliados por equipas com experiência.

Num contexto regulatório cada vez mais exigente, processos de conformidade pouco eficientes podem facilmente resultar em custos elevados e são um fator de desmotivação dos melhores quadros, já de si escassos na cibersegurança.

 

 

1Estudo publicado anualmente pela EY, que sondou este ano cerca de 1.450 líderes de cibersegurança de organizações de todo o mundo. Mais informação aqui.

 

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Rio deseja um “resultado agradável” ao CDS, após PSD decidir ir sozinho para eleições

A comissão política nacional rejeitou a hipótese de haver uma coligação pré-eleitoral com o CDS. Rio diz que a decisão foi quase unânime, mas deseja que o CDS tenha um "resultado agradável".

A comissão política nacional do PSD chumbou a hipótese de o partido ir às eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro em coligação pré-eleitoral com o CDS, avança o Observador e a RTP3. Ao início da noite, Rui Rio confirmou essa decisão e disse esperar que o CDS tenha um “resultado agradável”. Assim, a possibilidade de haver uma coligação com os centristas já não vai ser debatida no Conselho Nacional dos social-democratas que arranca esta terça-feira às 21h.

Entre os mais de 20 membros da direção alargada do partido liderado por Rui Rio, apenas três terão votado (Rio nega que tenha existido uma votação) a favor de uma coligação pré-eleitoral PSD/CDS (e com o PPM, como nos Açores), como ocorreu em 2015 com a coligação Portugal À Frente. Já antes das eleições internas em que Rio venceu Rangel (o qual era contra uma coligação pré-eleitoral) a direção do partido tinha sido contra esta hipótese. Agora o líder do partido reconhece que a oposição à coligação pré-eleitoral foi “largamento maioritária” pelo que nem foi necessário haver votação.

Em declarações transmitidas pelas televisões, o líder da oposição não revelou as razões que levaram o partido a tomar esta decisão, a não ser a mais óbvia: “Há diversos argumentos, mas não os vou dizer em público. Dou-lhe só um que é a síntese deles todos: a comissão política nacional considera mais vantajoso para o PSD nestas eleições em concreto ir sozinho, que consegue obter um melhor resultado indo às eleições sozinho, acreditando que o CDS consegue sozinho também ter uma posição e um resultado agradável, que é esse o nosso desejo também”, afirmou Rui Rio.

Em relação às listas de deputados — Rio anunciou os cabeças de lista de cada distrito antes da reunião –, o presidente do PSD considera que foram “das mais pacíficas” de se fazer, admitindo que há sempre ajustes a fazer. Rui Rio garante que houve um “esforço de renovação”, mas com “sinais de unidade” e sem nenhuma “limpeza” ou “saneamento” de quem apoiou Rangel na disputa interna. “Há quem vai ficar contente e há quem vá ficar descontente”, admite.

A reedição da Aliança Democrática (nome da primeira coligação entre PSD e CDS), após os resultados nas autárquicas em Lisboa e Coimbra e nas eleições regionais dos Açores, era apreciada pelo líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos que, ao contrário de Rio, não foi a votos internamente. Chegou a haver um encontro marcado entre os dois líderes após o chumbo do Orçamento para 2022, especulando-se sobre se iam anunciar uma coligação, mas acabou por ser cancelado.

Já Rio tinha dito, sobre uma potencial coligação com o CDS, que “tendencialmente estaria mais para sim do que para não”, mas este fim de semana fez declarações que sugeriam o contrário. “Se nós formos disputar agora o eleitorado do CDS, do Chega e da IL [Iniciativa Liberal], ali estão meia dúzia de votos. Não sei como é que se ganham eleições com aquela meia dúzia de votos, ainda por cima correndo o risco de perder alguma coisa ao centro“, disse, dando como certa a aposta do PSD nos eleitores de centro para roubar votos ao PS.

(Notícia atualizada às 21h07 com mais informação)

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Há 40 milhões do PRR para melhorar eficiência energética de edifícios da Administração Pública

O objetivo é conduzir, em média, a pelo menos 30% de redução do consumo de energia primária nos edifícios intervencionados e 20% do consumo de água.

O Ministério do Ambiente e da Ação Climática apresentou esta terça-feira o “1º Aviso para Apoio à Renovação Energética dos Edifícios da Administração Pública Central”. Enquadrado no Plano de Recuperação e Resiliência, este aviso envolve o montante global de 40 milhões de euros.

Os beneficiários são as entidades da Administração Pública Central (incluindo empresas públicas), abrangendo edifícios em todo o território continental. As candidaturas estão abertas até 30 de março de 2022 através do Fundo Ambiental.

Com este aviso, o Governo apoiará medidas que fomentem a eficiência energética nos edifícios da Administração Pública Central e que reforcem a produção de energia de fontes renováveis em regime de autoconsumo. O objetivo é conduzir, em média, a pelo menos 30% de redução do consumo de energia primária nos edifícios intervencionados e 20% do consumo de água.

Com vista a melhorar o desempenho energético e ambiental dos edifícios da Administração Pública Central, as candidaturas podem integrar diferentes tipologias de intervenção: na envolvente dos edifícios (opacas e envidraçadas); nos sistemas técnicos (iluminação, climatização, isolamentos, etc.); na produção de energia com base em fontes de energia renováveis para autoconsumo; na eficiência hídrica e em ações imateriais como campanhas de sensibilização e informação.

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Comissão Política do PS reúne dia 13 para fechar listas de candidatos a deputados

  • Lusa
  • 7 Dezembro 2021

Processo de escolha dos candidatos a deputados nas diferentes federações socialistas arrancar esta quarta-feira, em Viana do Castelo.

A Comissão Nacional do PS vai reunir-se na segunda-feira à noite, em Lisboa, para proceder à aprovação final das listas de candidatos a deputados que este partido irá apresentar nas próximas eleições legislativas.

Em declarações à agência Lusa, o secretário nacional do PS para a Organização, Pedro do Carmo, referiu que o processo de escolha dos candidatos a deputados nas diferentes federações socialistas arrancará já esta quarta-feira, em Viana do Castelo.

De acordo com os estatutos do PS, cabe às comissões políticas federativas de cada distrito aprovar cerca de dois terços dos candidatos a deputados.

O restante terço é da responsabilidade direta do secretário-geral, António Costa – a chamada quota nacional. Pertence também ao líder partidário a escolha dos diferentes cabeças de listas do PS nos círculos eleitorais do território continental.

Depois de Viana do Castelo, segundo o secretário nacional do PS para a Organização, a federação do Algarve indicará os seus nomes de candidatos a deputados na quinta-feira, mas a maioria das comissões políticas de federação tem a respetiva reunião marcada para sexta-feira.

Na sexta-feira, referiu o dirigente e deputado Pedro do Carmo, reúnem-se federações como Aveiro, Braga, Baixo Alentejo, Guarda, Portalegre, Viseu ou Porto.

A Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) será a última a fechar a sua proposta de candidatos a deputados, o que deverá acontecer horas antes de se iniciar a Comissão Política Nacional do PS que fechará todas as listas.

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Zara lança primeira coleção no metaverso

  • ECO
  • 7 Dezembro 2021

Chama-se AZ e é a primeira coleção da Zara no metaverso. Resulta de uma colaboração com a marca sul-coreana Arder Erros. Peças podem ser compradas a partir desta terça-feira.

A Zara acaba de lançar a sua primeira coleção no metaverso. Chama-se AZ e foi criada em parceria com a Arder Error, uma marca sul-coreana, segundo avança, esta terça-feira, a agência EFE.

Em causa está um projeto que “reflete sobre a capacidade de a linguagem expressar ideias, dar azo a novas formas de pensar e criar novas culturas“, explica a Zara, no seu site. E acrescenta: “Nesta colaboração, a Arder Error pretende definir uma nova geração baseada na identidade e na peculiaridade de cada indivíduo”. Segundo a gigante espanhola, os “desenhos refletem o estilo de vida de pessoas cujas personalidades estão moldadas por experiências simultâneas no mundo real e no virtual“.

A coleção em causa está disponível a partir desta terça-feira no site da Zara e poderá ser vista também na Zepeto, plataforma que permite criar avatares e mundos imaginários.

Os preços variam entre 39,95 euros e 199 euros, sendo as peças unissexo e marcadas pelos “padrões largos e cómodo”.

Esta não é a primeira vez que a indústria da moda “experimenta” o mundo virtual. A agência EFE avança que a H&M, por exemplo, lançou uma coleção de roupa virtual no mundo do videojogo da Nintendo “Animal Crossing”.

O metaverso é um espaço virtual coletivo que abrange a realidade aumentada, a internet e a realidade virtual.

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600 mil computadores prestes a ser distribuídos pelos alunos

  • Lusa
  • 7 Dezembro 2021

No ano letivo anterior, tinham distribuído cerca de 450 mil computadores e hotspots de internet. Os restantes 600 mil "estão prestes a chegar e ser distribuídos", garante o Governo.

Os cerca de 600 mil computadores destinados aos alunos do ensino obrigatório estão prestes a chegar e ser distribuídos, ficando concluído o processo de atribuição de equipamentos pelos estudantes, anunciou esta terça-feira o secretário de estado da Educação.

“Estamos neste momento já em fase de chegada e distribuição dos restantes 600 mil para atingirmos o pleno dos alunos”, afirmou o secretário de estado Adjunto e da Educação, João Costa, durante o webinar “O Digital na Educação” promovido pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), que está a decorrer online.

No passado ano letivo, o Ministério da Educação distribuiu cerca de 450 mil computadores e hotspots de internet, segundo um programa que começou por se focar nos alunos mais carenciados (com Apoio Social Escolar).

Faltavam cerca de 600 mil para abranger professores e todos os alunos do ensino obrigatório da rede pública, tal como desenhado no programa Escola Digital, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Além da distribuição de equipamentos, o programa prevê também novas infraestruturas nas escolas capazes de fornecer internet com mais qualidade e mais recursos, a formação de professores ou a produção de recursos educativos digitais.

A presidente do Conselho Nacional de Educação, Maria Emília Brederode Santos, recordou um estudo realizado pelo CNE que revelou que 90% dos docentes estavam interessados em ter formação na área da informática.

O secretário de Estado salientou, no entanto, que “não vale a pena ter toda a competência tecnológica e capacidade de manipular a tecnologia” se não existir um trabalho de literacia de informação e dos média.

“Nesta avalanche de informação já não somos apenas consumidores de conteúdos. Desde muito novos, as crianças e jovens são também produtores de conteúdos e isso traz muitas questões, sobretudo, de natureza ética, como a ética da navegação”, salientou o governante.

As escolas precisam também de trabalhar o pensamento crítico dos alunos. Num tempo em que “o manual escolar em formato livro não é o único instrumento que existe na sala de aula”, os alunos têm de estar preparados para questionar e conseguir distinguir a informação que lhes é oferecida.

Os jovens têm de ser capazes de avaliar fontes, detetar informação falsa, distinguir factos de opiniões, ter capacidade de contrastar diferentes fontes de informação, disse João Costa.

Durante o webinar, o Governo recordou que a transição digital já era um objetivo que apenas se tornou “mais emergente e acelerado” com a pandemia: “A pandemia foi um acelerador nas necessidades da transição digital”.

João Costa salientou que o currículo dos alunos, desde o pré-escolar ao secundário, já previa a integração de competências digitais e que o plano de transição digital na educação existia antes da covid-19.

Mas, sublinhou, nunca teve o intuito de se substituir ao ensino em contexto da escola, porque “nenhuma máquina substitui a relação humana”.

Para João Costa, o que aconteceu em 2020 e em 2021 quando os alunos foram mandados para casa não se pode chamar de “educação à distância” ou “educação digital”. Houve sim, defendeu, uma “resposta de emergência a uma situação inesperada para a qual não houve tempo de preparação”.

A pandemia colocou os “sistemas educativos debaixo de uma lupa” que veio mostrar o “quanto as desigualdades sociais aumentaram”, disse João Costa, defendendo que no processo de transição digital “a agenda da equidade tem de estar acima da agenda da transição digital” e que “o objetivo maior é combater as desigualdades e garantir a equidade”.

O programa de Governo previa que até 2023 todos os alunos do ensino básico e secundário das escolas públicas teriam um computador, mas com a pandemia de covid-19 e o repentino encerramento das escolas, António Costa prometeu em abril de 2020 que, no ano letivo seguinte, todos os estudantes teriam um computador.

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Costa elogia parceria “promissora” da Bosch com a Universidade do Porto

O primeiro-ministro considera que o projeto de 28 milhões para a condução autónoma com a Universidade do Porto não fica nada a dever às parcerias que o grupo alemão já tem no Minho e em Aveiro.

António Costa sublinhou que a parceria assinada esta terça-feira entre a Bosch Portugal e a Universidade do Porto (UPorto) “é tão ou mais promissora do que as que foram celebradas” anteriormente com as Universidades do Minho e de Aveiro.

“Era difícil encontrar melhor parceiro do que a Universidade do Porto”, acrescentou o primeiro-ministro durante a cerimónia de assinatura do contrato de investimento entre o grupo alemão, a instituição de Ensino Superior e a AICEP.

Como o ECO escreveu na segunda-feira, a Bosch vai avançar com um projeto de inovação com a Universidade do Porto que visa o desenvolvimento de “soluções para melhorar as capacidades sensoriais dos veículos autónomos, através de algoritmos de perceção baseados nos dados recolhidos pelos seus sensores”.

Esta iniciativa conjunta de inovação na área da mobilidade inteligente representa um investimento superior a 28 milhões de euros. O designado projeto THEIA – Automated Perception Driving prevê a integração de cerca de 55 novos colaboradores da Bosch e mais de 70 investigadores na Universidade do Porto.

Isto demonstra bem a qualidade e a excelência quer dos recursos humanos formados, quer a qualidade do conhecimento produzido na Universidade do Porto.

António Costa

Primeiro-ministro

Este é apenas o mais recente projeto de inovação desenvolvido pela Bosch Portugal, liderada por Carlos Ribas, em colaboração com instituições de Ensino Superior no país. A mais antiga e também relevante tem sido desenvolvida em Braga, envolvendo a Bosch Car Multimedia e a Universidade do Minho, ultrapassando 165 milhões de euros de investimento.

Iniciada em 2013, a aliança minhota da Bosch já resultou no registo de mais de 70 patentes nos domínios da mobilidade do futuro e da transformação digital da indústria. No mês passado foi assinalado o encerramento da terceira fase desse projeto, focada igualmente na condução autónoma e na digitalização industrial e que envolveu 750 quadros da Bosch e da Universidade do Minho.

Já em Aveiro, onde está instalada a unidade industrial da Bosch Termotecnologia, a mais recente colaboração, anunciada em abril deste ano, diz respeito ao projeto Augmanity, para a implementação do 5G na indústria portuguesa. O valor desse investimento em investigação e desenvolvimento (I&D), em execução com a Universidade de Aveiro, ascende a 8,5 milhões de euros, até julho de 2023.

UPorto em quase metade dos projetos da bazuca

No discurso proferido esta tarde na Reitoria da UPorto, antes de fugir às perguntas que os jornalistas lhe queriam colocar à margem da cerimónia, António Costa salientou ainda que a academia portuense integrou 28 dos 64 projetos da Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Isto demonstra bem a qualidade e a excelência quer dos recursos humanos formados, quer a qualidade do conhecimento produzido na Universidade do Porto, fruto da investigação desenvolvida nas suas diversas unidades”, resumiu o primeiro-ministro.

A finalizar, Costa sublinhou que “é com projetos como este [com a Bosch] que [se consegue] responder com confiança” às perguntas que disse serem essenciais para a economia portuguesa: “Como aumentar significativamente o rendimento dos portugueses, como fixar as novas gerações em Portugal, como ter empresas mais competitivas e como pode o país crescer mais depressa”.

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Encaixe do Estado este ano com licenças de 5G é de 410 milhões, diz presidente da Anacom

  • Lusa
  • 7 Dezembro 2021

Encaixe do Estado este ano com o pagamento das licenças de 5G é de 410 milhões de euros, relevou presidente da Anacom. Dense Air, NOS e Vodafone pagaram totalidade das licenças obtidas.

O presidente da Autoridade Nacional de Comunicações afirmou, esta terça-feira, que o encaixe do Estado este ano com o pagamento das licenças de 5G é de 410 milhões de euros, tendo a Dense Air, NOS e Vodafone pago a totalidade.

João Cadete de Matos, que falava num encontro com jornalistas em Lisboa, adiantou que as três operadoras Dense Air, NOS e Vodafone Portugal “foram as primeiras a pagar” pelo espectro obtido no leilão 5G e “pagaram a totalidade”.

O regulamento do leilão prevê que as empresas possam pagar 50% do valor agora e a metade remanescente ao longo de sete anos, sempre com a possibilidade de em cada ano antecipar o pagamento. Estas três empresas pagaram logo que foi possível o espectro ganho e na sua totalidade. As operadoras que pagaram 50% foram a Dixarobil Telecom, a Nowo e a Meo/Altice Portugal.

“O que significa que do ponto de vista de encaixe do Estado este ano vai ser um número interessante, 410 milhões de euros”, afirmou João Cadete de Matos. Ou seja, “este ano já se recebeu 410 milhões [de euros], se tivessem pago apenas os 50% todos só se teria recebido 283 milhões“, acrescentou.

O leilão 5G, que durou mais de nove meses, sendo que só na fase principal durou mais de 200 dias e 1.727 rondas, terminou em 27 de outubro, tendo seis operadores ganhado espectro da tecnologia de quinta geração.

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