Gita Gopinath sobe a número dois do FMI

A primeira mulher a ser economista-chefe do Fundo Monetário Internacional vai subir ao segundo cargo com mais autoridade dentro da instituição.

A economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, Gita Gopinath, vai subir o número 2 na hierarquia da instituição. A responsável irá assim substituir Geoffrey Okamoto, naquele que é um passo inesperado já que Gopinath estava a planear o regresso à academia.

Gita Gopinath foi a primeira mulher nomeada para economista-chefe do FMI e, em outubro, sinalizou que deveria voltar para a Universidade de Harvard em janeiro. No entanto, estes planos vão mudar.

“Tenho a honra de me tornar primeira vice-diretora do FMI”, escreveu, no Twitter. “Com a pandemia, o trabalho do Fundo nunca foi tão importante”, acrescentou Gopinath.

A ainda economista-chefe vai assumir o novo cargo a 21 de janeiro. “É a pessoa certa na hora certa. Valorizo ​​muito seu bom senso, bom conselho e apoio inabalável”, sublinhou Kristalina Georgieva, a diretora do FMI, em comunicado. A instituição salienta que está a ser feito “algum realinhamento nas funções e responsabilidades da equipa de gestão sénior”.

Esta mudança surge depois de Georgieva ter sido acusada de manipular dados para beneficiar a China quando estava no comando do Banco Mundial. A responsável negou as acusações e o conselho executivo do FMI optou por mantê-la no cargo.

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Altos e baixos continuam. Wall Street regressa ao verde após queda com Ómicron

Os investidores apostam na recuperação depois do "sell-off" motivado pela nova variante de Covid-19.

Wall Street volta a subir na montanha-russa que tem sido esta semana devido à descoberta de uma nova variante do coronavírus. Na sessão desta quinta-feira, os principais índices de referência recuperaram das perdas registadas na última sessão, com os investidores a focarem-se nas cotadas que geram mais valor.

Os investidores continuam atentos aos desenvolvimentos da Ómicron, que chegou aos Estados Unidos na quarta-feira. O Governo de Biden já pediu às empresas para avançarem com requisitos de vacinação, endurecendo também as regras para as viagens, exigindo que os passageiros que chegam sejam testados antes de partirem.

Ainda assim, Jim Paulsen, do Leuthold Group, deixa um alerta: Embora seja bom ver uma recuperação, não tenho certeza se os investidores devem dar muito sentido a isso”, disse, em declarações citadas pela CNBC. “O medo e a ganância irão dominar as atividades, à medida que as preocupações dos investidores oscilam entre o receio de que o pior ainda não acabou e as ansiedades de falhar qualquer recuperação”, avisa.

O índice S&P 500 subiu 1,41%, para 4.576,50 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq ganhou 0,84% para os 15.382,83 pontos. Já o industrial Dow Jones avançou 1,83% para os 34,644.41 pontos, tendo registado o melhor ganho diário desde março.

A Boeing está em destaque nos ganhos, depois de a China ter dado mais um passo para aprovar o regresso do 737 Max aos voos. As ações da fabricante de aviões somaram 7,54% para os 202,38 dólares.

Por outro lado, a Apple sobressai pela negativa, após notícias de que está a enfrentar uma desaceleração na procura pelo iPhone mesmo antes da época festiva. Recuou 0,61% para os 163,76 dólares.

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Sporting de Braga disponibiliza serviço alternativo de testagem para sócios

  • Lusa
  • 2 Dezembro 2021

Este serviço vai ter um custo unitário de 2,5 euros. O próximo jogo do Sporting de Braga é no próximo domingo frente ao Estoril Praia.

O Sporting de Braga vai colocar à disposição dos seus sócios um serviço alternativo de testagem à covid-19 para os jogos disputados no seu estádio, informou esta quinta-feira o clube quarto classificado da I Liga de futebol.

O custo desta operação será maioritariamente suportado pelo Sporting de Braga, cabendo aos associados o pagamento unitário de 2,5 euros.

Este serviço alternativo de testagem (antigénio) e certificação surge para “minimizar os condicionalismos provocados pelas novas regras de acesso a recintos desportivos delineadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS)” e inicia-se já diante do Estoril Praia, no domingo (20:30).

O clube frisa que “a capacidade deste serviço é limitada e, por isso, solicita-se a todos os sócios interessados que se desloquem ao local de testagem o mais rapidamente possível, cumprindo sempre com as normas de segurança previstas pela DGS”.

Face às novas restrições impostas com a situação de calamidade em vigor desde quarta-feira, vários clubes reduziram a capacidade dos recintos, por forma a dispensar os espetadores da realização de testes de rastreio ao coronavírus, além da certificação da vacinação.

A atualização da norma da DGS determina a exigência de teste para o acesso a “eventos de grande dimensão, a eventos desportivos, a eventos que não tenham lugares marcados, a eventos que impliquem a mobilidade de pessoas por diversos espaços ou eventos que se realizem em recintos provisórios ou improvisados, cobertos ou ao ar livre, sempre que o número de participantes/espetadores seja superior a 5.000, em ambiente aberto, ou superior a 1.000, em ambiente fechado”.

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We Seguros estreia-se na mediação com Nuno Soares na direção comercial

  • António Ferreira
  • 2 Dezembro 2021

O grupo GlobalWe alargou atividade, criando uma unidade dedicada aos seguros. Liderada por Nuno Soares, a nova mediadora já tem parcerias com quatro seguradoras, entre as quais Caravela e Asisa.

Nuno Soares aponta objetivo da We Seguros: “encontrar sempre as melhores soluções para os clientes”

A GlobalWe, consultora outsourcing de gestão, contabilidade e fiscalidade, decidiu apostar na área de mediação de seguros. Para este projeto, reforçou a equipa com a contratação de Nuno Soares, que acumula experiência comercial de 20 anos nas áreas da banca e seguros.

Natural de Lisboa, Nuno Soares exerceu funções de comercial e de gestão de carteiras de clientes no banco Santander. Assumindo a função de Diretor Comercial da We Seguros identifica “oportunidades significativas e crescentes no mercado português de seguros e é por isso que a experiência da GlobalWe nos deixa bem posicionados para oferecer boas soluções aos clientes, ajudando-os tanto a nível empresarial como a nível pessoal”.

Mediando oferta de soluções nos ramos Vida e Não Vida, a We já tem protocolos com Caravela, Lusitania, Zurich e Asisa, a que juntarão outros “prestes a serem concluídos,” disse fonte da empresa ao ECOseguros.

De acordo com Paulo Garrett, Managing Partner da Global We, “a liderança da We Seguros com o Nuno Soares é mais um reforço da oferta de serviços que prestamos a novos e atuais clientes, numa lógica one-stop-shop de serviços integrados”.

Soares afirma que junta-se à equipa para “reforçar compromisso e o objetivo da We Seguros de encontrar sempre as melhores soluções para os clientes, iremos garantir a maior poupança possível bem como o melhor acompanhamento” da carteira de seguros dos clientes e “a melhor oferta de preços com o objetivo de garantir o máximo de proteção ao mais baixo custo, algo que só é possível dada a experiência da equipa que estamos a construir.”

Defendendo assinatura “Por si e pelo que é mais importante!,” a We Seguros – autorizada pela ASF sob designação GWE – Mediação de Seguros, Lda- apresenta-se como agente de mediação de seguros e conta com escritórios em Lisboa, Porto e Algarve. A We posiciona-se como “uma organização moderna, flexível, motivada e de elevada eficiência com a missão de garantir que os clientes se sentem aconselhados nas suas escolhas de seguros e confortáveis através de uma relação de proximidade”. Comprometida com este desígnio da proximidade dos clientes, além de site na web, também está presente nas principais redes socias (Facebook, Instagram e Linkedin).

O grupo GlobalWe, com posicionamento multidisciplinar e base em Lisboa e Porto, passa a integrar três áreas de serviços a empresas e particulares: contabilidade, fiscalidade e apoio à gestão, a que acrescenta a mediação de seguros (We Seguros). Ainda, através da We Incentivos, faz consultoria em incentivos financeiros e fiscais (no âmbito do PRR, Portugal 2030 ou do SIFIDE).

(Notícia alterada com atualização às 11h de 3/12/2021)

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UE anuncia apoio de 3,4 mil milhões à América Latina para recuperação pós-covid-19

  • Lusa
  • 2 Dezembro 2021

"A nossa associação estratégica é de relevância geopolítica: juntas, a UE e a ALC representam quase um terço dos membros da ONU e sete membros do G20", disse Charles Michel.

Os líderes da União Europeia anunciaram esta quinta-feira um apoio de 3,4 mil milhões de euros aos países da América Latina e Caraíbas para uma recuperação sustentável a longo-prazo da pandemia de covid-19, indicou o Conselho Europeu em comunicado.

O anúncio foi feito durante uma reunião virtual, presidida por Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, em representação da União Europeia (UE) juntamente com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, e com a participação de sete chefes de Estado e de Governo da região da América Latina e Caraíbas (ALC) que asseguram a presidência de organizações regionais e sub-regionais em 2021 (Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, México e Suriname).

Na reunião, subordinada ao tema “Unir esforços para uma recuperação pós-covid sustentável”, os dirigentes europeus anunciaram que esse apoio de 3,4 mil milhões de euros será disponibilizado no âmbito do principal instrumento financeiro de ação externa da UE, o NDICI-Global Europe (2021-2027), cujo Fundo Europeu para o Desenvolvimento Sustentável Plus (EFSD+) será uma parte nova deste programa, destinando-se a impulsionar mais de 12 mil milhões de euros de investimento público e privado na região.

Dessa verba, pelo menos 800 milhões serão reservados a apoiar as Caraíbas e a aplicação do acordo Pós-Cotonu, uma parceria assinada este ano entre a UE e a Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico (OEACP).

“A reunião de líderes de hoje é um importante passo para relançar o diálogo entre a UE e a América Latina e as Caraíbas ao mais alto nível, após um hiato de seis anos”, declarou Charles Michel.

“Esperamos que seja também um ponto de partida para uma plena cimeira birregional assim que as condições o permitirem”, porque “mais que nunca, a nossa associação estratégica é de relevância geopolítica: juntas, a UE e a ALC representam quase um terço dos membros da ONU e sete membros do G20”, frisou.

“Podemos, por isso, desempenhar um papel decisivo na definição da agenda multilateral e na abordagem dos principais desafios globais como a covid-19, o desenvolvimento sustentável e as alterações climáticas”, defendeu o presidente do Conselho Europeu.

Os líderes europeus afirmaram igualmente que “aguardam com expectativa o lançamento da Aliança Digital UE-ALC em 2022 para fomentar a digitalização centrada nos seres humanos em parceria, avançando para a harmonização de normas e promovendo a inovação digital”.

Essa aliança terá como base a recente instalação de um cabo de fibra ótica transatlântico (EllaLink) entre a UE e a ALC que deverá em breve ser estendido a outros países ALC, um desenvolvimento de infraestruturas que é apoiado pela UE através do programa BELLA.

Os dirigentes comunitários encorajaram também a ALC a fazer uso da sua vasta rede de acordos de comércio e associação entre as duas regiões como motor para a recuperação económica e de oportunidades de negócio e investimento de ambos os lados do Atlântico, indica o comunicado.

Por último, os líderes da UE sublinharam que “nenhuma recuperação duradoura pode ser alcançada sem respeitar os direitos humanos e as liberdades fundamentais, devendo ser dada particular atenção a grupos vulneráveis e promover a capacitação das mulheres e das meninas”, referindo-se a uma nova iniciativa da Equipa Europa para a Segurança e a Justiça, para apoiar a cooperação birregional em matéria de segurança dos cidadãos, crime organizado e Estado de direito.

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Pensar que o SNS é “absolutamente autónomo parece-me um erro”, diz CEO da Lusíadas Saúde

O CEO do grupo Lusíadas Saúde defende que se pode trabalhar "preventivamente" para "otimizar a capacidade instalada" no sistema de saúde, caso a nova variante represente uma pressão adicional.

A descoberta de uma nova variante do coronavírus, com um número elevado de mutações, está a motivar receios um pouco por todo o mundo. Olhando para o sistema de saúde, que já se viu sobrecarregado nas fases mais graves da pandemia, a maior preocupação será a pressão adicional que a Ómicron poderá vir a colocar, no topo do vírus da gripe, antecipa o CEO do grupo Lusíadas Saúde. Vasco Antunes Pereira defende que se pode trabalhar “preventivamente” para “otimizar a capacidade instalada”, ao contrário do que se fez no passado, que mostrou ser um “erro” considerar que o sistema público é “absolutamente autónomo”.

“Se tivermos em conta a articulação passada e trabalharmos preventivamente neste processo, podemos otimizar a capacidade instalada no sistema e não apenas no Serviço Nacional de Saúde”, argumenta o CEO da Lusíadas Saúde, em declarações ao ECO à margem da inauguração do novo Centro de Cardiologia de Lisboa. Tal depende de quem gere o sistema, que é o poder político”, salienta.

É ainda incerto qual será o impacto da nova variante, mas o CEO do grupo sublinha que o risco maior “não é pressão do sistema de saúde exclusivamente pela Covid como foi no passado”. Atualmente, “estamos a ver hospitais a começarem a estar debaixo de elevada pressão” com a gripe, o que é “expectável” acontecer nesta altura de funcionamento mais normal da sociedade, e a preocupação tem a ver com a pressão adicional da Covid, que “necessita de circuitos separados, de isolamentos, de um conjunto de precauções que podem constranger o sistema de saúde”, explica.

Assim, se a nova variante realmente se afigurar como um fator adicional de pressão, Vasco Antunes Pereira defende que se deve “articular de forma mais estruturada” a colaboração entre os setores público e privado. Isto já que as lições passadas, de lidar com a pressão da pandemia em articulação entre os setores, “são as lições de como não fazer”, reitera. “Meter a cabeça na areia e achar que o sistema público é absolutamente autónomo parece-me, o passado já o demonstrou, um erro”, frisa.

“Os privados demonstraram-se sempre disponíveis para trabalhar com o sistema, somos parte integrante do sistema e não queremos ser isolados, mas isto não pode ser numa lógica apenas de emergência, tem de ser perspetiva mais preparada”, considera Vasco Antunes Pereira, nomeadamente para “preparar um processo de subida e escalada de números”.

Outra área de sinergia entre os setores são as parcerias público-privadas (PPP), nas quais o grupo já tem experiência, sendo atualmente gestor no Hospital de Cascais. O CEO do grupo assume-se fã deste modelo, mas admite que “o enquadramento político hoje em dia não é o mais favorável à existência de PPP”.

O Governo lançou um concurso para uma nova PPP no Hospital de Cascais, sendo que o atual contrato com a Lusíadas Saúde foi prorrogado para dar tempo à realização deste processo. O grupo optou por dizer que não consegue fazer o que tem vindo a fazer com este novo enquadramento de concurso, mas ficou disponível para prolongar o contrato devido ao “compromisso com a saúde, população e doentes”.

A Lusíadas Saúde tem 11 hospitais e clínicas no país, sendo que avançou agora com um novo Centro de Cardiologia, no Hospital Lusíadas Lisboa. Este centro contou com um investimento de três milhões de euros, em infraestruturas e equipamentos de última geração, segundo anunciou o grupo. Uma das novidades do espaço é o Cardio Lounge, que tem uma abordagem diferente ao recobro, focando-se no “conforto e mobilidade precoce” dos pacientes após certos procedimentos.

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Mutualista Montepio: Lista B recorre a tribunal para ter acesso a dados dos associados

  • ECO
  • 2 Dezembro 2021

Mesmo depois da CNPD ter dito que é válido, a Lista B ao Montepio pediu as bases de dados dos associados e a Comissão Eleitoral recusou. Lista encabeçada por Pedro Corte Real vai recorrer ao tribunal.

A Lista B, candidata aos órgãos sociais da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), anunciou esta quinta-feira que vai interpor uma providência cautelar para obrigar a Comissão Eleitoral (CE) a disponibilizar às listas concorrentes as bases de dados dos associados, “de acordo com um parecer da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD)”.

A entidade que tutela a proteção dos dados pessoais em Portugal considerou válido o pedido da Lista B, explicando que ‘é entendimento da CNPD que, caso as normas regulamentares da vossa entidade não regulem os tratamentos de dados pessoais para fins eleitorais, o novo regime jurídico de proteção de dados, legitima a comunicação dos dados pessoais dos associados aos candidatos, nos termos da alínea f) do n.º 1 do artigo 6.º.'”, sublinha a Lista B, em comunicado.

Perante esse parecer da CNPD, a lista em questão ainda solicitou à Comissão Eleitoral o acesso às bases de dados, mas não teve sucesso. “A CE ignorou o fundamento do CNPD, alegando que o departamento jurídico do Montepio Geral – Associação MutualistaMontepio Geral – Associação Mutualista é ‘de parecer desfavorável à disponibilização dos dados de contacto dos associados às listas admitidas à votação, com a finalidade de comunicarem as suas propostas eleitorais”, explica a Lista B.

E acrescenta: “Esta postura contínua de recusa de acesso às listas por parte da CE, dominada por apoiantes e candidatos da lista incumbente, nos últimos atos eleitorais da Associação, tem sido reforçada pelo argumento de que ‘o RGPD proíbe’, como se este fosse superior a qualquer Constituição ou lei ou direito ou princípio”.

Foi perante esse cenário que a Lista B decidiu recorrer a uma providência cautelar, frisando que os contactos em causa servirão para garantir “uma maior equidade e democraticidade nas eleições”, para além de “suscitarem uma maior adesão dos associados ao ato eleitoral”. A Lista B nota, assim, que a CE está a violar “os princípios da participação, liberdade e democraticidade“.

“Não consta no Regulamento Eleitoral da Montepio Geral — Associação Mutualista ou no memorando referido nesse regulamento, qualquer proibição de acesso pelas listas aos dados pessoais mínimos e suficientes para que as listas possam comunicar com os associados e estes possam ser informados das propostas das listas”, observa a lista encabeçada por Pedro Corte Real.

Aliás, em comunicado, Pedro Corte Real salienta: “Não faz qualquer sentido, como a CNPD bem notou, impedir as listas de contactarem diretamente os associados do Montepio para apresentarem as suas propostas eleitorais”. O líder da Lista B garante, por isso, que vai “até às últimas instâncias para garantir a democraticidade das eleições“, considerando que este é “um momento crucial para a Mutualista”, que está numa “situação financeira dramática, precisamente pela gestão negligente e incompetente de Tomás Correia e Virgílio Lima“.

Além da providência cautelar, a Lista B vai expor esta questão à CNPD, ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, à Provedoria de Justiça e às autoridades de regulação, nomeadamente o Banco de Portugal e a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.

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Mercado automóvel sobe 3,3% até novembro, mas cai face a 2019

  • Lusa
  • 2 Dezembro 2021

Nos primeiros 11 meses do ano foram colocados em circulação 163.944 novos veículos, menos 33,1% relativamente a 2019 e mais 3,3% em relação ao ano passado.

O mercado automóvel em Portugal subiu 3,3% até novembro para 163.944 veículos matriculados, mas diminuiu 33,1% face a 2019, segundo dados da ACAP – Associação Automóvel de Portugal divulgados esta quinta-feira.

“Nos 11 meses de 2021, foram colocados em circulação 163.944 novos veículos, o que representou uma diminuição de 33,1% relativamente a 2019, apesar da comparação com 2020 mostrar um aumento de 3,3%”, indicou, em comunicado, a ACAP.

Só em novembro, foram matriculados 13.935 veículos em Portugal, menos 28,7% do que em igual mês de 2019 e menos 6,9% do que em novembro de 2020.

Segundo a ACAP, até novembro, foram matriculados 46.271 veículos ligeiros de passageiros novos, movidos a energias alternativas, um aumento de 75,5% face ao mesmo período de 2020.

Por categoria, de janeiro a novembro, foram registados 134.029 veículos ligeiros de passageiros, uma queda de 35% em comparação com o mesmo período de 2019 e mais 2,2% do que em 2020.

Em novembro, foram registados 10.928 automóveis ligeiros de passageiros novos, um recuo de 33,4% em comparação com 2019 e de 7,6% face a 2020.

Por sua vez, o mercado de ligeiros de mercadorias, até novembro, atingiu as 25.509 unidades, traduzindo uma perda de 24,8% face ao período homólogo de 2019 e um crescimento de 6,7% em comparação em 2020.

No mês de novembro, este mercado totalizou menos 7,2%, face ao período homólogo de 2019, para 2.637 unidades matriculadas, e um retrocesso de 5,9% face a novembro de 2020.

No que se refere aos veículos pesados de passageiros e mercadorias, no período acumulado de janeiro a novembro, foram matriculadas 4.406 unidades, menos 14,3% do que em 2019 e mais 21,3% do que em 2020.

Já em novembro, verificou-se uma progressão de 27,1% em relação ao mesmo mês de 2019, com 370 veículos comercializados, e de 8,2% face a novembro de 2020.

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Dona da Verlingue deteta e trava tentativa de ciberataque

  • ECO Seguros
  • 2 Dezembro 2021

A Adelaide, casa-mãe da corretora Verlingue, foi vítima de tentativa de intrusão cibernética a 27 de novembro. No último dia do mês, mantinha sistemas em baixo, em trabalhos de diagnóstico e análise.

O grupo Adelaïde, holding familiar dona da Verlingue, por sua vez oitava maior na corretagem de seguros em França e ativa em Portugal, foi vítima de uma tentativa de intrusão informática a 27 de novembro. No último dia do mês, mantinha os sistemas do grupo ainda em baixo, sob diagnóstico.

A tentativa de intrusão foi travada “e contida muito rapidamente graças aos sistemas de deteção e segurança do Grupo. A situação está a ser gerida de acordo com o plano de continuidade de negócios de cada empresa do Grupo, com o apoio de peritos em segurança cibernética,” informou a empresa adiantando não ter conhecimento de que o incidente tenha comprometido dados.

Comunicado o incidente às autoridades, foram desligadas as ligações de rede (intranet e extranet) e os sites de serviços a clientes. A companhia acrescentou que, pelo menos durante as 48 horas seguintes, tudo ficaria desligado para procedimentos de verificação da integridade dos sistemas e análises técnicas.

Além da Verlingue, o grupo Adelaide detém a Génération (focada no segmento empresas nos ramos saúde e planos de pensões) e a Coverlife-Cocoon (insurtech com atividade em linhas de proteção individual).

O grupo emprega cerca de 2 000 colaboradores, boa parte atualmente em trabalho remoto. Mais de mil são funcionários da Verlingue e a Adelaïde afirmou que estão disponíveis para atender, devendo ser contactados diretamente, através das coordenadas pessoais.

Em nota de atualização datada de 30 de novembro, a empresa informa que continua a realizar “diagnóstico e análise dos sistemas impactados” pelo incidente, em paralelo com medidas corretivas “já implementadas,” a fim de preparar as condições para reiniciar o sistema de forma segura.

A Adelaïde reafirma não ter conhecimento da existência de dados comprometidos. Reiterando que continuará a atualizar informação sobre evolução e consequências do sinistro referiu: “os nossos serviços online e telefónicos continuam indisponíveis”.

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ECO do Dinheiro. O peso da dívida pública

  • ECO
  • 2 Dezembro 2021

A dívida pública baixou para 130,98% do PIB no final do terceiro trimestre. O Conselho de Finanças Públicas alerta que o envelhecimento da população vai sobrecarregar as contas públicas, Veja o vídeo

A dívida do Estado era de 271,2 mil milhões de euros no final de outubro, segundo dados do Banco de Portugal. Este é o valor mais baixo desde janeiro, mas continua a ser um fardo demasiado pesado.

O dinheiro que o Estado deve era, no final de setembro, equivalente a 130,9% do PIB. O governo prevê que desça até aos 126,9% do PIB no final deste ano e para 122,8% no final de 2022.

https://videos.sapo.pt/7jZ6oHhztwJ8EeR4itFq

Esta trajetória é importante, porque quanto mais alta for a dívida, maior o encargo do Estado com juros, que têm de ser suportados pelas famílias e empresas através do pagamento de impostos. Além disso, o aumento da inflação, está a levar a uma subida gradual das taxas de juro na zona euro, que agravará ainda mais a fatura.

O Conselho de Finanças Públicas alerta no relatório sobre riscos orçamentais que manter a generosidade do Estado social, por exemplo no pagamento de pensões, exigirá um maior esforço orçamental. Quanto mais tempo o país levar a corrigir o seu endividamento, mais dificuldade terá em ter finanças públicas capazes de suportar o impacto do envelhecimento da população.

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Horta Osório quer revolucionar bónus no Credit Suisse

  • ECO
  • 2 Dezembro 2021

Banco vai apresentar uma nova política de remuneração na assembleia-geral de abril. Bónus terão em conta métricas de gestão de risco.

O presidente do Credit Suisse promete mexer na forma como são definidos os bónus dentro do banco de investimento, alinhando-os com métricas de gestão de risco e tendo em conta o custo de capital. A promessa foi deixada no FT Global Banking Summit e será proposta na próxima assembleia-geral anual, em abril.

Depois de várias decisões de investimento que penalizaram fortemente clientes e o próprio banco — casos do colapso da Greensill Capital ou da Archegos Capital (provocou perdas de 5,5 mil milhões) — António Horta Osório defende um sistema de incentivos diferente, que dê mais garantias aos investidores de que aqueles episódios não se vão repetir.

O objetivo é fazer uma mudança cultural, que torne os colaboradores e gestores do banco mais responsáveis pelas decisões de gestão de risco. O presidente do Credit Suisse defendeu também um maior peso dos incentivos de longo prazo, sobretudo para a gestão de topo, e a possibilidade de reclamar de volta bónus já atribuídos.

A remuneração tem que estar alinhada com o setor e tem que estar alinhada com os interesses dos acionistas, com criação de valor após dedução do custo de capital”, afirmou Horta Osório.

As ações do Credit Suisse desvalorizam mais de 30% desde o colapso da Greensill, em março.

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Trabalhadores do INE acusam direção de contrariar orientações para teletrabalho

  • Lusa
  • 2 Dezembro 2021

A direção do INE "indeferiu todas as solicitações para a aplicação do regime de teletrabalho integral (cinco dias por semana) apresentadas pelos trabalhadores desde 1 de outubro".

A Comissão de Trabalhadores (CT) do Instituto Nacional de Estatística (INE) acusou esta quinta-feira o Conselho Diretivo (CD) de contrariar as orientações do Governo quanto ao teletrabalho, defendendo o recurso a este regime em todos os dias da semana.

A CT do INE emitiu um comunicado de imprensa dando conta de que, “apesar da recomendação do Governo para a adoção do regime de teletrabalho, sempre que as funções em causa o permitam”, a direção do instituto “entende que deverá ser mantido, até ao final de 2021, o atual regime regra de organização do trabalho (até quatro dias por semana em teletrabalho)”.

“Mais se informa que o CD indeferiu todas as solicitações para a aplicação do regime de teletrabalho integral (cinco dias por semana) apresentadas pelos trabalhadores desde 1 de outubro (data em que passou a ser aplicado o atual regime regra: até quatro dias de teletrabalho por semana)”, pode ler-se também no comunicado da CT do INE.

Quanto aos indeferimentos, a Comissão de Trabalhadores refere-se especificamente às solicitações “que não tinham previsão legal expressa que lhes conferisse o direito ao teletrabalho”, incluindo nestas “as que se fundamentavam em políticas públicas implementadas pelo atual Governo (conciliação da vida profissional com a vida pessoal e familiar e fixação de trabalhadores do Estado no interior do país)”.

Numa comunicação aos trabalhadores, a CT também refere que questionou a direção “sobre os motivos para a alteração do seu entendimento face à situação que vigorou até 1 de outubro, quando o teletrabalho também era recomendado pelo Governo e os trabalhadores podiam desempenhar integralmente as suas funções neste regime (cinco dias por semana)”.

O CD referiu que se registou uma alteração das circunstâncias, uma vez que a generalidade dos trabalhadores se encontra vacinado”, referem os trabalhadores no texto.

A Comissão de Trabalhadores lamentou ainda que “quando chamado a utilizar os seus poderes de gestão para dar cumprimento a recomendações do Governo, [o Conselho Diretivo] opte por abordagens minimalistas continuando a exigir deslocações presenciais ao INE, pelo menos uma vez por semana”.

Segundo a CT, a direção também exige “a permanência em espaços fechados com outros colegas (com utilização obrigatória de máscara)”.

Os trabalhadores assinalam ainda o “contexto de incerteza agravada pela emergência de uma nova variante do vírus”, tendo alertado o CD “para o agravamento da situação pandémica em Portugal” e para a nova variante Ómicron, “cujos efeitos e o grau de transmissibilidade e de resistência à imunidade conferida pelo esquema de vacinação não são ainda totalmente conhecidos”.

A CT referiu ainda à imprensa, no comunicado, que enviou um email à ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, a informar da situação, “e suscitando um conjunto de questões sobre a incoerência da atuação do CD do INE com as recomendações e as políticas públicas prosseguidas pelo atual executivo”.

A agência Lusa enviou perguntas para o INE acerca dos temas levantados pelos trabalhadores e aguarda resposta.

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