“Cicatrizes pandémicas” serão menores que o inicialmente previsto, diz Fitch

  • Lusa
  • 22 Novembro 2021

A Fitch Ratings acrescenta que a recuperação económica a médio prazo dos mercados desenvolvidos será “muito mais rápida” que o registado na ressaca da crise financeira global de 2008 e 2009.

A agência de notação financeira Fitch Ratings assinalou que as “cicatrizes pandémicas” consequentes da covid-19 serão menores que o inicialmente previsto, apontando que a recuperação a médio-prazo pós-pandemia contrasta com o “apagado crescimento pós-crise económica”.

Num boletim emitido esta segunda-feira em que apresenta novas estimativas quanto aos mercados desenvolvidos, a agência de notação financeira refere também que a pandemia irá reduzir o potencial crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do lado da oferta da economia a médio prazo.

No documento, a Fitch Ratings assinala que o investimento é mais resiliente do que o esperado e que a longo prazo o desemprego ficou abaixo do previsto, depois de um apoio político sem precedentes.

A Fitch Ratings acrescenta que a recuperação económica a médio prazo dos mercados desenvolvidos será “muito mais rápida” que o registado na ressaca da crise financeira global de 2008 e 2009.

De igual forma, a agência de notação financeira sublinhou que a escala e a velocidade das respostas e dos apoios foram inéditas e permitiram o “amortecimento das folhas do setor privado” e apoiar a procura.

O aumento da procura levou também os negócios a aumentarem a capacidade de manufaturação e registou-se também uma aceleração da utilização das tecnologias de informação.

Atendendo a estes fatores, a Fitch Ratings espera que, entre os mercados desenvolvidos, a pandemia retire apenas 0,1 pontos percentuais por ano do crescimento que estes registaram no período pré-pandemia.

A covid-19 provocou pelo menos 5.144.573 mortes em todo o mundo, entre mais de 256,54 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

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El Salvador planeia construir a primeira “Cidade Bitcoin” do mundo

  • ECO
  • 22 Novembro 2021

El Salvador tornou-se no primeiro país do mundo a adotar a bitcoin como moeda legal em setembro. Agora, o presidente quer construir a primeira "Cidade Bitcoin", alimentada por energia de um vulcão.

El Salvador planeia construir a primeira “Cidade Bitcoin” do mundo, alimentada por energia geotérmica de um vulcão. O projeto será financiado em mil milhões de dólares de títulos de dívida soberana suportados na criptomoeda, anunciou o presidente do país, Nayib Bukele.

Nessa cidade, não serão cobrados quaisquer impostos além do IVA, garantiu Bukele. “Se queremos que a bitcoin se espalhe pelo mundo, devemos construir algumas Alexandrias, certo?”, disse o chefe de Estado, referindo-se ao antigo governante da Macedónia, Alexandre o Grande, que fundou cidades com o seu nome por todo o mundo.

“Invistam cá e façam o dinheiro que quiserem”, afirmou ainda em inglês, usando um boné de basebol virado para trás, no encerramento de evento de promoção da bitcoin que durou uma semana.

De acordo com Bukele, a infraestrutura pública custará cerca de 300 mil bitcoins. O El Salvador tornou-se no primeiro país do mundo a adotar a bitcoin como moeda legal em setembro.

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Alemães estarão “vacinados, curados ou mortos” até ao final do inverno, diz ministro da Saúde alemão

  • Lusa
  • 22 Novembro 2021

O ministro da Saúde alemão apelou mais uma vez aos alemães que se vacinem “com urgência”, face à explosão de casos do SARS-CoV-2 nas últimas semanas no país.

O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, alertou esta segunda-feira que até ao final deste inverno os alemães estarão “vacinados, curados ou mortos”, tendo em conta o atual aumento de infeções provocadas pelo novo coronavírus no país.

“Provavelmente, até ao final do inverno, como às vezes se diz cinicamente, todos ou quase todos estarão vacinados, curados ou mortos” devido à propagação da variante Delta do novo coronavírus, que é “muito, muito contagiosa”, declarou o ministro alemão. Jens Spahn apelou mais uma vez aos alemães que se vacinem “com urgência”, face à explosão de casos do SARS-CoV-2 nas últimas semanas no país.

A Alemanha, especialmente as regiões sul e leste, foi duramente atingida por uma nova onda de infeções, que os investigadores e políticos atribuem, em particular, a uma taxa de vacinação (68%) das mais baixas da Europa Ocidental. Diante do ressurgimento do vírus, que já matou mais de 99 mil pessoas no país desde o início da pandemia, a chanceler alemã cessante, Angela Merkel, e o seu provável sucessor, Olaf Scholz, decidiram na quinta-feira endurecer as restrições para os não vacinados, mas excluíram a vacinação obrigatória para toda a população.

“Atualmente temos uma quarta onda, temos uma situação muito, muito difícil em muitos hospitais na Alemanha”, disse Spahn numa conferência de imprensa. “Estamos a ver essa onda espalhar-se gradualmente para o oeste”, acrescentou o ministro. As unidades de cuidados intensivos dos hospitais estão a chegar a um ponto de saturação, principalmente por falta de pessoal.

Nos últimos dias, a Alemanha tem registado números sem precedentes de infeções, ultrapassando o limite de 65.000 contágios diários na semana passada. Hoje, a taxa de incidência a sete dias bateu o recorde de 386,5 infeções por 100 mil habitantes. Angela Merkel, que está prestes a deixar o poder, lamentou esta quarta onda “altamente dramática”, enquanto os líderes alemães pretendem uma limitação drástica da vida social dos não vacinados.

A covid-19 provocou pelo menos 5.144.573 mortes em todo o mundo, entre mais de 256,54 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse. A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

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Portugal Sotheby’s Realty quer recrutar 60 colaboradores. Prepara “talent day”

O "talent day" acontece a 24 de novembro, no Hotel Dom Pedro, em Lisboa, e no Hotel NAU São Rafael Atlântico, em Albufeira. Candidaturas abertas.

A Portugal Sotheby’s Realty quer reforçar a sua presença em Portugal, com a contratação de 60 novos colaboradores até ao final deste ano. Para conhecer e entrevistar os potenciais candidatos, a Portugal Sotheby’s Realty vai organizar um talent day, no próximo dia 24 de novembro, que decorrerá no Hotel Dom Pedro, em Lisboa, e no Hotel NAU São Rafael Atlântico, em Albufeira.

“A Portugal Sotheby’s Realty tem registado um crescimento sustentado e progressivo ao longo dos anos e, para acompanhar a evolução da empresa e a abertura de novos escritórios é necessário reforçar as nossas equipas. Procuramos novos talentos, determinados e ambiciosos, com espírito de equipa e orientados para resultados, sendo igualmente muito valorizado se o candidato falar vários idiomas”, diz Miguel Poisson, CEO da Portugal Sotheby’s Realty, em comunicado.

Metade dos profissionais que a imobiliária pretende contratar será direcionada para os escritórios de Lisboa, situados nas Amoreiras e no Parque das Nações, e a outra metade para os escritórios de Vilamoura e do Carvoeiro.

Os novos private brokers vão beneficiar de um período de formação que lhes permitirá conhecer a cultura, os valores e o modelo de trabalho da Portugal Sotheby’s Realty, tornando-os especialistas do mercado imobiliário residencial de luxo.

As candidaturas devem ser enviadas até ao dia 22 de novembro através deste link (no caso de Lisboa) e deste (no caso do Algarve).

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Telecom Italia dispara 26% após receber oferta de 10,8 mil milhões do fundo KKR

  • ECO
  • 22 Novembro 2021

Fundo americano oferece 10,8 mil milhões de euros pela operadora italiana, mas o maior acionista, a Vivendi, deverá rejeitar a proposta. Governo italiano também já reagiu.

O fundo americano KKR apresentou uma proposta no valor de 10,8 mil milhões de euros pela Telecom Italia (TIM), tendo o objetivo de retirar a maior operadora de telecomunicações italiana da bolsa.

A TIM anunciou ao mercado que foi estabelecido um preço indicativo de 0,505 euros por ação, o que representa um prémio de 45,7% em relação ao valor das ações ordinárias na sexta-feira. A KKR oferece o mesmo valor pelas saving shares da TIM.

Em reação à oferta da KKR, as ações da TIM estão a disparar 26% para 0,4373 euros na bolsa de Itália. O setor das telecom está a ser também impulsionado por esta notícia e no PSI-20 a Nos avança 1,37% para 3,392 euros.

“O setor das telecoms está animado com a proposta da KKR à Telecom Italia e que fazem a empresa ganhar mais de 25%, apesar de notícias de que a Vivendi, a sua maior acionista, se pode opor à oferta“, afirmam os analistas da equipa de mercados do BCP numa nota aos clientes.

A administração da TIM, liderada pelo antigo responsável do Banco de Itália, Salvatore Rossi, esteve reunida durante várias horas no domingo para discutir a proposta e no comunicado publicado após esse encontro não deixou qualquer indicação sobre se irá apoiar a abordagem do fundo de investimento.

Notou que a KKR ter uma abordagem “amigável” e que procurava o apoio da empresa e também do Governo italiano.

O Tesouro italiano apenas referiu que o interesse estrangeiro em empresas italianas “é uma notícia positiva para o país” e que o mercado avaliará a credibilidade do plano da KKR caso se concretize.

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As linhas mestras da gestão de equipas: o que mudou?

  • PESSOAS + EY
  • 22 Novembro 2021

Inês Vaz Pereira, Associate Partner EY, People Advisory Services, fala das mudanças na operacionalização da gestão de equipas e da importância da liderança humanizada, atenta e inovadora.

Na gestão global de uma empresa, somos a soma das partes e somos responsáveis pela criação de equipas coesas, de alto rendimento e ainda por contribuir diariamente para um sentimento de cultura única.

É exigido aos líderes de hoje que sejam o exemplo na gestão da mudança, na contínua performance de alto rendimento, a manter as equipas felizes e “fidelizadas” e a superar constantemente cada sucesso alcançado. Tempos ainda mais exigentes, quando comparados com todos os tempos vividos. As linhas mestras da Gestão são as mesmas: a forma como se operacionaliza é que mudou.

A comunicação tem um fluxo básico: emissor vs recetor, mas nem sempre esse fluxo é linear, direto ou proporcional. E chegamos à primeira linha mestra: a comunicação da Mudança. Comunicar, não é hoje mais importante do que sempre foi. Estatísticas mais recentes assim o confirmam. Mas estaremos a comunicar corretamente com as nossas equipas?

Reconhece-se com precisão que todos somos agentes ativos na mudança e na adaptação dos nossos comportamentos “aos novos tempos”: ser ou não ser, eis a questão. Mas é um processo que deve ser transversal e absolutamente transparente para toda a organização.

Voltemos ao modelo emissor vs recetor e apliquemo-lo junto das equipas. Pratique-se a escuta ativa de todo o tipo de comunicação: verbal e não verbal. Esse papel cabe a cada liderança, que quanto mais consistente for na comunicação transparente, mais e melhor contribui para uma cultura coesa. Melhor reputação interna e externa. Cria-se reconhecimento e agiliza a motivação. Tudo a ganhar.

"São as novas soft skills que lideram uma verdadeira transformação organizacional específica de cada organização.”

Inês Vaz Pereira

Associate Partner EY, People Advisory Services

Outra linha mestra que temos vindo a trabalhar nas empresas é a Transformação Organizacional. Se o mundo mudou, se os colaboradores mudaram, se as lideranças mudaram…então as competências, funções e estruturas deverão refletir essa mudança. Aliar as pessoas aos objetivos do negócio, é aceitar que um Novo Mundo de Trabalho chegou para ficar.

Modelos Híbridos de Gestão, People Agenda (ou seja, colocar as vossas pessoas no centro da vossa agenda), Diversidade e Inclusão, Tecnologia…. Uma explosão de inovação e aceleração na dinâmica do trabalho que se reflete no redesenho de [novas] estruturas organizacionais. São as novas soft skills que lideram uma verdadeira transformação organizacional específica de cada organização.

Tecnologia & Transformação Digital – a linha mestra mais procurada nos últimos tempos. Há anos que se fala em transformação digital. Brilhantes casos de sucesso em Portugal, Angola e Moçambique sobre empresas que já são tecnologicamente maduras nos seus processos e nos seus KPIs de gestão. Mas o desafio atual prende-se com o conceito de Transformação Digital Humanizada.

Proporcionar uma cultura de adoção tecnológica junto dos colaboradores é desenvolver modelos de comunicação, formação e desenvolvimentos alinhados com a gestão tecnológica, disponível a um clique de utilização de todos os colaboradores. Simples e intuitiva, a exigência foca-se na cultura digital humanizada.

Os últimos anos trouxeram muito investimento e maturidade tecnológica focada na digitalização dos processos, na melhoria dos KPIs e na redução de tarefas administravas – e tão importante tem sido este investimento.

"Proporcionar aos colaboradores experiências genuínas e inovadoras que lhes incute o sentimento de pertença, de cultura de partilha e identificação, é uma importante prioridade a dar na gestão das nossas (melhores) pessoas. “Eu quero ficar”.”

Inês Vaz Pereira

Associate Partner EY, People Advisory Services

Mas os novos tempos trazem para a agenda dos nossos líderes, o conceito de “experiência de colaborador”, ou seja, foco na forma como é vivido e sentido os momentos que importam para os colaboradores: a primeira entrevista, o primeiro dia de trabalho, o primeiro salário, o reconhecimento e a promoção, o aniversário de trabalho ou até mesmo, o dia de saída da empresa.

As pessoas retêm momentos, experiências. E quanto melhores experiências, mais seguras se sentem, mais se identificam e mais resistem em mudar para outras empresas. Proporcionar aos colaboradores experiências genuínas e inovadoras que lhes incute o sentimento de pertença, de cultura de partilha e identificação, é uma importante prioridade a dar na gestão das nossas (melhores) pessoas. “Eu quero ficar”.

Por último, e não menos importante, ressalva-se o próprio estilo da liderança que está a ser desenvolvido no sentido da reaproximação. Os tempos de mudança trouxeram um afastamento social e emotivo entre as equipas, onde o líder sente hoje a necessidade de uma reaproximação (emocional) entre as suas equipas. Note-se que os líderes enfrentam hoje uma realidade nova: encontram quatro gerações em simultâneo na força de trabalho das organizações: Baby Boomers, Geração X, Geração Y e Millennials. Enfrentam novos paradigmas de liderança com diferentes skills que combinam o lado humano vs digital.

Em suma, a velocidade das mudanças sociais, económicas e tecnológicas obriga as organizações a ter capacidade de se adaptarem de forma rápida, necessitando que as suas pessoas sejam ágeis para acompanhar e até antecipar essa mudança. Se a este facto, somarmos o toque da liderança humanizada, atenta e inovadora, acolhe-se uma mudança saudável e colhe-se os resultados surpreendentes.

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Mais de 40% dos portugueses fizeram compras online este ano

Taxa de utilização do comércio eletrónico continua a aumentar, indica o INE. Também está em crescimento a percentagem de agregados com ligação à internet em casa.

Há cada vez mais portugueses a fazer compras online. Segundo os dados divulgados, esta segunda-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística, a taxa de utilização do comércio eletrónico aumentou 5,2 pontos percentuais em 2021, face a 2020, para 40,4%. Isto num ano em que também a percentagem de agregados com ligação à internet em casa através de banda larga cresceu, sendo agora de 84,1%.

“Em 2021, 40,4% das pessoas dos 16 aos 74 anos efetuaram encomendas pela internet, mais 5,2 pontos percentuais do que no ano anterior”, salienta o INE. Apesar desta evolução, a proporção de utilizadores do comércio eletrónico em Portugal continua abaixo da média da União Europeia. Em 2020, por exemplo, 54% da população do bloco comunitário fez compras online.

Na nota divulgada esta segunda-feira, explica-se que, por cá, a taxa de utilização de comércio eletrónico aumentou “principalmente no caso das mulheres”. Neste grupo, houve um acréscimo de 8,8 pontos percentuais, em termos homólogos, para 43,2%. Já entre os homens, a subida foi de 5,8 pontos percentuais para 37,4%.

E apesar da proporção de utilizadores do comércio eletrónico ter aumentado em Portugal, houve uma redução da quantidade de encomendas realizadas em comparação com 2020, principalmente no que diz respeito à percentagem de utilizadores que realizaram mais de dez encomendas (-0,3 pontos percetuais) e de seis a dez encomendas (-1,8 pontos percentuais). Já a proporção dos utilizadores que fizeram uma ou duas encomendas aumentou 0,6 pontos percentuais e a dos que levaram a cabo de três a cinco encomendas cresceu 1,5 pontos percentuais.

Paralelamente a esta dinâmica, o INE indica que houve um decréscimo homólogo do valor monetário despendido. Em 2021, houve menos utilizadores a gastar 100 euros ou mais, mantendo-se, todavia, preponderante (36,7%) o grupo de utilizadores que gastam entre 100 euros aos 499 euros em compras online. “O padrão das compras pela internet registado em 2021 está longe do existente em 2019, quando mais de metade dos utilizadores de internet realizavam uma ou dias encomendas e 37,5% gastavam menos de 50 euros”, frisa o gabinete de estatísticas.

Ao longo do ano atual, a maioria dos portugueses que fizeram encomendas digitais compraram produtos físicos (98,7% encomendaram, pelo menos, um produto físico). Por outro lado, 52,9% referiram ter encomendado serviços e 50,3% adquiriram produtos em formato digital. À semelhança de 2020, as encomendas digitais foram predominantemente de roupa, calçado e acessórios de moda (69%), seguindo-se as refeições em takeaway ou entrega ao domicílio (46,0% em 2021) e os filmes, séries ou programas de desporto (34,9% em 2021).

Quanto à aquisição de serviços, a nota divulgada esta segunda-feira, adianta que, em 2021, aumentou principalmente a proporção de utilizadores que efetuaram reservas de alojamento online (6,8 pontos percentuais), transporte (2,8 pontos percentuais) e serviços de ligação à internet, telefone e telemóvel (1,9 pontos percentuais).

Por outro lado, o INE dá conta que, em Portugal, a taxa de utilização do comércio eletrónico é mais elevada nas regiões a Sul do Tejo, sendo a Área Metropolitana de Lisboa aquela que regista a proporção de consumidores digitais mais expressiva (46,6%). “Nas regiões do Alentejo e do Algarve, registam-se pela primeira vez percentagens de utilizadores ligeiramente superiores à média nacional”, destaca o gabinete de estatísticas.

Quanto à análise etária da utilização do comércio digital, há a notar que as encomendas online são mais frequentes no grupo etário dos 25 aos 34 anos. E é entre os portugueses com o ensino superior e aqueles que são estudantes que se encontram as maiores taxas de utilização de comércio eletrónico. “Considerando as classes de rendimento, é relevante a assimetria
entre as taxas de penetração nos dois primeiros quintis (20,0% e 28,5%) e nos três quintis de rendimento mais elevados (de 44,4% a 59,6%)“, acrescenta o INE.

A nota agora divulgada traça o retrato também da evolução da utilização da internet em Portugal. É nesse contexto que se indica que, em 2021, 87,3% dos agregados familiares em Portugal têm ligação à internet em casa, mais 2,8 pontos percentuais do que no ano anterior. Aumentou também em 2,4 pontos percentuais a proporção das famílias que acedem à internet através de banda larga para 84,1%. “Contudo, a taxa de penetração da banda larga nos lares portugueses continua a ser inferior à observada na União Europeia para 2020 (89%)”, observa o INE.

Por cá, as famílias com crianças até aos 15 anos são as que registam taxas de acesso à internet (98,2%) e de acesso em banda larga (97,0%) mais pronunciadas face à generalidade das famílias. E por classes de rendimento, “os agregados do quintil mais elevado (20% dos agregados com maiores rendimentos) são os que apresentam níveis mais elevados de acesso à internet (96,8%) e banda larga (94,5%)”. Em comparação, para os 20% de agregados com menores rendimentos (primeiro quintil), “as proporções de acesso à internet em casa e acesso através de banda larga são substancialmente mais baixas (72,2% e 68,3%, respetivamente)”, explica o INE.

Quanto ao conjunto da população residente, há a notar que 82,3% das pessoas com 16 a 74 anos utilizam a internet, o que corresponde a um salto de quatro pontos percentuais face a 2020. Também neste ponto, Portugal continua, contudo, abaixo da média comunitária (os tais 82,3% comparam com os 88% da UE).

Em 2021, “a proporção de 81,2% de mulheres que utilizam a internet continua a ser inferior à verificada para os homens (83,6%)”. E por profissões, há a sublinhar que 98% dos representantes do poder, especialistas das atividades intelectuais e científicas e técnicos de nível intermédio utilizam a internet. Tal compara com 92,3% do pessoal administrativo, trabalhadores dos serviços e vendedores, bem como com 82,9% e 80,0% respetivamente para os agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, pesca, floresta, indústria, construção e artífices e os operadores de instalações e máquinas, trabalhadores da montagem e trabalhadores não qualificados.

Por regiões, a Área Metropolitana de Lisboa, o Algarve e a Região Autónoma da Madeira são aquelas que verificam as proporções de utilizadores de internet mais elevadas (89,8%, 84,6% e 84,1%, respetivamente). Já região Norte regista a proporção mais modesta (78,1%).

E para que usam os portugueses a internet? Principalmente, para comunicar e aceder a informação: 91,4% trocaram mensagens instantâneas, 87,6% enviaram ou receberam e mails, 86,7% pesquisaram informação sobre produtos ou serviços, 81,3% leram notícias, 79,7% telefonaram ou fizeram chamadas de vídeo e 69% ouviram música, sendo este “o principal motivo de entretenimento para a utilização da internet”.

Há menos trabalhadores a trabalhar a partir de casa

A fatia de trabalhadores que estão a exercer as suas funções a partir de casa com recurso à internet está em queda em 2021 face a 2020, ano marcado pela fase mais crítica da crise pandémica e, consequentemente, pela adesão sem precedentes ao teletrabalho. De acordo com o INE, em 2021, 21,9% dos portugueses exerciam a sua profissão sempre ou quase sempre em casa no mês anterior à entrevista (em 2020 foram 33,1%), e 20,1% trabalharam em casa com recurso às tecnologias da informação e da comunicação (em 2020 eram 31,1%).

Mais, este ano, “a referência à pandemia como justificação para trabalhar a partir de casa é feita apenas por 17,5% dos utilizadores de internet com emprego, menos 12,1 pontos percentuais que no ano anterior”, indica o gabinete de estatísticas.

É na Área Metropolitana de Lisboa que se regista a proporção de pessoas em teletrabalho mais elevada (34,6%), apesar da diminuição de 8,6 pontos percentuais em relação a 2020. Além disso, a percentagem de pessoas em teletrabalho em 2021 é, à semelhança de o ano passado, significativamente mais elevada para os completaram o ensino superior (35,1%, que compara
com 15,4% e 3,6% para os que completaram, respetivamente, o ensino secundário e o ensino básico). E a proporção de mulheres em teletrabalho (22,7%) supera a de homens (17,5%).

17,3% das empresas utilizam tecnologia de inteligência artificial

O INE divulgou esta segunda-feira também uma nota relativa à utilização de tecnologias da informação e da comunicação nas empresas portuguesas. Nesse âmbito, indica-se que hoje 96,6% das empresas e 44,5% das pessoas ao serviço utilizam computador com ligação à internet para fins profissionais.

Mais, 62% das empresas já referem ter website próprio ou do grupo económico, o que equivale a um aumento de 0,5 pontos percentuais face 2020. “A maioria disponibiliza a descrição dos produtos, listas de preços e ligações ou referências a perfis de redes sociais da empresa”, detalha o INE.

Além disso, quase 60% das empresas portuguesas utilizam meios de comunicação digital e a quase totalidade utiliza as redes sociais (97,9%). Por outro lado, as vendas de bens e serviços através do comércio eletrónico representaram 17% do total do volume de negócios em 2020, menos 2,8 pontos percentuais que no ano anterior. De notar que este resultado foi influenciado pelas reduções observadas nos serviços de alojamento e de transporte e pela redução de transações entre empresas, por força da crise pandémica.

O INE acrescenta também que 34,7% das empresas compram hoje serviços de computação em nuvem para utilizar na Internet (mais 5,7 pontos percentuais do que em 2020). A compra do serviço de correio eletrónico e armazenamento de ficheiros destaca-se. De notar ainda que perto de um quinto das empresas (17,3%) recorre a tecnologias de inteligência artificial. As mais utilizadas são as que “analisam linguagem escrita, identificam objetos ou pessoas através de imagens e que automatizam diferentes fluxos de trabalho ou auxiliam na tomada de decisão”.

(Notícia atualizada às 12h42)

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Governo assegura reforço de meios da estrutura de vacinação ainda esta semana

O reforço nos recursos humanos e logística da estrutura de vacinação vai arrancar já esta semana, garante secretário de Estado, sem adiantar a dimensão desta operação.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde assegura que ainda esta semana será feito um reforço dos meios da estrutura de vacinação, nomeadamente de recursos humanos e logística. “Temos que reprogramar e replanear o mais brevemente possível”, admite António Lacerda Sales, numa altura em que novos critérios fazem com que mais pessoas sejam abrangidas pela dose de reforço da vacina contra a Covid-19.

Entraram “mais de 1,8 milhões de pessoas [nesta fase de vacinação] e isso exige reprogramação de meios, logística e planeamento“, reitera o secretário de Estado, em declarações transmitidas pelas televisões. Lacerda Sales não adiantou ainda a dimensão do reforço que será feito na estrutura, mas garantiu que vai avançar já nesta semana.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) avançou com três novos critérios, pelo que vão começar a ser chamados os maiores de 18 anos que tomaram a vacina da Janssen; e, entre os maiores de 65 anos e os profissionais de saúde e do setor social, é encurtado o intervalo mínimo de seis para cinco meses e entram os recuperados e que só receberam uma dose.

“Tínhamos o objetivo de vacinar 1,6 milhões de pessoas até ao Natal e agora mais do que se duplicou o número de faixas”, sinaliza o secretário de Estado. Lacerda Sales mostra-se confiante, ainda assim, que tal “não põe em causa o objetivo”, sendo que se vai “tentar vacinar o maior número de pessoas possível no menor tempo possível”, diz. A reprogramação e replaneamento estão a ser feitos “em conjunto com o Ministério da Defesa e também com as autarquias”, acrescentou.

Tal como anteriormente, têm sido priorizadas as “faixas mais vulneráveis e idosos”, e “com o evoluir do processo e aceleração que tem tido, brevemente todas as faixas estarão a ser chamadas”. Os bombeiros e setor social vão começar a ser chamados também, recordou.

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Endividamento da economia sobe 600 milhões, mas peso no PIB baixa

O endividamento dos cidadãos, empresas e Estado subiu 600 milhões de euros em setembro. Porém, no terceiro trimestre, o peso no PIB baixou para os 369,9%.

O endividamento da economia portuguesa (todos os agentes económicos exceto a banca) subiu 600 milhões de euros em setembro face ao mês anterior, fixando-se nos 764,5 mil milhões de euros, mostram os dados do Banco de Portugal. Porém, o rácio baixou de 373,4% do PIB no segundo trimestre para 369,9% do PIB no terceiro trimestre.

“Em setembro, o endividamento do setor não financeiro (administrações públicas, empresas e particulares) aumentou 0,6 mil milhões de euros em relação ao mês anterior, para 764,5 mil milhões de euros”, revela o banco central na nota de informação estatística divulgada esta sexta-feira.

Em setembro, o setor público registou uma quebra no endividamento de 1,4 mil milhões de euros, principalmente graças à diminuição do endividamento junto do exterior. Contudo, o setor privado registou uma subida superior, de dois mil milhões de euros (1,3 mil milhões para empresas e 600 milhões para particulares), ditando um aumento do endividamento da economia.

Apesar desta subida, o endividamento da economia manteve-se abaixo do anterior pico atingido em junho, mês em que chegou aos 765,3 mil milhões de euros.

Endividamento da economia sobe 600 milhões, mas não supera anterior máximo de 765,3 mil milhões

Fonte: Banco de Portugal.

Em percentagem do PIB, terminado o terceiro trimestre deste ano, o endividamento da economia diminuiu de 373,4% no segundo trimestre para 369,9% do PIB, “impulsionado pela redução do endividamento do setor público, que desceu de 170,6% para 167% do PIB“, explica o Banco de Portugal.

Já o endividamento do setor privado praticamente não se alterou, tendo subido ligeiramente de 202,8% para 202,9% do PIB.

Peso do endividamento da economia desce pelo segundo trimestre consecutivo

Fonte: Banco de Portugal.

O rácio de endividamento de 369,9% do PIB é o mais baixo desde o terceiro trimestre de 2020, exatamente há um ano. Continua acima dos 338% do PIB alcançado mesmo antes da pandemia, no quarto trimestre de 2021.

O alívio do peso do endividamento no PIB é principalmente explicado pelo crescimento económico uma vez que o volume de dívida é até superior ao registado anteriormente. A economia cresceu 4,2% em termos homólogos no terceiro trimestre, de acordo com a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Acresce que, segundo o banco central, “em comparação com o segundo trimestre de 2021, a redução de 3,5 pontos percentuais do endividamento do setor não financeiro traduziu-se, sobretudo, na diminuição do endividamento junto de entidades não residentes”.

Em setembro, o endividamento das empresas privadas cresceu 1,8% em termos homólogos e o endividamento dos particulares acelerou para um crescimento de 3,1%, o que é a taxa de variação mais elevada desde março de 2009.

(Notícia atualizada às 11h27 com mais informação)

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Agências bancárias do futuro cabem na palma da mão

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  • 22 Novembro 2021

O caminho para a transição digital percorre-se a velocidades diferentes, mas o sector financeiro não quer ficar para trás e aposta na banca conversacional. Não perca o debate online, dia 25, às 16h.

Longe vão os tempos em que o cliente bancário comum dependia de uma visita às agências físicas para resolver as suas questões financeiras. Ainda que a transição da banca para o digital pareça ser silenciosa e progressiva, a tendência para o encerramento de sucursais afeta transversalmente todos os players do mercado. O surgimento de cada vez mais bancos 100% digitais, nacionais e internacionais, acelerou a urgência de digitalização no setor, que hoje vê no conceito de banca conversacional uma ferramenta com potencial transformador. “É um acelerador da transformação digital e da modernização do setor bancário português”, explica ao Eco Marcos Seskin Cardeira.

O senior manager da NTT DATA Portugal – até aqui conhecida como Everis Portugal – detalha que este conceito “baseia-se no uso de motores de conversação automáticos assentes em inteligência artificial”, que permitem responder de forma “rápida, eficaz e completa” à maioria das necessidades operacionais dos clientes. Apesar da integração desta ferramenta poder ser feita “em qualquer canal de relacionamento” do banco com os seus clientes, também pode servir a comunicação interna. Marcos Seskin Cardeira afirma que a solução pode ser implementada “nos próprios escritórios, apps, internet, call center e em qualquer sistema de informações interno”, com claras vantagens do ponto de vista da eficiência e da eficácia.

Mas o que significa isto para os clientes? A ideia passa sobretudo por reduzir o número de recursos humanos alocados ao atendimento, pelo menos numa primeira fase da jornada do cliente, e esclarecer dúvidas ou fornecer informações sobre serviços de forma automatizada com recurso à linha telefónica, ao site ou à app do banco. A interface de comunicação pode ser baseada em texto, através de chatbots, ou em voz, por via dos voicebots. Estes ‘bots’ não são mais do que sistemas digitais alimentados por inteligência artificial e treinados para cumprir determinado tipo de tarefas de forma personalizada.

No caso prático de uma interação entre banco e o seu cliente, esta ferramenta pode permitir realizar tarefas como pedidos de informação sobre produtos ou serviços e operações bancárias simples. Quando este atendimento virtual não é capaz de responder aos pedidos, a conversa é encaminhada para um agente de carne e osso que prossegue a comunicação com o cliente. “Permite aumentar os índices de digitalização dos clientes portugueses e aproximar os serviços bancários da população mais sénior, que não necessita de conhecimentos tecnológicos específicos para utilizar este canal”, detalha o responsável da NTT DATA Portugal.

Quer para a banca, quer para o cliente, as vantagens são evidentes e incontornáveis. Desde logo, existe espaço para a melhoria da experiência do cliente, que consegue evitar deslocações às agências físicas ou a demora no atendimento telefónico, mas possibilita igualmente um “reforço da segurança nas transações bancárias”. “A utilização de biometria de voz e facial para log in nos canais digitais ou autorização de operações permite reduzir a probabilidade de fraude”, esclarece Marcos Seskin Cardeira.

Estas soluções contribuem, ainda, com o aumento da eficiência operacional no setor. “É possível reduzir custos com a operativa do contact center e a rede de agências, evitando compra de licenças e computadores, e reaproveitar os gestores para atividades de valor acrescentado”, atesta o especialista. Desta forma, o operador financeiro torna-se mais ágil, mas sobretudo mais produtivo com o melhor aproveitamento do talento humano de que dispõe.

O conceito de banca conversacional será esmiuçado e debatido no webinar “New Ways of Working – O futuro da banca é ‘conversa’?”, organizado pelo ECO com apoio da NTT DATA Portugal, que acontece no próximo dia 25 de novembro, a partir das 16h. A sessão, que terá transmissão em direto aqui, contará com a apresentação “Let’s chat: Conversational Banking: the 7 trends transforming the sector”, de Fabio Distaso, Global Head of Conversational Banking NTT DATA. Seguir-se-á uma mesa-redonda que junta Carolina Bouvard, Head of Technology & Operations do Santander Totta Portugal, Manuel Domingos, Chief Information Officer do Novo Banco, e Marcos Seskin Cardeira, Senior Manager da NTT DATA Portugal.

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Chiara Manfletti é a nova chief operations officer da Neuraspace

Na Agência Espacial Europeia a profissional "teve um papel ativo na capacitação e modelagem de futuras atividades espaciais na Europa."

Chiara Manfletti, chief operations officer da Neuraspace.

A Neuraspace anunciou a contratação de Chiara Manfletti para o cargo de chief operations officer (COO). A profissional tem um percurso profissional ligado à Agência Espacial Europeia e, em 2019, foi nomeada presidente da recém-fundada Portugal Space.

“É com um grande orgulho que anunciamos a contratação da Chiara Manfletti para liderar as operações da Neuraspace. Numa altura em que tanto se fala dos desafios ambientais e da sustentabilidade do planeta, a ameaça dos detritos espaciais é real. E, a verdade é que à medida que são lançadas mais mega constelações de satélites em órbita, a probabilidade de colisões no espaço aumenta exponencialmente. A Neuraspace surge para resolver estes problemas de forma eficiente”, diz Nuno Sebastião, investidor da empresa, em comunicado.

Antes de integrar a Neuraspace, Chiara Manflettu foi head of policy do departamento de coordenação de políticas e programas da Agência Espacial Europeia, onde “teve um papel ativo na capacitação e modelagem de futuras atividades espaciais na Europa”, informa nota de imprensa. Adicionalmente, foi, em 2019, nomeada presidente da então recém-fundada agência espacial portuguesa, a Portugal Space.

Do currículo de Chiara Manfletti destaca-se ainda o trabalho desenvolvido para o Centro Aeroespacial Alemão, DLR, como engenheira de pesquisa na área de propulsão de foguetes líquidos, e também na Agência Espacial Europeia, quando em 2016 assumiu as funções de programme advisor do diretor-geral, na sede da agência, em Paris.

A Neuraspace é uma empresa portuguesa que acaba de ser criada em Coimbra e que tem como um dos seus principais objetivos a resolução do problema do lixo espacial e a prevenção de colisões entre satélites, através de tecnologias de inteligência artificial e machine learning.

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“Mesa de Natal não está em risco, na árvore pode haver alguns atrasos”, diz diretor da APED

  • ECO
  • 22 Novembro 2021

Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da APED, assegura que Portugal não vai ter falhas de produto quando os portugueses se sentarem à mesa para a ceia de Natal. Mas as prendas poderão atrasar-se.

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), que reúne esta segunda-feira com o Governo a propósito do abastecimento das famílias no período de festas, assegura que “a mesa de Natal não está em risco”, mas avisa que “na árvore de Natal pode haver alguns atrasos” nas prendas e que “alguma rutura” de stock nos produtos mais procurados.

A mesa de Natal não está em risco, não vamos ter falhas de produto, os nossos associados de retalho estão bem capacitados para que os produtos não falhem”, disse Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da APED, à Rádio Observador.

Diria que na árvore de Natal pode haver alguns atrasos e um ou outro produto que possa demorar mais tempo a chegar ou que possa haver alguma rutura nos produtos mais vendidos”, alertou de seguida, apontando que essa situação se pode verificar com “alguns equipamentos eletrónicos, alguns brinquedos e em alguns produtos de desporto e de mobiliário”.

Gonçalo Lobo Xavier explicou que a cadeia de valor está sob uma pressão muito grande devido a vários fatores, como aumento do custo das matérias-primas e pelo aumento do custo de energia e dos combustíveis fósseis. Mas também a cadeia de distribuição está a ser pressionada e “há produtos que estão a ter maior dificuldade a chegar a Portugal”.

Portugal “tem a cadeia alimentar muito bem organizada, isto é, não há neste momento nenhum risco de falharem produtos alimentares para o Natal”, assegurou o diretor da APED. Há, contudo, algumas categorias em que Portugal não é autossuficiente e cujos produtos são importadas. “Aí tem havido uma maior dificuldade em chegar com a mesma cadência que estamos habituados”, admite.

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