Bloco considera “normal” protesto contra Governo que não mudou leis laborais

  • Lusa
  • 20 Novembro 2021

Catarina Martins diz que a manifestação deste sábado é “seguramente a mostra do descontentamento por não terem sido dados os passos necessários para recuperar salários” em Portugal.

A coordenadora do BE criticou este sábado o Governo por não ter mudado “as regras do jogo” da legislação laboral para que Portugal tenha salários dignos, considerando, por isso, normal que as pessoas saiam à rua para protestar.

A líder bloquista, Catarina Martins, participa esta tarde na manifestação em Lisboa convocada pela CGTP para exigir melhores condições laborais e que junta milhares de pessoas que vieram de todas as partes do país, tendo falado aos jornalistas no arranque da concentração, junto ao Marquês de Pombal.

Questionada sobre se considerava que esta manifestação era um cartão amarelo ao Governo de António Costa, respondeu que é “seguramente a mostra do descontentamento por não terem sido dados os passos necessários para recuperar salários”, algo que “está ao alcance” de Portugal.

“Está nas mãos do poder político em Portugal alterar as regras do jogo para que os salários sejam dignos e o Governo não o quis fazer até agora e é normal que as pessoas saiam e saiam para protestar, saiam para exigir futuro. Futuro para si, futuro para o país”, afirmou.

Repor horas extra e compensações por despedimento

Na perspetiva da líder do BE, “não há nenhuma razão” para não se repor o pagamento das horas extra ou das compensações por despedimento, nem sequer “para não combater a precariedade de uma forma decidida” ou “para não respeitar os trabalhadores por turnos ou o outsourcing”.

“Se há uma coisa que Portugal sabe é que a direita não é resposta para o problema dos salários baixos, a direita não é resposta para o problema da precariedade. Não. A direita fez as regras que baixam os salários em Portugal, que aprofundam a precariedade em Portugal e é por isso que a direita neste momento não é solução para nada e não é com a direita que se debatem as soluções para o problema do país”, defendeu.

[Das eleições antecipadas tem de] sair uma esquerda mais forte para tirar a troika das relações laborais.

Catarina Martins

Coordenadora do Bloco de Esquerda

Para Catarina Martins, aquilo que é preciso é “uma resposta forte”, pedindo que das eleições antecipadas de 30 de janeiro saia uma “esquerda mais forte para tirar a troika das relações laborais”. “Se a esquerda desistir dos salários, desistir de salários dignos está a desistir do país e isso não pode fazer de maneira nenhuma”, avisou.

Questionada sobre a disponibilidade para um novo entendimento com o PS a seguir às eleições legislativas, a coordenadora do BE afirmou que o partido se apresenta às urnas também com a reivindicação “que haja força à esquerda para que se alterem as leis do trabalho e para que os salários possam evoluir em Portugal”.

“Portugal paga na conta do supermercado o mesmo que se paga na Alemanha, paga mais na energia do que em muitos países da Europa, mas depois, quando olhamos, para os salários, as pessoas ganham muito menos e é isso que não está bem e é isso que tem de ser mudado e é para isso que é preciso força à esquerda e é isso que se discute à esquerda porque a direita, já sabemos, só quer cortes”, reiterou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sete dicas para não ser enganado nas pesquisas do Google

  • Tiago Lopes
  • 20 Novembro 2021

Um estudo recente mostrou que as notícias falsas espalham-se 70% mais rápido do que as notícias verdadeiras. A pensar nisso, a Google reuniu um conjunto de sete dicas para ajudar na pesquisa.

Um estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, exemplifica bem como o problema das notícias falsas tem vindo a crescer nos últimos tempos. De acordo com a publicação, as notícias falsas espalham-se 70% mais rápido do que as notícias verdadeiras, conseguindo chegar desta forma a uma audiência muito mais alargada.

O mesmo estudo indica que uma notícia falsa chega entre mil a 100 mil pessoas, enquanto uma notícia verdadeira atinge, em média, cerca de 1.000 pessoas. Quando uma notícia é relacionada com política os números são ainda impressionantes, já que o seu alcance é três vezes mais rápido quando comparado com outras áreas.

A Google quer estar na linha frente no combate à desinformação e reuniu um conjunto de sete dicas com o objetivo de tornar uma pesquisa mais informada.

1. Verificar a credibilidade das suas fontes

Ao pesquisar na web, certifique-se que o site que está a visitar é a melhor fonte de informação para a sua pesquisa. Considere o objetivo principal do site e questione-se: “Em que é que estão a tentar ajudar-me? Qual é o objetivo ao fornecer essas informações? As informações no site estão alinhadas com outras fontes confiáveis?” Outra forma de verificar a credibilidade de um site passa por consultar fóruns ou páginas de discussão online para ver o que as outras pessoas estão a dizer sobre o site.

2. Procurar a cobertura de notícias

O que é melhor do que uma fonte? Várias fontes. Veja como (e se) diferentes meios de comunicação noticiaram o mesmo acontecimento/facto para ter uma visão mais completa sobre determinado tópico. Basta pesquisar a informação através do modo de notícias disponível na barra de pesquisa da Google ou procurar diretamente por um tópico em news.google.com.

3. Fazer mais do que uma pesquisa

Muitas vezes, as pessoas fazem uma pesquisa, veem os primeiros resultados na página web e assumem que encontraram a resposta que procuravam. Mas, uma simples pesquisa sobre um tópico complexo pode não ser suficiente para encontrar a resposta a uma determinada pergunta. A realização de duas ou três pesquisas oferece uma série de perspetivas e fontes confiáveis para uma visão mais completa sobre o assunto.

4. Verificar se uma imagem está a ser utilizada no contexto correto

Uma imagem vale mais que mil palavras, como diz o velho ditado. Mas uma imagem também pode ser utilizada fora do contexto ou editada com o objetivo de manipular o utilizador. Este, por sua vez, tem a opção de pesquisar no Google usando uma imagem (em vez de texto, como é mais habitual), com o objetivo de verificar se esta já apareceu online anteriormente e em que contexto, para assim averiguar se o seu significado original foi alterado.

5. Consultar os sites verificadores de factos

Tem dúvida sobre a veracidade de uma informação? Faça o teste: experimente pesquisar um tópico no Fact Check Explorer, que reúne mais de 100.000 verificações de factos provenientes de meios de comunicação credíveis em todo o mundo.

6. Usar o Google Earth ou Street View para verificar a localização

Acontecimentos que têm lugar em localizações distantes do utilizador podem mais facilmente ser alvo de manipulação, devido à falta de familiaridade que este tem com esses locais. Se o utilizador quiser saber se uma fotografia é realmente do local que diz ser, basta pesquisar esse mesmo local no Google Earth ou no Street View do Google Maps para confirmar a credibilidade da informação.

7. Não incluir a resposta na pergunta de pesquisa

Muitas vezes decidimos saber mais sobre um determinado tema quando já suspeitamos de uma resposta. Mas incluir essa resposta no processo de busca pode influenciar os resultados da própria pesquisa. Por exemplo, se pesquisarmos “Os golden retrievers pesam 85 quilos”, corremos o risco de encontrar “85 quilos” na página web de resultados. Em vez disso, devemos pesquisar apenas por “peso dos golden retrievers“, pois dessa forma teremos acesso a uma maior variedade de resultados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Joyeux chega a Portugal. Quer empregar 100 pessoas com dificuldade intelectual até 2026

O primeiro café-restaurante Joyeux em Portugal é inaugurado este sábado, em Lisboa. Vai empregar nove pessoas. Durante o primeiro semestre de 2022 deverá abrir um segundo estabelecimento, em Cascais.

Portugal vai acolher o quinto café-restaurante Joyeux. É o primeiro fora de França e chega ao território nacional pelas mãos da associação Vilacomvida. O estabelecimento solidário vai empregar nove pessoas com dificuldades intelectuais e de desenvolvimento, como a trissomia 21 ou o autismo. Mas o objetivo é ambicioso: empregar cerca de uma centena de pessoas com estes desafios até 2026, através da abertura de outros cafés-restaurantes e da contratação de talento para eventos.

“Contamos empregar até 2026 cerca de 60 pessoas com dificuldades intelectuais em Portugal. Mas admitimos que o número possa crescer, porque contratamos também para eventos. Por isso, prevemos contratar perto de uma centena”, adianta Filipa Pinto Coelho, presidente da direção da associação Vilacomvida, em conversa com a Pessoas.

Localizado na Calçada da Estrela, n.º 26, em Lisboa, o primeiro café-restaurante Joyeux em Portugal — que inaugura este sábado e conta com a presença de representantes do Governo francês, nomeadamente a secretária de Estado para as Pessoas com Deficiência, Sophie Cluzel, e o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Clément Beaune, bem como dos fundadores do projeto, Yann e Lydwine Bucaille — pretende “envolver a sociedade com a diferença intelectual, de forma a criar oportunidades para que as pessoas possam estranhá-la menos e incluí-la mais”, explica Filipa Pinto Coelho, que defende que é preciso trazer a diferença para o centro da sociedade, pois “só temos medo daquilo que não conhecemos”.

A expectativa é alta. Além da rede de segurança da casa-mãe, em França, onde o projeto já mostrou ser um sucesso, também os resultados do projeto-piloto café Vilacomvida, que decorreu de outubro de 2018 a março de 2020 (altura em que teve de encerrar devido à pandemia da Covid-19), dão alento à associação.

“A Vilacomvida queria ter um papel mais ativo na sociedade, com um projeto que fosse mais próximo das pessoas. Conheceu o café Joyeux numa altura em que se preparava para lançar o café Vilacomvida, tendo convidado a Joyeux para vir para Portugal”, conta.

Agora, a associação quer dar continuidade ao que fez no café piloto, em Santos, que durou 18 meses e onde foram dadas mais de quatro mil horas de capacitação de pessoas para a autonomia, empregues quatro pessoas e registados mais de seis mil clientes únicos.

Esperemos que primeiro café Joyeux e os restantes possam contribuir para uma sociedade mais inclusiva, que considere que há, de facto, uma mais-valia na diferença.

Filipa Pinto Coelho

Presidente da direção da associação Vilacomvida

“Nos últimos dias batemos os recordes de faturação. Fechamos com a notícia do início da pandemia. Mas, apesar disso, conseguimos que todas as nossas contas ficassem pagas. Foi um negócio sustentável”, salienta. “Uma boa equipa, um bom serviço e uma boa energia — de estar a contribuir para o bem de alguém — potencia que os clientes nos procurem, porque se come bem e, ao mesmo tempo, estão a apoiar uma causa”, acrescenta.

Em média, cada estabelecimento Joyeux tem capacidade para empregar dez pessoas, dependendo sempre da dimensão do espaço. Em Lisboa, serão empregadas nove pessoas com dificuldade intelectual e de desenvolvimento.

Mas, para prosseguir o objetivo a longo prazo a que se propõe, a Vilacomvida, em conjunto com a Fundação Émeraude Solidaire, está já a planear um segundo espaço Joyeux em Portugal. A cidade escolhida foi Cascais e a abertura está prevista para durante o primeiro semestre de 2022. Para esse café-restaurante serão contratadas 12 pessoas, avança a presidente da direção da associação.

“Esperemos que primeiro café Joyeux e os restantes possam contribuir para uma sociedade mais inclusiva, que considere que há, de facto, uma mais-valia na diferença. Este projeto pretende transformar a sociedade, e não é só num sentido. Eu, Filipa, tenho uma vantagem enorme de estar num projeto destes, não só por aquilo que posso proporcionar a estas pessoas e a estas famílias, mas a verdade é que toda a equipa se transforma com esta relação”, diz.

Para já, o recrutamento é feito através de parcerias que a Vilacomvida estabelece com outras associações e também com recurso a contactos diretos com algumas famílias. “Estamos também a estabelecer uma ligação com os centros de emprego, que já conhecem o projeto, para que cada vez mais esta rede seja mais forte e mais alargada”, conta Filipa Pinto Coelho.

“Contratamos para formar”

Cada colaborador Joyeux, com ou sem experiência ou formação profissional, é contratado a tempo indeterminado e beneficia de um curso de formação (certificado) –- a Escola Joyeux –- que prepara o seu caminho de autonomia ao longo de cerca de dois anos, consoante o ritmo de aprendizagem de cada formando e colaborador.

“A Escola Joyeux foi um modelo criado em França e passa pela aprendizagem de quatro funções base na restauração: barista, serviço de mesa, serviço de cozinha e caixa. Os colaboradores são contratados para uma destas funções, de acordo com aquela que gostariam de fazer e para a qual estão mais vocacionados. A Escola Joyeaux proporciona formação nessa função e as pessoas vão percorrendo o seu caminho de autonomia, ao seu ritmo, durante dois a três anos”, detalha a líder da Vilacomvida.

No final deste período, e com o seu diploma de Empregado Polivalente no Setor da Restauração, estes colaboradores podem optar por manter o seu emprego no Joyeux ou por procurar trabalho num outro local. “A decisão é deles”, diz, acrescentando que, e França, a maioria escolhe ficar.

“Contratamos para formar. Estes jovens andam a girar por vários sítios onde lhes são oferecidos estágios, mas depois não são empregados. Há aqui também um potencial para que os colaboradores que hoje vão ser Joyeux possam amanhã ter portas abertas noutros sítios, se assim o entenderem. Esses sítios vão também sentir uma maior facilidade de integrar alguém que já vem com uma escola de formação e de contratação.”

Estes jovens andam a girar por vários sítios onde lhes são oferecidos estágios, mas depois não são empregados.

Filipa Pinto Coelho

Presidente da direção da associação Vilacomvida

Todo o processo, tanto de contratação como de formação, está desenhado de forma a promover a autonomia destes profissionais com dificuldade intelectual. E o efeito é dominó. “Os nossos pares vão ver que é possível fazer negócios de sucesso, integrando estas pessoas.”

Fnac promove angariação de fundos para abertura de mais cafés Joyeux em Portugal

Para promover a sua expansão e chegar ao maior número de pessoas possível, a Fnac juntou-se ao café Joyeux. A cadeia francesa vai promover uma angariação de fundos a nível nacional, através da qual os clientes podem contribuir para esta causa, quer nas lojas físicas ou no site, seja através de donativos a partir de um euro –- que dão acesso a um concerto digital solidário de Natal — ou através da compra de produtos da marca Joyeux (como t-shirts, crachás, tote bags ou aventais), cujo valor das vendas reverte 100% para esta causa.

“Na Fnac acreditamos no poder da inclusão para a promoção de uma sociedade mais equilibrada e justa. Sabemos que o nosso papel na promoção deste tipo de causas a nível nacional pode fazer toda a diferença. Com esta angariação, vamos ajudar a Joyeux a abrir mais cafés por todo o país e a fazer a diferença na vida de centenas de pessoas e das suas famílias”, afirma Inês Condeço, diretora de marketing e comunicação Fnac Portugal, citado em comunicado.

Para Filipa Pinto Coelho, o apoio da Fnac “será a garantia de que a mensagem positiva sobre a necessidade de cultivar a diferença no nosso país irá chegar a um público informado, que valoriza a diversidade e que poderá ser ele mesmo embaixador desta causa”.

Filipa Pinto Coelho é a presidente da direção da associação Vilacomvida.André Seabra Moura

Em Portugal existem mais de 600 mil portugueses portadores de deficiências, muitos deles sem oportunidades no mercado de trabalho. A pandemia da Covid-19 tem contribuído para agravar esta situação. Segundo os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e do Instituto Nacional para a Reabilitação (INR), houve um acréscimo de 10% no número de desempregados com deficiência inscritos no IEFP, um agravamento de 11% no desemprego de longa duração e, mais acentuada, uma quebra de 350% no que toca ao número de colocações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Estilo não falta ao Evoque híbrido

De linhas inconfundíveis, o charme do Evoque ficou mais eletrizante. A um motor de 1.5 litros, a Land Rover juntou um elétrico que eleva a potência para mais de 300 cv e ajuda a travar os consumos.

Chegou ao mercado em 2012, mas já anos antes andava a espalhar o seu charme por tudo quanto eram revistas e sites especializados na indústria automóvel. Era ainda um protótipo, mas o Evoque já fazia muitos suspirar para que passasse dos salões automóveis para as estradas. E assim. O baby SUV da Land Rover chegou ao mercado em 2012 praticamente sem alterações face ao sketch inicial, transformando-se num sucesso de vendas.

Ainda hoje, quase uma década depois, é um SUV que, apesar de não ser assim tão raro, desperta sempre aquela vontade de o apreciar sempre que passa por nós na estrada. Um feito para a Tata, a marca da indiana que comprou a Land Rover e a Jaguar à Ford, que representou um desafio adicional quando chegou a altura de lançar uma versão renovada. Era difícil fazer melhor, mas a prova foi superada.

Inspirando-se no sucesso do Velar, SUV de luxo entretanto lançado pela companhia, o Evoque ganhou faróis e farolins mais esguios, para-choques mais proeminentes, mas também um interior ainda mais requintado que o original. Ótimos bancos para condutor e passageiros, um tablier de fazer inveja a muitos concorrentes, onde não faltam ecrãs para tudo e mais alguma coisa.

Silêncio que vem aí o híbrido

Todo o charme que este modelo destila desde a primeira geração está lá, mas agora fá-lo numa versão mais eletrizante… literalmente. Quando chegou às estradas surgiu com os tradicionais modelos diesel e alguns motores a gasolina mais potentes. Mas já havia a promessa de responder aos pedidos para a eletrificação, algo que acontece com o P300e, um híbrido plug-in.

A solução da Land Rover para o Evoque passa por um motor 1.5 turbo a gasolina, com três cilindros… Sim, são mesmo três cilindros! E tem potência? Uns “meros” 200 cv que puxam o SUV que conta ainda com outros 109 cv a empurrar na traseira, potência essa fabricada através de um motor elétrico que é alimentado por uma bateria de 15 kWh. São mais de 300 cv ao sabor do pé direito que respondem com vivacidade quando solicitados.

O Evoque dispara assim que cai o verde no sinal de trânsito, mantendo-nos colados ao banco enquanto não aliviamos a pressão sobre o acelerador. É, sem dúvida, um SUV cheio de genica, talvez até demasiada para a se precisa no habitat natural destes modelos, a cidade, mas ótima para nos desenvencilharmos daquelas situações mais complicadas no trânsito.

Quando a bateria se vai…

É impressionante a resposta do Evoque híbrido plug-in, mas, claro, “não há bela sem senão”. Demasiado entusiasmo com o acelerador paga-se caro. Se em velocidades reduzidas conseguimos manter o motor a gasolina sossegado, circulando em silêncio e sem gastar uma gota de combustível (até um máximo de 62 km), quando se pede mais vigor o motor a combustão responde, sendo este modelo capaz de consumos bastante baixos.

Com cuidado na condução, a média aos 100 km pode ser de apenas dois ou três litros de combustível, mas sem a bateria a despesa aumenta de forma expressiva. O bloco de 1.5 litros, que tem de puxar por um automóvel que pesa mais de duas toneladas, é capaz de levar as médias para valores acima dos 8 litros/100 km, o que tem muito pouco de poupado.

É preciso estar atento à condução que se faz com este Evoque, mas também ao nível da bateria para se recarregar sempre que possível – só assim compensará o híbrido. Carregar a bateria tanto pode demorar muito como muito pouco, dependendo de onde se ligue a tomada do Evoque. Num posto de carga rápida bastam 30 minutos para chegar a 80% da capacidade, mas numa wallbox já é preciso quase o triplo do tempo. Em casa são quase 7 horas até à carga completa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rio afasta “gritos” da campanha eleitoral e “boys” da Função Pública

  • ECO e Lusa
  • 20 Novembro 2021

O líder do PSD considera que o partido está num nível de preparação “muito razoável” para as eleições de janeiro e defende a aposta numa mensagem de “mais rigor e menos facilitismo”.

O presidente do PSD e recandidato ao cargo referiu este sábado em Coimbra que “andar aos gritos a dizer mal dos outros” não será uma receita para se ser um bom primeiro-ministro e prometeu que não vai “nomear boys ou girls” para a administração pública.

“Não vou porque acho que está errado, não vou porque depois sobra para mim. Se nomeio um incompetente, depois sobra para mim”, afirmou Rui Rio, que discursava na sessão de encerramento da Convenção “Que Saúde para Portugal”, organizada pelo Conselho Estratégico Nacional (CEN) do PSD para a Saúde.

O líder laranja referiu que a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CRESAP) poderia ser “uma espécie de headhunter limitado, apenas na administração pública”, para encontrar um candidato com o perfil desejado por determinado governante. E realçou que não irá telefonar para “uma distrital não sei de onde para saber quem é que deve ser o administrador do hospital”.

Andar aqui aos gritos a dizer mal dos outros não me parece que seja receita para se ser um bom primeiro-ministro

Rui Rio

Presidente do PSD

Na mesma intervenção, Rio considerou que “andar aos gritos a dizer mal dos outros” não lhe parece a “receita para se ser um bom primeiro-ministro”. “Dizer muito bem mal dos outros não me parece que é isso que é necessário”, acrescentou, nesta sessão organizada pelo partido e que decorreu em Coimbra.

Rui Rio considerou ainda que o partido está num nível de preparação “muito razoável” para as legislativas de janeiro, realçando que é também “importante a forma como se faz a campanha”, apontando para as eleições de há dois anos, em que apostou numa série de conferências de imprensa temáticas.

“Uma coisa é fazer um comício aos gritos e outra coisa é fazer as sessões temáticas como fiz, em que as pessoas perguntam e sai na televisão na mesma. Ouvem na mesma, mas ouvem uma coisa mais civilizada”, frisou.

“Mais rigor e menos facilitismo”

Para as legislativas de 2022, o atual líder do PSD defendeu que é preciso apostar numa mensagem de “mais rigor e menos facilitismo”, considerando que “a sociedade não vai a lado nenhum se não se substituir o facilitismo pelo rigor”. Essa mensagem, vincou, deverá servir de “pano de fundo para as decisões que se vão tomando em todas as áreas”.

No discurso, Rui Rio voltou a defender mais e melhores empregos, considerando que o modelo económico seguido nos últimos anos está “a nivelar por baixo os salários”. “Tem posto o salário mínimo nacional encostado ao salário. Se continuarmos assim, qualquer dia o salário mínimo é maior do que o médio”, ironizou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Milhares protestam em Viena contra confinamento e vacinação obrigatória

  • Lusa
  • 20 Novembro 2021

A manifestação organizada pela extrema-direita decorreu sob forte vigilância da polícia. A partir de segunda-feira é proibido sair de casa, exceto para ir às compras, ao médico ou fazer desporto.

Milhares de manifestantes juntaram-se hoje em Viena para protestar contra o confinamento e a vacinação obrigatória anunciada na véspera pelo governo austríaco para tentar conter o agravamento da pandemia de covid-19 no país.

A manifestação, que decorreu sob forte vigilância da polícia, foi organizada pelo partido de extrema-direita FPÖ, apesar de o seu líder, Herbert Kickl, não ter estado presente na iniciativa, uma vez que testou positivo para o coronavírus SARS-CoV-2.

Entre os manifestantes houve quem tivesse feito uma viagem de seis horas para contestar as medidas mais recentes do executivo, como Katarina Gierscher, que, em declarações à AFP, revelou ter vindo desde a província do Tirol para apelar à resistência dos cidadãos e protestar contra medidas que dividem a sociedade.

“Não é correto que sejamos privados dos nossos direitos”, afirmou a professora de 42 anos, acrescentando: “O governo quer dividir-nos, temos de nos manter unidos”.

Depois de impor na segunda-feira um confinamento nacional apenas para os não vacinados (cerca de dois milhões de pessoas), o chanceler austríaco Alexander Schallenberg anunciou na sexta-feira que o confinamento iria estender-se a toda a população (cerca de 8,9 milhões de pessoas) até 13 de dezembro.

A partir de segunda-feira, não lhes será permitido sair de casa, exceto para ir às compras, praticar desporto ou para assistência médica. Apenas as escolas permanecerão abertas, mas os pais são encorajados a não as levar às aulas, que vão decorrer essencialmente em modo online.

O confinamento poderá ainda ser renovado para um máximo de 20 dias, caso o primeiro período não seja suficiente para diminuir os novos casos de infeções, referiu o chanceler, que admitiu ainda que este passo, após quase dois anos de pandemia, “é muito doloroso”. E criticou as “forças políticas deste país que se opõem veementemente” à vacinação.

Apesar da sua relutância inicial, o governo irá também preparar uma lei para impor a vacinação à população adulta a partir de 1 de fevereiro de 2022. Aqueles que não cumprirem, enfrentarão sanções.

Num discurso televisivo, o presidente austríaco Alexander van der Bellen alertou que a sociedade estava em perigo de se tornar “ainda mais dividida” no futuro. “As próximas semanas vão exigir um grande esforço da nossa parte. Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para quebrar a quarta onda e impedir a próxima”, declarou.

Numa Europa que voltou a ser o epicentro da epidemia, os casos na Áustria atingiram níveis não vistos desde a primavera de 2020: o país registou mais de 10 mil novos casos de infeção por dia, enquanto a taxa de vacinação é de cerca de 66%, ou seja, inferior à média europeia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal soma 2.333 novos casos e dez mortes por Covid-19

Na ressaca da reunião com os especialistas no Infarmed, o relatório divulgado pela DGS aponta para 2.333 novos casos e mais dez vítimas mortais por Covid-19 no país.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 2.333 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 1.119.784 o número de infetados em Portugal desde o início da pandemia.

O boletim revelado este sábado aponta ainda para a ocorrência de dez mortes nas últimas 24 horas, o que aumenta para 18.310 o número total de vítimas mortais no país que foram atribuídas ao novo coronavírus.

O boletim dá ainda conta de um total de 1.058.461 recuperados, isto é, mais 1.581 do que no último balanço divulgado. Neste momento há 43.013 casos ativos em Portugal, mais 742 em relação a sexta-feira. Um total de 42.775 pessoas está sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19.

Este sábado há novamente um aumento no número de pessoas hospitalizadas com a doença. Atualmente estão internados 544 doentes em unidades hospitalares (mais 16 nas últimas 24 horas), dos quais 88 em unidades de cuidados intensivos, o que corresponde a mais nove pessoas em estado crítico.

Gráfico da DGS mostra o início da quinta vaga de infeções por Covid-19 em Portugal.

A análise por regiões mostra que a maioria das novas infeções continua a ser registada em Lisboa e Vale do Tejo (LVT). Dos 2.333 novos casos confirmados, 855 localizam-se na região da capital, seguindo-se a região Norte, que contabilizou 633 novas infeções, e o Centro, com 430 casos reportados nas últimas horas.

A incidência média no território nacional está nos 191,2 casos por 100 mil habitantes, enquanto o risco de transmissibilidade (rt) estabilizou em 1,17.

O que disseram os especialistas no Infarmed?

No regresso dos peritos em saúde pública e epidemiologia às instalações do Infarmed para fazer um raio-X ao agravamento da situação pandémica, os políticos ouviram os especialistas avisar que a transmissibilidade da pandemia está a duplicar a cada 15 dias e a estimar que as vacinas contra a Covid-19 “pouparam 2.300 vidas”.

O coronel Carlos Penha Gonçalves advertiu que a estrutura que está a administrar as terceiras doses das vacinas contra a Covid-19 precisa de ser reforçada e a especialista Raquel Duarte deixou algumas sugestões aos responsáveis políticos na plateia, pedindo que “sempre que possível” haja desfasamento de horários e teletrabalho.

No caso da circulação em espaços públicos, os peritos não foram tão longe quanto o Presidente da República, que defendeu o regresso da obrigação de usar máscara na rua quando não é possível cumprir o distanciamento. Os especialistas dizem, porém, que é preciso uma autoavaliação de risco e utilização da máscara perante perceção de risco.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Indústria e retalho “cozinham” negócio para um milhão de veggies em Portugal

Em dois anos, a comunidade veggie cresceu 33% em Portugal. As fábricas e cadeias retalhistas estão a seguir a tendência de consumo, que é sobretudo feminina e penalizada no preço.

A comunidade dos veegies em Portugal está a crescer e já conta com um milhão de pessoas. Em dois anos, a população portuguesa que pertence a estegrupo que engloba vegans, vegetarianos e flexitarianos cresceu 33%. A preocupação com saúde, o bem-estar animal e a sustentabilidade são os principais incentivos para este tipo de alimentação, de acordo com o estudo The Green Revolution.

Dentro da comunidade veggie, a maior parte dos consumidores considera-se flexitariana, ou seja, segue uma dieta alimentar menos rígida e que permite o consumo de carne e peixe de forma ocasional. Quase 10% dos portugueses diz ser flexitariano, 27% acima do registo de há apenas dois anos. Já os vegetarianos representam uma fatia menos expressiva: 2,1% da população adulta, isto é, 180 mil pessoas.

Ainda de acordo com o estudo, 41% dos portugueses declara ter reduzido ou eliminado o consumo de carne vermelha no último ano, enquanto 47% da população assegura ter diminuído ou acabado com os enchidos no prato. Com a comunidade veggie a ganhar peso e influência, as empresas estão a apostar cada vez mais neste segmento. É o caso do Lidl ou da Nestlé.

Em declarações ao ECO, Alexandra Borges, diretora geral de compras do Lidl Portugal, conta que o grupo “tem aumentado significativamente a oferta de produtos vegan” e que isso é uma forma de “acompanhar as tendências dos consumidores, que se preocupam cada vez mais com os hábitos alimentares, optando por uma alimentação saudável e escolhas mais conscientes”.

Estudo The Green Revolution da Lantern

A responsável da retalhista alimentar adianta que um dos objetivos do grupo de origem alemã passa por “aumentar gradualmente a variedade do sortido com oferta vegetariana e vegana à medida que a procura aumenta”. Atualmente, o Lidl Portugal tem cerca de uma centena de artigos alimentares vegan. Hambúrguer, saladas, salsichas, creme de barrar, bolachas e chocolate são alguns dos produtos vegan que tem nas prateleiras. Em abril lançou o primeiro vinho vegan certificado de origem nacional.

Andreia Vaz, líder da área de inovação da Nestlé, sublinha que a empresa “tem vindo a fazer um longo caminho na área da democratização”, definindo como “importantíssimo” o investimento neste universo. A multinacional tem “uma missão altamente prioritária em criar todas as soluções para, em todas as categorias, ter uma alternativa à origem animal”, garante, acrescentando que a Nestlé tem já cerca de 300 pessoas dedicadas exclusivamente ao plant-based.

Álvaro Carrilho é diretor de vendas da Upfield, uma fabricante de produtos de origem vegetal que está presente em grandes superfícies, como a Sonae, Auchan, El Corte Inglés e Aldi. Garante que estamos perante uma “uma explosão de mediatismo em torno das preocupações ambientais e alimentação saudável e cabe [à empresa] dar essas alternativas, porque a procura existe”. “O futuro a curto prazo vai ser claramente de grande crescimento. Obviamente que a penetração destes produtos no mercado ainda é baixa, mas isso só quer dizer que o sentido de oportunidade é gigante”, completa.

Hélder Ruivo, CEO da Veg In, empresa portuguesa que produz produtos de origem vegetal, dos aperitivos às sobremesas, conta ao ECO que a procura tem crescido entre 35% a 40% ao ano. “A população começou a ter uma dieta mais variada e nasceu uma nova tendência de mercado: os flexitarianos”. O empresário realça que os principais consumidores estão na faixa dos 18 aos 35 anos.

Em declarações ao ECO, David Lacasa, partner da Lantern, que lançou o estudo The Green Revolution, salienta que os primeiros grupos de vegans começaram a aparecer a partir do século XIX e que “os flexitarianos são uma tendência mais atual, mais moderna, que tem como base, acima de tudo, reduzir o consumo de carnes e de peixe e incorporar mais verduras na alimentação”.

Preocupações com a saúde (68%), bem-estar animal (30%) e sustentabilidade (29%) lideram as motivações dos consumidores flexitarianos. Já os vegetarianos e os vegans defendem a sua dieta com os argumentos da sustentabilidade (73%) e do respeito pelos animais (69%)

No que toca ao género, a tendência veggie tem crescido, sobretudo, entre as mulheres. Uma em cada sete assume-se como veggie, o que significa 13,7% da população feminina. Um número que cresce em comparação com 2019, quando eram uma em cada oito. Já entre os homens, apenas 10% diz pertencer à classe veggie.

David Lacasa explica que esta tendência se deve essencialmente a um fator: “são as mulheres que começam as tendências e que se preocupem mais com a saúde”. O porta-voz contrapõe ainda que, em Espanha, os homens já representam metade da comunidade dos veggies. E está convicto que no futuro será igual deste lado da fronteira.

As mulheres são mais sensíveis a este tema e, regra geral, são quem faz as compras e acaba por decidir uma alimentação mais saudável.

Hélder Ruivo

CEO da Veg In

Hélder Ruivo, CEO da marca nacional de produtos de origem vegetal Veg In, confirma que a tendência veggie tem crescido mais entre as mulheres. “As mulheres são mais sensíveis a este tema e, regra geral, são quem faz as compras e acaba por decidir uma alimentação mais saudável”.

Ao nível da restauração, Portugal já conta igualmente com várias opções para a comunidade vegan. O título de melhor cidade para vegans e vegetarianos vai para Lisboa, com 375 restaurantes. O Porto ocupa a segunda posição, somando 186 unidades, seguido do Funchal (57), segundo a análise realizada pela Holidu. A fechar o top 5 estão Lagos e Braga, com 47 e 43 restaurantes, respetivamente.

Preços mais elevados

Apesar da procura crescente por produtos de origem vegetal, David Lacasa alerta que a comunidade vegan relata como “principais problemas os preços e os produtos muito processados”. Por isso, considera que as marcas “ainda têm muito caminho a percorrer”. “Os vegetarianos querem produtos saudáveis e seguros ao mesmo tempo. As marcas têm de desenvolver os produtos de outra forma e com outro foco”, realça o partner da Lantern.

Alexandra Borges, diretora geral de compras do Lidl Portugal, explica que “o consumo de produtos de origem vegetal, apesar de ser uma tendência crescente, é ainda inferior aos produtos de origem animal, pelo que, devido ao custo de produção, matérias-primas, escala a que são produzidos e cadeia de distribuição, apresentam custos de aquisição superiores, refletindo-se no preço final para o consumidor”.

“Um produto deste género é sempre mais dispendioso que um produto standard, tanto para o consumidor como para quem produz. No entanto, acredito que com o passar do tempo e produções maiores, este tipo de alimentação vai conseguir ser mais competitiva no mercado. É um caminho que temos de percorrer, mas no imediato não vamos assistir a uma baixa de preços“, conclui Hélder Ruivo, CEO da Veg In, que exporta 19% da produção para o mercado europeu e asiático.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Advogado António Serra Lopes morre aos 87 anos

  • Lusa
  • 20 Novembro 2021

O velório de António Serra Lopes, casado com a primeira mulher bastonária da Ordem dos Advogados, Maria de Jesus Serra Lopes, decorre este sábado pelas 16:30 na Igreja da Ressurreição, em Cascais.

O advogado António Serra Lopes morreu esta sexta-feira, aos 87 anos, segundo um comunicado divulgado pela Ordem dos Advogados (OA), que adianta que o velório decorre esta tarde, pelas 16:30, na Igreja da Ressurreição, em Alvide, Cascais.

Nascido em 1934, em Lisboa, António Serra Lopes concluiu a licenciatura na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa em 1958 e inscreveu-se como advogado quatro anos depois, tendo exercido advocacia na comarca de Lisboa. Fez ainda o curso de Direito Comparado na Faculdade Internacional de Direito Comparado de Estrasburgo (1967).

António Serra Lopes era casado com a também advogada e primeira mulher bastonária da OA, Maria de Jesus Serra Lopes. Durante a sua carreira viveu ainda no Brasil, onde esteve inscrito na respetiva ordem profissional a partir de 1975, e exerceu no escritório “Gouvea Vieira, José Nabuco & Associados”, no Rio de Janeiro, entre 1975 e 1980.

“O Senhor Bastonário, Prof. Doutor Luís Menezes Leitão, e o Conselho Geral manifestam o seu mais profundo pesar pelo falecimento do nosso Ilustre Colega, Dr. António Serra Lopes, e apresentam sentidas condolências à Senhora Bastonária Maria de Jesus Serra Lopes e restante Família”, pode ler-se na nota da OA.

A encomendação – cerimónia conduzida por um padre, mas sem missa – está marcada para este domingo, às 12:30.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Líder do PAN não declarou imobiliária em nome do marido

  • ECO
  • 20 Novembro 2021

Depois da polémica das estufas e da alegada acumulação ilegal de negócio com cargo público, a deputada do PAN está sob os holofotes por omitir outra empresa na declaração entregue no Constitucional.

A porta-voz e deputada do PAN omitiu ao Tribunal Constitucional (TC) que, através do marido, com quem é casada em comunhão de bens adquiridos, detinha uma empresa de mediação imobiliária que tem sede em Oeiras na mesma morada das empresas agrícolas especializadas na produção de frutos vermelhos que o casal detém e que tem estado envolta em polémica por alegadamente não respeitarem o tipo de agricultura defendido pelo partido.

Segundo o Observador (acesso pago), se as duas sociedades da família no ramo agrícola (Red Fields e Berry Dream) constam do registo de interesses entregue no Parlamento e também da declaração de rendimentos entregue no TC, Inês Sousa Real omitiu nesse documento a existência da imobiliária Pontes&Perfis, criada em julho de 2020 quando já era deputada. A lei obriga a que a comunicação seja feita num prazo de 60 dias.

O jornal lembra que uma das consequências desta omissão, caso não venha a ser colmatada, seria o desenrolar de um processo administrativo que tem como consequência a perda de mandato. Quando o Tribunal Constitucional se aperceber da falta dos dados, a líder do PAN terá um prazo máximo de 30 dias para retificar essa declaração.

Esta semana, o CM noticiou que a sucessora de André Silva na liderança do PAN terá igualmente acumulado funções nos setores público e privado de forma ilegal, entre dezembro de 2012 e setembro de 2013. Estava a trabalhar na Câmara de Sintra, onde ainda é funcionária, e era também gerente da Berry Dream, uma função que assumia sem ter pedido autorização à autarquia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fiscalização da ASAE encerra cinco restaurantes de sushi

  • Lusa
  • 20 Novembro 2021

A “Operação Sashimi” fiscalizou 60 operadores económicos de norte a sul do país ligados à confeção de sushi, tendo resultado na instauração de 25 processos de contraordenação.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu a atividade de cinco estabelecimentos de restauração e bebidas, numa operação de fiscalização a 60 operadores económicos focada na confeção de sushi, anunciou hoje este órgão de polícia criminal.

Em comunicado, a ASAE refere que “realizou, nas últimas semanas, uma operação de fiscalização, de norte a sul do país, com o objetivo de verificar o cumprimento das regras estabelecidas para a atividade de restauração e bebidas, de forma a garantir a proteção dos consumidores, com foco na confeção de sushi e outros pratos nos quais os produtos da pesca não se apresentem totalmente cozinhados”.

A ASAE salienta que “o facto de estas refeições serem alteradas e incluírem ingredientes que são ingeridos crus aumenta o potencial de risco ao qual os consumidores estão sujeitos, tornando premente assegurar o cumprimento de todos os requisitos de higiene e segurança alimentar e uma adequada análise dos perigos, bem como o controlo dos pontos críticos”.

No decurso da denominada “Operação “Sashimi” foram fiscalizados “60 operadores económicos, tendo sido instaurados 25 processos de contraordenação, destacando-se, como principais infrações, a inexistência de processo ou processos baseados nos princípios do HACCP (Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos), a violação dos deveres gerais da entidade exploradora do estabelecimento de restauração e bebidas e a falta de mera comunicação prévia, entre outras”.

Segundo o comunicado, foi determinada “a suspensão de atividade de cinco estabelecimentos, maioritariamente por violação dos deveres gerais da entidade exploradora do estabelecimento de restauração e bebidas”.

A ASAE garante que vai continuar a desenvolver ações de fiscalização, “em prol de uma sã e leal concorrência entre operadores económicos, e na salvaguarda da segurança alimentar e saúde pública para os consumidores”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ferro Rodrigues aconselhou Costa a “não fechar as portas do PSD”

  • ECO
  • 20 Novembro 2021

O presidente da Assembleia da República lamenta que António Costa não tenha sido “proativo também a dialogar” com os social-democratas, admitindo que a geringonça não teve uma “morte digna”.

“Aconselhei-o sempre a que mantivesse as portas abertas” a negociar com o PSD. O conselho partiu de Eduardo Ferro Rodrigues e foi dirigido a António Costa, sublinhando que o primeiro-ministro devia ter sido “proativo a negociar com os partidos de esquerda, mas também a dialogar com o PSD”.

Em entrevista ao Expresso (acesso pago), o antigo secretário-geral do PS e ainda presidente da Assembleia da República perspetivou que, “atendendo ao comportamento dos parceiros da esquerda”, os socialistas devem “reivindicar claramente uma maioria absoluta” na campanha para as eleições de 30 de janeiro.

Ferro Rodrigues admite ainda que abandona o Parlamento “com amargura” porque “não foi uma morte digna” para a geringonça. “Esta crise política dá-nos a sensação de que houve um vento de insanidade que passou por algumas bancadas à esquerda, visto que o comportamento foi absolutamente irracional e mesmo irresponsável”, conclui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.