Powell vai ter concorrência na nomeação à presidência da Fed

  • Joana Abrantes Gomes
  • 9 Novembro 2021

Jerome Powell não vai concorrer sozinho ao próximo mandato de quatro anos na presidência da Fed. Vai encontrar pela frente a governadora do banco central dos EUA, a economista Lael Brainard.

A corrida à presidência da Reserva Federal dos EUA (Fed) acaba de ganhar mais uma candidata, além de Jerome Powell que continua disponível para renovar o mandato de quatro anos. Chama-se Lael Brainard e é governadora da Fed desde 2014, após ser nomeada pelo antigo presidente Barack Obama.

Powell e Brainard estiveram, segundo a Bloomberg, na Casa Branca durante a última semana. O mandato de Powell termina em fevereiro próximo e o presidente norte-americano Joe Biden já anunciou que irá decidir a nomeação para a Fed “muito brevemente”.

Brainard é a única democrata a servir na administração da Reserva Federal, estando atualmente responsável por supervisionar a estabilidade financeira e pagamentos na instituição, uma área em que o banco central está agora a inovar através do desenvolvimento de um sistema de transações instantâneas e uma possível moeda digital.

Com um doutoramento na Universidade de Harvard e tendo sido sub-secretária do Tesouro para os Assuntos Internacionais entre 2010 e 2013, Brainard é vista como uma macroeconomista altamente competente e experiente. Além disso, foi co-autora de uma nova linguagem sobre a estratégia de longo prazo da Fed que redefiniu o mandato de pleno emprego.

A economista tem trabalhado com Powell em múltiplas questões e são vistos como tendo opiniões semelhantes acerca de política monetária, mas Brainard defende uma posição mais dura em relação aos grandes bancos.

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Portugal capta quase sete milhões de euros em financiamento europeu para novas tecnologias

  • Lusa
  • 9 Novembro 2021

Do conjunto de 56 projetos financiados pelo Conselho Europeu de Inovação, 10 têm participação portuguesa em consórcios internacionais e três são liderados por instituições nacionais.

Portugal captou quase sete milhões de euros do Conselho Europeu de Inovação por 13 projetos em novas tecnologias, três dos quais coordenados por equipas nacionais nas áreas da saúde e energia, anunciou esta terça-feira a Agência Nacional de Inovação (ANI).

O financiamento é atribuído no âmbito do Programa Pathfinder Open, que premeia tecnologias e avanços científicos inovadores, com Portugal a captar 4% do total do orçamento de 174 milhões de euros.

Do conjunto de 56 projetos financiados, 10 têm participação portuguesa em consórcios internacionais e três são liderados por instituições nacionais.

Portugal foi o terceiro país europeu “com maior taxa de financiamento”, segundo a presidente da ANI, Joana Mendonça, citada em comunicado pela instituição.

De acordo com Joana Mendonça, Portugal conseguiu uma taxa de sucesso de financiamento de 8%, superando a taxa média europeia de 6%.

O comunicado da ANI destaca os três projetos coordenados por equipas portuguesas sem divulgar o montante do apoio financeiro concedido.

O i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto foi “premiado” por um projeto que pretende desenvolver o primeiro protótipo de dispositivo médico apoiado por inteligência artificial para antecipar convulsões e administrar automaticamente medicamentos, prevenindo a morte súbita de doentes epiléticos.

A Associação para a Inovação e Desenvolvimento da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa propõe-se desenvolver “tecnologias inovadoras de aproveitamento da humidade atmosférica para conversão direta em eletricidade”, para se obter “uma nova fonte sustentável de energia renovável”.

A Associação do Instituto Superior Técnico para a Investigação e Desenvolvimento será financiada pelo desenvolvimento de um microscópio de raios-X de imagem de vírus em nanoescala.

“A caracterização das estruturas virais e a identificação das proteínas-chave envolvidas em cada etapa do ciclo de infeção são fundamentais para o desenvolvimento de tratamentos. No entanto, as imagens de vírus individuais só podem ser realizadas em alguns centros especializados na Europa, embora todos os hospitais possam beneficiar disso”, descreve a súmula do projeto.

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Macron relança construção de reatores nucleares

  • Joana Abrantes Gomes
  • 9 Novembro 2021

O Presidente francês justifica a construção de novos reatores nucleares com a necessidade de energia livre de carbono e preços "razoáveis" para a população do país.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou esta terça-feira que a França vai impulsionar a construção de novas centrais de energia nuclear, por forma a melhor responder aos crescentes desafios energéticos e ambientais.

“Para garantir a independência energética da França e alcançar os nossos objetivos, em particular a neutralidade carbónica em 2050, vamos, pela primeira vez em décadas, relançar a construção de reatores nucleares no nosso país”, justificou Macron num discurso à nação, citado pelo The Local. Para o Presidente francês, o país necessita de energia sem carbono para que os preços da mesma sejam “razoáveis”.

Os novos reatores serão de água pressurizada de terceira geração, conhecidos como reatores EPR (Evolutionary Power Reactor), que prometem avanços em termos de segurança e eficiência em comparação com os reatores convencionais, ao mesmo tempo que produzem menos resíduos. “Estes investimentos permitir-nos-ão acelerar e cumprir os nossos compromissos à medida que a COP26 [26.ª cimeira do clima das Nações Unidas] em Glasgow chega ao fim”, acrescentou.

No mês passado, Macron já tinha anunciado que a França iria gastar mil milhões de euros até 2030 em “inovação disruptiva” para produzir energia atómica, nomeadamente através da construção de reatores nucleares compactos conhecidos como “pequenos reatores modulares” (SMR, na sigla em inglês) com uma melhor gestão dos resíduos nucleares.

Porém, a empresa que tem construído os reatores no país – a EDF Energy, detida na totalidade pelo Estado francês – tem enfrentado problemas na implementação da tecnologia e conseguiu vender apenas alguns dos reatores enquanto os problemas na construção continuam a acumular-se.

Atualmente, a EDF Energy tem em construção um reator EPR em Flamanville, ao longo da costa atlântica do noroeste francês. Inicialmente, a sua conclusão estava prevista para 2012, mas o projeto tem enfrentado problemas técnicos e orçamentos excedidos.

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Pareceres jurídicos concluíram pela não comunicação do caso “Miríade” a Marcelo

  • Lusa
  • 9 Novembro 2021

"Na base de pareceres jurídicos tinha sido entendido que não devia haver comunicação a outros órgãos, nomeadamente órgãos de soberania, Presidência da República ou Parlamento”, disse Marcelo.

O Presidente da República disse esta terça-feira que não foi informado antes, pelo ministro da Defesa Nacional, do caso de militares alegadamente envolvidos no contrabando de diamantes, porque “pareceres jurídicos” assim concluíram, tratando-se de uma investigação judicial.

“O ministro da Defesa Nacional, hoje, por outras razões, falou comigo, e explicou-me que naquela altura comunicou às Nações Unidas, porque se tratava de uma força das Nações Unidas, que havia suspeitas relativamente a um caso em investigação judicial, e que na base de pareceres jurídicos tinha sido entendido que não devia haver comunicação a outros órgãos, nomeadamente órgãos de soberania, Presidência da República ou Parlamento”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na cidade da Praia.

E também não ao Conselho Superior de Defesa Nacional, na base de se tratar de uma investigação em curso e, por isso, rodeada, naturalmente, de um conjunto de características de segredo de justiça, que contraindicavam essa comunicação. E, portanto, foi o que aconteceu”, explicou o chefe de Estado, em declarações aos jornalistas, à margem da visita de dois dias que realizou a Cabo Verde.

A Polícia Judiciária (PJ) executou, a 8 de novembro, 100 mandados de busca e fez 11 detenções, incluindo militares, um advogado, um agente da PSP e um guarda da GNR, no âmbito da Operação Miríade, num inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.

Em causa está a investigação a uma rede criminosa com ligações internacionais que “se dedica a obter proveitos ilícitos através de contrabando de diamantes e ouro, tráfico de estupefacientes, contrafação e passagem de moeda falsa, acessos ilegítimos e burlas informáticas”, com vista ao branqueamento de capitais.

Em comunicado, o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) revelou que alguns militares portugueses em missões da ONU na República Centro-Africana podem ter sido utilizados como “correios no tráfego de diamantes”, adiantando que o caso foi reportado em dezembro de 2019.

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Reaktor abre escritório em Lisboa e quer contratar mais de 100 na área tecnológica

  • Lusa
  • 9 Novembro 2021

"Quando estávamos à procura da localização certa, o cenário tecnológico português foi uma escolha natural para nós", afirma o responsável de engenharia na Reaktor, Nizar Jouini.

A Reaktor vai abrir um escritório em Lisboa, que será o seu novo ‘hub’ de competências tecnológicas, e pretende contratar 100 pessoas com perfis técnicos, incluindo programadores, nos próximos três a quatro anos, anunciou esta terça-feira a consultora finlandesa.

Criada em Helsíquia, a Reaktor, que é uma consultora tecnológica, acaba de anunciar a expansão da rede de hubs de talento tecnológico na Europa, com a inauguração do escritório em Lisboa já em dezembro, sem adiantar o valor do investimento.

De acordo com a empresa, que tem entre os seus clientes a Adidas, Finnish Defence Forces, Leho, Nasdaq, Zenrobotics e o clube Liverpool FC, o objetivo é “recrutar, nos próximos três a quatro anos, mais de 100 perfis técnicos, incluindo programadores”.

O escritório será inaugurado em dezembro, mas o recrutamento já está em andamento, “dada a natureza indiferente da sua localização e a consequente prevalência do teletrabalho”, explica a Reaktor.

“Quando estávamos à procura da localização certa, o cenário tecnológico português foi uma escolha natural para nós”, afirma o responsável de engenharia na Reaktor, Nizar Jouini, citado em comunicado.

A pool de talentos aqui é surpreendente; as pessoas têm as competências, são descontraídas e honestas acerca do que conseguem fazer. Lisboa personifica os valores centrais da nossa empresa – um paradigma internacional, de querer fazer, uma curiosidade infinita para ir ao encontro do desconhecido e para fazer mais e melhor quando os momentos são desafiantes”, acrescenta o responsável.

Nizar Jouini é o escolhido para dirigir os novos escritórios.

“Também é uma oportunidade para a Reaktor aplicar a sua atitude de colocar as pessoas primeiro – a nossa essência é fazer com que as pessoas encontrem o verdadeiro valor do que fazem. O nosso próximo CTO [administrador tecnológico] poderá vir de Lisboa, o que é uma perspetiva muito entusiasmante“, acrescentou Jouini.

A empresa explica que “a reputação de Portugal como o ecossistema tecnológico que mais cresce na Europa, o facto de Lisboa estar a tornar-se um hotspot para a relocalização de empresas tecnológicas devido à sua vibrante cultura tecnológica, à sua acessibilidade e aos seus níveis de ambição, foram determinantes para a Reaktor”, sendo que a cidade tem um fuso horário central em relação ao Atlântico e “recém-licenciados de alto calibre em busca de oportunidades”.

Estas são as razões que “motivaram esta expansão para fazer do hub de Lisboa a ligação entre Helsínquia e os Estados Unidos”, acrescenta.

“A nossa prioridade em Lisboa é desenvolver uma comunidade firme e criar um sistema para melhorar as nossas competências tecnológicas”, salienta ainda Nizar Jouini, referindo que o objetivo da empresa é ser o “melhor local possível” para que “os programadores possam aprender com outros programadores tão motivados como eles, possam crescer na sua profissão e divertir-se enquanto o fazem”.

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Casal belga indemnizado por “síndrome da turbina” causada por parque eólico

  • Joana Abrantes Gomes
  • 9 Novembro 2021

Em França, um casal apresentou queixa em tribunal por alegadamente ter sofrido problemas de saúde provocados por um parque eólico perto da sua casa. Agora, foi indemnizado em 110 mil euros.

Um tribunal francês reconheceu a “síndrome da turbina” após receber queixas de um casal belga, que alegou que a sua saúde tinha sido prejudicada por viver perto de um parque eólico. No que se crê ser a primeira sentença deste tipo em França, as empresas que gerem o parque foram condenadas a pagar 110 mil euros de indemnização a Christel e Luc Fockaert, noticia o The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

O casal Fockaert disse ter sofrido uma série de problemas de saúde, como dores de cabeça, insónias, irregularidades cardíacas, depressão, tonturas, zumbidos e náuseas durante mais de dois anos, insistindo que estes foram causados por seis turbinas eólicas instaladas a 700 metros da sua casa em Fontrieu, no departamento de Tarn, zona do sul de França.

A instalação das turbinas naquela região aconteceu em 2008, mas foi noticiado que os problemas de saúde do casal surgiram somente cinco anos mais tarde. Segundo os Fockaerts, tal deveu-se ao facto de a zona florestal entre a sua propriedade e a turbina mais próxima ter sido cortada.

O ruído das turbinas era “comparável a uma máquina de lavar roupa a girar continuamente”, disseram, acrescentando que as “luzes brancas intermitentes” das eólicas eram particularmente prejudiciais para a saúde de ambos. “Não compreendemos logo, mas pouco a pouco percebemos que o problema vinha das turbinas”, afirmou Christel Fockaert. Tendo em conta que estas piscavam “a cada dois segundos”, o casal optou por colocar “luzes exteriores para contrariar o efeito dos flashes”.

Apenas pouco depois de se terem afastado da área, o que aconteceu em 2015, é que os problemas de saúde desapareceram. Embora os médicos não tenham conseguido encontrar qualquer problema de saúde no casal, um perito do tribunal apontou que a “síndrome da turbina” tinha sido previamente identificada pela investigação científica.

Há, no entanto, um estudo australiano que descobriu que a doença atribuída às turbinas eólicas é mais provável que tenha sido causada por pessoas alarmadas com os avisos de saúde difundidos pelos ativistas, no que diz tratar-se “essencialmente de um fenómeno sociológico”. Outros estudos com revisão de pares na Europa, no Canadá e nos EUA também apresentam conclusões que contrariam a existência desta “síndrome”, que não é medicamente reconhecida.

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Mais de 76 mil pessoas receberam terceira dose e vacina da gripe na segunda-feira

  • Lusa
  • 9 Novembro 2021

No dia em que abriu a modalidade Casa Aberta para as pessoas com 80 ou mais anos, 42.900 pessoas receberam a vacina contra a gripe e 33.600 a dose de reforço contra a covid-19.

Mais de 76 mil doses de reforço da imunização contra a covid-19 e vacinas da gripe foram administradas na segunda-feira nos centros de vacinação do país, anunciou esta terça-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS).

No dia em que abriu a modalidade Casa Aberta para as pessoas com 80 ou mais anos, 42.900 pessoas receberam a vacina contra a gripe e 33.600 a dose de reforço contra a covid-19, num total de 76.500 inoculações, adiantou o departamento de Graça Freitas em comunicado.

Segundo a DGS, na segunda-feira, dia em que também ficou disponível o autoagendamento das vacinas para pessoas com 70 ou mais anos, foram registados mais de 23.800 pedidos de marcação online nas primeiras 24 horas.

São elegíveis para receberem a dose de reforço contra a covid-19 as pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, que não tenham tido a infeção pelo SARS-CoV-2 e que tenham a vacinação completa há pelo menos 180 dias.

De acordo com a DGS, continua também a decorrer a convocação dos utentes através de mensagem (SMS) para a toma em simultâneo da vacina contra a gripe e contra a covid-19 ou apenas contra a gripe, nos casos das pessoas que não são elegíveis para a terceira dose contra a covid-19.

A direção-geral alertou ainda que os utentes com 80 ou mais anos que tencionam dirigir-se a um centro de vacinação devem consultar o horário da modalidade de Casa Aberta do centro da sua área de residência.

Os centros de vacinação estão a trabalhar para que o processo seja fluído e célere, mesmo em períodos de maior afluência, apelando à melhor compreensão dos utentes”, assegurou ainda o comunicado.

Segundo os dados divulgados, 86,2% da população tem a vacinação completa contra a covid-19 e cerca de 388 mil já receberam a terceira dose ou a dose adicional da vacina contra o SARS-CoV-2.

De acordo com a DGS, foram ainda administradas 873 mil vacinas contra a gripe, 287 mil das quais em farmácias, e 245 mil em coadministração com a da covid-19.

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Cobertura pública de gastos em saúde é das mais baixas na OCDE

Em Portugal, cerca de 60% dos custos totais com saúde foram cobertos pelo Estado em 2019. Apesar de o país gastar menos do que a média, alcança uma esperança média de vida mais alta.

Portugal encontra-se no fundo da tabela dos países da OCDE no que diz respeito à cobertura pública dos gastos com saúde. Apenas 60% de todos os custos foram cobertos por sistemas públicos, enquanto a média da OCDE chega quase aos três quartos da despesa total, segundo revela o Health at a Glance 2021.

Em países como a Noruega, Luxemburgo, Suécia, Alemanha, Japão, Dinamarca e Holanda, a cobertura de gastos em saúde pelo Estado ou sistemas de seguro saúde obrigatório superou os 80% em 2019. Já em Portugal, bem como na Grécia, Letónia e Coreia, apenas cerca de 60% de todos os custos foram cobertos por esquemas públicos, segundo o relatório elaborado pela OCDE.

Da parte que efetivamente é coberta pelo Estado, a quase totalidade vem de transferências do Estado (através do Serviço Nacional de Saúde), enquanto apenas 2% provem de contribuições para seguros sociais.

O relatório analisa também a evolução dos gastos com a saúde após as crises, notando que se regista uma subida na despesa com saúde logo a seguir e depois uma estabilização. Foi o que se verificou após a crise financeira de 2008, e agora com a pandemia: “As tendências dos gastos com saúde e do PIB ao longo deste período traduziram-se num padrão distinto, com saltos significativos na proporção em 2009 e 2020, e um período de estabilidade no meio”, nota a OCDE.

Já Portugal, a par da Alemanha, registou uma transição “mais suave”, sendo que os gastos com saúde por cá são apenas 0,4 pontos percentuais mais elevados do que em 2005.

Além disso, nos anos que se seguiram à crise financeira e económica global, a percentagem dos gastos com saúde sem comparticipação aumentou em vários países europeus, onde se destaca Portugal (cinco pontos percentuais), bem como a Grécia (seis pontos percentuais) e Espanha (três pontos percentuais pontos).

Portugal faz ainda parte de um grupo de países onde se nota uma tendência fora do comum. Itália, Coreia, Portugal, Espanha, Eslovénia, Grécia e Israel são sete países que gastam menos do que a média mas alcançam uma esperança média de vida mais alta. Isto pode “indicar uma relação custo-benefício relativamente boa para os sistemas de saúde, não obstante o facto de muitos outros fatores também terem impacto nos resultados de saúde”, sublinha a OCDE.

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Compromissos anunciados na COP26 não baixam temperaturas, estima ONU

  • Lusa
  • 9 Novembro 2021

De acordo com a ONU, juntando as novas promessas de neutralidade carbónica, o aumento da temperatura pode ser limitado a 2,1ºC, apenas menos 0,1 ºC do que a estimativa anterior.

Os novos compromissos apresentados pelos países para combater as alterações climáticas levarão a um aquecimento global de 2,7 graus celsius, 2,1 na melhor das hipóteses, indica uma estimativa da ONU divulgada esta terça-feira.

No relatório anual de referência do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), publicado antes da cimeira mundial do clima (COP26) que decorre em Glasgow, Reino Unido, até dia 12, alertava-se para um aquecimento “catastrófico” de 2,7ºC (graus celsius), ou de 2,2ºC tendo em conta os objetivos de neutralidade carbónica anunciados para 2050.

Segundo a estimativa esta terça-feira divulgada na COP26, não há praticamente nenhuma diferença nos números, ainda que 33 novos países se tivessem comprometido com novas metas de redução de emissões de gases com efeito de estufa, incluindo o Brasil a Argentina e sobretudo a Índia (que reforçou as metas de redução de emissões em 2030 e anunciou a neutralidade carbónica em 2070).

Os atuais compromissos de 152 países, que representam 88% das emissões globais de gases com efeito de estufa, reduziriam as emissões em 4,8 gigatoneladas adicionais de equivalente de dióxido de carbono (CO2) até 2030, em comparação com 0,7 gigatoneladas na estimativa anterior. A melhoria está nomeadamente ligada aos novos objetivos para 2030 da Arábia Saudita e da China, de acordo com o PNUA.

Em termos de trajetória de temperatura, o mundo estaria ainda a caminhar para os 2,7°C até 2100, muito longe dos objetivos do Acordo de Paris de limitar o aquecimento a temperaturas abaixo de 02°C, se possível a 1,5°C em comparação com a era pré-industrial.

De acordo com a ONU, juntando as novas promessas de neutralidade carbónica, o aumento da temperatura pode ser limitado a 2,1ºC, apenas menos 0,1 ºC do que a estimativa anterior.

Mas “dada a falta de transparência dos compromissos de neutralidade de carbono, a ausência de um mecanismo de responsabilização e de um sistema de verificação, e o facto de muito poucos dos compromissos de 2030 colocarem claramente os países no caminho da neutralidade de carbono, a realização destes objetivos de neutralidade de carbono permanece incerta“, segundo o organismo da ONU.

Mais de 120 líderes políticos e milhares de especialistas, ativistas e decisores públicos reúnem-se até 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia, na 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) para atualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030.

A COP26 decorre seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta a entre 1,5 e 2 graus celsius acima dos valores da época pré-industrial.

Apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração económica provocada pela pandemia de covid-19, segundo a ONU.

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José Monteiro (Coface): “Mais do que nunca, as empresas devem agir com prudência”

  • ECO Seguros
  • 9 Novembro 2021

Regressada aos escritórios em regime de trabalho híbrido, a seguradora quer somar ganhos de produtividade. Quanto à avaliação de riscos, Europa é a região com melhores perspetivas.

José Monteiro, diretor geral da Coface: “As economias ibéricas são front-runners no cenário de melhoria dos ratings na Europa”.

A Coface tem crescido em Portugal, “consolidando o seu posicionamento no mercado segurador de crédito,” afirma José Monteiro, country manager para Portugal, em resposta a questões apresentadas por ECOseguros.

A companhia internacional de seguros de crédito acaba de reclassificar “uma grande parte dos países da Europa Ocidental, cuja avaliação de risco-país é novamente igual à do final de 2019,” assinala.

Neste momento “de grande incerteza económica, é necessário sermos muito analíticos na análise de risco e realizarmos uma monitorização constante da evolução dos mesmos. Hoje em dia, mais do que nunca, as empresas devem agir com prudência, na gestão dos seus riscos comercias, servindo-se dos recursos e ferramentas existentes, nomeadamente o seguro de crédito, porque vai permitir que as empresas efetuem as suas transações com conhecimento aprofundado dos seus parceiros comerciais e, consequentemente, com maior segurança”, enquadrou.

Sobre o efeito prolongado da crise, pressão nas cadeias logísticas e eventual agravamento do risco em certas geografias, José Monteiro considera “expectável que, ao longo dos próximos meses a indústria seguradora, designadamente do Seguro de Crédito, seja afetada em duas frentes: por um lado, a perda de receitas provenientes de prémios e de resultados financeiros, devido às incertezas geradas pela recessão económica e às dificuldades sentidas pelas empresas, por outro, pelo expectável aumento de sinistralidade e das indemnizações associadas, após a redução ou eliminação dos apoios públicos às economias”. O atual contexto de escassez de matérias primas e de transportes, associados a uma crise energética, “também representa uma incógnita para a qual as empresas devem estar preparadas,” diz Monteiro.

Entre os mercados de exportação, “duas regiões foram particularmente impactadas em termos de saúde e económicos pela pandemia: a Europa e a América Latina. Ondas sucessivas da pandemia forçaram os governos destas regiões a implementar restrições que impactaram grandemente a atividade económica”. No entanto, olhando para as perspetivas, as duas regiões “estão atualmente a divergir,” verificando-se que “as perspetivas têm sido muito melhores na Europa,” observou o country manager da Coface em Portugal.

“Reclassificámos uma grande parte dos países da Europa Ocidental, cuja avaliação de risco do país é novamente igual à do final de 2019. Pelo contrário, ainda não melhorámos as avaliações dos países da América Latina, cujos processos de vacinação estão a avançar mais lentamente, como em todos os países emergentes (com exceção da China), e cuja margem fiscal e monetária é muito mais reduzida,” justifica.

Com a recente nomeação de Guillermo Rodriguez para CEO de Espanha e Portugal, a estrutura administrativa e a gestão estratégica e comercial da seguradora em Portugal não se alterou, uma vez que José Monteiro mantém as funções que exerce desde maio de 2015.

Na sucursal portuguesa da Coface, “a operação comercial dispõe da devida autonomia de decisão estratégica e atuação, dadas as diferenças e especificidades do mercado. Portanto, nesse aspeto não haverá alterações e, enquanto CEO continuarei a acompanhar como habitualmente as operações em Portugal,” disse Guillermo Rodríguez, CEO de Espanha e Portugal, em declarações enviadas a ECOseguros.

O sentimento ibérico, partilhado por José Monteiro e Guillermo Rodríguez, colhe o bom momento de Espanha e Portugal no que concerne às avaliações risco-país no mais recente barómetro da Coface: As economias ibéricas são front-runners no cenário de melhoria dos ratings na Europa.

Regresso ao escritório em modo híbrido com ganhos de produtividade

A Coface Portugal anunciou o regresso dos seus funcionários aos escritórios, optando por um regime de trabalho híbrido. Confirmando que o modelo é para continuar, a seguradora disse ao ECoseguros que o sistema foi adotado ao nível da região Região do Mediterrâneo e África, conjugando o trabalho presencial de um mínimo de dois dias por semana, com o home office nos restantes dias.

Durante o período que durou atividade exclusivamente em teletrabalho, “verificámos que os níveis de produtividade e compromisso dos nossos colaboradores não só se mantiveram como aumentaram. Por isso, consideramos que, desta forma, proporcionamos a continuidade do equilíbrio salutar entre as suas vidas profissionais e pessoais. Acreditamos que com este novo modelo vamos continuar a aumentar a produtividade e também o compromisso dos colaboradores face às estratégias da empresa”.

Em Portugal, a Coface conta com “35 colaboradores, entre os quais se incluem dois estágios. Durante o período exclusivo de teletrabalho a empresa manteve o efetivo de colaboradores e ainda reforçou a equipa de duas áreas estratégicas na empresa, nomeadamente o serviço de atendimento ao cliente e o serviço de gestão de cobranças, com o recrutamento de mais pessoal, mantendo os níveis de qualidade e eficácia de serviço aos nossos segurados”.

Considerando as necessidades particulares de cada colaborador “estamos atentos e acompanhamos as situações que requerem uma maior flexibilidade por parte da empresa,” possibilitando aos funcionários darem a “devida assistência ao seu agregado familiar, seja por existirem crianças em idade escolar, dependentes seniores a seu cargo ou outro tipo de situações sensíveis do foro familiar”.

Nestes casos, explicou a seguradora, “para além de flexibilidade horária que permite ao próprio trabalhador gerir as suas horas de entrada e saída do período laboral, o teletrabalho era já solução adotada antes de existir a pandemia, excecionalmente para alguns trabalhadores”.

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Autoridade de saúde francesa desaconselha vacina da Moderna para menores de 30 anos

  • Joana Abrantes Gomes
  • 9 Novembro 2021

A autoridade de saúde pública francesa recomenda a vacina da Pfizer para menores de 30 anos, citando riscos "muito raros" de miocardite para esta faixa etária quando dada a vacina da Moderna.

A autoridade de saúde pública de França, a Haute Autorite de Sante (HAS, na sigla em francês), recomendou que as pessoas abaixo dos 30 anos recebam a vacina contra a Covid-19 da Pfizer “quando disponível”, em vez da vacina fabricada pela Moderna. Este aviso surge após um estudo francês citar riscos “muito raros” de miocardite, uma doença cardíaca, que surgiram em dados recentes sobre a dose da Moderna.

“Na população com menos de 30 anos, este risco parece ser cerca de cinco vezes menor com a vacina Comirnaty, da Pfizer, em comparação com a vacina Spikevax, da Moderna”, disse a HAS, que atua como conselheira do setor sanitário francês, no seu parecer publicado na segunda-feira, citado pela Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

A decisão acontece depois de reguladores de vários outros países, como Canadá, Finlândia e Suécia, terem também tomado uma posição mais reticente em relação à vacina da Moderna devido a preocupações de segurança relativas ao coração que afetam os mais jovens.

Segundo a autoridade de saúde pública francesa, a recomendação aplica-se independentemente da utilização da vacina da Moderna como primeira, segunda ou terceira dose (de reforço), sendo válida até que sejam revelados mais dados científicos sobre o assunto.

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Toyota Caetano propõe dividendos de 10,5 milhões e quer emitir 15 milhões de papel comercial

  • Lusa
  • 9 Novembro 2021

A empresa irá propor ainda a colocação de 15 milhões de euros numa emissão de papel comercial na assembleia-geral extraordinária a realizar no dia 30 de novembro.

A Toyota Caetano pretende distribuir dividendos de 10,5 milhões de euros e colocar 15 milhões de euros numa emissão de papel comercial, segundo uma convocatória para uma assembleia-geral extraordinária a realizar no dia 30 de novembro.

“Tendo em consideração a existência de resultados transitados positivos, propõe-se a distribuição de dividendos de 10.500.000,00 euros, por aplicação dos referidos resultados. Será assim atribuído ao capital o montante de 0,30 euros por ação, o que atento o número 35.000.000 de ações perfaz 10.500.000,00 euros”, pode ler-se na proposta referente ponto um da referida convocatória, enviada esta terça-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Na mesma assembleia-geral extraordinária, a empresa do ramo automóvel propõe também aos acionistas a “ratificação do Contrato de Organização, Registo, Colocação e Garantia de Colocação de Papel Comercial celebrado no dia 14 de junho do corrente ano entre a Toyota Caetano Portugal, SA e o Banco BPI, S.A., até ao montante máximo de 15.000.000,00 euros, conforme deliberação do Conselho de Administração de 31 de maio do corrente ano”.

Entre os outros pontos da reunião magna extraordinária da empresa sediada em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, estão a ratificação da “nomeação, por cooptação, “de Tom Fux e Kiyohito Morimoto para os cargos de Vogal do Conselho de Administração (em substituição de Matthew Peter Harrison e Katsutoshi Nishimoto)”.

Fazem também parte dos pontos em discussão a “Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização da Sociedade, apresentada pela Comissão de Remunerações”, bem como uma alteração estatutária para permitir a emissão de papel comercial.

A Toyota Caetano registou lucros de 11,6 milhões de euros em 2019, 4,4 milhões de euros em 2020 e 2,9 milhões no primeiro semestre deste ano.

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