Regulador europeu dá “luz verde” à terceira dose da vacina da Pfizer e da Moderna

  • ECO
  • 4 Outubro 2021

Regulador valida a inoculação com uma dose extra das vacinas da Pfizer e da Moderna. Em pessoas imunodeprimidas deve ser dada 28 dias após a 2.ª dose, já nos restantes será preciso esperar seis meses.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa) deu “luz verde” à dose de reforço das vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas pela Pfizer e pela Moderna. Esta dose extra, a administrar a pessoas com sistemas imunitários debilitados, deve será dada um mês após a segunda dose. No caso das restantes pessoas, deve ser dada passados seis meses do ciclo vacinal.

O regulador concluiu que “uma dose extra da vacina contra a Covid-19 da Pfizer e da Moderna pode ser dada a pessoas com sistemas imunitários altamente enfraquecidos”, recomendando que a dose adicional seja administrada pelo menos “28 dias após a segunda dose”.

Segundo a EMA, a terceira dose destas vacinas “aumenta a capacidade de produção de anticorpos contra o vírus que causa Covid-19 em pacientes transplantados com sistemas imunitários enfraquecidos”. “Apesar de não haver evidência direta de que a capacidade de produzir anticorpos proteja os pacientes contra a Covid-19, é expectável que a dose adicional aumente a proteção em alguns pacientes”, diz.

Esta terceira dose, ou dose extra, é válida para pessoas imunodeprimidas. Relativamente à restante população, a EMA tem estado a analisar os dados relativos à vacina da Pfizer, salientando que a dose extra leva a um aumento no nível de anticorpos uma vez dada seis meses após a segunda dose em pessoas entre os 18 e os 55 anos.

Neste sentido, diz a EMA, “uma dose extra poderá ser considerada seis meses depois da segunda dose em pessoas com 18 ou mais anos”.

“A nível nacional”, os países podem, segundo o regulador, “emitir recomendações oficiais sobre a toma de doses de reforço, tendo em conta os dados de eficácia que vão sendo conhecidos e os dados de segurança limitados”.

Recorde-se que Portugal tem atualmente quase 85% das pessoas com a vacinação completa. Relativamente à terceira dose, a aplicar aos mais idosos, António Costa tem estado a aguardar a decisão da EMA. “Se a decisão for vacinar, nós temos vacinas suficientes para vacinar toda a população”, disse recentemente o primeiro-ministro.

(Notícia atualizada às 15h40 com mais informação)

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CGD abre escritório de representação no Luxemburgo

  • Lusa
  • 4 Outubro 2021

Três anos depois de encerrar as sucursais do banco público no Luxemburgo, a CGD anuncia a abertura de um escritório de representação naquele país.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai abrir um escritório de representação na cidade do Luxemburgo, depois da sucursal no país ter fechado em 2018, foi divulgado esta segunda-feira.

De acordo com um comunicado oficial do banco público, a CGD “inaugura no próximo dia 5 de outubro, pelas 17h30, o seu escritório de representação na cidade do Luxemburgo”.

A cerimónia de abertura contará com a presença de convidados institucionais como o embaixador de Portugal no Luxemburgo, António Gamito, o cônsul-geral Jorge Cruz e o administrador executivo da CGD José João Guilherme, refere o comunicado do banco.

“Estarão igualmente presentes membros da comunidade civil e empresarial portuguesa residente no Grão-Ducado”, segundo a instituição liderada por Paulo Macedo.

O funcionamento do escritório, localizado no n.º 6 da Avenue de la Liberté, “é assegurado pelos seus três colaboradores: Isaura Rovisco, Responsável de Escritório, Daniel Veríssimo e Rui Almeida, Assistentes Comerciais”, segundo a CGD.

Em 26 de julho de 2018, os sindicatos luxemburgueses comunicaram que a CGD iria fechar as suas duas agências da sucursal no Luxemburgo, uma decisão que afetava 23 trabalhadores.

A decisão foi confirmada no mesmo dia pela administração do banco, que anunciou o encerramento das sucursais no Luxemburgo e em Nova Iorque, no âmbito da reestruturação do banco público acordada com a Comissão Europeia, considerando-as “de menor expressão”.

No dia seguinte, o presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, disse que o encerramento das sucursais estava previsto desde 2016, e que seria avaliada a criação de um escritório de representação no Luxemburgo, onde vivem cerca de 96 mil portugueses.

De acordo com fonte oficial do banco público, a sucursal luxemburguesa da Caixa Geral de Depósitos acabou por encerrar em 2018.

A CGD tem escritórios de representação em geografias com forte representatividade da comunidade portuguesa, nomeadamente na África do Sul (Joanesburgo), na Alemanha (Berlim, atendimento semanal em Colónia, Frankfurt, Hamburgo, Estugarda), Bélgica (Bruxelas), Canadá (Toronto), Reino Unido (Londres), Suíça (Genebra, delegados comerciais em Zurique e Lausanne) e na Venezuela (Caracas).

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Já morreram 18 mil pessoas em Portugal por Covid-19 e há 193 novos casos

  • Joana Abrantes Gomes
  • 4 Outubro 2021

A DGS contabilizou 193 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas em Portugal, o que perfaz um total de 1.071.307 casos registados desde o início da pandemia. Rt sobe para 0,91 a nível nacional.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 193 novos casos de Covid-19, elevando o total de infetados desde o início da pandemia para 1.071.307. O boletim diário desta segunda-feira revela ainda mais sete mortes nas últimas 24 horas, para um total de 18.000 óbitos. A incidência média no território nacional recuou para 94,3 casos por 100 mil habitantes, enquanto o risco de transmissibilidade (Rt) subiu para 0,91.

Há também mais 331 pessoas recuperadas da doença do que no balanço anterior, perfazendo um total de 1.023.085 recuperados. O número de casos ativos é agora de 30.222 em Portugal, menos 145 face a domingo.

Os internamentos subiram para 351, havendo esta segunda-feira mais nove doentes em unidades hospitalares. Destes, 68 estão internados em cuidados intensivos, menos um em relação a domingo.

Do total de 193 novos casos, a maioria voltou a registar-se no Norte do país, com mais 53 infetados por Covid-19. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo (mais 51), Alentejo (mais 38), Centro (mais 29) e Algarve (mais 11). Os arquipélagos da Madeira e dos Açores registaram, respetivamente, oito e três novos casos do coronavírus.

Os sete óbitos do boletim desta segunda-feira dividem-se entre Lisboa e Vale do Tejo (quatro), Norte (dois) e Centro (um). A zona que alberga a capital continua a ser aquela que regista o total de casos e de mortes mais elevado do país.

Há ainda 26.574 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, ou seja, menos 986 face a quinta-feira.

 

Boletim da DGS de 4 de outubro de 2021

Sobe o Rt, mas incidência continua em queda

Os dados da DGS revelam ainda que o valor do Rt, que mostra quantas pessoas cada infetado contagia em média, está em 0,91 a nível nacional e em 0,90 no continente. Trata-se, portanto, de um aumento face à anterior atualização (estava em 0,89 a nível nacional e no continente). Ainda assim, Portugal permanece na “zona verde” da matriz de risco do Governo.

Já a incidência (média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias) continua em queda, estando agora fixada em 94,3 casos por 100 mil habitantes a nível nacional. No continente, assume um valor ligeiramente superior, com 95,1 casos por 100 mil habitantes (na última atualização, estes valores eram de 101,7 casos por 100 mil habitantes a nível nacional e de 103 casos por 100 mil habitantes no continente).

Notícia atualizada às 15h31

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Talkdesk Merit Awards alarga candidaturas até final de outubro

Aos prémios estão associados valores monetários para apoiar os estudos e projetos de investigação e a colocação profissional na Talkdesk, após a conclusão dos programas de estudos e/ou investigação.

Talkdesk alargou até 31 de outubro o prazo das candidaturas do Merit Awards destinados apoiar os estudos e projetos de investigação de alunos finalistas de mestrado ou programas de doutoramento nas áreas de engenharia, tecnologia, matemática, design, física ou multimédia em universidades nacionais. Os prémios monetários oscilam entre mil e cinco mil euros.

“Os Talkdesk Merit Awards permitem-nos distinguir os melhores talentos e criar oportunidades de contacto com a academia. Além disso, auxiliamos a colocação destes recém-graduados, com a eventual integração nas equipas da Talkdesk e facilitamos a transição entre a academia e o mercado de trabalho ao distinguir estudantes com percursos académicos diferenciados. Iniciámos esta parceria com a Universidade de Coimbra no ano passado e este ano pretendemos ter a oportunidade de a desenvolver a nível nacional”, diz João Coelho, diretor sénior de talento da Talkdesk, citado em nota de imprensa.

Os Merit Awards, que já vão na segunda edição, dirigem-se a alunos finalistas de mestrado ou que já tenham concluído o primeiro ano do doutoramento nas áreas de Engenharia — Informática, Computação, Software, Segurança Informática, entre outras –, Data Science, Física, Matemática, Design e/ou Multimédia e áreas relacionadas, de qualquer universidade ou instituto politécnico a nível nacional.

Aos prémios estão associados valores monetários para apoiar os estudos e projetos de investigação e a colocação profissional na Talkdesk, após a conclusão dos programas de estudos e/ou investigação. O vencedor dos “Doctoral Awards” receberá até 5.000 euros para que possa desenvolver o seu projeto de investigação: 50% do valor do prémio será entregue no momento da cerimónia, 25% aquando da submissão da tese e os restantes 25% quando obtiver o diploma de Doutoramento. Já os vencedores dos “Master Awards” receberão 1.000 euros.

Na avaliação serão tidos em consideração, além da experiência académica e profissional dos candidatos, a análise da motivação e dos objetivos de desenvolvimento futuro, a nível académico e profissional, assim como a relevância do projeto de Doutoramento ou do programa de Mestrado, face à área de atuação da Talkdesk.

A seleção dos vencedores acontecerá em três fases distintas e será conduzida por um júri composto por profissionais da Talkdesk e convidados externos. Os prémios serão entregues no início do próximo ano.

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RSN Advogados reforça Fiscal com Joana Ribeiro Pacheco

A RSN Advogados reforça a sua área de Fiscal com a integração de Joana Ribeiro Pacheco. A advogada, que integra a sociedade como coordenadora do Departamento Fiscal, transita da TELLES.

A RSN Advogados reforça a sua área de Prática de Direito Fiscal com a integração de Joana
Ribeiro Pacheco. A advogada, que integra a sociedade na qualidade de Coordenadora do
Departamento Fiscal, transita da TELLES, onde desenvolveu a sua atividade nos últimos sete anos.

De acordo com José A. Nogueira, managing partner da RSN Advogados: “É com enorme
entusiasmo que acolhemos a Joana na nossa equipa. Trata-se de uma profissional com provas
dadas cujo contributo, estou certo, será de grande relevância para a Sociedade, numa área onde
as solicitações têm superado largamente as nossas expectativas”.

Joana Ribeiro Pacheco iniciou a sua atividade profissional no escritório de advogados Aguiar-
Branco Advogados, em 2006. Entre 2008 e 2009 foi Consultora Fiscal no Departamento Tax-
TMT da Deloitte e, posteriormente, integrou a Lencastre Advogados.

Entre 2010 e 2011 exerceu funções de Jurista na Direção de Finanças do Porto – Divisão de Justiça Administrativa Contenciosa e, ainda em 2011, integrou a Pares Advogados. Em 2013 ingressou na Garrigues e aí permaneceu até à sua entrada na TELLES, em 2014.

Joana Ribeiro Pacheco é licenciada pela Faculdade de Direito da Universidade do Porto. Possui
uma pós-graduação em Direito Fiscal das Empresas pelo Instituto de Direito das Empresas e do
Trabalho da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e atualmente frequenta o
Mestrado em Direito Fiscal na Universidade Católica do Porto. É Membro da Associação Fiscal
Portuguesa.

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Conselho de Ministros reúne terça-feira para discutir OE2022

  • Joana Abrantes Gomes
  • 4 Outubro 2021

O Orçamento do Estado para 2022 tem de ser entregue no Parlamento já na próxima segunda-feira, dia 11 deste mês, pelo que o Governo aproveitará o feriado para tentar fechar o documento.

A proposta de Orçamento do Estado para 2022 vai ser discutida na terça-feira, dia 5 de outubro, em Conselho de Ministros. A reunião será informal, segundo avança a Rádio Renascença, e, por isso, não deverá ser seguida nem de comunicado, nem conferência de imprensa.

O Orçamento do Estado para 2022 tem de ser entregue na Assembleia da República já na próxima segunda-feira, dia 11, pelo que o Governo aproveitará o feriado da Implantação da República Portuguesa para tentar começar a fechar o documento.

Por esta altura, o Executivo liderado por António Costa procura por consensos junto dos partidos de esquerda (Bloco de Esquerda e PCP) para garantir a aprovação da proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano.

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Filipe Avides Moreira é o novo coordenador da PLMJ Porto

Filipe Avides Moreira é o novo sócio coordenador do escritório da PLMJ no Porto, sucedendo assim a Miguel C. Reis, depois da sua saída e de mais três sócios.

Filipe Avides Moreira é o novo sócio coordenador do escritório da PLMJ no Porto, sucedendo assim a Miguel C. Reis.

Até aqui, o advogado era sócio na área de Corporate M&A do escritório do Porto e está na PLMJ desde 2019, depois de dez anos na Cuatrecasas. As suas principais áreas de atividade incluem fusões e aquisições, operações de capital de risco, parcerias público-privadas, concessões e reestruturações.

Tem experiência em operações de M&A (due diligence, negociação e fecho) e no setor das concessões de serviços e de infraestruturas, no qual prestou assessoria a entidades públicas, promotores privados e construtores.

Filipe Avides Moreira é ainda membro da União Internacional de Advogados (UIA) e membro da Direção do Comité Português da mesma organização. É ainda membro da Direção da Associação Comercial do Porto. Foi formador na Ordem dos Advogados e na Escola de Direito da Universidade Católica Portuguesa (Porto).

Antes de entrar na PLMJ, foi advogado na Cuatrecasas durante 10 anos, tendo ainda trabalhado como advogado em Macau.

Saídas de 13 advogados no escritório do Porto

Miguel C. Reis — até aqui diretor do escritório no Porto — Manuel Cavaleiro Brandão, Maria da Conceição Cabaços e João Velez de Lima, todos sócios do escritório da PLMJ na Invicta, foram os sócios que anunciaram a saída há duas semanas.

Para além dos sócios, sairam ainda advogados das respetivas equipas, num total de 13 profissionais e mais um grupo da área administrativa.

Os sócios até agora do escritório liderado por Bruno Ferreira passam a integrar a Vieira de Almeida (VdA). Em conunicado, o escritório gerido por João Vieira de Almeida defende que esta aposta no mercado do Porto traduz “o reconhecimento da evolução e crescente sofisticação da procura local, com o aumento de investimento estrangeiro em diversos setores de atividade, muito assente na inovação e empreendedorismo, fatores constantes no portfólio de clientes e projetos assessorados pela VdA. A firma continuará atenta a novas oportunidades de reforço da sua capacidade no Porto”.

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“Cenário macroeconómico não permite” fazer aumentos gerais na Função Pública

"Cenário macroeconómico não nos permite ainda fazê-lo", disse Alexandra Leitão, quanto aos aumentos salariais gerais da Função Pública.

A ministra da Administração Pública, Alexandra Leitão, adiantou, esta segunda-feira, que o cenário macroeconómico do país não permite avançar com aumentos salariais generalizados para os funcionários públicos, em 2022. A governante esteve reunida com os três sindicatos que representam os trabalhadores do Estado, no âmbito da negociação anual.

“Aquilo que manifestei nas reuniões é que, obviamente, é desejo do Governo que pudéssemos ter aumentos generalizados, designadamente em linha com aquele 1% que foi referido em outubro de 2019 e que depois, fruto do que veio a acontecer a seguir, acabou por não se concretizar. Tanto quanto até agora tem sido análise, o cenário macroeconómico não nos permite ainda fazê-lo“, disse Alexandra Leitão, em declarações aos jornalistas.

À saída da reunião, os sindicatos já tinham indicado que o Governo não apresentou, esta segunda-feira, qualquer proposta de aumentos generalizados para os funcionários públicos, criticando tal posição. A líder do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Maria Helena Rodrigues, por exemplo, defendeu que, desta forma, está a desvalorizar-se as remunerações do fator trabalho. E o líder da Frente Comum, Sebastião Santana, garantiu que haverá luta por parte dos trabalhadores.

A ministra da Administração Público veio, depois, confirmar a ausência de uma proposta. “Não estamos a propor, nem creio que possamos propor. Até ao encerramento das negociações, pode haver novidades. Nesta matéria, não creio que exista novidades“, disse a governante. E acrescentou: “O que foi dito é que, no futuro próximo, gostaríamos de avançar com aumentos generalizados“.

Salário de entrada dos técnicos superiores vai subir

Com vista a valorizar os técnicos superiores e, à boleia, rejuvenescer a Administração Pública, o Governo quer incluir, no Orçamento do Estado para 2022, o aumento do salário de entrada nessa carreira (para um valor ainda a determinar, sendo que hoje ronda os 1.205 euros).

Além disso, Alexandra Leitão explicou que os doutorados deverão passar a entrar nessa carreira por uma posição remuneratória diferente (mais elevada) do que os demais trabalhadores. Os doutorados que já estão na carreira em causa também deverão ser recolocados, caso estejam abaixo da novo posição que será fixada, assegurou a governante.

A ideia, disse a ministra, é negociar ambas as medidas, no primeiro trimestre de 2022, pelo que os seus efeitos não deverão ser sentidos logo no início do próximo ano, embora possam, depois, vir a ter efeitos retroativos a essa data.

Com o rejuvenescimento da Administração Pública em mente, o Governo quer, ainda, lançar dois novos programas de estágios, tal como escreveu o ECO, e tornar mais célere e ágeis os processos de recrutamento.

Os outros dois eixos do Orçamento do Estado, no que diz respeito à Administração Pública, serão, disse Alexandra Leitão, a recomposição das carreiras de assistente operacional e assistente técnico (e a consequente descompressão da Tabela Remuneratória Única) e a anualização do sistema de avaliação de desempenho dos funcionários públicos, medida que consta do programa do Governo, mas cujo processo negocial está parado desde maio.

Em maior detalhe, quanto aos assistentes operacionais, o objetivo é repor as oito posições na Tabela Remuneratória associadas a esta carreira, já que, por via dos aumentos sucessivos do aumento salário, hoje só restam três. Ainda para estes funcionários, deverá haver aumentos salariais por via da atualização do salário mínimo nacional, cujo valor ainda se desconhece.

Já para os assistentes técnicos, está previsto um aumento da primeira posição remuneratória desta carreira, “para que seja mantida a proporção entre o início das duas carreiras”.

A segunda ronda negocial com os sindicatos da Administração Pública está marcada para dia 7 de outubro. Já a proposta de Orçamento do Estado para 2022 terá de ser entregue pelo Parlamento no Parlamento até dia 11 de outubro.

(Notícia atualizada às 15h16)

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DLA Piper ABBC assessora o fundo Tioga Capital Partners em ronda de investimento de 2,2 milhões na Exclusible

A equipa da DLA Piper ABBC foi liderada por João Costa Quinta, sócio de Societário & M&A e TMT e contou com a participação do Associado Diogo Mendes Almeida.

A DLA Piper ABBC assessorou o Tioga Capital Partners, fundo europeu especializado em tecnologia blockchain, na ronda de investimento seed de 2,2 milhões de euros na plataforma de NFTs (Non-Fungible Tokens) de luxo Exclusible.

A Exclusive – plataforma de ativos digitais fundada em Portugal, que permite a marcas de luxo publicarem e venderem NFT (“non fungible tokens”, uma espécie de certificados digitais exclusivos) – captou uma ronda de investimento seed (semente) no valor de 2,2 milhões de euros.

A equipa da DLA Piper ABBC foi liderada por João Costa Quinta, sócio de Societário e TMT e contou com a participação do Associado Diogo Mendes Almeida.

A DLA Piper é uma sociedade de advogados global, presente em mais de 40 países, com escritórios na Europa, África, Ásia, América do Norte e América do Sul.

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Governo vai promover teletrabalho no Estado para prevenir absentismo

Os dirigentes dos serviços públicos vão promover a adoção de modos flexíveis de trabalho, como teletrabalho. Objetivos são prevenir absentismo e favorecer conciliação da vida profissional e pessoal.

Os dirigentes dos serviços públicos vão promover, no próximo ano, a utilização de “modos mais ágeis e flexíveis de desempenho do trabalho” — como o teletrabalho –, com vista a prevenir o absentismo e a favorecer a conciliação da vida profissional com a vida pessoal e familiar. Tal medida consta do projeto de articulado apresentado, esta segunda-feira, pelo Ministério de Alexandra Leitão aos sindicatos, na primeira de duas reuniões de negociação anual.

“Para favorecer a conciliação da vida profissional com a vida pessoal e familiar e prevenir o absentismo, os dirigentes dos serviços públicos promovem a utilização de modos mais ágeis e flexíveis de desempenho do trabalho em funções públicas, designadamente através do teletrabalho, garantindo ainda que estes não agudizam as assimetrias de género e que podem potenciar a coesão territorial“, lê-se no documento partilhado com os sindicatos.

No Orçamento do Estado para 2021, o Governo também incluiu uma medida para prevenir o absentismo, mas nesse âmbito indicava-se apenas que os dirigentes dos serviços públicos deviam “utilizar todos os instrumentos legais que permitam abordar as necessidades diferenciadas manifestadas pelos seus trabalhadores, nomeadamente regimes de prestação de trabalho e modalidades de horário”. Ou seja, o projeto de diploma preparado para 2022 parece agora conferir algum detalhe a essa proposta, referindo-se em particular à possibilidade de os funcionários públicos adotarem o teletrabalho.

À saída da reunião com o Governo, o líder da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP), José Abraão, disse que não se opõe à promoção dessa modalidade, mas frisou que é preciso pagar as despesas associadas aos trabalhadores, bem como assegurar o direito a desligar.

A crise pandémica resultou numa adoção sem precedentes do teletrabalho, tanto no público como no privado, evidenciando falhas no atual enquadramento jurídico. É por isso que, no Parlamento, os partidos estão a discutir cerca de uma dezena de projetos de lei que mudam ou densificam as regras do teletrabalho.

Ainda na reunião desta segunda-feira com os sindicatos, o Governo indicou a vontade de lançar um novo programa de estágios na Administração Pública, mas não avançou com uma proposta de aumentos salariais. José Abraão explicou, aos jornalistas, que as questões remuneratórias ainda não estão fechadas, estando o Executivo ainda a avaliar o quadro macroeconómico do país.

O projeto de articulado do Orçamento do Estado foi apresentado, esta segunda-feira, na primeira de duas rondas de negociação anual prevista. A segunda reunião ocorrerá a 7 de outubro.

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Governo vai lançar novo programa de estágios na Função Pública em 2022

No primeiro semestre de 2022, o Governo vai "prosseguir a implementação do programa de estágios profissionais na Administração Pública", de acordo com a proposta apresentada aos sindicatos.

O Governo vai lançar um novo programa de estágios na Administração Pública, no próximo ano. A medida consta do projeto de articulado do Orçamento do Estado para 2022 apresentado, esta segunda-feira, pelo Ministério de Alexandra Leitão aos sindicatos e será financiada, desta vez, pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).

“No primeiro semestre de 2022, o Governo prossegue a implementação do programa de estágios profissionais na Administração Pública, financiados através do PRR, destinado à carreira de técnico superior“, lê-se no diploma partilhado com os representantes dos trabalhadores, que detalha também que a distribuição das vagas deverá ainda ser fixada por portaria.

Segundo o projeto de articulado, o programa de estágios previsto para 2022 seguirá as mesmas regras do programa promovido este ano, ainda que com “as necessárias adaptações”.

De acordo com a Resolução Conselho de Ministros que veio regular os estágios na Administração Pública deste ano, o programa dirige-se jovens licenciados à procura do primeiro emprego ou à procura de novo emprego, sendo-lhes garantida uma bolsa correspondente à primeira posição remuneratória da carreira de técnico superior, isto é, 998,50 euros. Os estágios tiveram, em 2021, a duração de nove meses.

Como mais-valia deste programa, o Governo estabeleceu, além disso, que os estagiários que obtiverem aproveitamento e se candidatarem a um procedimento concursal de recrutamento de responsabilidade dos órgãos e serviços da Administração direta e indireto do Estado, até dois anos após o termo do estágio, “têm a sua classificação majorada em dois valores na lista de ordenação final dos candidatos, desde que a atribuição desta majoração não resulte em classificação superior a 20″ e têm preferência na mesma em caso de igualdade de classificação, “sem prejuízo da aplicação de outras que a lei já preveja”.

O projeto de articulado do Orçamento do Estado foi apresentado, esta segunda-feira, na primeira de duas rondas de negociação anual prevista. A segunda reunião ocorrerá a 7 de outubro.

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Desemprego no Norte recua para 6,3% e está abaixo da média nacional

  • Lusa
  • 4 Outubro 2021

De acordo com o relatório trimestral Norte Conjuntura, da CCDR-N, esta “é a primeira vez, nos últimos 20 anos, que a taxa de desemprego da região se encontra tão abaixo da nacional”.

A taxa de desemprego na região Norte desceu para 6,3% no segundo trimestre de 2021, em relação a 7,4% no período homólogo de 2020, e está abaixo da média nacional nesse indicador, revelou esta segunda-feira a CCDR-N.

De acordo com o relatório trimestral Norte Conjuntura, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), a que a Lusa teve acesso, esta “é a primeira vez, nos últimos 20 anos, que a taxa de desemprego da região se encontra tão abaixo da nacional”.

Portugal registou uma taxa de desemprego de 6,7%.

Também a taxa de desemprego jovem diminuiu em relação ao 1.º trimestre deste ano, em que era 22,5%, para 21,8% no segundo trimestre, “invertendo a tendência de crescimento observada ao longo da crise” provocada pela pandemia de Covid-19, destaca o documento.

Para os números favoráveis contribuiu um aumento da população empregada de 87.200, em relação ao período homólogo de 2020, o que representa um incremento de 5,3%.

“Este crescimento acentuado deveu-se a um efeito base associado ao pico da crise pandémica no segundo trimestre de 2020, mas também ao dinamismo intrínseco da economia do Norte”, destaca a CCDR-N.

O organismo considera também “revelador da resiliência e recuperação em contexto de crise o nível de emprego da região no segundo trimestre de 2021, [que] já é superior em 3,2% ao valor observado há dois anos, no segundo trimestre de 2019 (período pré-pandemia), refletindo a criação de 53.400 postos de trabalho, em termos líquidos, face a essa altura”.

No salário mensal líquido dos trabalhadores por conta de outrem também se verifica “o valor mais elevado desde que existem registos”, 955 euros, que mostram “um crescimento real de 4,2% face ao período homólogo” do ano passado.

A taxa de emprego do Norte (dos 20 aos 64 anos) está nos 75,9%, “um valor superior à meta de 75% definida no Portugal 2020”, e a taxa de atividade (16 ou mais anos) cresceu de 56% no segundo trimestre de 2020 para 59,5%, que “decorreu de um aumento acentuado da população ativa do Norte para um valor superior ao da fase pré-pandemia”.

O documento dá ainda como exemplo de retoma o facto de, “apesar de a população empregada mais jovem (16 aos 24 anos) ter voltado a diminuir em 7,4% no segundo trimestre de 2021 face ao período homólogo do ano transato”, a redução ter sido “bastante menor do que a do trimestre precedente”.

Por outro lado, “o emprego na população dos 25 aos 34 anos aumentou 6,7%, invertendo a tendência de queda do último trimestre”.

“Nas faixas etárias mais avançadas observou-se a aceleração do crescimento do emprego, sobretudo nos cidadãos com 55 anos ou mais”.

Por setores, destaca-se que o aumento de 9,4% da população empregada nas indústrias transformadoras, com a criação líquida de 38.400 postos de trabalho.

O setor “já superou o valor observado na fase anterior à crise pandémica”, sustenta.

Este cenário acontece num contexto nacional em que o Produto Interno Bruto (PIB) do país aumentou 15,5% em relação ao período homólogo e 4,9% face ao primeiro trimestre deste ano, “invertendo a tendência de queda que se vinha a observar desde o início da crise pandémica”.

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