Estes são os oito números que marcam o turismo em 2021

Foi um dos setores mais afetados pela pandemia, mas já começou a recuperar. No Dia Mundial do Turismo, o ECO reúne os oito números que descrevem o setor este ano.

Depois de 2020 ter sido um ano perdido, o turismo começou este verão o caminho de recuperação. Muitos portugueses preferiram fazer férias cá dentro, acabando por ajudar o setor, e foram também muitos os estrangeiros que regressaram a terras lusas em lazer. Os números mostram mesmo que o número de turistas nacionais já supera mesmo os níveis de 2019. Esta segunda-feira, no dia em que se comemora o Dia Mundial do Turismo, o ECO reuniu os oito principais números que descrevem o setor até agora, neste que ainda foi um ano atípico.

3,35 mil milhões em receitas

De acordo com dados revelados pelo Banco de Portugal (BdP), o primeiro semestre fechou com uma receita de 3.351 milhões de euros, um valor que corresponde a apenas 36% da meta definida pelo Governo para o total do ano. Em agosto, a receita total estava em 2.398 milhões de euros, apenas 25% da meta definida pelo Executivo. Apesar disso, fonte oficial do Ministério da Economia adiantou ao ECO no mês passado que “tudo fará para que os objetivos traçados sejam alcançados”, sobretudo porque em agosto se registou uma “mudança muito positiva no turismo”.

5,22 milhões de turistas

Os números mais recentes publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, entre janeiro e julho deste ano, os alojamentos turísticos nacionais receberam 5,22 milhões de turistas. No ano passado, no mesmo período, contaram-se 5,36 milhões de turistas, o equivalente a uma quebra de 2,7%, mas em 2019 a descida foi bastante mais acentuada, quando se registaram 15 milhões de turistas (-65,4%).

70% de portugueses

Dos mais de cinco milhões de turistas que passaram por Portugal este ano até julho, 70% foram portugueses, num total de 3,7 milhões, em comparação com os 1,56 milhões que chegaram do estrangeiro. Em termos de evoluções, o número de turistas residentes aumentou 19% face ao mesmo período do ano passado, superando os números de 2019, enquanto o número de estrangeiros caiu 32%.

324 mil turistas espanhóis

Num ano que ficou marcado por várias restrições às viagens, os espanhóis foram a nacionalidade que mais procurou Portugal para passar férias, devido ao acordo entre os dois países, que dispensava de teste ou certificado quem atravessasse a fronteira. Assim, de acordo com os dados do INE, entre janeiro e julho, os alojamentos turísticos nacionais hospedaram 324.218 espanhóis, menos 16% do que no mesmo período do ano passado (foram 385.991 turistas). Atrás aparecem os franceses (201.996 turistas) e os britânicos (199.581).

757,5 milhões de euros em proveitos

Até julho, o turismo obteve 757,5 milhões de euros em proveitos, mais 21% do que no mesmo período do ano passado (693,5 milhões de euros), refere o INE. A maior fatia destes proveitos foi da responsabilidade da hotelaria (637 milhões de euros), enquanto o alojamento local canalizou 68,5 milhões e o turismo de espaço rural e habitação registou cerca de 52 milhões de euros. No que diz respeito aos proveitos por aposento (valores resultantes das dormidas de todos os hóspedes nos meios de alojamento turístico), estes fixaram-se em 564,1 milhões de euros até julho.

2,43 noites de estada média

Contrariando os restantes indicadores, a estada média manteve-se como no ano passado. Entre janeiro e julho deste ano, os hóspedes passaram, em média, 2,43 noites nos estabelecimentos nacionais, o mesmo que no período homólogo, mas abaixo do mesmo período de 2019 (2,58 noites).

Algarve com 28,6% das dormidas

No acumulado do ano, isto é, entre janeiro e julho, o Algarve registou 3,63 milhões de dormidas, o equivalente a 28,6% do total, mostra o INE. Atrás aparece a Área Metropolitana de Lisboa (2,33 milhões de dormidas), o Norte (2,18 milhões) e o Centro (1,67 milhões). A Região Autónoma da Madeira surge com 1,33 milhões de dormidas, enquanto o Alentejo teve 991 mil dormidas e a Região Autónoma dos Açores conseguiu cerca de 522 mil.

8,29 milhões de passageiros nos aeroportos nacionais

O movimento nos aeroportos nacionais mais do que duplicou em julho, contando-se 2,8 milhões de passageiros naquele mês, de acordo com o INE. Somando os sete primeiros meses do ano, contam-se 8,29 milhões de passageiros, o equivalente a uma quebra de 26% face ao mesmo período do ano passado e uma descida de 75,8% face ao mesmo período de 2019.

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Vão ser dadas mais de dois milhões de vacinas contra a gripe

  • Lusa
  • 27 Setembro 2021

Para esta época gripal (2021/2022), haverá 2,24 milhões de doses de vacinas contra a gripe, mais cerca de 146.000 doses face à época gripal 2020/2021, o que representa um aumento de 7%.

A vacinação contra a gripe arranca esta segunda-feira, 27 de setembro, em Portugal, mais cedo do que o habitual devido à pandemia de Covid-19, havendo 2,24 milhões de vacinas para serem distribuídas gratuitamente a grupos de risco pelo Serviço Nacional de Saúde.

Inicia-se a primeira fase da vacinação gratuita destinada a residentes, utentes e profissionais de estabelecimentos de respostas sociais, doentes e profissionais da rede de cuidados continuados integrados e profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e também as grávidas, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Na segunda fase, serão integrados os outros grupos-alvo abrangidos pela vacinação gratuita, destacando-se pessoas com idade igual ou superior a 65 anos e pessoas portadoras de doenças ou outras condições previstas na norma da vacinação contra a gripe 2021/22.

Para esta época gripal (2021/2022), haverá 2,24 milhões de doses de vacinas contra a gripe, mais cerca de 146.000 doses face à época gripal 2020/2021, o que representa um aumento de 7%, de acordo com a DGS.

À semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, as vacinas disponíveis em Portugal serão tetravalentes, incluindo quatro tipos de vírus da gripe: Dois do tipo A e dois do tipo B.

As autoridades de saúde decidiram antecipar o início da campanha de vacinação, que começa habitualmente em outubro, devido à situação pandémica.

“Em 2021, em contexto de pandemia Covid-19, mantêm-se medidas excecionais e específicas no âmbito da vacinação gratuita contra a gripe, nomeadamente o início mais precoce, a vacinação faseada e a gratuitidade para os profissionais que trabalham em contextos com maior risco de ocorrência de surtos e/ou de maior suscetibilidade e vulnerabilidade”, refere a DGS em comunicado.

Na sexta-feira, a task force que coordena a vacinação contra a Covid-19 informou em comunicado que os centros onde são administradas as vacinas anticovid iriam “em breve” ser empenhados na vacinação da gripe.

A Lusa pediu mais informações à task force sobre este processo de administração da vacina da gripe nestes centros, mas não foi disponibilizada mais informação.

A Direção-Geral da Saúde apela à adesão das pessoas que têm critério para a vacinação contra a gripe, num processo que será feito de forma organizada, decorrendo nos próximos meses.

A DGS recorda que habitualmente a gripe é curada espontaneamente, mas podem ocorrer complicações, particularmente em pessoas com doenças crónicas ou com 65 ou mais anos.

A vacina contra a gripe é fortemente recomendada para grupos prioritários da população e é uma medida de prevenção primária com impacte na ocorrência e gravidade da doença.

Em Portugal, a vacina é gratuita para cidadãos a partir dos 65 anos, para residentes e internados em instituições, mas também para um grupo de pessoas com doenças específicas, profissionais de saúde do SNS e para os bombeiros.

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Portugal continental tem 83,89% da população com vacinação completa

  • Lusa
  • 27 Setembro 2021

Desde o início do processo de vacinação, em dezembro de 2020, até este domingo, 26 de setembro, foram administradas 15,21 milhões de inoculações em Portugal continental.

Cerca de 8,27 milhões de pessoas em Portugal continental tinham a vacinação completa contra a Covid-19 até às 19h00 deste domingo, revelou à Lusa fonte oficial da task force que coordena o processo de vacinação.

Segundo a mesma fonte, isto significa que 83,89% da população de Portugal continental tem a vacinação completa.

Cerca de 8,53 milhões de pessoas já receberam pelo menos uma dose de vacinação.

Desde o início do processo de vacinação, em dezembro de 2020, até este domingo, 26 de setembro, foram administradas 15,21 milhões de inoculações em Portugal continental.

A Covid-19 provocou pelo menos 4.740.525 mortes em todo o mundo, entre 231,48 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.954 pessoas e foram contabilizados 1.066.945 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral de Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

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Autoeuropa volta a parar até ao dia 4 de outubro

  • Lusa
  • 27 Setembro 2021

"Alteração ao calendário de produção está relacionada com a continuidade da escassez de componentes", diz a fábrica portuguesa.

A Autoeuropa volta a parar a produção a partir desta segunda-feira, 27 de setembro, e até 04 de outubro devido à “continuidade de escassez de componentes”, segundo uma nota da empresa de Palmela aos trabalhadores.

De acordo com a informação enviada aos trabalhadores na terça-feira, a que a Lusa teve acesso, “o arranque da produção está planeado para o dia 6 de outubro (quarta-feira), às 00h00”, ou seja, depois do feriado do dia 5.

O anúncio desta nova paragem foi feito no dia em que a Autoeuropa retomou a produção, após uma paragem de três dias devido à falta de semicondutores.

Segundo a fábrica do grupo alemão Volkswagen, a “alteração ao calendário de produção está relacionada com a continuidade da escassez de componentes”, sendo o regime compensatório aos funcionários o mesmo da paragem anterior.

“Eventuais alterações serão comunicadas oportunamente”, lê-se na nota.

Face às sucessivas paragens devido à falta de componentes, desde o início da pandemia, a administração da Autoeuropa tinha já anunciado que pretende recorrer ao “programa de apoio à atividade económica” e garantir o rendimento individual de cada colaborador da empresa.

A indústria automóvel tem sido uma das mais afetadas pela falta de semicondutores, componentes que são, em grande parte, fornecidos por diversos fabricantes asiáticos, que têm mantido algumas medidas de confinamento devido à Covid-19.

A fábrica de automóveis de Palmela produz atualmente os modelos MPV e T-Roc. Com mais de 5.000 colaboradores, dos quais 98% com vínculo permanente, a Autoeuropa produziu em 2020 um total de 192.000 automóveis e 20 milhões de peças para outras fábricas do grupo alemão, que representam 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) e 4,7% das exportações portuguesas.

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As 10 proposta de Rui Moreira para governar o Porto até 2025

Veja as principais promessas feitas por Rui Moreira em dez áreas-chave da governação da cidade. O independente apoiado pelos liberais e pelo CDS venceu este domingo as eleições no Porto.

Rui Moreira vai liderar a Câmara Municipal do Porto sem maioria absoluta. O candidato do movimento independente Aqui Há Porto, que contou com o apoio da Iniciativa Liberal e do CDS-PP, avança para um terceiro e último mandato à frente da Câmara.

A partir do programa de 126 páginas coordenado por Fernando Freire de Sousa, professor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) e ex-líder da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), o ECO selecionou as principais promessas em dez áreas que vão ter impacto económico na cidade até 2025.

1- Captação de investimento

Capitalização acrescida da agência municipal InvestPorto, através da sua articulação com uma Associação de Promoção do Investimento, Inovação e Desenvolvimento para a Região Norte. Criação de uma ferramenta de informação da economia da cidade (BIA Porto), uma plataforma analítica, flexível, escalável, com acessos seguros e atualizada de forma contínua que permita sentir o pulso económico da cidade e contribuir para a realização, avaliação e ajustamento das políticas de desenvolvimento económico.

2- Atração de talento

Criação de um Observatório de Talento e de uma Porto Skills Academy, desenhando um mapa de talento da cidade e uma ferramenta de aglutinação de vários projetos de formação na área das competências, permitindo um ciclo virtuoso entre o crescimento do investimento e a capacidade de geração de talento local e regional. Criação de um Programa Municipal de Imersão em Mercado de Trabalho durante o verão, dirigido a jovens entre os 16 e os 21 anos, para que possam ter contacto direto com a realidade profissional e empresarial da cidade. Na área fiscal, reduzir o IMI para jovens até aos 35 anos por um período adicional de três anos — alargado a cinco anos se tiverem filhos.

3- Fundos europeus

Reclamando o estatuto de concelho do país mais eficaz na obtenção de fundos europeus, o movimento independente diz querer manter o Porto nessa liderança, através do Gabinete de Gestão de Fundos Europeus e Instrumentos de Financiamento, otimizando a sua atuação através de um reforço das suas ferramentas de gestão e de um plano estratégico de priorização de meios de financiamento.

4- Turismo

Criação de um Observatório do Turismo com dados abertos para a cidade e informação em tempo real sobre evolução dos fluxos turísticos, taxas de ocupação, receitas médias, etc. Alargamento do âmbito de atuação do Mediador de Alojamento Local, criando um em cada junta de freguesia. Criação de zonas de crescimento turístico sustentável, equilibrando a relação entre visitantes e comunidade. Expandir o programa de reconhecimento da qualidade da oferta de alojamento da cidade (“Confiança Porto”) e realizar programas de formação e de interação com as plataformas de aluguer para que o destino ganhe reconhecimento em termos de bem-estar e ligação entre os turistas e a comunidade local.

5- Comércio

Garantia de proteção e salvaguarda das lojas históricas que são uma relevante referência cultural ou social para a cidade, através de um apoio de meio milhão de euros por ano. Reforço da digitalização do comércio através de uma plataforma de nova geração a integrar na app Shop in Porto e que permita a compra online nos mais de 1.600 estabelecimentos comerciais já aderentes e noutros que se juntem ao projeto. Aposta na relação entre a produção agrícola de proximidade (incluindo o Mercado do Bolhão, em reabilitação) e a restauração da cidade.

6- Inovação e transição digital

Desenvolvimento do programa “Porto Digital+” para promover a utilização das tecnologias digitais, tendo como base a disponibilização de acesso à Internet de banda larga a todos os cidadãos e visitantes. Criação do Centro de Gestão Integrada de Segunda Geração, potenciando a operação coordenada da cidade e melhorando a informação em tempo real e preditiva, suportado em simultâneo por um reforço de investimento na infraestrutura de sensorização e monitorização de tráfego. “Programa (re)Start”, para reforçar a maturidade e aumentar capacidade de crescimento das start-ups da cidade, complementando a iniciativa Scaleup Porto.

7- Habitação

Promoção de novos fogos com renda acessível em terrenos municipais: Lordelo do Ouro, Monte Pedral, Monte da Bela, Antas e Lapa. Reabilitação para arrendamento acessível de imóveis municipais e construção de novos fogos em instalações militares desativadas ou noutras parcelas devolutas do Estado, em parceria com o IHRU. Construção de novas residências de estudantes no Morro da Sé e no Monte Pedral, em parceria com a academia. Incentivo à iniciativa privada para construção de habitação acessível através de benefícios fiscais e urbanísticos. Investimento na manutenção e requalificação do parque de habitação pública municipal em regime de renda apoiada, constituído por 13.004 fogos onde residem cerca de 30 mil pessoas. Garantir o alojamento de 500 famílias por ano no regime de arrendamento apoiado.

8- Mobilidade

Abertura do Terminal Intermodal de Campanhã e criação do interface do Polo da Asprela. Criação da Rede Porto, com linhas de proximidade que completem a oferta de transporte público. Serviço de transporte a pedido para a população idosa e modernização das praças de táxi. Criação do Corredor de Autocarros de Alta Qualidade no eixo Damião de Góis / Constituição e entre a Praça do Império e o Polo Universitário do Campo Alegre. Promoção das ligações cicláveis intermunicipais e consolidação das redes cicláveis internas da cidade. Zonas de Acesso Automóvel Condicionado (ZAAC) na Ribeira, Sé, Santa Catarina, Cedofeita, Santo Ildefonso e Miragaia. Construção de uma rede de parques de estacionamento de proximidade, em zonas de forte pendor residencial, destinados exclusivamente a residentes.

9- Gestão de resíduos

Manutenção do Porto como o município com a tarifa doméstica de resíduos mais baixa da região (área dos municípios Lipor). Alargamento da recolha seletiva de biorresíduos a toda a cidade. Melhoria da frota de veículos pesados de recolha de resíduos através da incorporação de biogás. Instalação de mais 250 novos ecopontos, eliminar todos os pontos de recolha de resíduos sem oferta seletiva e implementar um sistema de recolha seletiva de resíduos têxteis. Criação do Centro de Reutilização do Porto, espaço físico dedicado à reutilização e reparabilidade, no ecocentro da Prelada.

10- Energia

Novo serviço de apoio aos munícipes em matéria de condições de habitabilidade e eficiência energética das casas em que vivem. Desenvolvimento da primeira Comunidade de Energia Renovável (CER) na cidade. Produção de energia renovável para autoconsumo em todos os edifícios municipais, aumentar a percentagem de veículos elétricos na frota municipal e tornar as atividades da autarquia neutras em carbono. Aumento da rede de carregadores elétricos. Novos edifícios públicos energeticamente eficientes e tendencialmente Zero Energy Buildings ou promotores de energia positiva (positive energy blocks). Manutenção da compra exclusiva de energia limpa, 100% de origem renovável certificada.

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Novas regras para acelerar leilão do 5G estão em vigor

  • Lusa
  • 27 Setembro 2021

Travão à utilização dos incrementos de 1% e 3% sucede-se à alteração que reduziu a duração de cada ronda, permitindo aumentar para 12 o número de rondas de licitação diárias.

As novas regras para acelerar o leilão de 5G, que dura há mais de oito meses, entram agora em vigor e inibem a utilização dos incrementos de 1% e 3%, determinando que as operadoras licitem com aumentos mínimos de 5%.

Na sexta-feira, as propostas dos operadores no leilão totalizaram 371,4 milhões de euros, no 179.º dia de licitação principal.

Na União Europeia, Portugal e a Lituânia são os únicos países sem ofertas comerciais de 5G.

O leilão do 5G e outras faixas relevantes começou em novembro de 2020, primeiro com uma fase para os novos entrantes e, desde 14 de janeiro, está em curso a licitação principal, durante a qual “o incremento de 1% tem sido amplamente utilizado (embora estivesse prevista a utilização de incrementos de 1%, 3%, 5%, 10%, 15% e 20%), o que se traduziu numa evolução do preço dos lotes muito lenta, sem ganhos evidentes no que à descoberta do preço diz respeito, protelando a conclusão desta fase de licitação” e o fim do processo, salientou a Anacom em 17 de setembro, aquando da aprovação da alteração do regulamento.

“Este prolongamento excessivo do leilão é fortemente lesivo dos interesses nacionais, razão pela qual a Anacom aprovou esta alteração às regras do leilão para permitir acelerar o processo, mantendo os licitantes flexibilidade na determinação do preço, dado que terão sempre disponíveis os incrementos de 5%, 10%, 15% e 20%”, acrescentou então o regulador.

A Anacom sublinhou que “esta alteração não compromete as estratégias futuras dos licitantes, não afeta a descoberta do preço já conseguida no decorrer do leilão, nem cria discriminações entre os mesmos, não dando vantagens a um licitante face a outro”.

Esta alteração sucede-se à que reduziu a duração de cada ronda, permitindo aumentar para 12 o número de rondas de licitação diárias, desde o início de julho, e que foi alvo da contestação dos operadores históricos.

Se o leilão tivesse terminado na sexta-feira, o Estado teria arrecadado 455,7 milhões de euros (incluindo a licitação dos novos entrantes de 84,3 milhões de euros), bastante acima do montante indicativo que era de 237,9 milhões de euros.

A licitação principal inclui os operadores Altice Portugal (Meo), Nos, Vodafone Portugal, Nowo (Másmovil) e também a Dense Air, e visa a atribuição de direitos de utilização de frequências nas faixas dos 700 MHz, 900 MHz, 2,1 GHz, 2,6 GHz e 3,6 GHz.

De acordo com o Expansión, também a operadora romena Digi, que é um “dos grupos mais agressivos no mercado espanhol” em termos de concorrência, poderá estar na corrida às licenças de 5G em Portugal.

O processo tem sido bastante contestado pelas operadoras históricas, envolvendo processos judiciais, providências cautelares e queixas a Bruxelas, considerando que o regulamento tem medidas “ilegais” e “discriminatórias”, o que incentiva ao desinvestimento.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 27 Setembro 2021

O INE revela o valor das casas calculado pelos bancos na hora de conceder crédito relativo a agosto no mesmo dia que o Banco de Portugal divulga a evolução dos empréstimos e depósitos bancários.

Esta segunda-feira há dados do Banco de Portugal sobre a evolução dos empréstimos e depósitos bancários e a execução orçamental relativos a agosto. O Instituto Nacional de Estatística (INE) atualiza a avaliação bancária da habitação, destacando-se ainda a entrada em vigor da fixação de incrementos mínimos de 5% no leilão do 5G. Hoje é também a data limite para a apresentação das manifestações de interesse à compra da Dielmar.

INE revela resultados de agosto da avaliação da banca às casas

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga, esta segunda-feira, o valor das casas calculado pelos bancos na hora de conceder crédito relativo a agosto de 2021. Em julho, este indicador aumentou pelo décimo mês consecutivo, fixando um novo recorde de 1.221 euros por metro quadrado — o registo mais elevado desde janeiro de 2011.

Continuarão as poupanças nos bancos em valores recorde?

O Banco de Portugal publica os dados de agosto sobre a evolução dos empréstimos e depósitos bancários. Elevando o total para 169,9 mil milhões de euros, julho foi o 11.º mês consecutivo de aumento do valor confiado pelos particulares às instituições financeiras. Ao mesmo tempo, assistiu-se no mesmo período a um crescimento nos valores concedidos às empresas e continuou a aumentar o recurso ao financiamento dos particulares para a compra de habitação.

Como foi a execução orçamental até agosto?

Esta segunda-feira está também agendada a divulgação da síntese de execução orçamental até agosto. A execução orçamental até julho de 2021 registou um défice das contas públicas de 6,84 mil milhões de euros, uma melhoria de 1,6 mil milhões de euros em relação ao período homólogo de 2020 justificada pela “reabertura” da atividade económica. O relatório do Ministério das Finanças mostrou ainda que os pagamentos em atraso do Estado totalizaram 907,2 milhões de euros no final de julho, um aumento de 425,2 milhões face a julho de 2020.

Incrementos no leilão do 5G agora só a partir de 5%

As licitações percentualmente mais reduzidas no leilão do 5G acabam a partir desta segunda-feira. Trata-se da segunda alteração às regras da licitação, que passam a fixar incrementos mínimos de 5% para acelerar o processo. A Anacom considera que este ajustamento não compromete as estratégias dos participantes, nem beneficia um em detrimento de outro.

Termina prazo para apresentar manifestações de interesse à compra da Dielmar

Os interessados na compra da Dielmar, empresa têxtil com sede em Alcains, distrito de Castelo Branco, que atravessa um processo de insolvência desde o final de julho, têm até esta segunda-feira para apresentar a sua manifestação de interesse. Isto porque a assembleia de credores é daí a oito dias, em 6 de outubro. Ainda assim, tal não impede que possam apresentar a manifestação de interesse noutra data, por forma a serem integradas no relatório do administrador de insolvência que identificará as causas do desfecho da Dielmar ao fim de 56 anos de atividade, bem como a situação atual da empresa e as propostas do que entende ser a solução para a têxtil de Alcains. Em agosto, havia já cinco possíveis investidores.

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Moreira perde maioria absoluta no Porto. Tiago supera Feliz

O candidato independente, apoiado pelos liberais e pelo CDS-PP, vai cumprir o terceiro e último mandato na Câmara do Porto sem maioria no Executivo. PS tropeça, mas não cai do segundo lugar.

Rui Moreira venceu as eleições autárquicas no Porto pela terceira vez, mas, ao contrário do que aconteceu nos últimos quatro anos, vai ter de governar a segunda cidade do país sem maioria absoluta no Executivo municipal.

A contagem final mostra que Moreira obteve 40,72% dos votos e elegeu seis vereadores, menos um do que nas últimas eleições. A lista do PS, encabeçada pelo deputado Tiago Barbosa Ribeiro, conseguiu agora 18% e três vereadores. Isto é, menos 10 pontos e também menos um vereador do que Manuel Pizarro tinha conseguido para o partido em 2017.

Já o PSD, que há quatro anos tinha registado a pior votação de sempre na Invicta (10,39% e apenas um vereador), conseguiu desta vez aumentar a votação para 17,25% e eleger mais um representante no Executivo. Ainda assim, Vladimiro Feliz, que chegou a ser vice de Rui Rio na Câmara, ficou atrás dos socialistas.

Com 7,51% dos votos, a CDU vai manter a histórica Ilda Figueiredo como vereadora. E o Bloco, que apresentou o independente Sérgio Aires nesta corrida autárquica, recolheu 6,25% e elege, pela primeira vez, um representante no Executivo municipal portuense.

Moreira quer “federar” independentes

No discurso da vitória, que dedicou ao histórico social-democrata Miguel Veiga – falecido em 2016, foi um apoiante de proa na primeira eleição –, o autarca nortenho referiu que governará “com a representatividade que [lhe] derem os eleitores, sem nenhuma reclamação”. E não exclui falar com nenhuma das forças políticas com representação nos órgãos autárquicos, sendo que também não tem maioria na Assembleia Municipal.

Após destacar que “os portuenses não desiludem e, mais uma vez, o partido que esta noite ganhou foi o Porto”, Rui Moreira, que manteve as cinco Juntas de Freguesia (só não controla as de Paranhos e de Campanhã), avisou que “este projeto político independente, a par de outros que foram a votos, não pode continuar diluído e submetido ao interesse e ao taticismo carreirista de muitos dirigentes partidários”. E “para o bem da democracia”, sublinhou, defende “a federação dos milhares de cidadãos que hoje votaram por todo o país em candidatos independentes”.

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Rio diz que PSD fica “em melhores condições” de vencer legislativas

  • Lusa
  • 27 Setembro 2021

Depois do resultado das autárquicas, "estamos em muito melhores condições de ganhar as eleições em 2023”, afirmou Rui Rio.

O presidente do PSD defendeu que o resultado autárquico de domingo dá ao partido “melhores condições” de vencer as próximas legislativas, mas sem querer confirmar que é recandidato à liderança do partido.

“Conseguimos mais implantação e conseguimos um PSD mais forte, o que dá para deduzir facilmente que estamos em muito melhores condições de ganhar as eleições em 2023”, afirmou Rui Rio, em declarações aos jornalistas na sede nacional do partido.

O presidente do PSD defendeu que o resultado – o PSD conseguiu encurtar a diferença em relação do PSD e recuperar mais de 30 câmaras em relação há quatro anos, apesar de ter perdido outras 15 — “é um impulso importante para o futuro do PSD e para o futuro do país”.

“Ficou provado que não se resolve com rajadas de promessas para os eleitores, mas com um discurso honesto e sincero”, considerou.

Questionado por várias vezes pela comunicação social se se recandidata à liderança do PSD para as diretas de janeiro, Rui Rio defendeu que, se não tivesse alcançado os objetivos a que se propôs, daria já hoje uma resposta, “porque era evidente”.

“A partir do momento em que assim não é, não vou misturar os temas, hoje são autárquicas e isso é vida interna do partido”, afirmou, remetendo essa discussão para um “tempo próprio”, que não especificou quando será.

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Da fábrica de unicórnios ao IRS, as 10 propostas de Moedas para Lisboa

Carlos Moedas ganhou a corrida à Câmara Municipal de Lisboa. Conheça as principais propostas económicas do ex-comissário europeu para a capital.

Carlos Moedas venceu as eleições para a liderança para a Câmara Municipal de Lisboa. O ex-comissário europeu participou nesta corrida com o apoio do PSD, CDS-PP, Aliança, MPT e PPM, tendo a sua vitória contrariado as expectativas indicadas pelas sondagens ao longo do período de campanha.

O programa com o qual Moedas concorreu concentra-se em menos de 20 páginas, contemplando várias medidas que se dividem em dez grandes temas. O ECO selecionou as principais áreas e medidas económicas daquele que será o novo presidente da autarquia da capital.

1. Empreendedorismo

A primeira medida que figura nos destaques do programa de Carlos Moedas, disponível na sua página online, é uma “fábrica de unicórnios”. A ideia do social-democrata é ter um espaço que vai “potenciar as Startups lisboetas para que se possam tornar unicórnios”, onde especialistas podem encontrar uma “linha de montagem”, que “ajudará à maturação e à resiliência de projetos que devem começar na cidade e acabar como marcas globais”.

Neste campo, sugere também criar um Balcão Único para os empreendedores e investidores em Lisboa, “fundindo e reforçando entidades fragmentadas como a Start-Up Lisboa, a Invest Lisboa e a Direção de Economia da CML, trabalhando em articulação com entidades privadas”.

2. Economia azul

A economia azul é outra grande aposta de Carlos Moedas. O presidente eleito da Câmara de Lisboa quer construir na cidade as “infraestruturas necessárias para a tornar uma capital global da economia do Mar”. O objetivo de Moedas é aproveitar a tradição para “focar a sua economia em setores mais amigos do ambiente”.

3. Impostos

Carlos Moedas não quer que a Câmara Municipal “fique com mais uma parcela dos rendimentos através do IRS”, já que uma parte do que é pago neste imposto é definida pelo concelho onde vive. Por isso, reitera que irá tomar medidas para que “nada seja cobrado aos lisboetas por responsabilidade da CML”, numa descida de impostos que diz poder chegar a 5%.

4. Saúde

Na área da saúde, o social-democrata à autarquia da capital propõe oferecer seguros de saúde gratuitos “a todos os lisboetas com mais de 65 anos que precisem”. Para os mais velhos, tem também em vista criar Repúblicas Séniores, isto é, “residências de habitação partilhada por idosos, que sejam autónomos, disponibilizadas pela CML, geridas em cooperação com entidades do terceiro setor”.

5. Mobilidade

A campanha de Moedas debruçou-se também sobre a mobilidade e os automóveis. Uma das propostas neste campo foca-se na EMEL, com o social-democrata a argumentar que quer um estacionamento que seja “50% mais barato na cidade toda para os moradores”.

Já sobre os transportes públicos, Carlos Moedas foca-se nos “avós e netos”. “Queremos encorajar os mais novos a andar de transportes públicos e dar também aos mais velhos a possibilidade de deixarem facilmente o carro”, enuncia, pelo que “todos os lisboetas sub-23 e mais de 65 terão direito a um passe gratuito da Carris”.

6. Comércio

No que diz respeito ao comércio, as medidas de Moedas focam-se nas esplanadas, nomeadamente ao tornar definitivas as decisões que facilitaram a instalação de esplanadas no contexto da pandemia, bem como isentar os quiosques e as esplanadas do pagamento de taxas durante o período de dois anos e apoiar financeiramente a instalação de novas esplanadas e a melhoria das existentes.

Ainda neste setor, o social-democrata quer reconstruir ou relançar novos mercados municipais, como do Rato e São Domingos de Benfica, e ainda construir de raiz dois novos mercados municipais, nomeadamente, em Belém e em Campolide.

7. Habitação

Quanto à dificuldade dos jovens encontrarem habitação na capital, devido aos valores do imobiliário, Moedas avança com medidas focadas no IMT e nos edifícios devolutos. “Propomos uma isenção de IMT para jovens, com menos de 35 anos, a comprar a primeira casa e a transformação dos edifícios devolutos que a Câmara Municipal de Lisboa deixou ao abandono em habitação para jovens com custos ajustados”, lê-se no programa.

8. Empresas

Focando-se nos empresários, Moedas argumenta que devem ter uma “oportunidade para se voltarem a pôr de pé”, após as dificuldades que enfrentaram na pandemia. Propõe por isso o cheque Recuperar +, que “oferece um apoio a fundo perdido para que quem investe em Lisboa volte a ter uma hipótese de criar valor na cidade”.

Este cheque destina-se nomeadamente apoio à reabertura dos negócios e atividades de pequenas e médias empresas, e de empresários em nome individual, no setor da indústria, comércio a retalho, restauração, atividades desportivas, atividades culturais e artísticas da cidade, com um prazo ainda a definir.

9. Cultura

Para o setor da Cultura, Carlos Moedas apresenta duas grandes medidas. Por um lado, quer avançar com a construção de espaços LXIS em todas as freguesias, para que os lisboetas “tenham uma casa de cultura, de interação com pessoas com os mesmos interesses e que lhes dê uma oportunidade para sonhar com uma carreira nas artes”. Estes espaços terão salas que podem servir como teatro, sala de concertos, sala de dança, entre outros.

Para além disso, o social-democrata quer também apostar no Parque Mayer, que, na sua visão, deve ser “um centro nacional de Cultura, que reúna espetáculos profissionais e espaços de aprendizagem artística, chefs a começar e os melhores chefs do País a aprender e a cozinhar e espaços de co-work e laboratórios que criem também uma casa para a nossa ciência”.

10. Turismo

No turismo, Moedas avança com medidas que têm em vista “envolver todos os setores”. Entre os principais objetivos encontra-se “aumentar a estadia média de cada visitante, aumentando a oferta de experiências culturais da cidade”, bem como potenciar o turismo de negócios e conferências, com a construção de um novo Centro de Congressos de Lisboa.

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Costa admite “tristeza particular” com perda de Lisboa

Apesar da derrota em Lisboa que “penaliza qualquer partido”, o secretário-geral do PS reclama o maior número de mandatos autárquicos no país e rejeita a tese de um cartão amarelo mostrado ao Governo.

O secretário-geral do PS reconheceu este domingo, quando já se desenhava a derrota de Fernando Medina, que a derrota em Lisboa “penaliza qualquer partido”. Confessando “muito orgulho [por] em 2007 ter reconquistado a Câmara” para o partido, confessou “uma tristeza particular” pela derrota para a coligação de direita.

Ainda assim, António Costa lembrou que “o país não é só Lisboa”. “O PS não perde as eleições nacionais porque perde Coimbra, nem ganha as eleições nacionais porque ganhou Espinho ao PSD. O que interessa é o conjunto do resultado nacional”, insistiu António Costa.

Na contabilização feita pelo líder socialista — e numa altura em que faltavam ainda os resultados oficiais em algumas localidades –, reclamou o título de maior partido autárquico. Soma assim a terceira vitória consecutiva (quer em número de câmaras, quer de freguesias), o que acontece apenas pela segunda vez na história. A primeira tinha sido no ciclo 1989, 1993 e 1997, igualmente protagonizada pelo PS.

Entre “vitórias inesperadas e derrotas com as quais não [contava]”, António Costa agradeceu ainda aos portugueses “a confiança demonstrada no PS”. Mesmo salvaguardando que a leitura nacional deve ser feita com “cautela”, salientou que “a verdade é que depois de seis anos de governação e de um ano e meio tão difícil com uma grave crise económica, os portugueses renovaram a sua confiança no PS, atribuindo-lhe uma nova vitória eleitoral”.

“Podem contar com o PS para estar 200% empenhado para manter o rumo certo e garantir o futuro”, prometeu o secretário-geral socialista. Já com as negociações do Orçamento do Estado para 2022 no horizonte, o líder socialista fez mesmo questão de não beliscar os resultados eleitorais dos comunistas, de quem precisam para aprovar o diploma orçamental.

“Nem o PCP nem o PS confundem, de forma alguma, o processo das eleições autárquicas, que têm uma dinâmica própria, com a responsabilidade que temos de assegurar a estabilidade política, a continuidade da viragem política iniciada em 2015 e que o país manifestamente tem vontade de continuar. Não creio que haja qualquer perturbação das negociações”, resumiu o chefe do Executivo.

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Surpresa na noite eleitoral. Carlos Moedas ganhou Lisboa

Primeiras projeções apontavam para empate técnico entre Medina e Moedas. Socialista acabou por assumir derrota. "Ganhamos contra tudo e todos", salienta ex-comissário europeu.

Carlos Moeda ganhou a corrida à Câmara de Lisboa. O candidato da coligação “Novos Tempos” conseguiu garantir o lugar de autarca lisboeta, tendo Fernando Medina ficado em segundo lugar. As sondagens feitas durante a campanha davam a vitória a este último, pelo que os resultados causaram alguma surpresa.

“É uma indiscutível vitória pessoal e política de Carlos Moedas, a quem já telefonei e expressei as minhas felicitações”, anunciou Fernando Medina, na madrugada desta segunda-feira, assegurando que se empenhará “pessoalmente” na transição de todos os dossiês. O socialista diz que se despede “de consciência tranquila”, porque deu “tudo o que sabe” para servir o povo da capital, num momento “particularmente exigente”. “Temos a convicção profunda que a agenda que seguimos era a agenda correta para o futuro da cidade de Lisboa“, avança o político, que agradece à sua equipa e a “todos os que deram o seu melhor para proteger Lisboa e os lisboetas”.

As primeiras projeções citadas pela RTP, pela TVI e pela SIC/Expresso apontavam para um empate técnico entre Carlos Moedas e Fernando Medina, contrariando as expectativas criadas pelas sondagens feitas durante o período de campanha, que davam uma vitória clara (embora sem maioria absoluta) ao socialista. Na plataforma oficial do Ministério da Administração Interna, a vitória de Carlos Moedas ainda não estava confirmada, mas Fernando Medina assumiu a derrota. “A derrota de hoje é pessoal e intransmissível. O PS fez tudo para que pudéssemos ter tudo para fazer diferente”, sublinha. “Não é nenhum cartão amarelo ou vermelho ao PS“, acrescenta, não levantando o véu sobre o seu próprio futuro político, ainda que tenha sido questionado insistentemente sobre as suas ambições políticas. Não esclareceu, por exemplo, se estaria disponível para ser vereador da Câmara.

O socialista explicou, por outro lado, que, das informações de que dispunha, a coligação “Novos Tempos” de Carlos Moedas conseguiu sete vereadores, a “Mais Lisboa” sete vereadores, a CDU dois e o Bloco de Esquerda um, sendo que estes últimos dois partidos mantêm o número de mandatos que conseguiram em 2017, na capital. Apesar da prevalência dos vereadores de esquerda, Carlos Moedas recusou classificar a câmara de ingerível.

Ainda antes da derrota do PS ser oficial, António Costa já admitia “tristeza particular pela possibilidade de perder Lisboa, que acabou por se confirmar. Já Rui Rio garantiu, entretanto, que “sempre acreditou” na vitória de Carlos Moedas, que se confirma como a escolha acertada, disse. Críticou, repetidamente, as sondagens e admitiu que Lisboa é “muito difícil de gerir”, o que pode ser feito “reunião a reunião” ou “por acordo”.

“Ganhámos contra tudo e contra todos”

Ganhámos contra tudo e contra todos“, começa por salientar Carlos Moedas, dizendo-se orgulhoso do resultado desta ida às urnas. “Fizemos história. Fez-se história hoje em Lisboa. Não tenho palavras para agradecer o voto de confiança que me foi dado pelos lisboetas”, enfatizou, comprometendo-se a “mudar Lisboa”.

O ex-comissário europeu dedicou um agradecimento especial ao líder do PSD, Rui Rio, e ao líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos. E agradece também aos demais partidos que formaram a coligação “Novos Tempos”. Agradecimentos feitos, Carlos Moedas frisou: “Esta campanha é a prova de que podemos mudar o sistema, porque a democracia não tem dono e os lisboetas disseram em alto e bom som que querem mudança“. O social-democrata disse que agora começa um novo ciclo, que antecipou que “não vai acabar em Lisboa”.

Especificamente sobre a capital, o político assegurou que será o “presidente de todos os lisboetas” e afirmou que estará sempre disponível para trabalhar com quem mudar Lisboa. Carlos Moedas garantiu que protegerá os mais velhos e que dará futuro aos mais jovens. “Apostei tudo numa única esperança, a esperança de que a política está a mudar e quer políticos diferentes. É essa diferença que nos fez ganhar“, contou. “Dizemos com humildade e com convicção que vamos conseguir mudar Lisboa. É esse o meu sonho”, enfatizou, agradecendo “a oportunidade”.

Questionado pelos jornalistas, o social-democrata frisou que “há 14 anos que a câmara era governada pelo poder socialista. É uma mudança histórica” e explicou que a sua experiência na Comissão Europeia, por exemplo, deverá ajudá-lo a liderar Lisboa, apesar da maioria de vereadores de esquerda.

(Notícia atualizada às 02h58)

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