Tribunal extingue providência cautelar contra “laboração contínua” na Avipronto

  • ECO e Lusa
  • 20 Agosto 2021

Tribunal de Vila Franca de Xira extinguiu por "inutilidade" a providência cautelar dos trabalhadores da Avipronto, contra a "laboração contínua", por não ter havido mudanças de horários.

A providência cautelar interposta pelos trabalhadores da Avipronto contra a “implementação do regime de laboração contínua” foi “extinta por inutilidade”, tendo as partes reconhecido perante o Tribunal de Vila Franca de Xira que a empresa “não iniciou qualquer alteração dos horários”, lê-se na sentença.

O documento oficial foi partilhado pela Avipronto, depois de o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab) ter emitido um comunicado a 20 de agosto no qual garantia que o tribunal tinha decidido a favor dos trabalhadores.

O Tribunal de Vila Franca de Xira “decidiu, no passado dia 18 de agosto, a favor dos trabalhadores da Avipronto, na providência cautelar que interpuseram contra a tentativa ilegal da empresa com vista à implementação do regime de laboração contínua”, disse, na altura, a estrutura sindical.

De acordo com a estrutura sindical, em tribunal, a empresa de produtos alimentares disse que “se tratava de uma mera ação de consulta e que apenas pretendia saber da disponibilidade dos trabalhadores”. “A decisão é uma vitória clara dos trabalhadores por via da sua organização, com acompanhamento total do Sintab, que juntou todos os trabalhadores em oposição à implementação de horários desregulados que desvalorizam a sua vida familiar”, lê-se na mesma nota.

No entanto, a Avipronto contesta esta informação, garantindo que “a providência cautelar foi rejeitada pelo mesmo tribunal, por não se terem verificado os factos alegados pelo Sintab”. A empresa forneceu mesmo a sentença, na qual lê que “requerente [trabalhadores] e requerida [Avipronto] acordam que, uma vez que a requerida não iniciou qualquer alteração dos horários de trabalho no passado dia 15 de agosto, se mostra ultrapassada a situação que determinou o requerente a intentar” o procedimento.

A providência cautelar foi, por isso, extinta pelo tribunal. “Nunca a Avipronto procedeu unilateralmente a qualquer alteração dos horários de trabalho, como alegou o Sintab. É completamente inverdade que o tribunal tenha decidido a favor do sindicado dos trabalhadores ou que tenha havido qualquer condenação da Avipronto”, aponta a empresa, que salienta que “o tribunal decidiu que as custas do processo recaíssem sobre o sindicato”. A informação é corroborada pelo documento fornecido pela empresa.

A 20 de agosto, o Sintab disse também que “as estruturas de representação dos trabalhadores irão, por isso, interpor uma ação coletiva contra a Avipronto, no mesmo Tribunal, exigindo a reposição do cumprimento do CCT do setor do abate de aves”. Em maio do ano passado, a Avipronto fechou provisoriamente depois de terem sido detetados vários casos positivos de Covid-19 entre os funcionários.

(Notícia atualizada a 26 de agosto, às 15h42, com oposição da Avipronto e conteúdo da sentença do tribunal)

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Fidelidade vai impugnar coima de 300 mil euros da Concorrência

Por ter adquirido o Fundo Saudeinveste e só 5 meses depois ter avisado a AdC, a Fidelidade sofreu uma coima de 300 mil euros. A seguradora vai contestar a decisão.

A Autoridade da Concorrência (AdC) condenou a Fidelidade SGOIC ao pagamento de uma coima no valor de 300 mil euros por ter realizado uma operação de concentração sem notificação prévia à AdC e, consequentemente, antes de obter a necessária decisão de não oposição desta Autoridade. A operação de concentração em causa consistiu na aquisição do controlo exclusivo do Fundo Saudeinveste, tendo a mesma sido realizada a 1 de outubro de 2018 e notificada à AdC, depois de concretizada, a 21 de fevereiro de 2019.

A acusação da AdC que surgiu pela primeira vez em setembro de 2020, vai ser contestada pelo grupo segurador: “A Fidelidade SGOIC, não se revendo nesta decisão, cujos fundamentos e conclusão rejeita integralmente, informa estar a preparar a respetiva impugnação judicial”, comenta a empresa em comunicado.

O Fundo Saudeinveste é um fundo imobiliário que integra um conjunto de ativos imobiliários utilizados, em regime de arrendamento, por várias clínicas e hospitais privados concorrentes da Luz Saúde, empresa que faz parte do grupo Fidelidade. O Fundo que em junho deste ano apresentava um valor de ativos sob gestão 257 milhões euros, por dados da Apfipp, associação de gestoras de patrimónios, é detentora do parque imobiliário onde operam os Hospitais Lusíadas, Hospital de Lagos, Hospital Boavista, Hospital de Albufeira, a Clínica Boavista e o British Hospital. O Saudeinveste é gerido deste 1 de julho de 2020 pela Caixa Gestão de Ativos, SGOIC.

As razões da AdC

A questão levantada pela AdC que conduziu a esta coima está centrada no facto de uma operação de aquisição do Fundo Saudeinveste ter sido participada quase 5 meses após ter sido realizada.

Segundo a entidade reguladora “a realização de uma operação de concentração sem prévia notificação à AdC é uma prática grave, punível com coima até 10% do volume de negócios realizado pela empresa infratora, no exercício imediatamente anterior à decisão final condenatória proferida pela AdC”. Ainda segundo a AdC, as operações devem, em regra, ser notificadas à AdC após a conclusão do acordo entre as empresas, mas ainda antes de realizadas”.

A Lei da Concorrência estabelece a obrigação de notificação prévia à AdC de operações de concentração que preenchem determinados critérios relativos à quota de mercado e de volume de negócios das empresas envolvidas na operação e impõe uma obrigação de suspensão da implementação das mesmas até obtenção da decisão final de não oposição.

Após a AdC ter considerado, em 5 de julho de 2019, que a operação era, à luz dos elementos recolhidos à data, suscetível de gerar eventuais efeitos negativos nas condições de concorrência, com particular impacto no mercado da prestação de cuidados de saúde hospitalares por unidades privadas, a Fidelidade desistiu da transação, devolvendo a gestão do Fundo em causa à anterior entidade gestora.

Segundo a entidade reguladora o valor da coima teve em consideração que “a Fidelidade SGOIC demonstrou uma colaboração adequada com a AdC, quer durante a fase de análise da operação de concentração notificada quer, ainda, no decurso do processo contraordenacional”, refere o comunicado, acrescentando que “na fixação do montante da coima em concreto, a AdC tomou em linha de conta esta colaboração e o facto de a operação ter sido, ainda que a posteriori, notificada de forma voluntária, bem como o facto da empresa ter, perante eventuais preocupações concorrenciais resultantes da operação de concentração, optado por reverter a gestão do Fundo Saudeinveste em beneficio da anterior sociedade gestora, anulando integralmente os potenciais efeitos da operação sobre as condições de concorrência no mercado.

Esta foi a quarta vez desde 2014 que a AdC aplicou uma coima a empresas por incumprimento da obrigação de notificação prévia de operações de concentração que preencham os critérios previstos na Lei da Concorrência.

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Família EDP anima bolsa. Lisboa brilha na Europa

A família EDP impulsionou o PSI-20 na última sessão da semana, apesar das quedas do BCP e Galp Energia. Mas a semana foi de quedas: Stoxx 600 teve o pior desempenho desde fevereiro.

As bolsas europeias fecharam em alta ligeira na última sessão da semana, mas os ganhos foram insuficientes para evitar uma das maiores quedas semanais desde fevereiro no Stoxx 600. Já a bolsa de Lisboa destacou-se entre as pares.

Do outro lado do Atlântico, a Reserva Federal está a estudar reduzir o programa de estímulos ainda este ano. Esta semana, os investidores olharam para os preços dos ativos de risco e não gostaram do que viram.

Neste contexto, o Stoxx 600 subiu 0,3% esta sexta-feira, mas acumulou perdas de 1,5% na semana. Nas restantes principais praças europeias, as subidas rondaram 0,2% e 0,4%, à exceção do espanhol IBEX-35, que fechou na linha de água.

Em Portugal, porém, os ganhos foram mais robustos. O PSI-20 subiu 0,63%, para 5.337,14 pontos, apoiado na subida das ações do setor da energia. A EDP Renováveis avançou 2,29%, para 22,34 euros por ação, enquanto a casa-mãe EDP subiu 1,49%, para 4,83 euros cada título.

Em sentido inverso, o BCP impediu uma subida maior do índice nacional. O banco liderado por Miguel Maya recuou 1,6%, para 12,32 cêntimos cada título.

Já a Galp Energia desvalorizou 1,18%, para 8,22 euros por ação. Mas o pior desempenho foi mesmo o dos CTT: a empresa postal desvalorizou 1,90%, para 4,39 euros, nesta sessão.

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Portugal deixa estado de calamidade e passa a estado de contingência

  • Lusa
  • 20 Agosto 2021

A decisão foi tomada no Conselho de Ministros extraordinário desta sexta-feira, com o objetivo de antecipar as medidas de desconfinamento, a par da evolução positiva da pandemia.

Portugal vai deixar de estar em estado de calamidade devido à pandemia de covid-19 e passa a estado de contingência, anunciou esta sexta-feira a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, que enfatizou a evolução positiva.

“Assim, no que diz respeito às medidas gerais, deixamos de estar em estado de calamidade e passamos a estado de contingência, com regras aplicáveis em todo o território continental”, disse a governante, na conferência de imprensa realizada após o Conselho de Ministros, que se reuniu de forma extraordinária para antecipar as alterações previstas na segunda fase do plano de desconfinamento.

Na sua intervenção inicial, a ministra – que está a liderar nesta fase o governo face às férias do primeiro-ministro e dos outros ministros de Estado – destacou que o país apresenta uma incidência de 316,6 casos por 100 mil habitantes a 14 dias e um índice de transmissibilidade (Rt) de 0,98.

“Quando vemos a evolução, vemos que desde o início deste mês o Rt voltou a subir, mas continuando abaixo de 1. No mês de julho, quando se apresentou o quadro que atualmente seguimos, passámos a uma fase em que o elemento central passou a ser a percentagem de população vacinada com as duas doses. No dia 18 de agosto ultrapassámos os 70% e o país tem uma percentagem acima da média da União Europeia”, salientou.

Mariana Vieira da Silva comparou ainda a última onda epidémica com a que ocorreu no início de 2021, vincando que Portugal não se aproximou nunca dos valores de janeiro e que a situação atual é de “planalto”.

“Na comparação entre as duas ondas em relação aos internamentos, a diferença é ainda mais significativa. O mesmo no que diz respeito às unidades de cuidados intensivos, tendo o país neste momento valores que estão a cerca de metade daquela que é a linha vermelha de 255 camas”, indicou, acrescentando: “No que diz respeito aos óbitos, os valores mantêm-se estáveis e a iniciar uma tendência descendente”.

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Máscaras na rua mantêm-se. Decisão de as deixar cair cabe ao Parlamento

  • Joana Abrantes Gomes
  • 20 Agosto 2021

Apesar da antecipação de algumas medidas previstas para a 2.ª fase de desconfinamento, o Governo esclarece que a decisão do fim da obrigatoriedade do uso de máscara em espaços exteriores cabe à AR.

Com a meta de 70% de população com a vacinação contra a Covid-19 completa, o Conselho de Ministros extraordinário desta sexta-feira decidiu antecipar para 23 de agosto a segunda fase do plano de desconfinamento, inicialmente prevista para 5 de setembro. O uso obrigatório de máscara na via pública, porém, mantém-se pelo menos até 12 de setembro, pois só o Parlamento pode colocar um fim à medida antes dessa data.

“Dia 29 [de julho], anunciámos que, a partir desta segunda fase, seria possível o levantamento da necessidade de utilização de máscaras na rua, mas essa é uma decisão que foi tomada na Assembleia da República, que deve ser tomada na Assembleia da República“, esclareceu a primeira-ministra em exercício, Mariana Vieira da Silva, durante o briefing à imprensa após o Conselho de Ministros extraordinário desta sexta-feira.

A responsável lembrou que o Parlamento é o espaço em que se deve decidir “sobre uma medida com tão forte impacto nos direitos, liberdades e garantias”. “Por isso, sendo uma medida que foi apresentada pelos peritos na última reunião do Infarmed, a expectativa é que a Assembleia possa tomar a decisão no momento em que considere adequado e nos termos em que considere adequado“, acrescentou.

O diploma aprovado pelo Parlamento, que renovou a obrigatoriedade de utilização de máscara nos espaços públicos, deixava claro que se aplicaria por 90 dias, ou seja, até 12 de setembro. Nesse sentido, Mariana Vieira da Silva apontou que o uso obrigatório de máscara na via pública se mantém, devendo ser usada “sempre” que rodeados de pessoas em qualquer espaço exterior e sempre em qualquer espaço interior.

(Notícia atualizada às 16:40)

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Será “mais difícil” chegar rapidamente a 85% da população com a vacinação completa

Com 70% da população totalmente vacinada mais cedo do que o previsto, Governo espera que processo continue a ser rápido, apesar de ser "mais difícil".

Portugal atingiu há dois dias 70% da população totalmente vacinada contra o novo coronavírus, uma meta que foi alcançada mais cedo do que o previsto pelo Governo. Agora, o Executivo espera que também seja possível “chegar mais rápido” à fase de ter 85% da população com a vacinação completa, embora admita que será “mais difícil”.

“É natural que, se chegámos primeiro [mais cedo] à fase dos 70% [de população totalmente vacinada], também possamos chegar mais rápido a fase de 85%“, disse a ministra do Estado e da Presidência esta sexta-feira, em conferência de imprensa após reunião de Conselho de Ministros.

Ainda assim, Mariana Vieira da Silva notou que “quantas mais pessoas estão vacinadas, mais difícil é acelerar” o processo de vacinação. “Mas a expectativa é de continuar a acelerar” esse processo, afirmou.

O Governo tinha estimado vacinar 70% da população portuguesa a 3 de setembro, mas esse objetivo foi alcançado mais cedo, a 18 de agosto.

A ministra falou ainda da possibilidade de vir a ser administrada uma terceira dose da vacina da Pfizer, referindo que essa é uma “decisão que cabe à Direção-Geral de Saúde (DGS) e que “nem sequer a Autoridade Europeia do Medicamento (AEM) tem uma posição sobre essa matéria”. “Aguardemos essa decisão da AEM e depois da DGS para sabermos em que termos ela se pode concretizar”, afirmou.

Mariana Vieira da Silva voltou a sublinhar que a “pandemia ainda não acabou” e que cabe aos portugueses “acompanhar e monitorizar a sua evolução, manter os comportamentos necessários para continuar a controlar a pandemia e adotar uma atitude de permanente acompanhamento do estado de saúde”.

(Notícia atualizada às 16h15 com mais informação)

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Empresa produtora da série “The Morning Show” processa seguradora Chubb

  • ECO Seguros
  • 20 Agosto 2021

A gravação da 2ª temporada da série de TV, protagonizada por Jennifer Aniston e Reese Witherspoon, atrasou por causa das restrições da Covid-19. A produtora reclama 44 milhões de dólares à seguradora.

A produtora do “The Morning Show,” uma série norte-americana da Apple TV+, apresentou queixa num tribunal de Los Angeles, comarca federal da Califórnia, contra a seguradora Chubb Ltd.

A Always Smiling Productions LLC acusa a Chubb National Insurance Company, de “quebra de contrato e má fé”, por alegada aplicação restritiva das condições da sua apólice. Com a ação judicial que corporiza diferenças de interpretação sobre coberturas BIBusiness Interruption (seguro para interrupção de atividade), a tomadora do seguro pretende ser compensada das perdas originadas por efeito das restrições da pandemia.

A produtora da série – um drama que estreou em novembro de 2019 e em cujo elenco estão Jennifer Aniston, Reese Witherspoon e Steve Carell – alega que a subsidiária da Chubb se recusa indemnizar interrupção de atividade de produção, em março de 2020 (por causa da Covid-19), sustentando a recusa com o argumento de que não se verificaram “perdas ou danos físicos diretos“, refere a queixa entregue em tribunal.

A empresa sustenta que a sua apólice, contratada por um capital máximo de 125 milhões de dólares, não tem quaisquer exclusões sobre coronavírus. Ao abrigo de uma cláusula que cobre o risco de impedimento de acesso (imposto por autoridade civil) a local de atividade (entradas e saídas do elenco e pessoal técnico nos estúdios/locais das filmagens), a Chubb pagou à cliente compensação de um milhão por prejuízos durante o mês de junho.

Mas, na sua litigância, a empresa de filmes e séries afirma que as perdas incorridas ascendem a 44 milhões de dólares, acrescentando ainda que, em novembro de 2020, a Chubb se recusou a renovar a apólice. Por causa das restrições decorrentes da pandemia, a Always Smiling teve de adiar as gravações da segunda temporada da série de Tv e os prejuízos agravaram.

Segundo a imprensa norte-americana, a queixa judicial foi apresentada na última semana de julho e a Chubb dispõe de um prazo, de aproximadamente 3 semanas, para contestar as alegações.

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Mais pessoas em restaurantes e transportes sem limite de lotação. Isto é tudo o que muda a 23 de agosto nas regras da pandemia

Mais pessoas por grupo no interior dos restaurantes, um aumento da lotação dos espetáculos culturais, casamentos e batizados, e transportes públicos sem limite de lotação. Saiba o que muda no dia 23.

Mais de 70% da população portuguesa já tem a vacinação completa contra a Covid-19, fasquia superada mais cedo do que o previsto. Face a esta evolução, o Governo decidiu antecipar para 23 de agosto a “fase 2” do novo plano de desconfinamento, que já tem em conta o critério das vacinas:

  • Restaurantes, cafés e pastelarias passam a poder receber oito pessoas por grupo no seu interior e 15 pessoas por grupo nas esplanadas;
  • Espetáculos culturais passam a ter um limite mais elevado de 75% da lotação;
  • Casamentos e batizados passam a 75% da lotação;
  • Transportes públicos deixam de ter limites de lotação, incluindo táxis e “Ubers”;
  • A partir de 1 de setembro, os serviços públicos passam a atender cidadãos sem marcação prévia.

Apesar do alívio das restrições, mantêm-se as medidas de caráter geral, como os horários limitados até às duas da manhã e a apresentação de certificado digital ou teste negativo em diversas situações.

É o caso das viagens aéreas ou marítimas, acesso a unidades de alojamento e hotéis, interior dos restaurantes ao fim de semana e feriados, ginásios para aulas de grupo, termas e spas e casinos e bingos, casamentos e batizados com mais de dez pessoas e eventos ao ar livre com mais de 1.000 pessoas ou em locais fechados com mais de 500 pessoas.

Quando o país atingir os 85% de população com a vacinação completa, os restaurantes, cafés e pastelarias deixam de ter limites à sua lotação, assim como os espetáculos culturais. Será também o momento da reabertura normal dos bares e discotecas, mediante apresentação de certificado digital.

Veja o que muda a partir de 23 de agosto:

Nota: Clique aqui para ver o documento se está a aceder através da app do ECO.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h11)

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Portugal tem das “taxas de vacinação mais altas do mundo”

O Conselho de Ministros decidiu antecipar a segunda fase de desconfinamento. Em vez de arrancar em setembro, as medidas são aliviadas já a 23 de agosto.

A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, que é atualmente a primeira-ministra em exercício, fez esta sexta-feira o briefing do Conselho de Ministros extraordinário realizado por meios eletrónicos. A partir do Palácio da Ajuda, a ministra anunciou o arranque da segunda fase do plano de desconfinamento, antecipando um passo que estava programado para o início de setembro. Tal deve-se ao facto de Portugal ter alcançado a meta de 70% da população totalmente vacinada esta quarta-feira.

Ficou assim definido o alívio das seguintes regras a partir de 23 de agosto:

  • o número de pessoas por grupo no interior dos estabelecimentos de restauração e similares passa de 6 para 8 pessoas, e nas esplanadas de 10 para 15 pessoas;
  • os eventos, quer de natureza familiar, incluindo casamentos e batizados, quer culturais em recintos de espetáculo de natureza fixa, passam a ter o limite de ocupação de 75 %;
  • a partir de 1 de setembro, as Lojas de Cidadão passam a prestar o atendimento presencial sem necessidade de recurso a marcação prévia;
  • os transportes públicos deixam de ter limitação da sua capacidade de lotação e passa a ser permitida a utilização dos bancos dianteiros no transporte em táxi e no transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de plataforma eletrónica;
  • a ocupação, permanência e distanciamento físico relativa à afetação dos espaços acessíveis ao público passa a ter máxima indicativa 1 pessoa por cada 12,5 m2.

Reveja aqui:

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Remessas dos emigrantes subiram 7% para 306,2 milhões em junho

  • Lusa
  • 20 Agosto 2021

Os emigrantes portugueses na Suíça foram os que enviaram o maior montante para Portugal em junho, 88,9 milhões de euros, o que representa uma subida de 9,25%.

As remessas dos emigrantes portugueses subiram 6,9%, para 306,2 milhões de euros em junho face ao período homólogo de 2020, registando-se uma descida de 2,1% em França, um dos maiores mercados emissores destas receitas.

De acordo com os dados do Banco de Portugal, disponibilizados esta sexta-feira, os portugueses a trabalhar no estrangeiro enviaram 306,2 milhões de euros este ano, o que corresponde a uma subida de 6,89% face aos 286,4 milhões que enviaram em junho do ano passado.

Os emigrantes portugueses na Suíça foram os que enviaram o maior montante para Portugal em junho, 88,9 milhões de euros, o que representa uma subida de 9,25% face ao período homólogo.

Este valor está ligeiramente acima do que foi enviado pelos emigrantes portugueses em França (88,6 milhões de euros).

Em sentido inverso, os estrangeiros a trabalhar em Portugal enviaram para os seus países de origem em junho 45,7 milhões de euros, o que representa uma subida de 5,6% face aos 43,2 milhões enviados em junho do ano passado.

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Qual a incidência da Covid-19 no seu concelho? Explore o mapa interativo

Mapa interativo do ECO mostra a incidência da Covid-19 por 100 mil habitantes em cada um dos 308 concelhos de Portugal.

Um total de 119 concelhos de Portugal apresenta incidências da Covid-19 “elevadas”, “muito elevadas” ou “extremamente elevadas”, acima de 240 casos por 100 mil habitantes a 14 dias.

Destes, cinco registam incidências “extremamente elevadas”: Albufeira (990), Boticas (1.502), Lagos (1.275), Mourão (1.069) e Vila do Bispo (1.360). Como sinalizou a DGS e o INSA, a região do Algarve é a única que continua acima da “linha vermelha” de 480 casos por 100 mil habitantes.

No dia em que o Governo deverá decidir antecipar a segunda fase de reabertura, por se ter alcançado a meta de 70% da população vacinada mais rápido do que o previsto, 189 dos 308 municípios portugueses estão com incidências baixas a moderadas.

O mapa interativo do ECO, atualizado com os dados de 20 de agosto, mostra a incidência da Covid-19 em cada um dos 308 concelhos de Portugal:

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Devido a limitações técnicas, o mapa interativo não está disponível nas aplicações do ECO. Se está a consultar este artigo através de uma aplicação, carregue aqui para ver o mapa diretamente no seu browser (ou caso queira consultar uma versão maior do mapa). No telemóvel ou no tablet, use o polegar e o indicador em simultâneo para amplificar ou recuar e arraste o indicador no ecrã para se deslocar. No computador, utilize o cursor do rato e os símbolos “+” e “-“.

Tenha em conta que este mapa foi construído com recurso à identificação automática dos diferentes concelhos no mapa, a partir de um conjunto de dados da DGS, incluindo as regiões autónomas (recue no mapa para ver os arquipélagos dos Açores e da Madeira). Várias das entradas foram revistas e corrigidas manualmente. Se detetou algum erro no mapa, por favor contacte o ECO por email.

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Wall Street em alta, mas caminha para pior semana em dois meses

O Dow Jones, o Nasdaq e o S&P 500 estão em alta, mas o saldo semanal deverá manter-se negativo, com Wall Street a registar a maior queda desde meados de junho.

Os principais índices norte-americanos estão a caminho da pior semana em dois meses. As preocupações dos investidores com a desaceleração da recuperação económica e, ao mesmo tempo, os sinais da Reserva Federal de que os estímulos vão começar a ser retirados em breve, levaram à queda dos ativos de maior risco como as ações nas últimas sessões, apesar de os índices continuarem perto de máximos históricos.

Porém, o arranque da sessão desta sexta-feira até está a ser positivo: o Dow Jones sobe 0,09% para os 34.925,36 pontos, o Nasdaq valoriza 0,34% para os 14.591 pontos e o S&P 500 avança 0,17% para os 4.413,07 pontos. Ainda assim, os três índices caminham para a sua maior queda semanal desde meio de junho, de acordo com os dados da Reuters.

Entre as cotadas em baixa estão as gigantes petrolíferas Chevron Corp e Exxon Mobil Corp, seguindo a queda da cotação do barril. O setor energético do S&P 500 acumula uma queda de 7,6% esta semana, a maior entre os 11 principais setores do índice.

As quedas são mais expressivas nas cotadas relacionadas com as viagens, nomeadamente as operadoras de cruzeiros que desvalorizam mais de 1%, assim como as companhias aéreas norte-americanas. Tal deve-se ao anúncio de vários países asiáticos sobre confinamentos mais drásticos e duradouros para combater a propagação da variante Delta.

Além das preocupações com a saúde da economia, os mercados estão também a reagir às minutas da última reunião da Fed onde ficou patente a expectativa de começar a reduzir em breve — ainda este ano — a compra de ativos no valor de 120 mil milhões de dólares mensais. Mais pormenores deverão chegar na próxima semana na conferência habitual da Fed em Jackson Hole.

A contrariar o sentimento negativo das bolsas estão as notícias positivas do mercado de trabalho norte-americano. O número de pedidos de subsídio de desemprego caiu na semana passada para um mínimo de 17 meses, apontando para mais um mês de crescimento do emprego, apesar da ameaça da variante Delta.

Os dados divulgados esta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho mostram ainda que o número de pessoas que está a receber apoio do seu Estado também desceu no início de agosto para o nível mais baixo desde março de 2020, altura em que marca o início da pandemia.

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