Promova Talks: “Fui promovida um mês antes de ser mãe”

  • Trabalho + CIP
  • 20 Outubro 2022

Sara Silva, da L'Oréal Portugal, é a quarta convidada da II temporada do Promova Talks. Além de falar sobre o seu longo percurso profissional, a responsável enaltece a política igualitária da empresa.

“Promova Talks” é o nome dado ao espaço de debate sobre igualdade de género do Projeto Promova, uma iniciativa da CIP – Confederação Empresarial de Portugal – que visa alargar o acesso das mulheres a cargos de liderança nas empresas portuguesas.

Sara Silva, Human Relations Director na L’Oréal Portugal, é a quarta convidada da II temporada do “Promova Talks”. Neste episódio, além de ser abordada a política de ética da L’Oréal, que é uma das mais cobiçadas no mercado de trabalho, a responsável de recursos humanos deu, ainda, o seu testemunho como exemplo para destacar a conduta igualitária da empresa. Veja abaixo a entrevista completa.

Com um percurso de mais de 20 anos na L'Oréal, passou por vários cargos dentro da empresa. Um desses cargos foi o de correspondente de ética, onde esteve durante 4 anos. Durante este período, que mudanças de ética relacionadas com a igualdade de género ajudou a construir na empresa?

É verdade, são mais de 20 anos na L’Oréal, são 10 marcas diferentes, com diferentes circuitos de distribuição, mas confesso que o cargo de que mais me orgulho é precisamente o de correspondente de ética. Eu costumo dizer que, na L’Oréal, todos somos ética na empresa. Em concreto, a minha missão enquanto correspondente foi suportar os diferentes country managers que acompanhei para assegurar que a ética é respeitada no nosso mercado.

Atualmente sabemos que as empresas mais sustentáveis são aquelas que incorporam a ética na cultura, na estratégia, nas práticas e, na L’Oréal, sabemos, queremos e somos uma das empresas mais exemplares e éticas do mundo. A ética, claramente, constitui um dos nossos pilares e guia o nosso comportamento, não só enquanto empresa que gere um negócio, mas também como empresa empregadora e, ainda, enquanto cidadãos responsáveis.

Temos um papel importante quando falamos de temas como a igualdade de género. Por isso, enquanto correspondente de ética, tentei manter vivos estes nossos princípios éticos – a integridade, o respeito, a coragem, a transparência-, que são os nossos pilares e que nos permitem ser uma referência.

Na prática, o programa de ética na L’Oréal inclui formações para aumentar a consciência dos colaboradores sobre o tema, mas também conversas livres sobre questões éticas na empresa, inclui perguntas ao CEO. Ou seja, continuamos a refletir sobre como é que podemos melhorar a ética todos os dias na L’Oréal. Para isso também temos formações que são mandatórias, tais como e-learnings obrigatórios para todos os colaboradores. E, uma curiosidade, todos os colaboradores são convidados a ouvirem o nosso código de ética antes de entrarem para a empresa.

Em 2018, a L'Oréal sublinhou o seu compromisso com a inclusão de pessoas da comunidade LGBTQI, ao ser uma das primeiras empresas a apoiar oficialmente os padrões de conduta introduzidos pelas Nações Unidas para combater a discriminação desta comunidade. Que outro tipo de iniciativas a empresa tem promovido dentro deste tema?

Na L’Oréal acreditamos que realmente há um poder na diversidade como um valor que torna as pessoas únicas, que nos distingue, e que nos permite impulsionar, enquanto empresa, a inovação, a inspiração e, inclusivamente, a ambição para um propósito que nós temos: criar a beleza que faz avançar o mundo. É por isso que, não só incentivamos a criação de equipas constituídas por pessoas e perspetivas diferentes, mas também estamos comprometidos em promover uma cultura de diversidade como um meio para alcançar uma sociedade mais justa e mais igualitária.

O nosso compromisso, no tema da diversidade, assenta, primeiramente, na igualdade de género, isto porque queremos garantir um ambiente inclusivo, com igualdade de oportunidade para todos os géneros e grupos de LGBTQI+ e também diferentes origens socioeconómicas e culturais. Acreditamos nas diferentes gerações no local de trabalho porque queremos promover o talento e a formação das diferentes gerações e, por último, temos e criamos o ambiente inclusivo para qualquer pessoa com qualquer tipo de deficiência.

Com orgulho posso dizer-lhe que, em Portugal, a leadership team é composta por 50% de mulheres e 50% de homens. Para além destas medidas internas, temos ainda o exemplo de algumas marcas com que trabalhamos e que nas suas frames estratégicas também incluem esta vertente de impacto social. Por exemplo, temos a marca Yves Saint Lauren, que está a promover uma campanha que é “Abuse is not love” em Portugal, feita em parceria com a APAV, e que é um programa internacional para a prevenção e luta contra a violência entre parceiros íntimos. Outro exemplo é a campanha da L’Oréal Paris que, neste caso, é mais vocacionada para assédio em locais públicos, mas também serve para nos ajudar a perceber de que forma podemos atuar para não sermos coniventes. Tudo isto demonstra que não nos limitamos a atuar internamente, mas assumimos verdadeiramente um papel ativo na sociedade.

Sara, após um longo caminho dentro da empresa, e recentemente como diretora de recursos humanos na L'Oréal Portugal, como é que olha para a participação no Projeto Promova? Em que medida é que este programa pode ajudar alguém já tão experiente?

Eu tenho o privilégio de estar numa empresa onde a igualdade de género é uma realidade e, portanto, nunca senti que por ser mulher tenha sido prejudicada ou esquecida. Posso dizer, inclusivamente, que fui promovida a diretora de marketing um mês antes de ser mãe do meu segundo filho. Então, por conviver com esta realidade, o tema da igualdade de género, para mim, não me despertava uma necessidade urgente de atuar. Ainda assim, apesar da minha experiência profissional, a participação no Projeto Promova foi um privilégio.

Ao viver o programa, eu percebi que ele é bem mais do que um programa dirigido a mulheres, é uma experiência de autoconhecimento e, neste contexto, não posso deixar de destacar o processo de coaching a que somos alvo e que, para mim, particularmente, me ajudou bastante.

É uma experiência de enriquecimento de competências chave para qualquer pessoa que ambicione ter uma posição numa empresa com impacto interno, na sociedade ou, sonhando mais alto, até mesmo nos limites do nosso planeta. É um pouco assim que eu acho que nos sentimos quando acabamos o programa – sentimos que tudo está ao nosso alcance, temos as ferramentas e que temos a obrigação de atuar, independentemente da experiência, temos essa obrigação.

Além do impacto a nível profissional, de que forma as ferramentas que adquiriu com esta experiência a mudaram a nível pessoal?

A Sara profissional e a Sara pessoal não são duas, eu sou apenas uma. Por isso, quando mudamos numa área, a outra área também sente e, portanto, globalmente eu posso dizer que sou uma pessoa mais rica, mais completa, com mais consciência de quem sou, do impacto que tenho nos outros, e isso é super valioso, não só na área profissional, mas também na pessoal.

Que mensagem gostaria de deixar às futuras participantes deste Projeto Promova?

Três mensagens – confiem, contribuam e cultivem. Confiem na expertise de quem desenhou o programa e que está em melhoria contínua graças ao feedback constante que nos é pedido em todas as fases, contribuam nas sessões com perguntas e com a partilha da vossa experiência, que é super relevante e é, garantidamente, algo que enriquece os conteúdos que são abordados nas diferentes sessões e, por último, eu penso que cultivar é uma curiosidade permanente que nos leva a querer continuar a aprender, independentemente da experiência. E não posso terminar sem pedir para que cultivem, também, a network que se cria entre os participantes e que é do mais valioso que eu retiro deste programa.

Oiça aqui a entrevista completa:

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O Projeto Promova conta com o apoio da ANA Aeroportos, da EDP, da Randstad e da SONAE.

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Ministra da Justiça realça legitimidade dos tribunais arbitrais

  • Lusa
  • 20 Outubro 2022

Catarina Sarmento e Castro salientou que os tribunais arbitrais são “tribunais autênticos”, pelo que importa “evitar a menorização da atividade arbitral”.

A ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, salientou esta quarta-feira que os tribunais arbitrais são “tribunais autênticos”, pelo que importa “evitar a menorização da atividade arbitral”, sobre a qual “se vem lançando a suspeição de uma justiça privada, a soldo”.

Catarina Sarmento e Castro falava, em Lisboa, na abertura da Conferência Anual do Centro de Arbitragem Administrativa (CAAD), subordinada ao tema “As perceções determinam políticas públicas? Riscos e impactos na Justiça”.

A ministra realçou que os tribunais arbitrais são “organismos que exercem a jurisdição com legitimidade” e defendeu que a “arbitragem, a par de outros meios de Resolução Alternativa de Litígios (RAL), o que faz é dar voz à autonomia privada”, contrapondo tratar-se de “coisa bem diferente de promover uma justiça privada”.

“Ao Ministério da Justiça (MJ), através da Direção-Geral da Política de Justiça, cabe, pois, apoiar a criação e a operacionalização dos meios RAL, designadamente da arbitragem, bem como promover e apoiar o funcionamento de centros de arbitragem”, vincou.

Catarina Sarmento e Castro considerou útil fazer a destrinça entre duas realidades: a arbitragem ad-hoc — que resulta, em exclusivo, de um ato de vontade das partes, que entendem cometer à decisão dos árbitros por si escolhidos a resolução de um litígio que não esteja, por lei, submetido exclusivamente aos tribunais do Estado (nem a arbitragem necessária) e a arbitragem institucionalizada — desenvolvida sob a égide de centros de arbitragem autorizados pelo MJ, de acordo com critérios de idoneidade e de representatividade.

A ministra mencionou as vantagens da arbitragem, indicando, desde logo, “a especialização e a celeridade na resolução dos litígios”, com destaque para o domínio da arbitragem fiscal, sendo outro dos benefícios o “descongestionamento dos tribunais do Estado”.

Catarina Sarmento e Castro reiterou a aposta do Governo no robustecimento da arbitragem institucionalizada, através do reforço da ação dos centros de arbitragem institucionalizados para a resolução de conflitos administrativos “enquanto forma de descongestionar os tribunais administrativos e fiscais e de proporcionar acesso à Justiça para situações que, de outra forma, não teriam tutela jurisdicional efetiva”.

Neste último domínio, assinalou como caso paradigmático a “arbitragem institucionalizada de conflitos de consumo”, que permitiu levar à Justiça de conflitos matéria que carecia de efetiva tutela.

Quanto à atividade do CAAD, a ministra registou um “assinalável crescimento processual”, observando que quando iniciou a atividade o centro tinha 43 processos, número que em 2021 subiu para 1.079, tendo resolvido nos últimos três anos uma média de 1.370 litígios/ano.

Ciente das críticas que se dirigem à arbitragem e que “insinuam riscos de comprometimento”, a ministra congratulou-se com os mecanismos implementados pelo CAAD no sentido da “salvaguarda da independência e da transparência da atividade desenvolvida”.

“É o caso do Conselho Deontológico, cujo presidente — o juiz conselheiro Santos Serra — é designado pelo Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais”, precisou.

Apontou ainda a publicitação das decisões tomadas pelos tribunais arbitrais constituídos sob a égide do CAAD como uma expressão do “desígnio de transparência prosseguido desde sempre pelo organismo”.

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EasyJet muda-se para o Terminal 1 do aeroporto de Lisboa

  • Lusa
  • 20 Outubro 2022

Depois de ter ficado com 18 slots da TAP, a easyJet vai deslocar a operação para o Terminal 1 do aeroporto de Lisboa a partir de 30 de outubro.

A companhia aérea easyJet irá deslocar a sua operação para o Terminal 1 do aeroporto de Lisboa, a partir de 30 de outubro, depois de ter ficado com 18 novos slots diários na infraestrutura, adiantou, em comunicado.

“A partir de dia 30 de outubro, a easyJet deslocará a sua operação para o Terminal 1 do Aeroporto de Lisboa, reforçando o seu papel enquanto companhia aérea número 2 na capital portuguesa”, destacou a companhia, referindo que a “decisão, solicitada pela ANA – Aeroportos de Portugal, oferece a todos os passageiros um maior conforto e torna a experiência de viagem mais fácil e melhor”.

A transportadora disse ainda que a partir de dia 30 de outubro “começará também a operar para os novos destinos revelados na sequência da atribuição dos 18 slots diários no aeroporto de Lisboa, como Barcelona, Toulouse, Zurique e Milão Bérgamo”.

“O reforço da posição da easyJet no aeroporto de Lisboa com a passagem para o Terminal 1, assim como o alargamento crescente da sua rede, marcam o início daquela que será a temporada de inverno mais movimentada da história da companhia em Portugal, com 4,8 milhões de lugares disponíveis, um aumento de 51% em relação ao período pré-pandémico”, garantiu a empresa.

“Esta oportunidade, aliada à nossa recente expansão de operações na capital portuguesa, proporciona uma melhor experiência de viagem, sobretudo para os passageiros que viajam em trabalho e que, por isso, se deslocam com uma maior frequência entre as cidades europeias”, disse José Lopes, Country Manager da easyJet Portugal, citado na mesma nota.

A Comissão Europeia atribuiu em junho os 18 slots diários da TAP no aeroporto de Lisboa, após imposição para aprovar o plano de reestruturação, à easyJet, que ficou em primeiro lugar ultrapassando a concorrente a concurso, a Ryanair.

Em causa está o aval dado pela Comissão Europeia, em 21 de dezembro passado, ao plano de reestruturação da TAP e à ajuda estatal de 2.550 milhões de euros para permitir que o grupo regressasse à viabilidade, impondo para isso compromissos de forma a não prejudicar a concorrência europeia.

Entre os remédios impostos por Bruxelas para aprovar o plano de reestruturação está, precisamente, a obrigação de a companhia aérea disponibilizar até 18 slots por dia no aeroporto de Lisboa.

Eurowings e Vueling passam a operar no Terminal 2 do aeroporto de Lisboa

A ANA informou esta quinta-feira que a Eurowings e a Vueling vão passar para o Terminal 2 do aeroporto de Lisboa, depois de a easyJet ter anunciado a passagem para o Terminal 1, por ter ficado com slots da TAP.

Em comunicado, a ANA Aeroportos de Portugal informou que “a easyJet passará a operar no Terminal 1” e “a Eurowings e a Vueling passarão a operar no Terminal 2”, a partir de 30 de outubro, “devido a alterações das quotas de mercado das companhias aéreas no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, e com o objetivo de garantir uma utilização otimizada dos recursos aeroportuários”.

(Notícia atualizada às 12h00 com a informação de que a Eurowings e a Vueling passam a operar no Terminal 2 do aeroporto de Lisboa)

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CRL condena declarações do diretor da PJ

O Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados condenou e rejeitou as declarações feitas por Luís Neves, diretor da PJ, que acusou os advogados de "terrorismo judiciário".

O Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados (CRL) condenou e rejeitou as declarações feitas por Luís Neves, diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ). Na estreia do podcast “Justiça Cega”, da Rádio Observador, Luís Neves defendeu mudanças na lei para evitar que os advogados possam recorrer a expedientes dilatórios que arrastam processos, classificando esta atitude como “terrorismo judiciário”.

“Considera o CRL incompreensíveis as acusações feitas sobre a pretensa conduta de advogados, uma vez que a alegada ocorrência dos factos relatados pelo diretor nacional da PJ nunca foi alvo de qualquer denúncia ou participação aos órgãos competentes da Ordem dos Advogados, como seria aliás seu dever, uma vez que, a serem verdade, constituiriam a prática de infrações disciplinares à luz dos estatutos da Ordem”, refere João Massano, presidente do CRL.

O CRL considerou que “não é admissível nem consentâneo” com a responsabilidade do cargo desempenhado a “leviandade com que se lança um anátema sobre toda uma classe” tem vindo a ser o “último reduto dos cidadãos contra os múltiplos atropelos aos direitos fundamentais” que se verificam no domínio das investigações criminais.

“Para além de levianas, as declarações em causa, ao atribuírem à advocacia a responsabilidade pelos atrasos dramáticos da investigação criminal, são destituídas de fundamento e reveladoras de profunda ignorância da atual realidade processual”, acrescentou.

A CRL explicou que a fase processual onde se verificam os “mais escandalosos atrasos” ocorre no inquérito, onde, na maior parte das vezes e nos processos de maior complexidade, tramita sujeita a segredo de justiça e “quase apartada da intervenção dos advogados”.

“Por outro lado, o sistema de recursos do processo penal português privilegia um modelo em que os recursos apresentados pelos diferentes sujeitos processuais, na grande maioria das situações, são apenas conhecidos na fase final do processo. Mesmo nas raras situações em que os recursos devem ser conhecidos imediatamente, só ainda mais raramente implicam a suspensão do processo, ou a suspensão dos efeitos da decisão de que se recorre“, refere João Massano.

 

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Gestora de ativos que comprou obrigações da TAP disponível para investir mais

  • ECO
  • 20 Outubro 2022

“Se avançarem com uma nova emissão de obrigações este ano – assumindo que tem um preço atrativo –, iremos definitivamente participar”, afirmou o responsável de investimento da Aperture, Simon Thorp. 

A gestora de ativos Aperture assume que está disponível para comprar obrigações da TAP assim que estas cheguem ao mercado, tal como é a intenção da companhia. A garantia foi dada pelo responsável de investimento da gestora de ativos, em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago).

Ainda antes do plano de reestruturação, a gestora de ativos Aperture comprou obrigações da TAP. Na altura, investiu 0,70 dólares por cada obrigação com maturidade em 2024. Atualmente, esta linha vale 0,92 dólares. “Foi um investimento muito bom”, afirma o responsável de investimento da Aperture, Simon Thorp.

Perante estes resultados e tendo em conta que é expectável que a companhia aérea avance com uma nova emissão de dívida, a gestora de ativos da Generali Investments, Aperture, abre a porta a novos investimentos. “Se avançarem com uma nova emissão de obrigações este ano – assumindo que tem um preço atrativo –, iremos definitivamente participar”, sinaliza o responsável.

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Investimento de 41 milhões vai criar 95 habitações na Alta de Lisboa

Através de um fundo da Arrow Global, a Norfin vai investir 41 milhões na construção de 82 apartamentos e 13 moradias na Alta de Lisboa. 35% das unidades estão já reservadas.

Na Alta de Lisboa vão nascer mais 95 habitações, entre apartamentos e moradias. A Norfin, através de um fundo da Arrow Global, vai investir 41 milhões de euros no condomínio privado “Lisbon Heights”, que terá ainda sete espaços comerciais e que deverá ficar pronto no espaço de dois anos. Os valores de venda não foram revelados, mas 35% das unidades já estão reservadas.

É no Lumiar, numa antiga quinta, que vai nascer o “Lisbon Heights”, direcionado para a classe média-alta e que pretende ser o “novo refúgio na cidade”, diz a Norfin, em comunicado. Numa área de cerca de 20 mil metros quadrados vão nascer, assim, 95 unidades residenciais – 13 moradias V1 a V5 e 82 apartamentos T0 a T4. A isto juntar-se-ão sete espaços comerciais.

Entre as comodidades deste condomínio privado, “que se alinha com os requisitos mais modernos e sofisticados”, estão espaços verdes, num total de 6.000 metros quadrados, e uma zona de fitness e relaxamento, piscina, ginásio, espaço externo para cross training, espaço de cowork e sky lounge, mas também pet care station, car-wash e CTT locker.

Henrique Rodrigues da Silva, COO da Norfin, citado em comunicado, explica que este projeto “concilia a história inerente ao empreendimento com um design moderno, ao contemplar dois conceitos distintos de habitação — villas e apartamentos. Aliado à sua localização privilegiada, privacidade e variedade de serviços, que terá ao seu dispor, tornam este projeto único e distinto”.

“Estamos muito satisfeitos por sermos os promotores de um projeto tão diferenciador em Lisboa. Temos participado em vários nos últimos anos, mas o Lisbon Heights destaca-se pela sua centralidade e diversidade, aliando o tradicional com o moderno e conciliando, harmoniosamente, villas com apartamentos”, acrescenta Isaac André, CEO da Castle Capital Management.

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“Pensionistas estão a ter o maior ataque às suas pensões que se poderia imaginar”, diz Camarinha

  • ECO
  • 20 Outubro 2022

Camarinha considera que as “reduções de impostos e benefícios fiscais” previstas no acordo de concertação social dirigem-se “às maiores empresas" e acusa o Governo de "maior ataque" às pensões.

A secretária-geral da CGTP lamenta que o Governo coloque “como máximo das suas prioridades a redução do défice e da dívida”, na proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), ao invés de investir nos trabalhadores. Em entrevista conjunta à Rádio Renascença (acesso livre) e Público (acesso condicionado) , Isabel Camarinha diz que “os pensionistas estão a ter o maior ataque às suas pensões que se poderia imaginar”.

“Os pensionistas estão a ter o maior ataque às suas pensões que se poderia imaginar, porque defrauda a expectativa normal de aplicação da fórmula legal“, afirma a dirigente sindical, defendendo que os reformados “tinham de ter um aumento agora para responder às suas necessidades” e que o valor de meia pensão pago este mês ” a troco de o valor da pensão em janeiro de 2023″ defrauda ” as expectativas” e cria “um abaixamento das pensões para o futuro”.

Ao mesmo tempo, Isabel Camarinha considera que o Governo podia ter ido mais longe no acordo de concertação social, que não foi subscrito por esta entidade sindical, sublinhando que as “reduções de impostos e benefícios fiscais” previstas dirigem-se “às maiores empresas, porque são essas que têm condições para cumprir os vários requisitos obrigatórios”. Por outro lado, a secretária-geral da CGTP aponta que as medidas tomadas pelo Executivo para apoiar os rendimentos são insuficientes e alerta para o risco de “empobrecimento” dos trabalhadores. “Não podemos continuar com um milhão de trabalhadores com o salário mínimo, com 70% dos trabalhadores a ganharem abaixo dos mil euros, temos que alterar isto”, diz.

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Há mais 600 mil inscritos para ter médico de família do que residentes em Portugal

  • ECO
  • 20 Outubro 2022

Governo vai rever lista de utentes inscritos nos centros de saúde, dado que existem 10,4 milhões de utentes inscritos, um número superior aos 9,8 milhões de residentes em Portugal Continental. 

O Governo vai rever as listas de utentes inscritos nos centros de saúde para terem acesso a um médico de família. Isto acontece porque há mais 600 mil inscritos do que residentes em Portugal Continental, noticia o Correio da Manhã (acesso pago).

A garantia foi dada pelo ministro da Saúde, na comissão da Saúde, na quarta-feira, que explicou que existem 10,4 milhões de utentes inscritos nos centros de saúde, um número superior aos cerca de 9,8 milhões de residentes em Portugal Continental.

Manuel Pizarro não adiantou as razões para este desfasamento, mas referiu que o trabalho de revisão das listas irá ser feito com prudência, de forma a não retirar direitos aos utentes. O responsável anunciou ainda a abertura de mais vagas para a formação de especialistas para as regiões mais carenciadas. Só em Lisboa e Vale do Tejo vão abrir 200 vagas no próximo concurso, em 2023.

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Wall Street no vermelho pelo segundo dia consecutivo. Tesla perde mais de 6%

  • ECO
  • 20 Outubro 2022

A bolsa de Nova Iorque voltou a negociar em baixa esta quinta-feira, enquanto na Europa os mercados reagiram positivamente à demissão de Liz Truss do cargo de primeira-ministra do Reino Unido.

Pela segunda sessão consecutiva, os principais índices de Wall Street encerraram em terreno negativo, penalizados pelos comentários de um membro da Reserva Federal dos EUA (Fed), que saiu em defesa da continuação do aumento das taxas de juro.

Na Europa, os mercados não tardaram a reagir à demissão de Liz Truss do cargo de primeira-ministra do Reino Unido, com os juros da dívida a aliviar e a libra a subir face ao dólar.

Já a bolsa de Lisboa valorizou cerca de 0,50%, destacando-se os títulos da Galp, que avançaram 2,95% para 9,98 euros.

Na Ásia, o Banco do Japão foi obrigado a fazer compras de emergência na madrugada desta quinta-feira. O objetivo era travar a desvalorização da moeda nipónica (iene), que está perto de mínimos de 32 anos face ao dólar.

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Hoje nas notícias: TAP, médicos de família e contratos públicos

  • ECO
  • 20 Outubro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

No plano empresarial, a gestora de ativos Aperture que comprou obrigações da TAP mostra-se disponível para investir mais. Em Portugal, há mais 600 mil inscritos para ter médico de família do que residentes no país. No plano político, o Governo pode fazer uma nova alteração ao Código dos Contratos Públicos, enquanto a secretária-geral da CGTP lamenta que a proposta de OE2023 esteja mais preocupada em responder às necessidades das empresas do que às dos trabalhadores e reformados.

Gestora de ativos que comprou obrigações da TAP disponível para investir mais

Ainda antes do plano de reestruturação, a gestora de ativos Aperture comprou obrigações da TAP. Na altura, investiu 0,70 dólares por cada obrigação com maturidade em 2024. Atualmente, esta linha vale 0,92 dólares, segundo o responsável de investimento da Aperture, Simon Thorp. “Se avançarem com uma nova emissão de obrigações este ano – assumindo que tem um preço atrativo –, iremos definitivamente participar”, refere o responsável em entrevista.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Há mais 600 mil inscritos para ter médico de família do que residentes em Portugal

O Governo vai rever as listas de utentes inscritos nos centros de saúde para terem acesso a um médico de família. Isto acontece porque há mais 600 mil inscritos (10,4 milhões) do que residentes em Portugal Continental (cerca de 9,8 milhões). O trabalho de revisão das listas irá ser feito com prudência, de forma a não retirar direitos aos utentes, adiantou o ministro da Saúde, Manuel Pizarro.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Governo pode simplificar novamente Código dos Contratos Públicos

O Governo deve aprovar esta quinta-feira uma alteração ao Código dos Contratos Públicos para agilizar o investimento público. A simplificação dos concursos para lançar empreitadas de obras públicas e a aplicação de regras especiais para os investimentos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) são algumas das mudanças previstas no decreto-lei. Admite-se que possa haver apenas um concurso para juntar a conceção e construção da obra, em vez de separar estas fases.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

“Os pensionistas estão a ter o maior ataque às suas pensões que se poderia imaginar”, diz Camarinha

A secretária-geral da CGTP considera que o Governo podia ter ido mais longe no Acordo de Médio Prazo para a Melhoria dos Rendimentos, Salários e Competitividade, que não foi subscrito por esta entidade sindical, sublinhando que as “reduções de impostos e benefícios fiscais” previstas dirigem-se “às maiores empresas, porque são essas que têm condições para cumprir os vários requisitos obrigatórios”. Em entrevista conjunta à Rádio Renascença e Público, Isabel Camarinha critica ainda que, na proposta de Orçamento do Estado para 2023, o Governo coloque “como máximo das suas prioridades a redução do défice e da dívida”, ao invés de investir nos trabalhadores e diz que “os pensionistas estão a ter o maior ataque às suas pensões que se poderia imaginar, porque defrauda a expectativa normal de aplicação da fórmula legal”.

Leia a entrevista completa na Rádio Renascença (acesso livre)

Há 32 diplomas, não não resolvem a lei das incompatibilidades

Na semana passada, o Presidente da República pediu à Assembleia da República (AR) que reaprecie a lei das incompatibilidades, justificando que se trata de um “complexo emaranhado legislativo” e fazendo referência ao quadro legislativo que, ao longo dos anos, foi regulando as incompatibilidades dos titulares de cargos políticos e altos cargos públicos. Em causa estão 32 diplomas.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre)

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Bankinter lucra 430 milhões até setembro. Portugal contribui com 54 milhões

Resultado antes de impostos em Portugal cresceu 33% para 54 milhões de euros. Carteira de crédito cresceu 13%, para 7.700 milhões de euros, e recursos de clientes cresceram 12%, para 6.300 milhões.

O grupo Bankinter terminou os primeiros nove meses do ano com um resultado líquido de 430,1 milhões de euros, o que representa um crescimento homólogo de 21,2%. A atividade em Portugal contribuiu com 54 milhões de euros.

“O Grupo Bankinter alcança a 30 de setembro de 2022 um resultado líquido de 430,1 milhões de euros, o que representa um crescimento de 21,2% face ao mesmo período do ano passado, período esse que incluía quatro meses de receitas da Línea Directa, e sem ter em conta a mais-valia gerada pela entrada da companhia de seguros na bolsa”, adiantou o banco espanhol em comunicado. Porque se for tida essa receita extraordinária, o banco apresenta uma quebra de resultados de 66%.

O banco sublinha que “concluiu o terceiro trimestre de 2022 com um forte crescimento do balanço e de todos os indicadores de negócio, como consequência de uma atividade comercial que mantém o bom ritmo do exercício e que se traduz na melhoria de todas as margens e do respetivo resultado”. E defende que tem potencial “para aumentar a quota de mercado em todos os negócios, nacionais e internacionais, em que opera; e a sua capacidade para mais do que compensar com a atividade puramente bancária as receitas obtidas pela Línea Directa até abril de 2021”, lê-se no mesmo comunicado.

A instituição liderada por María Dolores Dancausa, após a saída de bolsa da Línea Directa, estabeleceu como meta para 2023 alcançar um lucro de 550 milhões de euros, o mesmo registado em 2019, no ano anterior à pandemia. Mas os analistas admitem a possibilidade de essa fasquia ser antecipada já para 2022 tendo em conta os resultados. Resultados que foram bem recebidos pelo mercado: as ações do Bankinter subiam 3% na abertura do Ibex.

Os resultados antes de impostos da atividade bancária foram de 601,6 milhões de euros, um crescimento homólogo de 35,9%. Já a margem bruta aumentou 6,7% para 1,51 mil milhões de euros, “com uma contribuição cada vez maior do resto das geografias onde o banco opera: Portugal e Irlanda, e o negócio do EVO Banco”. No terceiro trimestre, 70% destas receitas provêm da margem de juros e 30% de comissões. “Estas comissões, ou seja, as receitas pelas diferentes atividades que o banco realiza, somam nestes nove meses 452 milhões de euros, mais 2% do que no mesmo período do ano passado”, sublinha o comunicado.

O banco revela ainda que é o segmento de empresas “que regista a maior contribuição para as receitas do grupo”, com a carteira de crédito a alcançar os 30,8 mil milhões de euros, ou seja, um crescimento homólogo de 11,5%. “Considerando a carteira de crédito a empresas só em Espanha, o crescimento é de 11,1%, muito superior à média do setor, que cresce apenas 3,3%, de acordo com os dados até agosto”, detalha o comunicado.

Quanto à atividade em Portugal, à semelhança dos outros países onde o banco está presente, também houve aumentos da quota de mercado: “tanto o crédito como os recursos de clientes crescem a dois dígitos”, precisa o Bankinter.

Num sinal de melhoria dos diversos indicadores o resultado antes de impostos do Bankinter Portugal cresceu 33% atingindo os 54 milhões de euros. A carteira de crédito alcançou os 7,7 mil milhões de euros (mais 13% em termos homólogos) e os recursos de clientes cresceram 12% até aos 6,3 mil milhões de euros.

(Notícia atualizada com mais informações)

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Concurso para diretor-geral da Segurança Social reaberto por falta de candidatos qualificados

Cargo é ocupado por Tiago Preguiça em regime de substituição. CReSAP não conseguiu elaborar uma lista final com três candidatos no primeiro concurso, que está de novo aberto até 31 de outubro.

Ainda não foi possível encontrar um novo diretor-geral para a Segurança Social, pelo que a CReSAP teve de repetir o aviso para a abertura de um concurso para ocupar este cargo. As funções têm sido desempenhadas desde o ano passado e em regime de substituição por Tiago Preguiça, que já passou pelos gabinetes do ex-ministro Vieira da Silva e de António Costa.

O aviso foi publicado esta semana em Diário da República e na CReSAP, onde se lê que “o procedimento concursal é urgente, de interesse público, não havendo lugar à audiência de interessados e não havendo efeito suspensivo do recurso administrativo interposto do despacho de designação ou de qualquer outro ato praticado no decurso do procedimento concursal”.

“A repetição do aviso de abertura do concurso para recrutamento e seleção para o cargo de diretor-geral da Segurança Social (procedimento concursal n.º 1209_CReSAP_48_05/21) deve-se ao facto de não ter sido possível elaborar uma proposta de designação com três candidatos a apresentar ao membro do Governo que solicitou a abertura do mesmo”, explica ao ECO o presidente da CReSAP.

Foi assim, “em cumprimento do disposto no n.º 9 do artigo 19.º do Estatuto do Pessoal Dirigente dos serviços e organismos da administração central, regional e local do Estado (EPD), aprovado pela Lei n.º 2/2004, de 15 de janeiro, na sua versão atual, [que] a CReSAP determinou a repetição do respetivo aviso de abertura“, completa.

Agora, o “prazo de submissão das candidaturas é de 10 dias úteis a contar da publicitação no sítio eletrónico da CReSAP”. Isto é, encerra a 31 de outubro.

O primeiro concurso terá sido fechado porque os candidatos não reuniam as condições necessárias para passar às fases seguintes, sabe o ECO. O concurso contempla primeiro a apresentação de currículos, seguida por uma análise de aptidões e, finalmente, entrevistas. Este tipo de cargo é bastante específico e também técnico, sendo relativamente habitual existirem repetições dos concursos.

Ainda não é certo se o atual diretor-geral vai constar na nova lista que a CReSAP tem de elaborar. Tiago Preguiça pode beneficiar da experiência que adquiriu durante o tempo em que tem estado no cargo, em regime de substituição, que assumiu a 12 de abril do ano passado. O resto do currículo do dirigente não está diretamente ligado com a área, incluindo uma licenciatura em Estudos Europeus na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e uma pós-graduação em Ciência Política e Relações Internacionais na Universidade Católica Portuguesa.

Esteve na Juventude Socialista, onde foi presidente da Comissão Nacional, tendo depois ido para o Governo para desempenhar as funções de adjunto do Gabinete do Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, e depois de chefe de Gabinete. Foi também assessor do gabinete do atual primeiro-ministro.

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