Hoje nas notícias: IRC, escolas e gás natural

  • ECO
  • 19 Outubro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As empresas terão de pagar, pelo menos, 799 euros aos trabalhadores para beneficiarem da descida seletiva do IRC. O Governo garante que as reservas de gás natural “situam-se nos 108%”. A Câmara de Lisboa abriu um processo de classificação do Marquês de Pombal e Parque Eduardo VII como conjuntos de “interesse municipal” para sustentar a decisão de retirar outdoors. Conheça estas e outras notícias em destaque nos jornais nacionais.

Empresas têm de pagar 799 euros de salário mínimo para terem benefício no IRC

As empresas terão de pagar um mínimo de 799 euros aos seus trabalhadores se quiserem beneficiar do incentivo fiscal à valorização dos salários previsto no Acordo de Médio Prazo para a Melhoria dos Rendimentos, Salários e Competitividade. Ou seja, em 2023, o aumento de 55 euros do salário mínimo nacional (SMN) decretado pelo Governo (de 705 euros para 760 euros mensais) terá de ser complementado com, pelo menos, mais 39 euros, porque só assim ficam cumpridas as regras para aceder ao apoio.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Governo corta nas verbas para financiar obras de escolas mais degradadas

O Governo só está disponível para pagar oito euros por metro quadrado nas obras das escolas mais degradadas após haver três validações. Apenas haverá apoio quando houver verificação por município, pelas comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR) e pelo Ministério da Educação. Os autarcas foram surpreendidos por esta situação, pois esperavam que todas as escolas incluídas no mapeamento teriam direito a oito euros por metro quadrado

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Reservas de gás natural acima dos 100%, garante Governo

As reservas de gás natural estão nos 108%, segundo informação do Ministério do Ambiente e da Ação Climática. O Governo argumenta que “não há escassez no mercado de gás” e apenas assume que pode haver apenas um “deslize” no calendário de entregas. As garantias foram dadas depois de a Galp ter alertado para potenciais problemas no fornecimento de gás natural devido às inundações na Nigéria.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Mário Ferreira vende hotel a espanhóis

A Pluris Investments, detida pelo empresário Mário Ferreira, vendeu o The Lodge Hotel ao fundo fundo espanhol Azora Capital. O negócio terá sido fechado pouco depois de o dono da Douro Azul ter desistido do empréstimo de 40 milhões de euros concedido pelo Banco de Fomento, âmbito do Programa de Recapitalização Estratégica, criado no âmbito do PRR. O negócio terá sido fechado por por um valor próximo do que iria receber do PRR, ou seja, 40 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Carlos Moedas classifica Marquês de Pombal para proibir cartazes

A Câmara Municipal de Lisboa avançou com um procedimento administrativo com o intuito de classificar a Praça Marquês de Pombal e o Parque Eduardo VII como conjuntos de interesse municipal. O objetivo é sustentar a decisão de retirar os cartazes de propaganda política destes locais, dado que os coloca ao abrigo da lei que regula a afixação de mensagens de propaganda, e que estipula que esta não deve “prejudicar a beleza ou o enquadramento de monumentos nacionais, de edifícios de interesse público ou outros suscetíveis de ser classificados pelas entidades públicas”.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre)

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Netflix dispara 13% em dia vermelho em Wall Street

  • ECO
  • 19 Outubro 2022

Wall Street fechou em baixa, mas as ações da Netflix dispararam 13% depois de ter anunciado um crescimento de 5,9% das receitas no terceiro trimestre e 2,41 milhões de novos clientes.

Depois de duas sessões consecutivas de fortes ganhos, Wall Street fechou esta quarta-feira no vermelho, tal como as principais bolsas europeias. Apenas o principal índice bolsista nacional, o PSI, escapou à maré de perdas, valorizando 0,49%, com a NOS e o BCP em destaque nas negociações.

Os preços do petróleo aumentaram mais de 2%, num dia em que o Governo norte-americano anunciou que vai libertar mais 15 milhões de barris de crude das reservas estratégicas dos EUA para tentar controlar os preços da energia.

No Reino Unido, a taxa de inflação atingiu 10,1%, impulsionada pela subida dos preços do gás e da eletricidade, mas também da alimentação. Trata-se do valor mais elevado em 40 anos, que já tinha sido atingido em julho.

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5 coisas que vão marcar o dia

No dia em que o Eurostat publica dados da inflação em setembro, Pedro Nuno Santos é ouvido numa audição parlamentar para falar sobre a privatização da TAP.

No dia em que o Eurostat publica dados da inflação em setembro, Pedro Nuno Santos é ouvido numa audição parlamentar para falar sobre a privatização da TAP. Esta quarta-feira é ainda dia de audição da Comissão de Orçamento e Finanças sobre os nomeados para a CMVM.

Eurostat publica dados da inflação em setembro

O Eurostat vai publicar esta quarta-feira os dados relativos à inflação na Zona Euro e na União Europeia (UE) em setembro. De acordo com o gabinete de estatísticas europeu, o índice de preços do consumidor acelerou para 9,1% em agosto na Zona Euro e para 10,1% na UE. A variação em Portugal, de 9,3%, de acordo com o índice harmonizado de preços, fica, por isso, acima da média da Zona Euro, mas abaixo da média dos países do bloco.

Audição parlamentar do ministro Pedro Nuno Santos

O ministro das Infraestruturas vai ser ouvido esta quarta-feira na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, onde falará sobre a privatização da TAP e sobre a polémica em que esteve recentemente envolvido devido ao contrato assinado entre o Estado e a empresa do pai. O Governo já afirmou que tem intenções de privatizar a companhia aérea, mas até ao momento não se conhecem quaisquer detalhes sobre o processo.

Audição da COF de nomeados para a CMVM

Vai decorrer esta quarta-feira uma audição da Comissão de Orçamento e Finanças sobre os nomeados para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Luís Laginha, o presidente, será ouvido às 16h, seguindo-se Inês Drumond, administradora, às 17h. Às 18h é a vez de Juliano Ferreira e uma hora depois Teresa Gil.

Debate preparatório do Conselho Europeu com António Costa

Acontece esta quarta-feira, às 15h, o debate preparatório do Conselho Europeu, com a presença do primeiro-ministro português. Os líderes da União Europeia (UE) vão debater esta quinta e sexta-feira, em Bruxelas, vias para enfrentar a crise energética, tema com o qual o líder do Conselho Europeu considera ser necessário “agir com a máxima urgência”.

Leilão da linha de Bilhetes do Tesouro

O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública realiza esta quarta-feira um leilão de Bilhetes do Tesouro, com maturidade a um ano –setembro de 2023 — e um montante entre os 500 milhões e os 750 milhões de euros. Na passada quarta-feira, o IGCP colocou 1.000 milhões de euros, montante máximo indicativo, em Obrigações do Tesouro a três e a nove anos, a uma taxa superior às registadas este ano em maturidades similares.

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Fusões e aquisições caem para valores de 2009

O mercado nacional de fusões e aquisições está muito longe dos recordes alcançados em 2019 e 2020, contabilizando até ao momento um volume global de negócios 69% abaixo da média da última década.

Até ao momento foram realizados 89 operações de fusões e aquisições de empresas envolvendo companhias nacionais num montante global de 2,4 mil milhões de euros. É o valor mais baixo desde 2009, segundo dados da consultora Dealogic.

Se a dinâmica do mercado de fusões e aquisições é um bom indicador para medir o pulso à da saúde da economia de um país, Portugal está longe de estar em forma. Apesar de o número de negócios concretizados este ano não fugir muito à média dos últimos 10 anos (94 operações), o volume global de operações é três vezes inferior à média da última década e situa-se 52% abaixo dos montantes registados em 2021.

Fonte: Dealogic.

O maior negócio concretizado este ano teve lugar em abril e envolveu a compra de 47,8% do capital da empresa de energias renováveis TagEnergy pela Mirova, uma filial do Natixis Investment Managers, e pela empresa de capital de risco Omnes por 300 milhões de euros. Esta operação envolveu ainda o investimento de 150 milhões de euros no reforço do capital da empresa por parte do seu acionista maioritário, a Impala SAS Group, propriedade do empresário francês Jacques Veyrat.

Logo de seguida surge um negócio de 359 milhões de euros realizado pela Altri que envolveu a entrega de 39,64% da participação que detinha na Greenvolt aos seus acionistas, por troca do pagamento monetário de dividendos. Com este negócio, a Altri passou a deter 19,08% do capital de energias renováveis.

A fechar o pódio das maiores operações empresariais realizadas este ano em Portugal está a venda dos restaurantes Burger King pela Ibersol à Restaurant Brands Iberia, em agosto, num negócio avaliado em 260 milhões de euros.

Nos últimos 10 anos, o mercado de fusões e aquisições envolveu mais de mil operações em Portugal e um montante global de negócios de quase 80 mil milhões de euros, cerca de 36% do PIB.

Mercado a ressacar dos recordes de 2019 e 2020

À imagem do que tem acontecido por todo o mundo, o mercado nacional de fusões e aquisições de empresas está também a ressentir-se dos bons números alcançados nos últimos anos. A Dealogic revela que nos primeiros noves meses o volume global de negócios situa-se 14% abaixo do registado no ano passado.

“Depois de ter atingido um pico histórico em 2021, o mercado global de fusões e aquisições entrou em pausa este ano”, refere também a McKinsey, num relatório publicado no final de setembro.

A consultora norte-americana revela ainda que “no início de 2022, o valor dos grandes negócios (mais de 25 milhões de dólares) caiu 24% em relação ao ano anterior, com uma queda de 12% no volume de negócios.”

O mercado nacional não atingiu o pico em 2021 mas em 2020. Nesse ano foram realizadas 115 operações num valor global de 12 mil milhões de euros, onde se destaca a venda da Brisa por 4,1 mil milhões de euros (ou 2,4 mil milhões de euros excluindo a dívida) a um consórcio de nove investidores estrangeiros. Este foi mesmo o terceiro maior negócio de sempre envolvendo empresas portuguesas.

Nos últimos 10 anos, o mercado de fusões e aquisições envolveu mais e mil operações em Portugal e um montante global de negócios de quase 80 mil milhões de euros, cerca de 36% do PIB. Porém, somente os negócios realizados em 2012, 2014 e 2020, os melhores anos da última década, representaram 57% do valor total das operações e fizeram do capital brasileiro a nacionalidade com mais peso no mercado da compra e venda de empresas portuguesas neste período.

Nas cinco maiores operações de fusões e aquisições envolvendo empresas portuguesas desde 2000, três envolveram investidores brasileiros: a venda da Portugal Telecom por 7,4 mil milhões de euros (ou 5,4 mil milhões excluindo a dívida) à Altice por parte da Oi em 2014 (que também foi o maior negócio de sempre de empresas nacionais); e a venda da Cimpor, em 2012, por 4,1 mil milhões de euros (ou 2,4 mil milhões excluído a dívida) por parte de um grupo de investidores portugueses aos brasileiros da Camargo Correa.

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Governo paga hoje “bónus” de meia pensão aos reformados da Caixa Geral de Aposentações

Depois de na semana passada os pensionistas da Segurança Social terem recebido o complemento de meia pensão, chega a vez daqueles inscritos na Caixa Geral de Aposentações.

O suplemento equivalente a meia pensão, anunciado pelo Governo como parte do pacote de medidas para combater os efeitos da inflação, será pago aos pensionistas da Caixa Geral de Aposentações (CGA) esta quarta-feira.

Os reformados vão ter um aumento extraordinário correspondente a meio mês de pensão este ano, de modo a que possam recuperar uma parte do poder de compra perdido ao longo deste ano devido ao aumento da taxa de inflação. “Os pensionistas em 2022 receberão o correspondente a 14,5 pensões e esta meia pensão adicional paga em outubro será sujeita à tributação normal. Será tratada como qualquer das pensões recebidas ao longo do ano”, explicou a ministra do Trabalho, na apresentação da medida.

Este montante será então tributado, mas não será somado à pensão regular, pelo que não poderá levar a um salto no escalão e na taxa aplicada. Há uma cláusula que dita que “do aumento de rendimento do mês de outubro que decorrerá deste apoio extraordinário, não haverá penalização em termos de retenção na fonte ou imposto a pagar”, explicou o ministro das Finanças, na conferência de imprensa de apresentação das medidas.

Os pensionistas da Segurança Social já começaram a receber este “bónus” na semana passada, chegando agora a vez dos pensionistas inscritos na CGA.

Esta medida causou polémica, já que representa na prática uma antecipação de parte do aumento a que os pensionistas já tinham direito em janeiro, para contribuir para a liquidez num momento de maior aperto. No próximo ano, a atualização das pensões em 2023 será assim mais reduzida, ficando abaixo da taxa de inflação: +4,43% para as pensões até 886 euros; +4,07% para as pensões as pensões entre os 886 euros e os 2.659 euros; e 3,53% para as restantes pensões.

Com esta situação surgiram receios de que se nada mudar, a partir de 2024, os pensionistas sejam prejudicados de ano para ano, pois a base de cálculo para a atualização das pensões nesse ano será menor. No entanto, o Governo ainda não esclareceu como será feita a atualização de pensões nesse ano, com os governantes a apontar que a decisão será tomada ao longo de 2023.

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Guerra na Ucrânia traz fabrico de roupa da Lacoste para Viseu

Com fábricas em Viseu, Castelo Branco e Arganil, Goucam salvou a produção da Lacoste na Ucrânia e ganha contrato para confecionar calças e casacos. Marcas francesas e alemãs cobrem perdas com Inditex.

Logo após o início da invasão russa, no final de fevereiro, José Carlos Castanheira arriscou uma “jogada de antecipação” no campo empresarial e conseguiu “apanhar uma encomenda” de blusões que a Lacoste tinha previsto colocar numa fábrica de confeções na Ucrânia. Contactou o empresário que detém essa unidade industrial no leste europeu e que temia as paragens de atividade por causa da guerra, e negociaram com a marca francesa a mudança para Portugal, que foi aceite.

“Entrámos para resolver um problema que eles tinham, ficaram contentes e viram que temos condições para continuar a trabalhar em conjunto. Fizemos essa entrega de blusões e negociámos [o fabrico de] calças e casacos para a próxima estação, que são os artigos de verão em que conseguimos entrar. Estamos a entrar no circuito de fornecimento da Lacoste, que é um cliente potencialmente interessante”, conta ao ECO o presidente executivo da Goucam.

Fundada pelo campeão de ténis René Lacoste, a marca do Grupo MF Brands está presente em 98 países com uma rede de 1.100 lojas. Tem 14 pontos de venda oficiais em Portugal

Com perto de 400 trabalhadores, dos quais 285 estão em Viseu e os restantes repartidos pelas outras fábricas que detém em Castelo Branco e Arganil, este grupo da área da confeção conquistou já este ano outro cliente em França, um mercado que passou a representar 15% do negócio total. Na Alemanha, que igualou a quota francesa nos destinos das exportações, que asseguram a quase totalidade das vendas, arranjou outros dois novos clientes. Entre eles está a Hugo Boss.

No entanto, no caso desta marca de luxo de origem alemã, a experiência deve ficar por aqui. O empresário têxtil conta que “à partida [vai] deixar de trabalhar com eles na estação que está a começar porque não estão disponíveis para pagar os preços que [precisa] de praticar”. “A Hugo Boss é um cliente com que arrancámos este ano. Tivemos uma das fábricas a trabalhar para eles desde abril e até setembro. Apesar de não ter a rentabilidade que esperávamos, cumprimos esse negócio até ao fim”, resume.

Estas marcas, como a Lacoste e a Hugo Boss, entraram num momento em que os espanhóis não tinham negócio. Sobretudo a Massimo Dutti, que era um cliente pesado para nós e que falhou muito com as compras no início deste ano.

José Carlos Castanheira

CEO da Goucam

Clientes como a Lacoste ou a Hugo Boss vieram ocupar o espaço produtivo que foi deixado livre sobretudo pelo grupo Inditex, que “falhou muito com as compras no início deste ano”. Ao ponto de já ter equilibrado (50%/50%) a distribuição no que toca ao género, quando até ao final de 2021 fazia 80% de roupa de senhora e apenas 20% para homem. “Entraram num momento em que os espanhóis não tinham negócio. Sobretudo a Massimo Dutti, que era um cliente muito pesado para nós, porque com o grupo Carolina Herrera / Purificación Garcia duplicámos de 2021 para 2022”, relata.

Mesmo continuando a ser o mais representativo, o peso do mercado espanhol caiu de 85% para 50% em menos de um ano. Castanheira indica que a marca da galega Inditex já tem neste momento “vontade e condições para voltar aos números anteriores”. Porém, o grupo viseense não tem capacidade produtiva disponível nem quer “abdicar dos clientes que estiveram presentes nessa fase” mais difícil. Sente maior procura e precisa “urgentemente de aumentar as produções internas em todas as unidades”. É que a pandemia trouxe um upgrade na qualidade, mas reduziu as quantidades. Nos casacos, por exemplo, baixou 1.110 para 700 a 800 peças por dia.

Outro investimento que vai avançar em breve, podendo ascender a quatro milhões de euros, é a expansão da unidade de Viseu em cerca de 3.000 metros quadrados de área coberta, com o objetivo de voltar a incorporar a área do corte neste complexo industrial. Isto é, reverter a decisão tomada há alguns anos de montar uma unidade separada para concentrar esta atividade e, a partir daí, alimentar as três fábricas do grupo. “Estamos a preparar os projetos para juntar a construção nova à existente. Temos um lote na zona industrial que está ocupado com estacionamento para o pessoal e que permite construção”, detalha o empresário.

Pico na procura e nos preços do gás

Durante a pandemia, em que teve longas paragens na produção, o líder da Goucam sublinha que o grupo conseguiu “manter a saúde financeira” das empresas graças às ajudas do Estado, como o lay-off simplificado. A faturação caiu de 16 milhões em 2019 para 10 milhões em 2020, tendo apenas recuperado ligeiramente para 11 milhões no ano passado. Este ano também pouco sobe, com a previsão a apontar para 12 milhões de euros, apesar de ter novos clientes e a produção estar toda tomada. É que nesta fase está a fazer mais CMT (Cut, Make & Trim), modelo em que são os clientes que fornecem o tecido está apenas a “vender minutos” de produção; e menos produto acabado, em que consegue acrescentar mais valor.

José Carlos Castanheira, CEO da Goucam

Mais do que para a faturação, José Carlos Castanheira olha para o crescimento da atividade. “Estamos com mais procura, das maiores que tivemos em 30 anos neste negócio. Há uns anos houve uma tentativa de passagem de encomendas para cá, mas eram clientes que não estavam dispostos a pagar o preço, estavam a procurar-nos para fugir ao aumento de custos da Ásia. Neste momento não: há procura e os clientes, por necessidade e por não terem outra opção, estão dispostos a pagar os preços [que pedimos]. Há uma evolução nos preços”, garante.

O empresário sabe que “as informações económicas e as expectativas são más”, apontando para uma recessão a nível mundial, e que “o que seria expectável é que o cliente final começasse a desviar a disponibilidade financeira que tem para suprir outros custos”. “Agora, o que se verifica – e trabalhamos também com algumas marcas mais caras – é que continuam a crescer”, acrescenta. Dá o exemplo da Carolina Herrera, um “ótimo cliente” da Goucam, que este ano está a progredir à volta de 30% em termos homólogos.

Ora, o que também está a subir são os custos com a energia. A fatura do gás multiplicou-se por seis, desde dezembro de 2021. Na eletricidade, ainda em novembro de 2021, conseguiu assinar um contrato a dez anos com um aumento de 30% face ao que pagava, “mas que é significativamente abaixo dos preços atuais de mercado”. O empresário assegura que está a conseguir passar “grande parte” do acréscimo de custos aos clientes, de forma progressiva.

A par do crescimento do absentismo, que estava historicamente na casa dos 3% e disparou para os atuais 12% depois da pandemia – “as pessoas habituaram-se a estar em casa e a receber o vencimento sem trabalhar, passaram a dar menos valor ao trabalho e a esforçar-se menos”, desabafa Castanheira –, outra das preocupações envolve a falta de mão-de-obra. A Goucam precisa de 50 trabalhadores para entrada imediata nas três fábricas, mesmo que os candidatos não tenham qualquer experiência no setor.

A taxa de absentismo passou de 3% para 12%. Com a pandemia, as pessoas habituaram-se a estar em casa e a receber o vencimento sem trabalhar. Passaram a dar menos valor ao trabalho e a esforçar-se menos.

José Carlos Castanheira

CEO da Goucam

“Claro que é uma questão salarial também, mas a têxtil não paga menos do que paga a restauração. Neste momento, o grande concorrente da indústria [ao nível do emprego] são os cursos de formação. As pessoas não morreram, não houve mais emigração nesta fase pós-pandemia. E todos os setores se queixam de falta de mão-de-obra. Onde estão as pessoas? A única coisa que cresceu foi esta indústria de cursos de formação que se montou em Portugal e que tem de se continuar a alimentar. Não vejo outro motivo”, rematou o empresário, que em 1992 comprou a participação aos sogros.

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Irão disposto a dialogar com Kiev após alegações “infundadas” sobre drones

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

“As afirmações segundo as quais a República Islâmica envia armas, incluindo drones de combate, para serem utilizadas na guerra na Ucrânia” são “falsas”, afirma Teerão.

O Irão afirmou esta terça-feira estar disposto a dialogar com Kiev para clarificar as alegações “sem fundamento” sobre o fornecimento à Rússia por Teerão de armas e ‘drones’ utilizados na ofensiva russa contra a Ucrânia. Kiev e os seus aliados ocidentais acusaram a Rússia de utilizar nas últimas semanas drones (aeronaves não tripuladas) de fabrico iraniano para efetuar ataques na Ucrânia.

O Kremlin (Presidência russa) afirmou não ter conhecimento da utilização dessas armas pelo Exército russo. Ao considerar tais afirmações “sem fundamento” e “baseadas em falsas informações”, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani, assegurou, em comunicado, que “o Irão está pronto para negociar e discutir com a Ucrânia para solucionar estas acusações”.

“As afirmações segundo as quais a República Islâmica envia armas, incluindo drones’ de combate, para serem utilizadas na guerra na Ucrânia” são “falsas”, declarou o ministério. Após diversos ataques dos chamados droneskamikaze’ sobre Kiev, a Ucrânia pediu na segunda-feira à União Europeia (UE) que impusesse novas sanções a Teerão. O chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, sugeriu ao Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a rutura das relações diplomáticas com o Irão.

Segundo Kuleba, Teerão forneceu drones iranianos à Rússia “dizendo-nos que é contra a guerra e que não apoia nenhuma das partes”. Nos últimos dias, Kiev denunciou por diversas vezes a utilização pela Rússia de drones de fabrico iraniano, em particular os Shahed 136 kamizake, para atacar infraestruturas energéticas civis na Ucrânia.

Para justificar a sua proposta a Zelensky, o chefe da diplomacia ucraniana sublinhou ainda “o surgimento de relatórios sobre o possível fornecimento de armas pelo Irão à Rússia”, e após a publicação de artigos em diversos ‘media’ que apontam a entrega para breve de mísseis iranianos terra-terra às tropas de Moscovo.

O ministério iraniano considerou que as alegações sobre os fornecimentos de armamento se inserem numa “intencional instauração, com objetivos políticos e pelos ‘media’ de certos países, de um clima” hostil a Teerão. “A República Islâmica, desde o início do conflito, sempre sublinhou a necessidade de pôr termo e resolver os diferendos por meios pacíficos”, acrescentou o porta-voz.

Em setembro, a Ucrânia já tinha reduzido a presença diplomática iraniana no país, em represália por alegadas entregas de armamento de Teerão a Moscovo.

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Emirados anunciam 100 milhões em ajuda à Ucrânia

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

Os Emirados Árabes Unidos justificam esta "ajuda adicional" com a convicção da liderança do país "na solidariedade humana, especialmente em casos de guerra e conflito".

Os Emirados Árabes Unidos (EAU) anunciaram esta terça-feira mais de 100 milhões de dólares em ajuda humanitária à Ucrânia, depois de os países do Golfo Pérsico terem sido acusados de apoiar a Rússia na sequência da última decisão da OPEP+ de cortar a produção de petróleo.

A agência noticiosa estatal Emirati WAM disse que a decisão foi divulgada pelo presidente do país, Mohammed bin Zayed Al Nahyan, como “ajuda adicional” para a população ucraniana afetada pela invasão russa. O ministro do Estado para a Cooperação Internacional dos Emirados, Reem al Hashimy, afirmou numa declaração citada na nota que “esta ajuda adicional provém da convicção de Sua Alteza o Presidente na solidariedade humana, especialmente em casos de guerra e conflito”.

Reem al Hashimy recordou que os EAU tinham prestado ajuda semelhante à Ucrânia nos últimos meses desde o início da invasão, em finais de fevereiro, e que o seu país tinha também enviado ajuda humanitária aos refugiados na Polónia e na Moldávia em resposta ao apelo da ONU.

A medida surge numa altura em que os EUA e vários países ocidentais acusam os países árabes da OPEP+ de apoiarem a Rússia, argumentando que o acordo para reduzir a produção de petróleo beneficia os russos e é prejudicial para o Ocidente.

O governo dos EUA considerou que a Arábia Saudita está a apoiar a Rússia económica, moral e militarmente com a sua decisão, e a Casa Branca declarou que irá rever a sua relação com o mundo árabe como resultado disso. Face às críticas, a Arábia Saudita, que lidera a OPEP+ ao lado da Rússia, anunciou também a doação de 400 milhões de dólares em ajuda humanitária à Ucrânia, e manifestou a sua vontade de “mediar” o conflito.

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Cimenteira francesa multada em 778 milhões após admitir que financiou terroristas sírios

  • Joana Abrantes Gomes
  • 18 Outubro 2022

A Lafarge, gigante francesa do cimento, reconheceu perante um tribunal norte-americano que pagou a grupos terroristas na Síria entre agosto de 2013 e outubro de 2014.

Pela primeira vez nos Estados Unidos, uma empresa declarou-se culpada por ter colaborado com organizações terroristas. Esta terça-feira, a fabricante francesa de cimento Lafarge confessou que pagou a grupos terroristas para continuar a operar na Síria, confirmando a acusação do Departamento de Justiça norte-americano. A notícia é avançada pelo Cinco Días (acesso livre), que refere também que a empresa terá agora de pagar uma multa de 778 milhões de dólares.

Segundo o diário espanhol, os eventos ocorreram entre agosto de 2013 e outubro do ano seguinte. A Lafarge manteve uma fábrica na Síria após o início da guerra civil naquele país, em 2011, tendo alegadamente pagado a vários grupos armados, incluindo ao autoproclamado Estado Islâmico.

Na audiência desta terça-feira, que ocorreu no tribunal federal de Brooklyn, no Estado de Nova Iorque, a gigante francesa do cimento disse que os pagamentos foram feitos em defesa dos trabalhadores da fábrica. Em 2016, numa investigação interna levada a cabo pela Swiss Holcim, na qual a Lafarge está integrada, já havia admitido que a sua filial síria tinha pago subornos, mas negou a colaboração em crimes contra a humanidade.

Além disso, esta informação terá sido escondida da direção da Swiss Holcim no momento da fusão com a Lafarge, que aconteceu em 2015. O próprio Departamento de Justiça dos EUA subscreve a versão de que os antigos executivos da Lafarge e da sua filial síria – encerrada há anos – esconderam a sua conduta da Holcim e dos seus auditores antes e depois de o grupo suíço ter adquirido a cimenteira francesa.

A Holcim, por seu lado, assinalou ao regulador da bolsa da Suíça que estes acontecimentos são herdados e minam os seus valores. “A resolução de hoje reafirma o compromisso da Holcim de conduzir todos os seus negócios com a máxima integridade”, disse o grupo suíço, numa nota enviada ao regulador da bolsa de valores.

Na sua declaração em tribunal, a Lafarge isenta a Holcim de qualquer culpa e afirma que aceita “responsabilidade pelas ações dos executivos individuais envolvidos, cujo comportamento constituiu uma violação flagrante do Código de Conduta da Lafarge”. “Lamentamos profundamente que esta conduta tenha ocorrido e temos trabalhado com o Departamento de Justiça dos EUA para resolver este assunto”, reiterou a empresa francesa.

O tribunal esclareceu que não encontrou provas que sugerissem que os gestores envolvidos apoiassem “os métodos, os objetivos ou as ideologias” dos grupos terroristas que operam na Síria, tendo alegadamente agido num período de extrema violência e perante a pressão terrorista.

A Lafarge enfrenta também acusações de cumplicidade em crimes contra a humanidade perante um tribunal de Paris.

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Greve geral em França. “Não pedimos a lua”, só salários a evoluir com a inflação

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

Milhares de pessoas saíram às ruas em França para exigir salários mais elevados face à inflação e para protestar contra a requisição dos trabalhadores franceses das refinarias em greve.

Transportes, escolas e hospitais solidarizaram-se com a paralisação dos trabalhadores franceses das refinarias, abrangidos por uma requisição civil, e juntaram-se esta terça-feira à greve geral em França convocada pelos sindicatos também para exigir “salários dignos”.

Milhares de pessoas saíram às ruas em França para exigir salários mais elevados face à inflação e para protestar contra a requisição dos trabalhadores franceses das refinarias em greve. Cerca de 150 pontos de encontro estavam previstos em todo o país, de acordo com a Confederação Geral do Trabalho (CGT), a organizadora desta jornada de “mobilização e greve” interprofissional, em conjunto com outros sindicatos e organizações juvenis.

Em Paris, uma marcha que juntou milhares de pessoas começou ao início da tarde. Na frente do cortejo, uma faixa que apelava a aumentos salariais e ao “respeito pelo direito à greve”. Vários setores de atividade juntaram-se ao protesto e aos apelos, como foi o caso dos serviços públicos (incluindo escolas e hospitais), energia, transportes públicos, agroalimentar e o comércio.

Compreendo completamente os trabalhadores das refinarias e vou ser muito franca, temos discussões internas porque os ricos vão sempre encontrar alguém para estar na fila na bomba de gasolina e os pobres, que trabalham, estão em dificuldades, mas sem uma greve dura não haverá resultados. E ela será dura para todos”, disse Daniela, sindicalista da EDF, maior empresa de energia em França, em declarações à agência Lusa.

Daniela veio até à capital francesa para participar na manifestação que partiu da Place d’Italie e que juntou várias centrais sindicais como a CGT, a Force Ouvrière ou a Solidaires. Um dos setores estratégicos mais afetados pela paralisação foram os transportes, com apenas um em dois comboios de longo curso a circular e uma diminuição considerável na circulação do metro e dos comboios regionais na região parisiense.

O anúncio da primeira-ministra [Elisabeth Borne] das requisições, é um ataque flagrante ao direito à greve. E claro para pedir um aumento de salários. Os trabalhadores das refinarias mostraram o caminho, mas todos os trabalhadores em França estão confrontados com este problema do poder de compra. Queremos um salário digno para termos uma vida digna”, explicou Yann, condutor de metro em Paris, ao justificar a sua presença na manifestação.

Funcionário num setor sensível, este condutor do metro de Paris ficou chocado com a requisição imposta aos trabalhadores das refinarias e teme que, se um dia a greve se generalizar aos transportes, o seu direito seja contrariado por uma requisição governamental, o que dá o direito às forças da ordem de ir buscar os trabalhadores a casa e a imposição de multas de milhares de euros em caso de recusa.

Perante o argumento que os trabalhadores das refinarias que estão paralisados há duas semanas têm salários acima da média nacional – com a petrolífera francesa Total a ter declarado que entre os grevistas há salários que ultrapassam o cinco mil euros –, Yann, cuja profissão também é considerada como privilegiada em termos salariais, diz que isso faz parte de uma estratégia para dividir os trabalhadores.

Os nossos salários não são assim tão altos, nós temos é majorações que têm a ver com o trabalhar ao domingo, aos feriados ou trabalho noturno. A ideia desses argumentos é pôr os trabalhadores uns contra os outros, são argumentos para nos dividir, já estamos habituados”, lamentou. A continuação ou não da greve das refinarias que afeta atualmente pelo menos 25% das bombas de gasolina em França, pertence aos trabalhadores, segundo afirmou Philippe Martinez, líder da CGT.

Vamos continuar a mobilização porque não faltam problemas em cima da mesa. Desde logo, a decisão será já esta noite dos trabalhadores da Total que vão ou não querer continuar a greve, depois há outras assembleias, por exemplo, na SNCF e noutras empresas”, disse o sindicalista. Para os líderes da esquerda francesa, alguns presentes na manifestação em Paris, como Fabien Roussel, líder dos comunistas, basta que os salários sejam indexados à inflação para que acabem todos os protestos dos trabalhadores franceses.

“A mobilização dos trabalhadores do setor privado e do setor público é o único meio que temos para que o Governo perceba que é urgente aumentar os salários no público em função da inflação. Só querem poder viver dos seus salários e que os salários evoluam no sentido do aumento dos preços. Não pedimos a Lua!”, declarou o líder comunista.

Os milhares de pessoas presentes no protesto na capital francesa só têm um objetivo “continuar a mobilização até o Governo ceder”, como explicou, por sua vez, Sonya, que trabalha na região de Paris, no setor da logística, completamente parado devido à falta de combustíveis.

Estamos completamente afetados, porque não há gasolina, mas temos de continuar com os protestos porque tudo se passa na rua. Temos todos de vir a estes protestos em Paris, as pequenas manifestações não têm o mesmo impacto junto do Estado e vamos fazer como no maio de 68, vamos para a rua”, concluiu a trabalhadora, numa referência ao histórico movimento estudantil que resultou numa das maiores ondas de protesto de sempre.

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Um dia a Ucrânia será membro da NATO mas agora prioridade é guerra

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

“Sem a ajuda dos aliados, [as forças ucranianas] não teriam conseguido fazer estes avanços e repelir as tropas russas”, disse o secretário-geral da NATO.

O secretário-geral da NATO garantiu esta terça-feira que a Ucrânia tem as portas da organização militar abertas, mas sublinhou que agora os aliados estão concentrados em manter o fornecimento de armas ao país para ganhar a guerra à Rússia.

As portas da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte) continuam abertas e, um dia, a Ucrânia será membro da aliança. Mas a curto prazo, a prioridade é dar apoio à Ucrânia para lhe permitir fazer mais avanços no campo de batalha e assegurar que acaba a guerra de uma forma que lhe garanta que continuará a ser um país soberano”, declarou Jens Stoltenberg, numa entrevista no fórum de Berlim organizado pela Fundação Körber.

“Essa é a condição prévia para qualquer debate sobre a sua adesão”, acrescentou o líder político da NATO (bloco de defesa ocidental), quando, questionado sobre a situação da adesão da Finlândia e da Suécia, apontou as diferenças existentes em relação a Kiev.

Helsínquia e Estocolmo já eram parceiros próximos da Aliança Atlântica e participavam em missões e diálogo político com os restantes aliados, indicou, ao passo que, no caso da Ucrânia, o país está no meio de uma guerra, e “a prioridade é enviar apoio militar”.

Stoltenberg insistiu ainda que o apoio militar da NATO à Ucrânia não tem precedentes e está a ser fundamental para o avanço da contraofensiva ucraniana no terreno. “Sem a ajuda dos aliados, [as forças ucranianas] não teriam conseguido fazer estes avanços e repelir as tropas russas”, recordou.

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We Seguros estabelece nova parceria com a Fidelidade

  • ECO Seguros
  • 18 Outubro 2022

A unidade de mediação We Seguros anuncia a parceria com a Fidelidade, num contexto que considera "estratégico" e assente na ambição de "crescer ainda mais".

A We Seguros, unidade de negócio de mediação de seguros do grupo GlobalWe, estabeleceu uma parceria estratégica com a Fidelidade.

Nuno Soares é o responsável comercial da We Seguros.

Nuno Soares, responsável comercial da We Seguros afirmou que se “trata de uma parceria estratégica para o plano de crescimento estabelecido e que nos irá permitir uma maior alavancagem em 2023. Apesar das metas já alcançadas para este ano, sentimos que precisamos de crescer ainda mais e de nos adaptar às exigências do mercado, fruto da crescente instabilidade com claras repercussões no mercado segurador. Com esta nova parceria estamos também convictos que teremos uma maior oferta de produtos de forma a ir ao encontro das necessidades dos nossos clientes”.

A empresa considera-se um parceiro de empresas e particulares e atua sob a assinatura “Por si e pelo que é mais importante”.

A We Seguros, que conta com escritórios em Lisboa, Porto e Algarve, afirma-se ainda como “uma organização moderna, flexível, motivada e de elevada eficiência com a missão de garantir que os clientes se sintam aconselhados nas suas escolhas de seguros e confortáveis através de relações de proximidade”.

O mediador de seguros conta atualmente com parcerias com a Allianz, Caravela, Innovarisk, Lusitânia, Zurich e Asisa.

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