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Isabel Pires de Lima indigitada para Conselho Geral Independente da RTP

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2022

Isabel Pires de Lima foi ministra da Cultura no XVII Governo Constitucional, liderado por José Sócrates, tendo sido anteriormente deputada na Assembleia da República.

O Conselho Geral Independente (CGI) da RTP indigitou Isabel Pires de Lima para membro do órgão de fiscalização, que escolhe a administração da RTP, após a renúncia de Manuela de Melo.

“Tendo a dr.ª Maria Manuela de Macedo Pinho e Melo renunciado ao mandato em 27 de outubro de 2022, foi cooptada, por unanimidade, para membro do Conselho Geral Independente, conforme o previsto no n.º 3 do artigo 14.° dos Estatutos da Rádio e Televisão de Portugal, S.A., aprovados pela Lei nº 39/2014, de 9 de Julho, a professora doutora Maria Isabel da Silva Pires de Lima”, lê-se no comunicado divulgado.

Isabel Pires de Lima foi ministra da Cultura no XVII Governo Constitucional, liderado por José Sócrates, tendo sido anteriormente deputada na Assembleia da República.

Doutorada em Literatura Portuguesa, desenvolveu a carreira na área da docência e investigação, tendo sido professora catedrática na Universidade do Porto.

Foi nomeada em 2015 para o Conselho de Administração da Fundação Serralves, continuando a fazer parte da comissão executiva.

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Marcelo pressiona Governo a aprovar leis para a nova gestão do SNS

Chefe de Estado acredita que a direção executiva do SNS vem introduzir uma "grande mudança", mas pressiona o Governo a aprovar leis para melhorar a articulação entre os vários serviços de saúde. 

O Presidente da República acredita que a direção executiva do SNS vem introduzir uma “grande mudança” nos cuidados de saúde, mas pressiona o Governo a aprovar leis para melhorar a articulação entre os vários serviços de saúde.

“Houve uma mudança grande com a criação de um instituto público para gerir o SNS”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, durante uma visita à Comunidade Vida e Paz, em declarações transmitidas pela RTP3, referindo-se à criação da direção executiva do SNS, que se insere no âmbito do novo estatuto do SNS.

No entanto, o Chefe de Estado avisa que é necessário “que saiam várias leis que deem os poderes quer às entidades que devem atuar quer autonomia para as unidades que integram o SNS poderem atuar por si” e pede que este período de “espera” seja “o mais curto possível”.

“Era importante que quem tem de intervir para gerir isso disponha rapidamente dos meios legais para poder intervir”, sublinhou ainda, quando questionado pelos jornalistas sobre os tempos de espera nas urgências e no dia em que o ministro da Saúde admitiu que poderá haver constrangimentos em algumas unidades hospitalares durante o período de Natal e fim do ano.

O Presidente da República instou ainda a aplicar-se “soluções de gestão diferentes” para as unidades hospitalares que são mais pressionadas e lembrou o exemplo do Centro Hospitalar de São João, no Porto. Já questionado sobre a visita ao Hospital Santa Maria, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa disse que viu que “há uma distribuição muito inteligente que separa os casos respiratórios, que são muitos”.

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Grupo Havas atribui ‘cheque anti-inflação’ de 500 euros e férias

Aproximadamente 85% de um universo de cerca de 500 pessoas do grupo Havas em Portugal é abrangido por esta medida para mitigar impacto da inflação nos rendimentos.

O grupo Havas vai atribuir em dezembro um apoio extraordinário de 500 euros aos colaboradores do grupo com rendimentos mensais brutos até 3.000 euros. Trabalhadores vão ter ainda mais quatro dias de férias no próximo ano, “um agradecimento pelo empenho que tiveram em 2022”, sabe a Pessoas.

“Esta iniciativa tem com objetivo ajudar a mitigar os efeitos no aumento do custo de vida e contribuir para um Natal melhor neste contexto particularmente exigente no orçamento familiar”, justifica Miguel Barros, CEO do grupo Havas, à Pessoas.

Este mês os colaboradores com salários até 3.000 euros brutos vão receber com o salário um ‘cheque anti-inflação’ de 500 euros, medida que abrange aproximadamente 85% de um universo de cerca de 500 pessoas do grupo dono da agência criativa da NOS e do Continente.

O grupo de comunicação – que agrega, entre outras, as agências Havas Worldwide, Fuel, Fullsix, Havas Media e Arena Media – vai ainda atribuir quatro dias de férias adicionais para o próximo ano, que se juntam aos 22 dias úteis por lei e ao dia de aniversário que já fazia parte do pacote de benefícios, elevando para 27 o número de dias de descanso em 2023.

“É uma forma de agradecer o empenho que tiveram este ano que foi muito exigente no que respeita à adoção de novas metodologias de trabalho”, explica Miguel Barros.

O benefício abrange “todos” os colaboradores. “No total ficam cinco (dias de férias adicionais) porque historicamente já damos o dia de aniversário. Dois destes dias são pontes”, precisa o CEO.

Ikea, Continente, Leroy Merlin, Jerónimo Martins, Santander, Caixa ou Crédito Agrícola são algumas das empresas que já atribuíram apoios adicionais aos seus colaboradores para mitigar quebra de rendimentos.

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Grupo Hoti chega ao mercado residencial com investimento de 110 milhões

Grupo Hoti vai entrar no mercado residencial com três projetos de apartamentos para a classe alta. Tem ainda mais 100 milhões de euros para a abertura de sete novos hotéis.

O Grupo Hoti Hotéis, representante das marcas Meliá, Tryp, Start Inn e Moxy, vai entrar no mercado de residence. A cadeia hoteleira nacional vai avançar com três projetos de apartamentos para a classe alta, num investimento total previsto de cerca de 110 milhões de euros. O Grupo Hoti tem ainda cerca de 100 milhões de euros para a abertura de sete novos hotéis até 2025.

Com atualmente 18 hotéis em funcionamento, num total de 2.900 quartos, aquela que é considerada a quinta maior cadeia hoteleira no país vai estrear-se no mercado residencial, adiantou esta sexta-feira Ricardo Gonçalves, administrador do Grupo Hoti, num encontro com a imprensa.

As localizações escolhidas foram o Porto, Aveiro e São João da Madeira, numa área total de cerca de 55 mil metros quadrados, o investimento previsto ronda os 110 milhões de euros, mas poderá ser superior tendo em conta a evolução dos custos de construção. “É uma nova área de negócio que está a ser trabalhada”, notou o responsável hoteleiro.

O primeiro projeto a abrir portas será o do Porto, na Avenida da Boavista. Serão 80 apartamentos numa área de cerca de 14 mil metros quadrados, destinados à classe alta, “porque a localização é premium“, disse Ricardo Gonçalves. O objetivo é começar a comercializar este empreendimento até ao final de 2023, mas “o licenciamento será um desafio”, sublinha.

Sem querer adiantar mais detalhes sobre os outros dois projetos de residence, o administrador referiu ainda que o Grupo Hoti pretende abrir sete novos hotéis até 2025, num investimento que ronda os 100 milhões de euros, num total de 700 quartos. Aqui, incluem-se localizações como Famalicão e Braga – este último já está em construção e deverá abrir portas daqui a um ano.

Ricardo Gonçalves falou ainda de dois projetos “empatados” há vários anos. Um deles na zona do Rato, em Lisboa, comprado há cerca de seis anos já com licença de construção. “Quando íamos iniciar a construção, o Ministério Público avançou com uma ação contra a Câmara de Lisboa e o projeto está parado desde então, há seis anos”, lamentou o responsável.

O outro projeto é em Montegordo, no Algarve, conseguido através de um concurso público internacional. “Tínhamos toda a documentação, mas a Agência Portuguesa do Ambiente [APA] retirou o parecer positivo e agora está tudo embrulhado em tribunais”. “Temos dez milhões de euros investidos em dois ativos parados há seis anos”, diz, notando que esse valor permitira “aumentar a massa salarial” do Grupo Hoti “em 10%”.

O Grupo Hoti encerrou 2022 com um resultado líquido de 80 milhões de euros, adiantou o CEO, Miguel Proença, aos jornalistas. Este número representa um aumento face a 2019, ano que se fixou nos 74 milhões de euros. As expectativas para 2023 apontam para 89 milhões de euros. O EBITDA deste ano ronda os 33 milhões de euros e a ocupação média manteve-se praticamente inalterada (71%).

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Ministro assume “falhas graves” no controlo aéreo e garante que já foram tomadas medidas

  • ECO
  • 16 Dezembro 2022

Pedro Nuno Santos adianta que já foi demitido um chefe de torre de controlo, instaurado um processo disciplinar a um supervisor e ainda foram feitas alterações no controlo de assiduidade.

O ministro das Infraestruturas assume que houve “falhas graves” no controlo de tráfego aéreo. Pedro Nuno Santos garante que a empresa que gere estas operações em Portugal, a NAV, já tomou medidas para corrigir os problemas detetados pelo gabinete que investiga os acidentes no transporte aéreo (GPIAAF) e que foram tornados públicos através da divulgação de partes de um relatório preliminar pelo semanário Expresso.

“Os incidentes foram graves e o relatório é importante para avaliar os acontecimentos. A Nav está a tomar ações para corrigir tudo e garantir que no futuro não teremos esse tipo de falhas no futuro”, referiu Pedro Nuno Santos à margem de uma cerimónia no porto de Sines, em declarações difundidas pela RTP3.

Entre as medidas tomadas, o ministro detalhou que houve a demissão de um chefe de torre de controlo e foi instaurado um processo disciplinar a um supervisor. Para corrigir as falhas de assiduidade, foram ainda feitas “algumas alterações” e houve a “contratação de tecnologia” que irá “permitir controlar melhor a assiduidade dos controladores aéreos.

A versão preliminar do relatório deu conta de vários problemas no controlo do tráfego aéreo nacional, como presenças fictícias de trabalhadores, a presença de televisores e de telemóveis para distrair os funcionários e a não observação dos tempos de descanso obrigatórios. Nos aeroportos do Porto e de Ponta Delgada, nos Açores, houve duas situações em que esteve iminente a colisão entre avião e o carro de serviço na pista.

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Mau tempo: Ministra admite reforço do Fundo de Apoio Municipal para ajudar autarquias

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2022

Mariana Vieira da Silva espera ter durante a próxima semana "um primeiro levantamento" dos prejuízos causados pelas cheias na última semana.

A ministra da Presidência admitiu esta sexta-feira o reforço do Fundo de Apoio Municipal e o recurso a outros mecanismos para ajudar os municípios nos prejuízos causados pelas intempéries, prometendo apoios céleres assim que os levantamentos dos estragos sejam entregues.

Mariana Viera da Silva respondeu no parlamento, em Lisboa, a preocupações dos deputados sobre a ajuda a autarquias, moradores e comerciantes pelos prejuízos causados pelas inundações ocorridas desde a semana passada, sobretudo em zonas da Área Metropolitana de Lisboa e do Alentejo.

A ministra destacou que, em reunião com as autarquias afetadas, “ficou acordado que os municípios fariam o levantamento dos estragos”, sem o qual “é impossível definir” montantes e quais os apoios ou percentagens de comparticipação que podem ser aplicados. A governante salientou ainda que “ficou claro” que “os municípios também têm de comparticipar” a reconstrução.

“É preciso ter em conta que há instrumentos que já existem, como o fundo de emergência municipal, e que tem regras. O Governo disponibilizou-se para, além dos instrumentos que já existem, poder definir novos instrumentos em função dos danos. […] Disponibilizamo-nos para, se necessário, aumentar os apoios e alterar essas regras”, disse.

“O Governo não deixará de recorrer a todo os patamares de ajuda”, assegurou ainda, quando questionada sobre o pedido por diversos autarcas para que o Governo decrete situação de calamidade, realçando que serão acionados “todos os mecanismos que for necessário”.

A ministra destacou ainda que o Governo pretende agilizar estes apoios, mas é preciso que os municípios sejam rápidos a apresentar um levantamento dos estragos, de preferência até ao final do ano ou, nos casos em que isso não for possível, até 15 de janeiro. “Estamos a trabalhar intensamente para responder às pessoas o mais rapidamente possível. Durante a próxima semana teremos um primeiro levantamento. Estamos a trabalhar, seremos rápidos e é esse o compromisso que aqui assumo”, disse.

Perante preocupações de excessiva burocracia, a ministra destacou que o formulário para reportar os danos já está disponível e que a validação dos estragos “será simples e rápida”, bastando “uma fotografia”. Segundo Vieira da Silva, o Governo deixou a primeira intervenção para a Proteção Civil e para as autarquias, que são quem conhece melhor o terreno, e viu “uma grande capacidade” das autarquias que visitou em “recuperar de uma maneira impressionante”.

Em resposta ao Livre, que salientou a expectativa de que estes fenómenos climáticos se tornem mais frequentes, Vieira da Silva admitiu a criação de um mecanismo para facilitar uma reação sempre que ocorrerem estes fenómenos extremos, mas salientou que, neste momento, o importante é fazer face aos estragos.

A chuva intensa e persistente que caiu na terça-feira (dia 13) causou mais de 3.000 ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas, afetando sobretudo os distritos de Lisboa, Setúbal, Portalegre e Santarém.

A Proteção Civil registou mais de 7.950 ocorrências em território nacional, inclusive 4.841 inundações, e 88 desalojados desde as 00:00 do dia 07 e até às 08:00 do dia 15.

Entre os prejuízos já adiantados numa primeira avaliação, a Câmara de Loures estima que as fortes chuvas que afetaram o concelho desde a semana passada ascendam a “mais de 20 milhões de euros”, Oeiras apontou para mais de 12 milhões de euros de prejuízo e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, anunciou, ainda sem adiantar uma estimativa, a criação de um fundo de pelo menos três milhões de euros para apoiar os comerciantes e particulares que sofreram prejuízos com o mau tempo.

No distrito de Portalegre, o presidente da Câmara de Fronteira estimou prejuízos “na ordem dos 18 milhões de euros” neste concelho, o de Monforte entre seis e oito milhões de euros e o de Campo Maior de “praticamente dois milhões de euros”.

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Operação Lex. Luís Filipe Vieira, Rui Rangel e Vaz das Neves vão a julgamento

Os arguidos vão a julgamento por corrupção passiva e ativa, recebimento indevido de vantagem, abuso de poder, usurpação de funções, falsificação de documento, fraude fiscal e branqueamento.

Os arguidos da Operação Lex Rui Rangel e o ex-presidente da Relação Vaz das Neves – vão a julgamento. Em causa os crimes de corrupção passiva e ativa para ato ilícito, recebimento indevido de vantagem, abuso de poder, usurpação de funções, falsificação de documento, fraude fiscal e branqueamento. A decisão instrutória foi conhecida esta sexta-feira, no Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

O ex-presidente do Sport Lisboa e Benfica (SLB), Luís Filipe Vieira, vai a julgamento pelo crime de recebimento indevido de vantagem.

Nessa audiência, os advogados destes cinco arguidos que requereram a abertura de instrução do processo uniram-se nas críticas à acusação, apelidando-a de “narrativa inflamada” e “manta de retalhos”.

Entre os acusados encontram-se ainda três antigos desembargadores – Rui Rangel (expulso pelo Conselho Superior da Magistratura/CSM), Fátima Galante (ex-mulher de Rangel e aposentada compulsivamente pelo CSM) e Luís Vaz das Neves (ex-presidente do TRL, entretanto jubilado) –, assim como o empresário José Veiga, o advogado José Santos Martins e o funcionário judicial da Relação Octávio Ribeiro.

Em causa neste processo estão os crimes de corrupção passiva e ativa para ato ilícito, recebimento indevido de vantagem, abuso de poder, usurpação de funções, falsificação de documento, fraude fiscal e branqueamento, segundo divulgou a Procuradoria-Geral da República (PGR) num comunicado em 18 de setembro de 2020.

Neste processo Luís Vaz das Neves responde por corrupção passiva para ato ilícito e abuso de poder, por alegadamente ter violado os seus deveres funcionais de isenção e imparcialidade com a ordenação da distribuição manual de processos, permitindo que Rui Rangel obtivesse benefícios económicos ilegítimos.

Rui Rangel está acusado de corrupção passiva para ato ilícito, abuso de poder, recebimento indevido de vantagem, usurpação de funções, fraude fiscal e falsificação de documento.

Fátima Galante foi acusada de corrupção passiva para ato ilícito em coautoria com o ex-marido e de abuso de poder também com Rui Rangel.

Bruna Garcia do Amaral, ex-namorada de Rui Rangel, responde por crimes de fraude fiscal e de branqueamento de capitais juntamente com aquele ex-juiz e com o advogado José Santos Martins.

Quanto a Luís Filipe Vieira, a acusação imputa-lhe a prática de um crime de recebimento indevido de vantagem em coautoria com Fernando Tavares e com o advogado Jorge Rodrigues Barroso.

O funcionário judicial Octávio Correia e a sua mulher, Elsa Correia, são outros dos vários arguidos do processo.

O que desencadeou toda este processo da justiça portuguesa foi uma certidão extraída do caso Operação Rota do Atlântico, que envolveu José Veiga, ex-empresário de futebol e Luís Filipe Vieira, o ex-dirigente do Benfica, suspeito de crimes de corrupção no comércio internacional, branqueamento de capitais, fraude fiscal e tráfico de influências. Após suspeitas da prática de crimes, foi aberto um inquérito em setembro de 2016.

A investigação, liderada por Maria José Morgado, centrou-se na atividade desenvolvida por três juízes desembargadores do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) que utilizaram tais funções para a obtenção de vantagens indevidas, para si ou para terceiros. Os três magistrados citados na acusação são Rui Rangel, Fátima Galante e Luís Vaz da Neves. Segundo a Procuradoria-Geral da República, as vantagens obtidas podem superar os 1,5 milhões de euros.

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Costa vs. Moedas. Marcelo só fala por si: “justificava-se” acompanhar as cheias em Lisboa

Confrontado com a troca de mimos entre António Costa e Carlos Moedas sobre a gestão política das cheias na capital, o Presidente da República puxou o jogo para si, entre recados ao primeiro-ministro.

Depois de ouvir António Costa reagir com irritação quando confrontado com o facto de nenhum membro do Governo ter estado ao lado de Carlos Moedas (PSD) durante as cheias em Lisboa e de desabafar que o autarca da capital também “não [o] contactou quando [teve] a casa inundada”, Marcelo Rebelo de Sousa puxou o jogo para si, entre recados implícitos ao primeiro-ministro.

“É importante que os portugueses sintam que o poder está próximo. Quem está teoricamente mais distante – falo pela minha maneira de fazer [as coisas] – deve acompanhar o que se está a fazer nas autarquias. Mas cada um tem o seu estilo e não se repetem os estilos e as situações”, indicou o Presidente da República.

É importante que os portugueses sintam que o poder está próximo. Quem está teoricamente mais distante – falo pela minha maneira de fazer [as coisas] – deve acompanhar o que se está a fazer nas autarquias. Mas cada um tem o seu estilo.

Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República

Questionado pelos jornalistas sobre se o primeiro-ministro não devia ter contactado o presidente da Câmara Municipal de Lisboa nos últimos dias, Marcelo disse não querer “formular juízos sobre como reagem os responsáveis políticos”. “Falo por mim. Fiz o que sempre fiz. E fiz numa situação em que pensava que se justificava” ir ao terreno, acrescentou o chefe de Estado.

No final da cimeira europeia em Bruxelas, questionado sobre a ausência de membros do Governo em Lisboa, ao contrário do que sucedeu nos municípios socialistas de Loures e Campo Maior, ou na “independente” Oeiras, António Costa acabou por deixar um desabafo: “Olhe, eu posso-lhe perguntar porque é que ele não me telefonou a mim quanto tive a minha casa inundada”.

E o chefe de Estado sabia que a casa do primeiro-ministro, na freguesia de Benfica, também tinha sido afetada pelas cheias que assolaram a capital portuguesa no início desta semana? “Não vou comentar situações pontuais e casos individuais, [quando] foram tantas as pessoas afetadas em Portugal”, sentenciou Marcelo Rebelo de Sousa.

Esta manhã, Moedas confirmou não ter recebido qualquer chamada do primeiro-ministro, embora tenha sido contactado pelos ministros Ana Abrunhosa (Coesão Territorial) e José Luís Carneiro (Administração Interna). Mas desvalorizou o tema para “não criar mais irritação”, frisando que “não [precisa] de telefonemas, mas de ajuda rapidamente, de soluções rápidas” por parte do Executivo.

Quanto ao desabafo deixado por Costa de que não se preocupou com a inundação na sua casa, o sucessor de Fernando Medina respondeu que esteve “nos casos mais graves, com os que estavam sem nada”. “Passei dias a resolver esses casos concretos, é aí que o presidente da Câmara tem de estar. (…) Fui eleito pelos lisboetas. Usando as suas próprias palavras: ‘o PS tem de se habituar a isso’”, ironizou o autarca lisboeta, numa referência às palavras de Costa na entrevista à Visão, ao referir-se à oposição.

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Trânsito cortado na Rua da Prata, em Lisboa, devido a abatimento do piso

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2022

Serviços camarários estão na rua lisboeta "a avaliar a situação", depois do abatimento entre o alcatrão e o passeio.

O trânsito na Rua da Prata, na Baixa de Lisboa, está esta sexta-feira cortado devido a um abatimento do piso, informou o município, indicando que os serviços camarários estão no local “a avaliar a situação”.

A informação foi prestada pela Câmara Municipal de Lisboa, presidida pelo social-democrata Carlos Moedas, na rede social Twitter.

Na publicação é possível ver uma fotografia do local, onde se encontram elementos do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) de Lisboa, sendo o abatimento entre o alcatrão e o passeio.

Segundo a página da internet do RSB, o alerta para a ocorrência foi dado às 12:28.

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EDP avança com ação para obrigar Estado a devolver 217,8 milhões de euros da barragem de Fridão

  • Capital Verde
  • 16 Dezembro 2022

Em causa está um valor de cerca de 218 milhões, pago pela EDP como contrapartida financeira pela exploração por 75 anos da barragem de Fridão.

A EDP interpôs esta semana uma ação de execução no Tribunal Administrativo de Lisboa, no valor de 217,8 milhões de euros, contra o Estado, o Ministério do Ambiente, o da Economia e o das Finanças, visando ser ressarcida do prémio que pagou ao Estado em 2008 no concurso para novas barragens do Governo de José Sócrates.

De acordo com a notícia avançada esta sexta-feira pelo Expresso, a ação deu entrada em tribunal esta terça-feira, 13 de dezembro, pouco mais de um mês depois de o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, ter revelado no Parlamento que o Estado tinha recorrido para o Supremo Tribunal Administrativo (STA) da decisão arbitral que no verão deu razão à elétrica no diferendo relativo a Fridão.

A decisão acontece depois de a EDP ter, em julho, ganho a arbitragem que a opunha ao Estado e na qual reclamava a devolução do prémio pago pela concessão do futuro aproveitamento hidroelétrico de Fridão.

Em causa está um valor de cerca de 218 milhões de euros, pago pela EDP como contrapartida financeira pela exploração por 75 anos da barragem de Fridão, situada no concelho de Amarante, distrito do Porto, que a elétrica considerava que lhe tem de ser restituído, uma vez que o projeto foi cancelado, e o Governo entendia não haver direito a qualquer devolução.

 

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Lituânia compra oito sistemas lançadores de mísseis aos EUA

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2022

“É um novo sistema que aumentará significativamente as capacidades no âmbito nacional e regional”, explicou o governante lituano, Arvidas Anusauskas.

O ministro da Defesa da Lituânia avançou esta sexta-feira que o país báltico vai comprar aos Estados Unidos oito sistemas de lançadores de mísseis múltiplos (HIMARS) para aumentar a respetiva capacidade de defesa no contexto da invasão russa da Ucrânia.

Durante uma visita ao Pentágono (sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos), em que se encontrou com o seu homólogo norte-americano, Lloyd Austin, Arvidas Anusauskas garantiu que era “ótimo estar de volta” aos Estados Unidos e lamentou “a tentativa da Rússia de mudar a Europa e as leis de ordem” na região.

“Agora, mais do que nunca, é importante manter a unidade e mostrar solidariedade perante a invasão brutal da Rússia na Ucrânia. Fico feliz que a cooperação de defesa entre a Lituânia e os Estados Unidos esteja mais forte do que nunca”, disse Anusauskas, citado num comunicado do Departamento de Defesa norte-americano. Assim, sublinhou que este ano é “especial para a cooperação entre as duas partes” porque assinala o centenário do início das relações diplomáticas.

Sobre a assinatura do contrato para aquisição do sistema HIMARS, Anusauskas indicou que é um “grande passo” para as Forças Armadas da Lituânia. “É um novo sistema que aumentará significativamente as capacidades no âmbito nacional e regional”, explicou o representante lituano.

Os HIMARS (High Mobility Artillery Rocket System), que foram enviados para a Ucrânia, são sistemas de armas fabricados pelos Estados Unidos que podem disparar uma série de mísseis até 300 quilómetros, dependendo do tipo de munição.

Nas mesmas declarações, Arvidas Anusauskas congratulou-se com a decisão de ser enviado também um contingente com tropas norte-americanas “que irá revezar-se pelos países bálticos, incluindo a Lituânia (…)”. “Estamos felizes em ver tropas norte-americanas em solo lituano”, afirmou Anusauskas. Já Lloyd Austin alertou que se “está a enfrentar um momento crucial na Europa após dez meses de guerra cruel e injustificada contra a Ucrânia”.

“As forças do Kremlin [Presidência russa] mostram crueldade deliberada e visam a infraestrutura civil”, disse Austin. No entanto, o secretário de Defesa dos Estados Unidos enfatizou que “o povo ucraniano respondeu com uma coragem incrível que o mundo agora conhece bem”.

“Os Estados Unidos, juntamente com os nossos aliados e parceiros, estão profundamente comprometidos em apoiar a Ucrânia enquanto esta resiste à agressão russa e defende o seu direito de existir”, acrescentou Austin. “Quero agradecer à Lituânia por ter oferecido equipamento militar à Ucrânia, bem como ajuda para tarefas de treino, para que se possam defender”, referiu o representante norte-americano, destacando ainda a vontade de Vilnius de “receber tropas aliadas”.

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Banco de Portugal prevê aumento de 14% das prestações com créditos em 2023

O Banco de Portugal estima que as prestações de créditos bancários das famílias com contratos indexados à taxa variável passe de 477 euros em 2022 para 543 euros no próximo ano.

O Banco de Portugal estima que as famílias com créditos à habitação com taxa variável vejam a despesa com os seus empréstimos bancários (incluindo o crédito à habitação) aumentar, em média, 798 euros no próximo ano (cerca de 67 euros por ano).

A confirmar-se, trata-se de uma subida de 14% face aos valores estimados pela instituição liderada por Mário Centeno para este ano e 25% superior aos valores verificados em 2021.

Entre os mais penalizados pela subida das taxas de juro estarão as famílias com menos rendimentos, que auferem menos de 26 mil euros por ano e que têm crédito à habitação indexado à taxa variável.

De acordo com cálculos do Banco de Portugal, no próximo, estas famílias terão de acomodar no seu orçamento uma prestação global média de todos os seus créditos bancários de 444 euros, mais 14,1% face aos 389 euros deste ano e 25% acima dos 356 euros registados em 2021.

No caso das famílias com mais rendimentos, que auferem mais de 78 mil euros por ano, a subida da fatura com créditos bancários passará para 718 euros no próximo ano, mais 12,5% face a 2022 e 21,8% superior aos valores alcançados em 2021.

Subida do custo dos créditos no orçamento da famílias

Fonte: Banco de Portugal. Boletim Económico de Dezembro de 2022.

Os cálculos foram realizados pelos técnicos do Banco de Portugal e publicados esta sexta-feira no Boletim Económico de dezembro. Tiveram como base um montante em dívida associado a contratos de taxa variável de 57 mil euros para as famílias com um rendimento disponível (excluindo os juros) inferior a 23 mil euros, e 83 mil euros para as famílias com rendimentos acima dos 78 mil euros.

Segundo contas do Banco de Portugal, o serviço da dívida total para as famílias com os rendimentos mais baixos era de 4.269 em 2021 e de 7.072 euros para as famílias com os rendimentos mais elevados.

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