Governo confirma que aulas recomeçam na próxima segunda-feira
O Governo decidiu o adiamento das aulas de 3 para 10 de janeiro e assim vai manter-se, apesar da propagação veloz da Ómicron. O segundo período letivo arranca na próxima segunda-feira.
O Conselho de Ministros decidiu esta quinta-feira manter a data de reabertura das escolas no dia 10 de janeiro. Com esta decisão termina definitivamente o período de contenção que durou 15 dias, mais do que o previsto, devido à propagação veloz da Ómicron, cujo impacto nos internamentos e unidades de cuidados intensivos ainda é tímido.
“Com estas novas normas, em particular nas escolas, pode-se verificar uma alteração significativa: estamos em condições de confirmar que as escolas podem retomar a normalidade do seu funcionamento na próxima segunda-feira como estava previsto“, anunciou o primeiro-ministro na conferência de imprensa após a reunião do Governo, explicando que quando houver um caso positivo não é preciso o isolamento de toda a turma. António Costa anunciou que nas próximas duas semanas haverá testagem nas escolas.
As escolas vão assim começar o segundo período uma semana depois do previsto, mas não ainda mais tarde como se temia por causa do agravamento significativo da incidência da Covid-19 no território nacional. Caso as crianças testem positivo e fiquem isoladas em casa, os pais continuaram a ter acesso ao apoio à família.
O regresso das aulas tinha sido dado como certo pelo secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, mas logo de seguida o primeiro-ministro foi mais cauteloso na terça-feira em declarações à CNN: “Esperemos que esta evolução nos permita manter esse calendário como previsto e que as escolas possam reabrir”, disse, antes de ouvir os especialistas na reunião do Infarmed esta quarta-feira.
Foi a 25 de novembro que o Governo decidiu reajustar o calendário escolar, arrancando o segundo período de aulas no dia 10 de janeiro, em vez de se iniciarem a 3 de janeiro. O adiamento do início das aulas em uma semana será compensado durante o Carnaval, com a redução de dois dias das férias deste período em fevereiro, e na Páscoa, com a redução de três dias das férias deste período em abril.
Atualmente, segundo os dados apresentados na reunião do Infarmed, a incidência nas faixas etárias abaixo dos 19 anos não são as maiores, ao contrário do que acontecia há umas semanas. O vírus está a circular mais na faixa etária entre os 20 e os 29 anos, seguida dos 30 aos 39 e dos 40 aos 49 anos.
Neste momento, o Governo aguarda pelo parecer da Direção-Geral da Saúde sobre a norma de confinamento em ambiente escolar. Em causa está saber se um aluno infetado obriga ao confinamento de todos os outros colegas da turma. A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, já veio esclarecer que as crianças (vacinadas ou não) que tenham um contacto com um caso positivo de Covid-19 na escola não ficam em isolamento. Só são considerados contactos de alto risco as crianças que vivam na mesma casa que alguém com Covid-19, pelo que ficam isoladas, já que não têm reforço da vacina.
Esta quinta-feira arrancou o período de vacinação exclusiva para a comunidade escolar, incluindo crianças, professores e outros profissionais. Neste momento, segundo o boletim de vacinação da DGS divulgado esta quarta-feira, há cerca de 95 mil crianças entre os 5 e os 11 anos que iniciaram o seu processo de vacinação.
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