Petróleo supera barreira dos 90 dólares pela primeira vez desde 2014
Agravamento do risco geopolítico com ameaça de invasão russa na Ucrânia e ataques de grupo do Iémen nos Emirados impulsionam preços do barril de petróleo para máximos de 2014.
O petróleo superou esta quarta-feira a barreira dos 90 dólares por barril pela primeira vez desde 2014, perante o escalar das tensões geopolíticas na Europa e no Médio Oriente, que motiva preocupações junto dos investidores em relação a uma eventual quebra na produção de barris.
Em Londres, o Brent valoriza mais de 2% para os 90,91 dólares por barril, e negoceia em máximos desde 2014, quando chegou mesmo a superar os 110 dólares. Desde o início do ano já acumula ganhos de 14%. Do outro lado do Atlântico, o crude WTI avança cerca de 2,23% para os 87,51 dólares.
O Presidente americano, Joe Biden, adiantou esta terça-feira que poderá considerar sanções pessoais contra o homólogo russo, Vladimir Putin, em caso de uma invasão russa em solo ucraniano. Já na terça-feira, o movimento iemenita Houthi lançou um míssil contra uma base dos Emirados Árabes Unidos, num novo episódio de tensão naquela região.
“A ansiedade em torno de potenciais ruturas na oferta no Médio Oriente e Rússia estão a impulsionar o mercado de petróleo”, disse Stephen Brennocj, da PVM, citado pela agência Reuters.
Petróleo continua em alta
Por outro lado, os stocks petrolíferos nos EUA subiram na última semana, registando um crescimento de 2,4 milhões de barris, contra as expectativas dos analistas, que apontavam para uma queda modesta.
Por outro lado, dentro de uma semana, há nova reunião da OPEP+, cartel que reúne os maiores produtores mundiais e outros produtores como a Rússia, para decidir um novo aumento da produção.
A OPEP+ tem vindo gradualmente a desfazer os cortes de produção que implementou em 2020, por causa da pandemia, e tem vindo a aumentar a meta mensal em 400 mil barris por dia, isto apesar das dificuldades de alguns membros em subir a produção.
(Notícia atualizada às 16h21)
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