Economistas antecipam inflação em alta este ano
Os economistas ouvidos pela Reuters agravaram as suas previsões relativamente à inflação na maioria das 46 economias em análise, antecipando que a inflação deverá permanecer elevada este ano.
A inflação persistentemente elevada deverá manter-se durante este ano e continuar a “assombrar” a recuperação das economias mundiais, indica uma análise feita pela Reuters, junto de mais de 500 economistas.
Os economistas ouvidos pela Reuters agravaram as suas previsões relativamente à inflação na maioria das 46 economias em análise, de acordo com o último balanço divulgado. Embora antecipem que a inflação deverá diminuir em 2023, as perspetivas para o índice de preços ao consumidor para este ano são bem mais rígidas do que o apontado há três meses.
Este agravamento é justificado com os receios relativos à desaceleração da procura por parte dos consumidores, bem como pelas subidas das taxas de juro diretoras. Esta semana, a Reserva Federal dos EUA sinalizou, na reunião de quarta-feira, que está pronta para subir os juros em março, para tentar combater o aumento da inflação. A concretizar-se, será a primeira subida desde dezembro de 2018.
Além disso, os economistas reviram em baixa as suas previsões para o crescimento mundial, também justificado pela subida das taxas de juro e do custo de vida. As novas previsões apontam para um crescimento da economia mundial de 4,3% em 2022 (contra os 5,8% estimados anteriormente). Para 2023 e 2024, os economistas preveem que o crescimento deverá desacelerar ainda mais para 3,6% e 3,2%, respetivamente.
Entre os inquiridos que responderam a uma questão adicional, 40% destacaram a inflação como o principal risco para o crescimento da economia mundial este ano, quase 35% apontaram o eventual surgimentos de novas variantes e 22% mostraram-se receosos com as medidas dos bancos centrais.
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