Luko compra alemã licenciada como seguradora e já pode crescer na Europa
Presente em Espanha desde 2021, ano que marcou a estreia fora de França, a insurtech concretiza aquisição que lhe dá acesso a licença de seguradora e permite acelerar crescimento na Europa.
A Luko, insurtech francesa especialista em coberturas de seguro habitação, adquiriu a Coya, jovem start-up que já detém uma licença para operar como seguradora na Alemanha, o maior mercado de seguros da UE.
Em mercado idêntico ao da adquirente, a alemã Coya deixa de ser concorrente e permite à insurtech francesa concretizar a ambição de operar como seguradora em França e prosseguir o objetivo de ganhar dimensão europeia. Aceder assim a uma licença de operação é mais rápido e custa menos, ao mesmo tempo que permite acelerar crescimento, em França e na Europa.
A absorção da empresa alemã acrescenta cerca de 80 mil clientes à Luko, que amplifica a sua base de clientes para 300 mil e posiciona a Luko como líder europeia do segmento, assume o responsável executivo da empresa. Para a Luko, tornar-se uma seguradora não era um fim em si mesmo, mas “a partir de certa dimensão faz sentido”, explica o CEO Raphaël Vullierme que, junto com Benoît Bourdel, são os cofundadores da insurtech francesa, nascida em 2016.
Presente em Espanha desde 2021, incursão que marcou o início da sua expansão na Europa, a francesa tem como objetivo alcançar o primeiro milhão de clientes em 2023. Para tanto, a condição é expandir na Europa, assume o responsável da Luko sublinhando que a empresa investe muito em tecnologia (mais recentemente criou um seguro digital de crédito habitação e implementou uma plataforma de anúncios imobiliários). No final de 2020, a startup de seguros levantou 50 milhões de euros para crescer geografia e novos produtos, mas para tornar os investimentos rentáveis “precisamos de escala global ou europeia,” sustenta Vullierme.
Uma das características que distingue a Luko é o seu modelo de responsabilidade social, através da política de Giveback, através da qual, por cada 100 euros de prémios de seguro, uma parcela de 70 é reservada para pagar sinistros (30% remuneram a empresa e os parceiros tomadores do risco). No final de cada ano, tudo que não é gasto em custos de sinistralidade é transferido para uma associação ou outra entidade (organizações não lucrativas de natureza e objeto social) à escolha do cliente.
A insurtech que ostenta índices de satisfação de cliente sete vezes acima da média de mercado, e é certificada com o selo de transparência e impacto social “B Corp”, devolveu à 102 mil euros a associações parceiras em 2021.
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