GSK vai separar negócio de consumer healthcare. Futuro em Portugal é “promissor”
A área de consumer healthcare da GSK está focada na transição para uma empresa autónoma, fazendo também uma aposta na sustentabilidade.
A multinacional farmacêutica britânica GSK decidiu separar um dos braços do negócio, tendo em vista tornar a divisão de consumer healthcare numa empresa autónoma. Neste caminho, o futuro do negócio em Portugal é “muito promissor”, como sinaliza ao ECO Mariana Carvalho, diretora-geral desta área na GSK Portugal.
A responsável aponta que Portugal é um “negócio bastante importante dentro da GSK”, nomeadamente na região onde se insere, no sul da Europa. Por cá, o grupo é “líder no consumo em healthcare“, sendo que a maioria das marcas onde trabalha “são líderes nas suas categorias”, adianta. O grupo conta com marcas como a Centrum, Voltaren, Corega e Sensodyne.
Vamos ser uma stand-alone company no mundo de consumer healthcare, neste momento o nosso foco é preparar para essa jornada.
A visão de futuro do grupo, neste momento, é o de “construir uma nova empresa independente”, já que o negócio desta área vai ser separado das restantes (medicamentos e vacinas). “Vamos ser uma empresa autónoma no mundo de consumer healthcare, neste momento o nosso foco é preparar para essa jornada”, explica Mariana Carvalho. Neste campo, o “negócio em Portugal é muito promissor”, sublinha.
O desenvolvimento desta faceta independente “vai implicar uma série de estratégias de foco de crescimento nas marcas”, salienta ainda a responsável. Em termos de investimento, este terá em vista o que as “marcas necessitam para continuar a crescer e oferecer soluções aos consumidores e parceiros de negócios, com o foco principal de garantir melhor saúde”.
A GSK tem cerca de 20 anos de atividade em Portugal, e segundo dados referentes a junho de 2020, o contributo anual para a economia local foi de 23 milhões de euros, nos últimos cinco anos.
Caminhos devem ser mais sustentáveis e “igualmente lucrativos”
Outro foco da GSK neste momento é a sustentabilidade, tendo avançado com um reforço das metas nesta área para os próximos anos. Nesta jornada, as empresas têm de procurar caminhos mais “sustentáveis e duradouros”, nomeadamente na produção, mas também “igualmente lucrativos”, diz Mariana Carvalho.
No ano passado, a empresa decidiu lançar embalagens de cartão reciclável, e pretende fazer o mesmo com os tubos de pasta de dentes, sendo este um exemplo das medidas tomadas na área da sustentabilidade. Um dos objetivos definidos pela divisão de consumer healthcare da GSK é tornar todas as embalagens dos seus produtos recicláveis até 2025.
A diretora-geral desta área em Portugal defende que “qualquer companhia tem de ser capaz de gerir a sua atividade e ser capaz de criar valor acrescentado de longo prazo, seja do ponto de vista de dar benefícios sociais e ambientais, mas também toda a componente lucrativa e de crescimento tem de fazer parte do futuro das empresas”.
A responsável salienta que a aposta na sustentabilidade foi reforçada também por uma mudança de hábitos durante a pandemia, já que as pessoas acabaram “por passar mais tempo em casa, mais focadas no consumo mais consciente e responsável”. Assim, existe agora uma maior noção de “consumo consciente”, que vai “exigir da parte das empresas, que se coloquem numa produção mais consciente, mais responsável, tenham uma maior atenção sobre o impacto que têm, procurando caminhos mais sustentáveis, duradouros e igualmente lucrativos”.
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