Eco do dinheiro. Portugal já paga mais caro para se financiar
O novo ciclo da política monetária já se faz sentir nos custos de financiamento do Estado. O Tesouro está a pagar taxas bastante mais altas nas novas emissões.
- Portugal já paga mais caro para se financiar. Mas custo médio de toda a dívida deverá continuar a descer. Veja o vídeo:
O Tesouro português foi hoje ao mercado para se financiar a nove e seis anos. O juro exigido foi bastante superior ao das operações anteriores. Os investidores exigiram agora 1% no prazo a nove anos, o que compara com 0,13% em julho, há apenas seis meses. Na maturidade a seis anos, a taxa foi de 0,6%, quando em junho tinha sido negativa em -0,16%.
Este rápido aumento traduz o agravamento dos juros exigidos no mercado, em consequência da entrada num novo ciclo da política monetária, marcado pela retirada progressiva dos estímulos e aumento das taxas de juro pelos bancos centrais para combater a inflação.
A tendência de subida intensificou-se na última semana, depois de a presidente do BCE não ter afastado a hipótese de aumentar os juros na Zona Euro ainda este ano, mudando o seu discurso.
Certo é já um aumento do custo médio do novo financiamento do Estado. Depois de 0,5% em 2020 e 0,6% em 2021, a taxa vai voltar a subir este ano, retirando margem orçamental ao Governo.
O custo total vai, no entanto, descer. Isto porque a taxa média será sempre inferior aos 2,2% pagos atualmente em toda a dívida pública.
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