BE apela à “decência básica” do Governo para prorrogar apoio extraordinário ao rendimento
"Não é necessário nenhum Orçamento do Estado, o que é necessário é a decência básica do Estado social de prorrogar este apoio", apelou Catarina Martins.
A coordenadora bloquista apelou esta sexta-feira ao Governo para prolongar o apoio extraordinário ao rendimento no âmbito da pandemia, considerando que para isso não é necessário haver Orçamento do Estado, mas “decência básica do Estado social”.
No final de uma reunião com desempregados excluídos do apoio extraordinário ao rendimento, a “esmagadora maioria” mulheres com filhos, Catarina Martins apelou ao executivo socialista para prorrogar este auxílio financeiro a cidadãos que “vivem abaixo do limiar da pobreza” em Portugal.
“Exigir-lhes agora que fiquem meses sem qualquer prestação social e sem qualquer horizonte de emprego é uma indignidade que o nosso país não pode sustentar. É esse o apelo que deixo ao Governo. Não é necessário nenhum Orçamento do Estado, o que é necessário é a decência básica do Estado social de prorrogar este apoio”, sustentou a coordenadora do BE.
Catarina Martins disse que é “responsabilidade do Governo prorrogar já” o Apoio Extraordinário ao Rendimento dos Trabalhadores (AERT) para as pessoas que já não estavam a receber o subsídio de desemprego e que agora perderam também este apoio.
“O Governo prometeu que ia prolongar [o AERT] por mais dois meses. Acontece que o Governo não prolongou o apoio durante mais dois meses. O que diz é que pessoas que ainda não tiveram o apoio podem candidatar-se durante mais dois meses, janeiro e fevereiro. Mas quem já tinha tido acesso a este apoio… Ele acaba”, completou.
A dirigente do Bloco acrescentou que estes cidadãos “sentem uma enorme injustiça porque ouviram durante a campanha eleitoral a promessa de que o apoio ia ser prolongado”, mas quando fizeram o pedido à Segurança Social “o apoio foi-lhes negado”.
Catarina Martins disse ainda que o número de portugueses nesta situação é cada vez mais baixo, consequência da recuperação económica depois da pandemia, por isso, “é fundamental responder a estas pessoas”.
“Não pode uma promessa de campanha eleitoral redundar agora no abandono absoluto daquelas que são as mais vulneráveis do nosso país”, referiu a coordenadora do BE.
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