Zelensky sugere cinco cidades alternativas para a negociação com os russos
Delegação russa já chegou à cidade de Gomel, na Bielorrússia, para encetar negociações com Kiev, mas o presidente ucraniano recusa o local e sugere Varsóvia, Bratislava, Istambul, Budapeste ou Baku.
Volodymyr Zelensky referiu este domingo que está pronto para negociações de paz com a Rússia, mas recusa a hipótese de realizar esse encontro na Bielorrússia. Varsóvia, Bratislava, Istambul, Budapeste ou Baku foram os locais alternativos indicados pelo presidente ucraniano.
Através de uma curta mensagem de vídeo, o líder da Ucrânia considerou ainda que pode haver outros locais possíveis para que as delegações de ambos os países se possam sentar à mesa negocial, mas deixou claro que não aceita a escolha feita pelo regime de Vladimir Putin, para que o encontro seja realizado em território bielorrusso.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse esta manhã que representantes dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros, da Defesa e de outros serviços, incluindo do gabinete de Putin, já estão na cidade de Gomel, na Bielorrússia, para encetar negociações. “A delegação russa está pronta para começar e agora esperamos pelos ucranianos”, disse o mesmo porta-voz.
Segundo informou a agência de notícias russa RIA, o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, pediu também a Kiev que inicie o diálogo e as negociações com a Rússia para que a Ucrânia não perca a condição de Estado. Porém, as posições estão extremadas, com Zelensky a declarar que as ações russas no terreno “dão sinais de genocídio”.
Isso é o terror. Eles vão bombardear ainda mais as cidades ucranianas, vão matar as nossas crianças de forma ainda mais subtil. (…) Não há nada hoje que o ocupante não considere um alvo legítimo.
“Isso é o terror. Eles vão bombardear ainda mais as nossas cidades ucranianas, vão matar as nossas crianças de forma ainda mais subtil. Este é o mal que chegou às nossas terras e que deve ser destruído”, referiu o líder ucraniano, de acordo com a transcrição da mensagem feita pela Reuters.
Volodymyr Zelensky disse ainda que a última noite “foi dura, com novos tiros, novos bombardeamentos de bairros habitacionais e de infraestruturas civis”. “Não há nada hoje que o ocupante não considere um alvo legítimo”, afirmou o chefe de Estado ucraniano neste mesmo vídeo divulgado nas redes sociais.
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