Guerra na Ucrânia pesa em Wall Street: Dow Jones cai 1,3%

Wall Street volta a assistir a grande volatilidade no arranque desta semana, com os principais índices a acompanharem as perdas registadas nas principais bolsas europeias. As negociações estão fortemente influenciadas pelo conflito no leste da Ucrânia, sendo que as sanções decididas pelo ocidente estão a gerar pressão vendedora nos ativos de risco.

O industrial Dow Jones cai 1,33%, para 33.606,58 pontos, enquanto o S&P 500 desvaloriza 1,13%, para 4.335,16 pontos. O tecnológico Nasdaq regista perdas de 0,77%, para 13.589,67 pontos.

Na Europa, o índice de referência Stoxx 600 estava a cair 1,17%, para 448,20 pontos, na abertura da sessão desta segunda-feira. O espanhol IBEX-35 ou o francês CAC-40 desvalorizavam 1,07% e 2,08%, respetivamente, enquanto a praça lisbeta, o PSI-20, perdia 0,3%, para 5.478,74 pontos.

Antevê-se, assim, mais uma semana de grande instabilidade nos mercados financeiros, enquanto os investidores receiam a escalada da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, num dia marcado por uma sessão extraordinária de emergência da Assembleia-Geral da ONU e pelas primeiras negociações entre Moscovo e Kiev na fronteira com a Bielorrússia.

Ao mesmo tempo, as mais recentes sanções anunciadas pelo ocidente, com Bruxelas a avançar com o bloqueio de alguns bancos russos ao sistema SWIFT, levaram Vladimir Putin a colocar em alerta máximo as forças de dissuasão russas, que incluem o arsenal nuclear, além encerrar o espaço aéreo russo a 36 países.

Embora os fundos do mercado norte-americano tenham resistido até agora, “é pouco provável que as preocupações [motivadas pelo conflito na Europa] mudem em breve”, alerta David Bahnsen, diretor de investimentos do Grupo Bahnsen, citado pela agência Reuters.

Já a moeda russa, o rublo, afundou quase 30% face ao dólar, alcançando um mínimo histórico na sequência das novas sanções aplicadas pelo ocidente durante o fim de semana. São agora precisos cerca de 119,5 rublos para comprar um dólar, o valor mais alto de sempre, numa altura em que os preços do petróleo também voltam a assistir a aumentos significativos.

(Notícia atualizada às 15h18)