Cabo Verde deixa cair obrigatoriedade de máscara na rua a partir de domingo
A partir das 00:00 de 6 de março “deixa de ser obrigatória a utilização de máscara facial na via pública”, anunciou o governo cabo-verdiano.
Cabo Verde volta à situação de alerta a partir de domingo e mantém um nível “mínimo” de restrições devido à pandemia de covid-19, deixando de ser obrigatório a utilização de máscara facial na via pública, anunciou esta sexta o Governo.
Em conferência de imprensa realizada na cidade da Praia, a ministra da Presidência do Conselho de Ministros, Filomena Gonçalves, anunciou que a medida, que vai vigorar por 30 dias, resultou da “avaliação positiva” da Direção Nacional de Saúde à situação epidemiológica do país.
“Permite confirmar a tendência de estabilização da pandemia de covid-19 em Cabo Verde”, afirmou a governante, acrescentando que a decisão foi tomada na quinta-feira, em reunião do Conselho de Ministros. Assim, disse, a partir das 00:00 de 06 de março “deixa de ser obrigatória a utilização de máscarca facial na via pública”, mas mantém-se a sua obrigatoriedade nos espaços fechados de entendimento público, “exceto em discotecas”.
Deixa de ser exigida a apresentação de certificado covid-19 de vacinação ou de teste negativo no acesso a restaurantes e bares, mas continua a ser necessária essa apresentação para aceder a discotecas e locais de diversão noturna, bem como nas viagens interilhas e internacionais. “Importa manter o nível de restrições, ainda que mínimas”, justificou a ministra.
“Em todo o país, os principais indicadores internacionalmente convencionados para o efeito melhoraram significativamente. A taxa de letalidade é de 0,7%, o índice de transmissibilidade Rt está em 0,7, abaixo de 1, como recomendado, a taxa de incidência acumulada a nível nacional situa-se em 8 por 100 mil habitantes”, explicou ainda.
Todo o país estava em situação de alerta – o nível menos grave de três previstos na lei que estabelece as bases da Proteção Civil – desde 28 de outubro de 2021, mas o aumento exponencial de novos casos de covid-19 após o período do Natal, e quando registava um Rt de 2,52, levou o Governo a aumentar um nível no final do ano (para situação de contigência, em que permanece ainda), apertando as regras, desde logo com a proibição de festas de passagem de ano na rua ou limitando as festas privadas, além do regresso ao uso obrigatório de máscaras na via pública.
Filomena Gonçalves acrescentou que o país conta atualmente com 44.982 adolescentes com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos com a primeira dose da vacina contra a covid-19 (76% do total) e que 35.882 (60,6%) “já se encontram completamente vacinados”.
“Numa conjuntura em que 316.600 adultos estão vacinados com a primeira dose, representando 85,5% da população adulta residente elegível, e que 270.957, 73,3%, já tem a segunda dose. Mas que apenas 44.792, 12,1%, têm a dose de reforço”, reconheceu.
Segundo a ministra, o Governo “entende” que “a evolução positiva do quadro epidemiológico tem registado a nível nacional, graças às medidas que foram tomadas e ao sacrifício de todos os cabo-verdianos, por si só ainda não garante o nível de segurança e proteção sanitária que se deseja”, tendo em conta a “possibilidade real do surgimento de mutações e novas variantes do vírus SARS-CoV-2”, e defende a necessidade de “intensificação da campanha de vacinação, particularmente da dose de reforço”.
Cabo Verde atingiu um pico diário de cerca de 1.400 novos infetados com covid-19 num único dia em janeiro, já com a nova variante Ómicron a circular no arquipélago, chegando então a registar mais de 7.000 casos ativos. A situação melhorou rapidamente a partir da segunda semana de janeiro, chegando este mês a vários dias sem novos casos e hoje apenas 13 casos ativos.
Desde o início da pandemia de covid-19, em março de 2020, Cabo Verde contabilizou 401 mortos por complicações associadas à doença, 55.8890 casos acumulados e 55.423 considerados recuperados.
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