Biden confirma boicote a energia russa. “Defender a liberdade vai ter custos também para os EUA”, diz

O Presidente norte-americano confirmou esta terça-feira que vai avançar a proibição das importações de energia da Rússia, devido à invasão da Ucrânia. Perante esta decisão, Joe Biden admitiu que “defender a liberdade vai ter custos também para os Estados Unidos”, em conferência de imprensa.

Biden defendeu que os EUA implementaram as sanções mais significativas da história contra a Rússia, o que está já a “prejudicar” a economia do país. No entanto, o líder norte-americano assumiu que a medida vai afetar os americanos, nomeadamente com o aumento dos preços: “A guerra de Putin já está a prejudicar as famílias americanas na bomba de gasolina”, disse.

Ainda assim, o presidente disse que iria dar passos para “minimizar o aumento de preço de Putin” nos EUA. Uma das medidas será então a libertação de 60 milhões de barris de petróleo das reservas conjuntas de petróleo, sendo 30 milhões provenientes dos EUA, explicou.

Biden também disse compreender que alguns aliados não se juntem à medida, pela dependência que têm do petróleo russo, mas garantiu estar a trabalhar com os parceiros europeus. “Tomámos esta decisão em consulta estreita com aliados e parceiros no mundo, nomeadamente na Europa”, assegurou.

A União Europeia não deverá participar nesta medida. Já o Reino Unido “eliminará gradualmente” a importação de petróleo e derivados russos até ao final de 2022. “Esta transição dará ao mercado, empresas e cadeias de fornecimento tempo mais do que suficiente para substituir as importações russas — que representam 8% da procura do Reino Unido”, escreveu o secretário da Energia e dos Negócios no Twitter.

No final do discurso, Biden apelou ainda ao Congresso para aprovar um pacote de assistência à Ucrânia de 12 mil milhões de dólares, reiterando que o país irá continuar a dar apoio nesta guerra.

Após terminar a intervenção de Biden, os preços de petróleo continuavam a disparar. O crude WTI subia 7,4% para os 128,26 dólares, enquanto o Brent somava 7,30% para os 132,20 dólares.

(Notícia atualizada às 16h50)