Novo Banco cria Cidade das Academias. “É apenas uma cidade virtual, mas poderá adquirir um formato físico”
A Cidade das Academias vai permitir aos colaboradores atualizarem ou adquirirem as competências necessárias para o futuro. O objetivo é garantir o sucesso da transformação digital.
Perante um contexto de negócio bancário cada vez mais regulamentado e a necessidade de acompanhar as alterações funcionais que ocorrem a um ritmo acelerado, o Novo Banco decidiu dar um largo passo na área da formação e desenvolvimento. A instituição liderada por António Ramalho criou a Cidade das Academias, que vai permitir aos colaboradores atualizarem ou adquirirem as competências necessárias para o futuro. O objetivo é garantir o sucesso da transformação digital, bem como preparar a nova geração de líderes do Novo Banco. Para já, a Cidade das Academias é apenas uma cidade virtual, mas o banco não descarta a hipótese de esta adquirir um formato físico, num futuro próximo.
“A Cidade das Academias é um dos projetos mais relevantes de entre os vários que o Novo Banco tem para lançar. É uma opção fundamental da estratégia da instituição, na valorização do seu capital humano”, começa por explicar o CEO do Novo Banco, António Ramalho, à Pessoas. “Por enquanto, é apenas uma cidade virtual, mas num futuro próximo poderá adquirir um formato físico, no futuro projeto do campus Novo Banco”, adianta.
A total operacionalidade do novo campus do banco, no Tagus Park, em Oeiras, está prevista para a primavera de 2023. Com esta mudança, o Novo Banco espera obter uma redução de 35% por ano em custos operacionais com edifícios, ou seja, três milhões de euros por ano, noticiava o ECO em julho. O Novo Banco torna-se assim o último grande banco a deixar o coração de Lisboa para reunir, na periferia, pela primeira vez, todos os serviços centrais no mesmo espaço.
A Cidade das Academias, uma iniciativa que faz parte da estratégia para 2022 – 2024 da empresa, servirá para “formarmos rigorosamente os nossos colaboradores na reposta às cada vez mais exigentes questões regulamentares, na atualização das competências necessárias para desempenharem as atuais e futuras funções da organização, para adotarmos as lideranças mais adequadas à coordenação das nossas equipas diversas e para nos prepararmos antecipadamente para os desafios da transformação digital em curso”, esclarece António Ramalho.
Desta forma, a academia vai possibilitar aos colaboradores a escolha de formação com certificação, de entre as propostas disponíveis, que poderá realizar consoante a sua disponibilidade. Além disso, por ser um espaço online, qualquer profissional, independentemente da sua localização geográfica, pode usufruir desta iniciativa.
Este ano, as principais iniciativas que a Cidade das Academias vai organizar vão, sobretudo, proporcionar o desenvolvimento de competências em idiomas (com prioridade ao inglês), em liderança, omnicanalidade, aplicativos tech e em comunicação, avança Catarina Horta, diretora de capital humano do Novo Banco.
No centro desta cidade existem quatro Academias: a Academia Regulamentar, a Academia das Funções, a Academia de Liderança e a Academia Digital. Cada uma delas tem um objetivo em concreto: responder com rigor a um contexto de negócio bancário cada vez mais regulamentado; acompanhar as alterações funcionais que ocorrem a ritmo acelerado; preparar os líderes do Novo Banco; e garantir as condições adequadas para ativar a transformação digital, respetivamente.
Formação: “A melhor forma de lidar com limitações financeiras, de escassez de recursos humanos e de tempo”
Ao antecipar as necessidades e organizar programas de formação que renovem as competências dos colaboradores, a academia do Novo Banco vai ainda permitir que os profissionais desempenhem funções diferentes (reskilling). “Um dos desafios que a banca enfrenta hoje é a rapidez com que atualmente os seus contextos profissionais se alteram. As instituições bancárias necessitam de dispor do conhecimento técnico e consequentemente de recursos humanos bem preparados para enfrentar, com sucesso, o acelerado processo de transformação digital em curso”, defende Catarina Horta.
“O negócio é recriado em novos modelos que requerem a criação de novos conteúdos formativos para facilitar que os colaboradores se adaptem, bem e rapidamente, às novas formas de organizar o trabalho e de gerir equipas”, acrescenta a diretora de capital humano do Novo Banco.
A banca em particular, com grandes estruturas de profissionais, requer que preparemos todas as nossas pessoas para enfrentar estes novos desafios. Esta também é a melhor forma de lidar com as limitações financeiras, de escassez de recursos humanos em determinadas funções e de tempo.
Questionada sobre o valor de investimento que este projeto acarreta, a líder de pessoas diz apenas que a formação no Novo Banco tem sido “muito estável e similar”, no número de iniciativas e no investimento monetário realizado, ao longo dos últimos três anos. Agora, com o lançamento da Cidade das Academias, é intenção do banco que, em 2022, “a área de formação evolua e cresça no número de iniciativas e, sobretudo, no impacto positivo que as mesmas tenham na organização”, avança.
“A banca em particular, com grandes estruturas de profissionais, requer que preparemos todas as nossas pessoas para enfrentar estes novos desafios. Esta também é a melhor forma de lidar com as limitações financeiras, de escassez de recursos humanos em determinadas funções e de tempo”, acrescenta a diretora de capital humano.
Com oportunidades para desenvolverem e de adquirirem, novas competências, Catarina Horta acredita que os colaboradores se sentem mais comprometidos com a sua organização, o que contribui para aumentar a retenção de talento. “A possibilidade de evoluírem e construírem uma carreira numa instituição que lhes proporciona as condições adequadas para que isso aconteça é um critério de preferência dos colaboradores e que este projeto, a Cidade das Academias pretende oferecer”, defende.
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