Gazprom está a estudar formas de fechar torneira do gás à Europa
O jornal Kommersant, citado pela Reuters, noticia que a estatal russa Gazprom está a trabalhar em formas de interromper o fornecimento de gás natural ao continente europeu.
A Gazprom, o maior conglomerado de energia da Rússia, está a estudar uma interrupção total do fornecimento de gás natural à Europa, avança o jornal russo Kommersant, citado pela Reuters.
A notícia surge depois de, na quarta-feira, a Alemanha e a Áustria terem dado o primeiro passo para um possível racionamento de gás natural. Os dois países ativaram o “nível de alerta precoce”, a primeira de três de fases dos seus planos de emergência para garantir o aprovisionamento em gás face à ameaça da suspensão dos fornecimentos russos.
Espera-se que as autoridades russas divulguem esta quinta-feira o mecanismo de conversão dos pagamentos de gás em rublos, uma exigência do Presidente russo, Vladimir Putin, que os países europeus recusaram unanimemente cumprir, considerando-a uma violação dos contratos existentes.
De acordo com o Kommersant, a energética estatal russa está mesmo a considerar a possibilidade de uma paragem total no fornecimento de gás a “países não amigos” e está a avaliar as consequências de tal medida. O pagamento do gás ao abrigo dos contratos a longo prazo da Gazprom em março deverá ser efetuado no dia 1 de abril.
A gigante da energia escusou-se a comentar a informação avançada pelo Kommersant. Na quarta-feira, a Reuters noticiou que a Rússia planeia manter os contratos de exportação de gás na divisa original, procurando apenas que o pagamento final seja feito em rublos.
Putin ordenou a Gazprom a mudar os pagamentos do gás exportado para rublos para países “não amigos”, ao mesmo tempo que pediu ao banco central e ao Governo que desenvolvessem um procedimento de aquisição de rublos para empresas europeias até 31 de março.
Na terça-feira, o porta-voz do Kremlin sublinhou que Moscovo está “obviamente” a considerar um plano de ação no caso de os países europeus não pagarem o gás em rublos, acrescentando que “não forneceria gás gratuitamente”.
As empresas europeias, por seu lado, estão preocupadas que a compra de rublos possa forçá-las a interagir com o Banco Central da Rússia, que é alvo de sanções da União Europeia e dos Estados Unidos.
(Notícia atualizada pela última vez às 9h08)
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