Pedro Nuno Santos quer “maioria” a apoiar decisão sobre aeroporto de Lisboa

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, apelou a um consenso nacional, assim que esteja concluída a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) em curso para o novo aeroporto de Lisboa, o que perspetiva que aconteça em 2023.

“Vamos deixá-la chegar até ao fim. Depois de a termos concluída é importante não só que o Governo tome uma decisão, mas que ela seja consensualizada, com uma maioria. Uma maioria que dê garantias de que o percurso não vai ser interrompido”, afirmou o governante.

Pedro Nuno Santos, que falava esta tarde aos jornalistas em Lisboa, à margem de uma cerimónia para a consignação de uma empreitada no Norte do país, reiterou a necessidade de ser fechado um dossiê “com mais de 50 anos”.

“Há 50 anos que nós estamos para construir um aeroporto em Portugal. É inadmissível, incompreensível, inaceitável que nós não tenhamos a capacidade de resolver o problema do aeroporto. O país tem de resolver isso”, defendeu.

"Se não tivéssemos a pandemia. em 2020 já íamos recusar milhares de voos. São milhões de euros que o país perde por não ter capacidade aeroportuária na região de Lisboa.”

Ainda a esse propósito, o governante ressalvou que apesar de a pandemia ter reduzido “muito a procura” do aeroporto, “rapidamente” a recuperará. “Nós sabíamos que se não tivéssemos a pandemia, em 2020 já íamos recusar milhares de voos. Isso significa que são milhões de euros que o país perde por não ter capacidade aeroportuária na região de Lisboa”, argumentou.

Atualmente, em cima da mesa estão três hipóteses: aeroporto Humberto Delgado (principal), com o aeroporto do Montijo (complementar); aeroporto do Montijo (principal), com o aeroporto Humberto Delgado (complementar); e uma infraestrutura localizada no Campo de Tiro de Alcochete.