Petróleo inverte tendência e desvaloriza até aos 100 dólares
Barril de ouro negro está a cotar nos 100 dólares na Europa e abaixo deste patamar em Nova Iorque. Sanções à Rússia lideram preocupações dos mercados.
Os preços do petróleo estão a desvalorizar ao final do dia desta quinta-feira, invertendo a tendência de abertura. A matéria-prima está a cotar nos 100 dólares na Europa e abaixo deste patamar em Nova Iorque.
O barril de Brent, cotado em Londres e referência às importações nacionais, está a desvalorizar 0,35% para 100,72 dólares, enquanto o WTI, cotado em Nova Iorque, está a perder 0,19% para 96,05 dólares. Este desempenho acontece depois de uma subida de quase 2% esta manhã, após vários países terem anunciado a libertação de 60 milhões de barris diários das suas reservas estratégicas.
Entretanto foi anunciado pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) que, entre os países que se comprometeram a recorrer às suas reservas estratégicas de petróleo, está a Alemanha (6,48 milhões de barris por dia) e a França (6,05 milhões) e o Reino Unido (4,41 milhões). A IEA calcula que nos próximos seis meses serão colocados no mercado global cerca de 240 milhões de barris dos stocks de emergência.
Esta desvalorização do preço da matéria-prima acontece numa altura de incerteza, com os mercados a recearam a capacidade da Zona Euro de sancionar efetivamente as exportações de energia da Rússia. O alto representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança da União Europeia, Josep Borrell, disse durante uma reunião da NATO que novas sanções contra Putin, incluindo a proibição de importações de carvão russo, poderiam ser aprovadas ainda esta semana.
“Ninguém quer sancionar a energia russa, que estava a sustentar o mercado”, diz Bob Yawger, diretor de futuros de energia da Mizuho, citado pela Reuters.
Os preços do petróleo estão também a ser pressionados pelos receios de que os confinamentos na China devido a uma nova vaga da pandemia de coronavírus possam impedir a recuperação da procura por ouro negro.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Petróleo inverte tendência e desvaloriza até aos 100 dólares
{{ noCommentsLabel }}