Subida da inflação leva a recorde de cancelamentos de subscrições de streaming no Reino Unido
Cerca de 1,5 milhões de contas de plataformas de streaming foram canceladas entre janeiro e março no Reino Unido, à medida que a subida da inflação leva as famílias a ponderarem os gastos.
Como forma de reduzir as despesas não essenciais para fazer face ao aumento do custo de vida, as famílias britânicas estão a cancelar a subscrição de serviços de streaming. Só nos primeiros três meses deste ano, foram canceladas 1,5 milhões de contas no Reino Unido, o que está a preocupar as plataformas de que o boom de subscrições a que se assistiu durante a pandemia tenha terminado.
Os dados, que resultam de um estudo da consultora Kantar, citado pelo Financial Times (acesso livre/conteúdo em inglês), revelam que 58% dos agregados familiares mantêm pelo menos um serviço de streaming, representando um decréscimo de contas de apenas 1,3% desde o final de 2021. Contudo, os cancelamentos aceleraram de 1,2 milhões há um ano e de 1,04 milhões nos três últimos meses do ano passado.
O desejo de poupar dinheiro é a principal razão para os cancelamentos, além de que o estudo descobriu que os jovens adultos se tornaram particularmente cautelosos em pagar pela televisão para além da taxa de licença anual de 159 libras. No entender de Dominic Sunnebo, diretor global da Kantar, os serviços de streaming têm agora de provar o seu valor aos consumidores “no que se tornou um mercado fortemente competitivo”.
Os consumidores estão a reavaliar as subscrições após várias plataformas de streaming aumentarem os preços de assinatura numa série de países, incluindo no Reino Unido, em parte para compensar o aumento dos custos de mão-de-obra e instalações que tornaram a produção de televisão e filmes mais cara. Uma delas foi a Netflix, que recentemente subiu o preço das assinaturas mensais no Reino Unido pela segunda vez em 18 meses: de dez libras, as assinaturas mensais standard passaram a custar 11 libras.
Ainda assim, cerca de 3% dos agregados familiares britânicos subscreveram pelo menos um serviço de streaming durante o primeiro trimestre, segundo a pesquisa da Kantar, que se baseou em entrevistas com 14.500 pessoas. Porém, trata-se de um acentuado abrandamento em relação aos 4,2% que o fizeram no mesmo período há um ano.
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