Fraudes com cartão rendem em média 54 euros aos burlões
Três em cada 10 mil operações realizadas com cartão de pagamento são fraudulentas. Em média, cada fraude rende 54 euros ao burlão, segundo dados do Banco de Portugal.
O nível de fraude com a utilização de instrumentos de pagamento eletrónicos ainda é reduzido em Portugal, mas não deixa de fazer vítimas e dar a ganhar aos burlões. Dados do Banco de Portugal revelam que três em cada 10 mil operações realizadas com cartão de pagamento foram fraudulentas e que cada fraude rendeu 54 euros ao ladrão.
Pela primeira vez, o Banco de Portugal apresentou dados sobre os níveis de fraude com meios de pagamento eletrónicos como o cartão de crédito, as transferências bancárias ou débitos diretos. A informação que consta no Relatório dos Sistemas de Pagamento de 2021, divulgado esta sexta-feira, é relativa ao primeiro semestre de 2021.
O cartão de pagamento (crédito ou débito) é o instrumento de pagamento eletrónico que apresenta as taxas mais altas de fraude: 0,03% em quantidade e valor. Neste tipo de fraude, o burlão obtém as credenciais de segurança do utilizador “por engenharia social”, como o phishing, e consegue roubar a vítima.
Já as transferências a crédito apresentaram um valor médio por transação fraudulenta de 2.647 euros (acima do valor médio por operação realizada com este instrumento, de 1.637 euros), mas apenas três em cada milhão de transferências foram fraudulentas.
Em relação aos débitos diretos, o valor médio da fraude foi de 1.511 euros, “bastante acima do valor médio de 150 euros por operação”, revela o Banco de Portugal. Ainda assim, é o instrumento a que menos os burlões recorreram: apenas dois em cada milhão de operações de débitos diretos foram fraudulentos.
De acordo com o Banco de Portugal, os níveis de fraude situam-se abaixo do que se verifica na Europa, mas não deixam de ser um fator de apreensão e que tem motivado o supervisor a promover diversas campanhas de sensibilização para junto dos consumidores em relação este tipo de burlas.
Na próxima segunda-feira, o supervisor organiza a conferência “Como proteger os pagamentos? (Ciber)Segurança e prevenção da fraude”, que contará com a presença de altos responsáveis dos bancos e também do Banco de Portugal.
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