Universidade Nova de Lisboa constrói residência com 550 camas na Caparica

Iniciativa é apresentada pela Universidade como “o maior projeto de alojamento para estudantes, professores e investigadores na região de Almada” e visa “atrair talento nacional e internacional”.

A Universidade Nova de Lisboa lançou um concurso para a constituição de direito de superfície de um lote situado no campus da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), na Caparica, com o objetivo de construir uma residência com capacidade até 550 camas.

Apresentado como “o maior alojamento para estudantes, professores e investigadores na região de Almada”, o projeto “pretende melhorar as condições oferecidas à comunidade [universitária], atrair mais talento nacional e internacional, além de colmatar a falta de oferta deste tipo de alojamento” naquele município a sul da capital.

Em comunicado, a instituição de ensino superior assinala que a atual oferta residencial dedicada a estudantes na proximidade da Nova está concentrada na Residência Fraústo da Silva, na Caparica, com apenas 220 quartos para um total de 8.500 alunos.

“Sabemos que o bem-estar e a qualidade de vida são fatores cruciais para o sucesso dos estudantes, professores e investigadores, pelo que o investimento em espaços onde possam viver com qualidade, interagir entre si, usufruir dos tempos livres e, claro, estudar e trabalhar, é algo que consideramos prioritário e nos leva a avançar com o lançamento deste concurso”, justifica o vice-reitor, José Ferreira Machado.

O concurso foi lançado na acinGov, plataforma eletrónica de compras públicas destinada a todas as entidades sujeitas ao Código dos Contratos Públicos, tendo os interessados 90 dias para apresentar propostas para a edificação desta residência, incluída no processo de transformação do campus da Caparica num parque urbano.

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Nas notícias lá fora: Macron, bitcoin e Atlantia

  • ECO
  • 8 Abril 2022

Emmanuel Macron lamentou ter começado a sua campanha para as Presidenciais francesas tarde. Peter Thiel, co-fundador do Paypal, atacou Buffett, Dimon e Larry Fink, devido às críticas à bitcoin.

Emmanuel Macron lamentou ter começado tarde a sua campanha para as Presidenciais francesas. Peter Thiel, co-fundador do Paypal, atacou algumas das figuras financeiras mais poderosas dos EUA, incluindo Warren Buffett, Jamie Dimon e Larry Fink, devido às críticas que fazem à bitcoin. O plano da ACS para comprar a Atlantia tem a firme oposição da família Benetton. O senado americano aprovou a primeira mulher negra no Supremo Tribunal dos EUA. Os níveis de metano na atmosfera da Terra tiveram um aumento recorde em 2021.

Reuters

Macron lamenta ter entrado na corrida presidencial tarde

O Presidente francês, Emmanuel Macron, lamentou ter começado a sua campanha para as Presidenciais francesas tarde, e isto quando as sondagens lhe dão uma curta vantagem em relação à candidata da extrema-direita, Marine le Pen. Le Pen está a subir nas sondagens há semanas e deverá ir à segunda volta contra Macron, cuja reeleição era considerada como quase inevitável há apenas umas semanas. “Quem poderia ter percebido há seis semanas que, de repente, estaria a começar comícios políticos, que concentraria em questões domésticas quando a guerra começou na Ucrânia”, disse Macron à rádio RTL. “Portanto, é um facto que entrei (na campanha) ainda mais tarde do que desejava”, acrescentou.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês).

Financial Times

Thiel ataca Buffett, Dimon e Fink por críticas à bitcoin

Peter Thiel atacou algumas das figuras financeiras mais poderosas dos EUA, incluindo Warren Buffett, Jamie Dimon e Larry Fink, devido às críticas que fazem à bitcoin, acusando-as de tentarem acabar com o que se tornou num poderoso movimento político. Um dos fundadores do Paypal e investidor inicial do Facebook, Thiel chamou Buffett de “avô sociopata de Omaha”. E juntou-o com Dimon (presidente do JP Morgan) e Fink (da BlackRock) no grupo que apelidou de “gerontocracia financeira” que procura bloquear as criptomoedas do mainstream.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

Expansión

Família Benetton abre batalha pela Atlantia

A ACS é uma das interessadas na Atlantia, e está a preparar uma oferta de 45 mil milhões de euros num consórcio que junta ainda os fundos GIP e Brookfield. Contudo, o plano da construtora detida por Florentino Perez tem a firme oposição da família Benetton, o maior acionista do grupo italiano, com 33,1% do capital. Através da Edizione, o braço de participações financeiras, a família Benetton aliou-se à Blackstone para se defender de uma OPA hostil.

Leia a notícia completa do Expansión (acesso pago/conteúdo em espanhol).

The New York Times

Senado aprova primeira mulher negra no Supremo Tribunal dos EUA

O Senado confirmou a juíza Ketanji Brown Jackson para o Supremo Tribunal norte-americano, tornando-se assim na primeira mulher negra a atingir o topo do poder judiciário nos EUA. O nome de Jackon foi aprovado por 53 votos, com três republicanos a juntarem a todos os 50 membros da bancada democrata que votou a favor. A sua nomeação foi saudada pelos seus apoiantes como um passo necessário para trazer diversidade e experiência de vida ao tribunal.

Leia a notícia completa no The New York Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

The Guardian

Metano na atmosfera teve aumento recorde em 2021

Os níveis atmosféricos de metano, um poderoso gás de efeito de estufa, aumentaram em quantidades recorde pelo segundo ano consecutivo em 2021, de acordo com os dados do governo dos EUA. A concentração de metano na atmosfera da Terra salou 17 partes por mil milhões no ano passado, segundo a monitorização da National Oceanic and Atmospheric Administration, o maior aumento anula registado desde que as medições modernas começaram em 1983.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre/conteúdo em inglês).

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O mandato de Macron em cinco pontos

  • Lusa
  • 8 Abril 2022

Emmanuel Macron é o favorito a vencer as eleições presidenciais francesas, cuja primeira volta é já este domingo. Uma análise ao mandato em cinco pontos.

O Presidente francês candidata-se no domingo a um segundo mandato, depois de cinco anos em que enfrentou diferentes crises como a da pandemia da Covid-19, a do movimento dos “coletes amarelos” ou mais recentemente a da guerra na Ucrânia.

Emmanuel Macron foi, em 2017, o primeiro Presidente da V República francesa a ser eleito sem o apoio de um partido consolidado, tendo conseguido também eleger uma maioria na Assembleia Nacional que lhe permitiu levar a cabo o seu programa eleitoral.

É o claro favorito nestas eleições presidenciais, cuja segunda volta está marcada para 24 de abril. Segue-se uma análise do seu mandato em cinco pontos:

Economia e Finanças

Desde 2017, que o poder de compra dos franceses aumentou 0,9%, um ganho anual de 300 euros, que ultrapassa a evolução durante a governação de François Hollande. O aumento não resulta da aplicação do programa de 2017 de Emmanuel Macron – que previa apenas o aumento em 50% do bónus de atividade – mas sim das medidas implementadas após a crise dos “coletes amarelos”.

Este movimento social, que durou quase um ano, levou à adoção por parte do Governo de um bónus anual, que em 2021 representou cerca de 500 para quatro milhões de franceses. Os “coletes amarelos” também levaram o Governo a baixar de 14% para 11% os impostos às famílias no segundo escalão de rendimentos.

No plano fiscal, Macron realizou uma parte importante das suas promessas de campanha, tendo acabado com o imposto sobre a riqueza instaurado por François Hollande e suprimido progressivamente o imposto sobre a habitação. Cortou ainda nos impostos sobre a produção e sobre as empresas, tendo o Estado recolhido menos 50 mil milhões de euros nos últimos cinco anos.

Esta perda faz diferença numa altura em que a despesa pública aumentou face a 2017, situando-se agora em 55,6% do Produto Interno Bruto (PIB), mais 0,5% do que no início do mandato. A dívida pública também aumentou, passando de 100% a 113% do PIB, ou seja, mais 700 mil milhões de euros.

O aumento do poder de compra dos franceses durante o mandato de Macron está também ligado à criação de emprego. O Instituto Nacional de Estatística e dos Estudos Económicos francês estima que foram criados 957.000 novos postos de trabalho desde 2017. Quando foi eleito, Emmanuel Macron disse que queria atingir uma taxa de desemprego de 7% e está perto com 7,4%, a taxa mais baixa no país nos últimos 15 anos.

Macron realizou ainda reformas como a do código do trabalho, alterando os mecanismos de atribuição do subsídio de desemprego, introduzindo uma limitação das indemnizações para quem perde o trabalho injustamente e mais formação no local de trabalho.

Covid-19

A grande reforma de Macron que ficou por concluir foi a das pensões. Visando unificar diferentes sistemas de pensões num único, foi posta de lado devido à crise da Covid-19. O Presidente francês prometeu que se ganhar um segundo mandato vai realizá-la, de forma diferente, mas insistindo no aumento da idade da reforma dos 62 para os 65 anos.

Face à epidemia da Covid-19, o Governo francês impôs desde logo medidas restritivas importantes, com um confinamento total de quase dois meses. Houve indicações contraditórias sobre a utilização da máscara, sabendo-se mais tarde que a França não possuía máscaras suficientes, o que suscitou a desconfiança da população. Na vacinação, Emmanuel Macron não chegou a impor a sua obrigação, mas tentou restringir ao máximo a vida de quem não se vacinasse e 77,8% da população em França tem a vacinação completa.

A nível económico, foi mais assertivo, declarando desde o início apoiar os empresários e os setores mais afetados pela pandemia “custe o que custar”. O executivo suportou 70% dos salários brutos dos franceses que ficaram em casa devido ao vírus e contribuiu com diferentes ajudas para as pequenas e médias empresas, que serviram para pagar rendas e contas correntes durante meses a fio, como aconteceu por exemplo no setor da restauração.

Política Externa

A nível internacional, Emmanuel Macron tentou projetar a França ao colocar-se desde o início ao lado das grandes figuras mundiais, como o Presidente russo, Vladimir Putin, recebido logo em maio de 2017 no Palácio de Versalhes, e o ex-presidente norte-americano Donald Trump, que recebeu em Paris para o tradicional desfile militar do 14 de julho. Não conseguiu, no entanto, mudar a atitude de Trump, que manteve os Estados Unidos fora do Acordo de Paris sobre o clima e abandonou o pacto internacional sobre o programa nuclear do Irão.

Emmanuel Macron tentou também desde o início do seu mandato refundar o projeto europeu, dando-lhe um nova energia e impulso, especialmente através da constituição de um projeto de defesa comum. Sobre a NATO, a aliança transatlântica, o chefe de Estado francês chegou a dizer que estava em “morte cerebral”.

A guerra na Ucrânia, coincidindo com a presidência francesa do Conselho da União Europeia, veio reforçar a posição do líder francês e outros países, como a Alemanha, anunciaram investimentos em armamento ou de apoio a uma maior independência da Europa face ao resto do Mundo no que diz respeito à energia, matérias-primas e reindustrialização.

No conflito com a Ucrânia, invadida pela Rússia a 24 de fevereiro, o Presidente francês tem tentado posicionar-se como mediador com o Kremlin. Macron esteve em Moscovo antes do início da guerra e desde dezembro manteve quase 30 contactos oficiais com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, bem como várias conversas telefónicas de horas com Vladimir Putin.

Dificuldades no Governo

Diferentes ministros do Governo de Emmanuel Macron tiveram problemas com a justiça. Logo em junho de 2017, os ministros vindos do partido Movimento Democrático – François Bayrou, Marielle de Sarnez e Sylvie Goulard -, que apoiou Macron quando ele ainda era candidato às eleições, tiveram de sair devido a suspeitas relacionadas com falsos assistentes no Parlamento Europeu.

Em 2020, o Presidente chama para ministro do Interior Gérald Darmanin, investigado por violação, cujas acusações foram arquivadas como sem fundamento.

Para a pasta da Justiça, Emmanuel Macron escolhe também em 2020 o célebre advogado Éric Dupond-Moretti, opção muito criticada pelos magistrados. Em julho de 2021, o ministro da Justiça começou a ser investigado por ter alegadamente tentado prejudicar elementos do Ministério Público que lhe fizeram frente em diversos processos enquanto ainda era advogado.

A própria equipa de Emmanuel Macron também foi visada por problemas de justiça. Alexandre Benalla, antigo responsável pela segurança do Presidente, foi identificado na manifestação do 01 de maio de 2018 equipado como polícia e golpeou vários manifestantes com violência. Em 2021, Benalla foi condenado a três anos de prisão, um deles de prisão efetiva no domicílio com pulseira eletrónica.

Comunicação com os franceses

A comunicação entre Emmanuel Macron e os franceses nem sempre foi pacífica. Em setembro de 2018, o Presidente disse a um jovem que visitava o Eliseu e se queixava de enviar o seu currículo e não encontrar trabalho, que em França havia muito trabalho e que bastaria atravessar a rua para encontrar um emprego.

“Na hotelaria, nos cafés e na restauração, na construção. Não há um único lugar onde eu vá em que não haja procura de mão-de-obra, claro que é preciso estar disposto a enfrentar as dificuldades de certos trabalhos. Eu atravesso a rua e encontro um trabalho”, disse então o Presidente. A declaração valeu a Macron críticas sobre uma postura altiva perante as dificuldades dos jovens franceses.

Noutras ocasiões, Emmanuel Macron utilizou expressões populares que não agradaram aos franceses. A mais recente ocorreu durante uma entrevista, com o Presidente a declarar que o seu objetivo era “chatear” os franceses não vacinados, limitando o mais possível as suas vidas.

Macron reconheceu que muitas vezes não soube falar aos franceses, pedindo desculpa pelo tom empregue em muitas ocasiões. Os pontos mais baixos da sua popularidade durante o mandato coincidem com certas frases pronunciadas em público.

Quando começou o mandato, o líder francês tinha uma taxa de aprovação de 64%, mas depois da frase sobre a facilidade em encontrar emprego em França, que foi seguida pelo movimento dos ‘coletes amarelos’, a popularidade baixou para 29% e chegou aos 23%. Nos últimos dois anos, com a pandemia da Covid-19, a popularidade do Presidente manteve-se estável na casa dos 40%.

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Leaders League divulga ranking 2022 das melhores firmas

  • ADVOCATUS
  • 8 Abril 2022

No ranking, que é divulgado em primeira mão numa parceria com o ECO/Advocatus, ficamos a conhecer os melhores escritórios de advogados em cinco categorias. Conheça os distinguidos.

A Leaders League divulgou mais um ranking com as melhores sociedades de advogados em Portugal em cinco áreas distintas: Labor & Employment, Civil & Commercial Litigation, Arbitration, White Collar Crime, Best Arbitrators.

Divulgado uma vez mais numa parceria exclusiva com o ECO/Advocatus, a Leaders League divide a classificação em três níveis: “Leading”, “Excellent”, “Highly Recommended” e “Recommended”.

Os resultados dos rankings do diretório internacional baseiam-se nos questionários aos clientes, entidades externas e aos respetivos pares – advogados – de cada jurisdição.

Ranking Leaders League: melhores firmas de advogados 2022

 

 

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Confederação do Desporto critica “investimento público escasso” no setor

  • Lusa
  • 8 Abril 2022

Confederação do Desporto de Portugal critica "investimento público escasso" no setor desportivo, pedindo que em 2022 se “recupere o que foi perdido”.

O presidente da Confederação do Desporto de Portugal (CDP) criticou esta sexta-feira o escasso investimento público no setor, que baixou em 2020 segundo números do Instituto Nacional de Estatística (INE), pedindo que em 2022 se “recupere o que foi perdido”.

Carlos Paula Cardoso realçou que estudos de 2021 já apontavam para números desta natureza, mas estes, divulgados terça-feira pelo INE, “são ainda piores”, notando o investimento público decrescente.

“Os investimentos a ser feitos para o desporto, ao nível do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), são escassos para o desenvolvimento que podemos ter. (…) As câmaras municipais destinam à volta de 6% das verbas para a atividade desportiva. Temos de recuperar em 2022 tudo o que foi perdido”, nota o dirigente.

Outro fator para essa recuperação é a avidez “dos jovens, que estão mais interessados na prática desportiva depois de tanto tempo confinados” devido à pandemia de Covid-19, que marcou um decréscimo no número de filiados em federações desportivas.

Em declarações à Lusa, o líder do CDP reagia ao relatório Desporto em número – 2021, que o INE publicou na terça-feira, referindo-se a dados preliminares de 2021 e a consolidados de 2020.

Em comunicado, a CDP nota a quebra de investimento, na ordem de 11,1%, no financiamento público às federações desportivas via IPDJ, mas também o apoio autárquico, confirmando “as principais preocupações do movimento associativo” quanto ao impacto pandémico no setor.

“A CDP espera que a nova equipa governativa olhe para o setor do desporto como um aliado e reconheça neste a relevância que o mesmo merece, enquanto parceiro, para uma rápida recuperação social e económica do país”, pode ler-se na nota.

Em 2020, o primeiro de pandemia de Covid-19, o setor desportivo registou um decréscimo de 17,6% no volume de negócios, em relação a 2019, para um total de 1,7 mil milhões de euros, enquanto o valor acrescentado bruto (VAB) diminuiu 31,1%.

O número de empresas registadas no setor desportivo até cresceu em relação a 2019, em 1%, com a produtividade aparente do trabalho, de 18,8 mil euros, abaixo do setor não financeiro, de 23,2 mil.

Os dados preliminares do último ano, de 2021, dão conta de uma balança comercial com saldo positivo nos bens desportivos, de 205,6 milhões de euros, mais do dobro do que em 2020.

Em 2021, em relação ao ano anterior, as exportações cresceram 25,3%, para um total de 536,7 milhões, e as importações contraíram 1,7%, para 331,1 milhões, resultando num saldo positivo de 205,6 milhões de euros na balança comercial de bens desportivos.

No que toca ao apoio público, a pandemia levou a uma diminuição dos apoios à alta competição e a eventos internacionais, o que baixou o valor total dotado pelo IPDJ às federações desportivas.

Apesar de um aumento no apoio às atividades desportivas, que ocupa 53,5% do total do financiamento, a queda noutros fatores levou a uma redução de 11,1% do apoio em relação a 2019, para um total de 40,8 milhões de euros.

Também as Câmaras Municipais afetaram 301 milhões de euros a atividades e equipamentos desportivos, 6% abaixo de 2019, com uma despesa média por habitante de 29,2 euros, encontrando-se os valores mais altos no Algarve (57,3 euros) e Alentejo (42,9), por contraste com a Madeira (9,9 euros) e a Área Metropolitana de Lisboa (19,3).

Fora de indicadores económicos, os efeitos da pandemia nos números de 2020 notam-se também no número de praticantes inscritos em federações desportivas, que baixou 14,7% para 587.812.

COP pede “reforma completa” do apoio ao desporto no próximo OE

O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) disse à Lusa que os números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o setor desportivo devem levar o Governo a uma “reforma completa” do modelo de financiamento.

“O que espero é que o estudo do INE possa ainda ser útil para o Governo poder fazer refletir no próximo Orçamento do Estado (OE) uma alteração a este quadro, que exige uma reforma completa do modelo de financiamento público ao desporto, basicamente assente nas receitas dos Jogos Santa Casa, depois distribuídas por dezenas de entidades, sem repercutir as necessidades de desenvolvimento do setor”, explicou José Manuel Constantino.

Do próximo OE, continuou, não espera “uma réplica do anterior”, cujo chumbo forçou eleições antecipadas, porque “há um novo Governo, uma nova maioria, e novos titulares na pasta”.

O novo secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, fez já “um contacto telefónico” com o COP, mas não há ainda reuniões marcadas, o que deverá acontecer assim que existirem “condições políticas”.

Em cima da mesa estarão vários “assuntos de agenda”, sobretudo o “apoio à preparação olímpica, em que se aguarda indicações do Governo”, com o COP a trabalhar ainda com o modelo anterior, quando faltam dois anos para os Jogos Olímpicos Paris2024.

(Notícia atualizada às 10h55 com mais informação)

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União Europeia impõe embargo ao carvão russo a partir de agosto

  • Lusa
  • 8 Abril 2022

Novo pacote de sanções à Rússia inclui ainda o encerramento de portos europeus, a proibição da exportação de bens de alta tecnologia ou novas sanções contra os bancos russos.

Os 27 Estados-membros da União Europeia (UE) decidiram impor um embargo ao carvão russo e o encerramento de portos europeus, como parte da quinta ronda de sanções contra Moscovo.

Segundo anunciou a presidência francesa do Conselho da UE, este pacote “muito substancial” prevê ainda a proibição de exportações para a Rússia, em particular de bens de alta tecnologia, até 10 mil milhões de euros, e novas sanções contra os bancos russos.

As novas medidas foram propostas pela Comissão Europeia após a descoberta de dezenas de cadáveres de civis no passado fim de semana na cidade de Bucha, na região administrativa de Kiev.

Esta é a primeira vez que os europeus atingem o setor energético russo, do qual são muito dependentes. A UE importa 45% do seu carvão da Rússia por um valor de 4 mil milhões de euros por ano. O embargo irá entrar em vigor no início de agosto, 120 dias após a publicação do novo pacote de sanções no diário oficial da UE.

A lista de produtos russos proibidos de importar para a UE também é alargada a algumas “matérias-primas e materiais críticos” por um valor estimado de 5,5 mil milhões de euros anuais, a fim de interromper o financiamento do esforço de guerra de Moscovo. E as transportadoras rodoviárias russas e bielorrussas estão agora proibidas de operar no espaço comunitário.

A lista negra da União Europeia está também a ser alargada a mais 2.000 nomes, incluindo oligarcas russos e as duas filhas do Presidente russo, Vladimir Putin, de acordo com um documento analisado pela agência de notícias AFP.

A Rússia “vai sofrer uma longa descida ao isolamento económico, financeiro e tecnológico”, escreveu no Twitter a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Na quinta-feira, os países do G7 anunciaram novas sanções económicas contra a Rússia, entre as quais a proibição de “novos investimentos em setores-chaves da economia russa, incluindo energia”. Em comunicado, este grupo anunciou também “sanções adicionais contra o setor de defesa russo” e contra as “elites e os seus familiares” que apoiam o conflito na Ucrânia.

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Pensões sobem acima da inflação em 2023 à boleia da economia

  • ECO
  • 8 Abril 2022

A maioria dos pensionistas portugueses pode contar com um aumento extra no próximo ano, por via do mecanismo automático que inclui a taxa de variação média do PIB durante os dois anos anteriores.

Todos os pensionistas com um rendimento inferior a 2.659,2 euros, equivalente a seis vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), deverão ter no próximo ano uma subida da pensão acima do valor da inflação deste ano, que pode, em termos nominais, ficar perto dos 5%.

É que o cálculo do aumento das pensões depende do valor da inflação (exceto habitação) que se verificar no mês de novembro e também da variação média do PIB durante os dois anos anteriores que for registada nesse mesmo momento pelo Instituto Nacional de Estatística — sendo expectável que, no terceiro trimestre deste ano, essa taxa de crescimento média seja superior a 3%.

De acordo com as contas feitas pelo Público (acesso condicionado), as pensões inferiores ou iguais a dois IAS (886,4 euros em 2022) poderão ter um aumento igual à taxa de inflação mais 20% do crescimento do PIB; nas pensões entre dois e seis IAS (2.659,2 euros), a subida iguala a inflação e soma 12,5% do crescimento do PIB; e só no caso das pensões de valor superior a seis IAS é que a progressão se ficará pela taxa de inflação.

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Reformei-me em maio de 2021. Como preencho a declaração de IRS este ano?

Para os contribuintes que ainda não entregaram o IRS e têm dúvidas sobre este processo, o ECO escolheu 20 dicas do Guia Fiscal da Deco para o ajudar. Será partilhada uma dica por dia.

A campanha do IRS já arrancou, no primeiro dia do mês, mas há quem tenha ainda dúvidas sobre a entrega desta declaração. Alguns têm o trabalho facilitado, estando abrangidos pelo IRS automático, alargado no ano passado, mas mesmo assim certos aspetos poderão ainda estar por esclarecer. A resposta às perguntas mais frequentes dos contribuintes pode ser encontrada no Guia Fiscal 2022, da Deco Proteste.

Agora, os “recibos verdes” já têm acesso ao IRS automático, e os mais novos podem optar pelo IRS Jovem. Entre as novidades deste ano, onde já se vai sentir o efeito das novas tabelas de retenção na dimensão do reembolso, encontra-se o IVA dos ginásios, que passou a ser possível descontar no IRS.

Assim, o ECO selecionou 20 das dicas disponibilizadas pela Deco para ajudar a esclarecer todas as dúvidas. Será partilhada uma diariamente ao longo deste mês.

Reformei-me em maio de 2021. Até lá, fui trabalhador por conta de outrem. Como preencho a declaração de IRS este ano?

Declare os rendimentos obtidos por trabalho dependente no quadro 4A do anexo A, com o código 401. Já os da pensão de reforma devem ser indicados no mesmo quadro, mas com o código 403. Caso tenha quotizações sindicais ou de ordens profissionais, mencione-as também no quadro 4A.

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Vinhos portugueses vão em busca de “massa crítica” nos EUA

  • Lusa
  • 8 Abril 2022

ViniPortugal vai reforçar o investimento no mercado norte-americano, onde antecipa que as vendas cresçam a dois dígitos em 2022. Termina hoje "tour" pelos EUA.

A ViniPortugal, que termina esta sexta-feira uma tour de promoção de vinhos portugueses nos Estados Unidos, vai reforçar o investimento no mercado norte-americano, onde antecipa que as vendas cresçam a dois dígitos em 2022.

“Este ano temos como objetivo incrementar as nossas ações de promoção aqui, até porque não vamos poder fazer promoção em dois mercados que estavam a crescer para nós, a Ucrânia e a Rússia”, disse à Lusa o presidente Frederico Falcão. “Vamos desviar muito desse orçamento para aqui, porque é um mercado com muito potencial”, explicou.

As exportações de vinhos portugueses para os Estados Unidos atingiram os 104 milhões de euros no ano passado, refletindo um crescimento de 13% que ficou acima do crescimento global (8,19%). “O objetivo é claramente crescer acima do que crescemos no ano passado”, afirmou Frederico Falcão.

A tour da ViniPortugal, feita através da marca Wines of Portugal, começou em Boston, passou por Chicago e terminou em Los Angeles, com conversas, provas de mais de 200 vinhos portugueses e a presença de dezenas de produtores.

Em Los Angeles, a sommelier Taylor Grant, que fundou a empresa de consultoria de vinhos Salutay, frisou a relação qualidade-preço dos vinhos portugueses. “Descobri que os vinhos não só são bons como têm um excelente valor”, disse Grant. “São vinhos que vão bem com a comida e que conseguem fazer uma ponte entre o que as pessoas estão habituadas a beber e o que aceitam experimentar”.

A sommelier considerou que há alguns vinhos portugueses “que se destacam” e defendeu que a aposta deve ser afunilar o foco para promover quatro ou cinco vinhos, de modo a aumentar o reconhecimento por parte dos clientes.

Sendo os Estados Unidos o segundo maior mercado de exportação para os vinhos portugueses (e o maior excluindo vinho do Porto), a ViniPortugal planeia regressar para mais provas. Frederico Falcão disse que estão a ser desenhadas novas investidas em Nova Iorque, Texas e Florida, a partir de outubro.

“Queremos massa crítica na América”, disse Eugénio Jardim, embaixador da Wines of Portugal nos EUA, durante o evento em Los Angeles. “Desculpem, somos gananciosos”, gracejou.

Mas o intuito não é massificar a presença de vinhos portugueses nos supermercados, onde há uma pressão para preços baixos e elevados volumes. A ideia é chegar mais às lojas de vinhos e restaurantes, onde a qualidade é valorizada.

“Nós estamos claramente interessados em aumentar a nossa exportação em preço, em valorização do vinho, e não tanto em aumentar volumes”, notou Frederico Falcão.

“A nossa estratégia é atingir garrafeiras, bons restaurantes, ter uma boa presença nos mercados mas sem ser em supermercados”, continuou.

Nós estamos claramente interessados em aumentar a nossa exportação em preço, em valorização do vinho, e não tanto em aumentar volumes.

Frederico Falcão

Os compradores e distribuidores nos três eventos “dizem que os vinhos portugueses ao preço de 50 dólares [46 euros] põem num canto os vinhos europeus e de novo mundo do mesmo preço”, disse Frederico Falcão. “Muitos já começam a olhar para Portugal não como preço baixo mas como uma boa relação qualidade-preço em todos os patamares de preço.”

O facto de não serem tão reconhecidos quanto os vinhos franceses ou italianos também intriga os compradores que procuram coisas novas. “Temos uma secção de vinhos portugueses e as pessoas ficam curiosas porque é um país do velho mundo mas não o conhecem bem”, explicou o sommelier Eduardo Bolaños, comprador de vinhos ibéricos e latino-americanos para a The Wine House, no evento em Los Angeles.

“Por causa da pandemia, as pessoas desfrutaram mais de vinho e começaram a querer explorar melhores opções”, disse Bolaños, notando que a categoria dos vinhos verdes está a atrair muito interesse.

Os anos de pandemia foram de enorme crescimento para os vinhos portugueses a todos os níveis, disse Frederico Falcão. A perceção de melhor relação qualidade-preço foi um dos principais fatores nessa expansão.

Com um investimento de 8,3 milhões de euros por ano, o trabalho que a ViniPortugal tem feito “começa a dar frutos”, considerou o presidente. “Há quinze anos, se perguntasse a um regular americano, todos conheciam vinho do Porto mas não sabiam que era um vinho de Portugal”, disse Falcão. “Essa perceção está a mudar”.

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Chanceler alemão declara “inviável” acelerar embargo ao gás russo

  • ECO e Lusa
  • 8 Abril 2022

"Não é viável obter gás de outros sítios em vez da Rússia", disse Olaf Scholz. O Reino Unido vai enviar mais 100 milhões de libras em armamento para a Ucrânia.

Sexta semana de guerra. A marcar o dia está o ataque à estação ferroviária de Kramatorsk, no leste da Ucrânia, que provocou, pelo menos 39 mortos, incluindo quatro crianças, ferindo outras 87, segundo o governador de Donetsk. Entre os feridos está um “número significativo” de casos graves, referiu Pavlo Kirilenko, através de uma mensagem na sua conta na rede social Twitter.

O Reino Unido anunciou esta sexta-feira que vai enviar mais 100 milhões de libras (120 milhões de euros) em armamento para a Ucrânia. A remessa inclui mísseis antiaéreos Starstreak, “que viajam três vezes mais rápido do que a velocidade do som”, 800 mísseis antitanque e “munições de precisão capazes de se manter no céu até direcionadas para o alvo”, enumerou Boris Johnson.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse estar tarde ser “inviável” acelerar um embargo ao gás russo, uma vez que a Alemanha precisa de construir infraestruturas para conseguir fazer o abastecimento de outras fontes. “Não é viável obter gás de outros sítios em vez da Rússia no volume que precisamos e isto acontece com a maioria dos outros países europeus do leste e sul da Europa”, disse Scholz.

Siga os desenvolvimentos da situação na Ucrânia neste liveblog.

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Bolsas europeias em alta após semana difícil. Mota-Engil brilha em Lisboa

A Mota-Engil brilha em Lisboa: ações avançam 4% depois de a construtora anunciar dividendos. As bolsas europeias também estão animadas esta sexta-feira, depois de uma semana difícil.

As bolsas europeias arrancaram a sessão desta sexta-feira em alta, isto depois de uma semana que foi difícil de digerir pelos investidores, por causa das novas sanções à Rússia e também dos receios de recessão por conta do aperto financeiro dos bancos centrais para travar a inflação. A bolsa de Lisboa andou um pouco à margem.

O Stoxx 600, que reúne as 600 principais empresas da Europa, abriu com uma subida de 0,42%, que não será, ainda assim, suficiente para apagar o rasto de perdas que teve durante a semana. Com maior pujança neste arranque estão o CAC-40 de Paris, que sobe 1,22% em vésperas de eleições presidenciais, e o espanhol IBEX-35, que soma 1,13%. O índice de referência de Frankfurt, o DAX, ganha 1,4%.

Por cá, o PSI avança 0,74%, para 6.108,0 pontos, e vai a caminho da quinta valorização semanal seguida. De alguma forma os investidores têm encontrado proteção em Lisboa em relação à elevada instabilidade nos mercados internacionais por causa da guerra da Rússia na Ucrânia.

A Mota-Engil começou o dia com um disparo de 3,83% para 1,35 euros, depois de ter anunciado um dividendo de 5,175 cêntimos por ação e que pode vir a ser reforçado mais tarde. A construtora portuguesa também acabou de revelar uma encomenda de uma obra na Costa do Marfim no valor de 200 milhões de euros.

Entre os pesos pesados, o BCP está em alta de 1,93% para 0,164 euros e a Galp valoriza 1,21% para 11,7 euros, num dia em que os preços do petróleo também aumentam.

Ainda na energia, a EDP Renováveis e a EDP ganham 0,71% e 0,28%, respetivamente.

Apenas uma cotada contraria o bom momento vivido na praça portuguesa nesta sexta-feira: as ações da Semapa recuam 0,8% para 12,38 euros.

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Mais de 7.000 famílias sobreendividadas pediram ajuda à Deco este ano

  • Lusa
  • 8 Abril 2022

Aumento dos preços dos bens já está a impactar os orçamentos familiares. Este ano, já foram mais de 7.000 as famílias sobreendividadas que pediram ajuda à Deco.

Mais de sete mil famílias sem capacidade de pagar dívidas pediram este ano ajuda à Deco, refletindo já a subida de preços, alertando a associação para a necessidade de uma maior responsabilidade dos consumidores na gestão das contas.

“O aumento dos preços dos bens está já a ter um impacto nos orçamentos das famílias, nomeadamente das que têm taxas de esforço elevadas ou rendimentos muito reduzidos e que, portanto, estão a pedir ajuda no sentido de saberem o que podem fazer para diminuírem os gastos”, afirmou à Lusa a coordenadora do Gabinete de Proteção Financeira (GPF) da associação de defesa do consumidor Deco.

Por outro lado, alerta a coordenadora, as famílias que pediram ajuda nos primeiros três meses deste ano “estão também preocupadas e a antever” uma possível subida da taxa de juro, nomeadamente do crédito à habitação, atuando assim de forma a prevenir quaisquer incumprimentos de créditos contratados.

Os dados da Deco revelam ainda que, este ano, 56% dos pedidos foram de famílias que pediram informação e aconselhamento para reestruturação financeira e dos créditos, pedidos que Natália Nunes diz refletirem já “o medo” decorrente do aumento de preços dos bens essenciais, nomeadamente decorrente da guerra na Ucrânia, e que exigem maior atenção aos gastos habituais.

“As famílias têm de ser mais responsáveis na forma como gerem o seu dinheiro. Têm de fazer o orçamento familiar e envolver todos os elementos da família nessa tarefa, têm de ponderar se todas as despesas são mesmo essenciais ou se algumas podem ser eliminadas, têm de ser mais ativos nas comparações de preços e têm de negociar baixas de gastos”, defendeu.

A coordenadora lembrou ser “essencial” todos os consumidores terem conhecimento sobre qual é a sua taxa de esforço, que é a percentagem do rendimento total do agregado familiar destinada ao pagamento das prestações de créditos contraídos.

“Se o somatório das prestações concretas, neste momento, ultrapassar os 35% e se há nomeadamente um crédito à habitação com taxa variável, o passo seguinte deve ser ir junto ao banco para informar dessa situação financeira e da eventual dificuldade em pagar a prestação do crédito”, defendeu, lembrando que o banco está legalmente obrigado a acompanhar o bom cumprimento do crédito e a encontrar soluções para evitar o incumprimento dos clientes.

No ano passado, os dados mostram que a Deco apoiou 2.744 famílias, número semelhante ao registado em 2020 e 2019, o que a associação diz ser justificado, em grande parte, com as moratórias e as medidas introduzidas para mitigar o efeito do fim desse adiamento do prazo do vencimento da dívida.

A associação explica que em 2021 foram “muitas” as situações em que não foi necessário a associação abrir processo, conseguindo encaminhar as famílias que, pelos próprios meios, acabaram por conseguir resolver a situação.

Em 2021, a associação recebeu 30 mil pedidos de famílias sobreendividades, prestando-lhes informação e aconselhamento financeiro, quando em 2020 tinha recebido 30.100 pedidos e 29.154 em 2019. Destas 30 mil famílias que contactaram a Deco em 2021, 52% foram pedidos de aconselhamento sobre reestruturação financeira, sendo que 29% desses consumidores identificaram o desemprego como principal causa das dificuldades financeiras.

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