Bolsas abrem sob pressão, Lisboa desliza pelo terceiro dia

CTT recuam mais de 3% depois de apresentar descida de 38% dos lucros e a EDP cede 1% com prejuízos de 76 milhões por causa da seca. Bolsas europeias mantêm-se pressionadas na última sessão da semana.

Mantém-se a turbulência nas bolsas mundiais, com os investidores preocupados com o impacto da subida dos juros pelos bancos centrais no crescimento económico. Wall Street caiu mais de 3% ontem, as praças asiáticas também tiveram uma sexta-feira para esquecer. A abertura europeia também começou no vermelho.

O PSI cai 1,05% para 5.728,93 pontos, com 14 das 15 cotadas do principal índice português no vermelho. Apenas a Galp (em ex-dividendo) escapa à pressão vendedora, subindo quase 1%. Os CTT recuam mais de 3% após apresentar uma queda de 38% do lucro no primeiro trimestre, e lideram as quedas em Lisboa. Os pesos pesados EDP, Jerónimo Martins e BCP cedem mais de 1%.

No caso da elétrica liderada por Miguel Stilwell d’Andrade, o recuo das ações surge depois de ter apresentado prejuízos de 76 milhões de euros no primeiro trimestre devido ao défice recorde de produção hídrica da EDP no mercado Ibérico, por causa da seca no inverno.

EDP cai após prejuízos

As bolsas asiáticas encerraram o dia em mínimos de sete semanas e a Europa também despertou para a última sessão da semana com poucos motivos para sorrir. O índice de referência Stoxx 600 cai cerca de 0,5% e as praças de Madrid e Paris cedem 0,8%.

As ações têm sido sacudidas nas últimas sessões, com os investidores preocupados com a agressividade dos bancos centrais para controlar a inflação e as implicações que isso poderá ter na economia. A Reserva Federal americana subiu os juros em 50 pontos base na quarta e esta quinta foi o Banco de Inglaterra aumentar as taxas em 25 pontos base para 1%, sinalizando que há o risco de estagflação. Uma economia em apuros significa menos lucros para as empresas.

Indiferente a estes receios, os preços do petróleo valorizam pela terceira sessão. Em Londres, o brent sobe 0,4% para 111,34 dólares por barril, acumulando uma valorização de cerca de 1,5% desde o início da semana. Já o crude WTI avança 0,42% para 108,72 dólares e vai a caminho de uma valorização mensal de mais de 3%. Ambos os contratos avançam para máximos de quase três semanas, perante a proposta da União Europeia (UE) para embargar o petróleo russo em seis meses e os produtos refinados até final do ano.

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