Exportações de componentes automóveis caíram 17,7% em março para 757 milhões
Espanha continua a manter-se no topo de vendas com 702 milhões de euros (-8,0%), surge a Alemanha com 524 milhões de euros (+3,6%) e a França (-20%).
As exportações de componentes automóveis caíram, em março, 17,7% em relação ao mesmo mês de 2021, atingindo 757 milhões de euros, adiantou esta quarta-feira a AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel.
Em comunicado, a associação destacou que a “evolução mensal das exportações de componentes automóveis registou uma descida de 17,7% relativamente ao mesmo mês de 2021, situando-se agora nos 757 milhões de euros”, indicando que, “sendo este o pior resultado desde 2019, é de salientar que o ano de 2021 estava já em franca recuperação, com valores muito próximos de 2019”.
De acordo com a AFIA, “no que se refere às exportações acumuladas de componentes automóveis no primeiro trimestre do ano tiveram uma diminuição de 6,2% em relação ao mesmo período de 2021, de -2,6% do que em 2020 e -7,4% do quem em 2019”, lê-se na mesma nota.
A associação revelou ainda que, “relativamente à análise das exportações de componentes automóveis por país, Espanha continua a manter-se no topo de vendas com 702 milhões de euros (-8,0%)”, sendo que, “na segunda posição, surge a Alemanha com 524 milhões de euros (+3,6%), seguindo-se a França com um registo de 255 milhões de euros (-20,0%)”.
Por outro lado, “o quarto lugar continua a pertencer aos Estados Unidos da América com 132 milhões (+35,6%) e, por último, o Reino Unido com 105 milhões de euros (-19,9%)”.
A AFIA referiu que “no total, o ‘top 5’ de países continua a representar 72% das exportações portuguesas de componentes automóveis”. “Apesar dos problemas nas cadeias de abastecimento que continuam a afetar toda a indústria automóvel e com o recente conflito entre a Ucrânia e a Rússia que veio interromper o caminho da recuperação no setor – com paragens mais ou menos prolongadas em toda a cadeia de produção –, há alguns pontos positivos a destacar”, disse a associação.
Assim, segundo a AFIA, “as exportações para a Alemanha, que sendo o segundo país cliente dos componentes fabricados em Portugal, aumentou 3,6% em relação ao primeiro trimestre de 2021 e é também de referir que os EUA, que continuam a ser o 4.º mercado cliente das exportações dos componentes automóveis produzidos em Portugal, apresentou também um aumento de 35,6%”.
Além disso, “é importante destacar que esta é uma indústria resiliente e forte e que as empresas continuam a trabalhar para ultrapassar as dificuldades e manterem-se competitivas”.
No entanto, alertou a associação, “e tendo em conta a importância estratégica desta indústria, é preciso que sejam tomadas medidas de apoio – à semelhança dos países concorrentes –, flexíveis e eficazes e que passem pela proteção dos postos de trabalho e capacidade de produção, de forma a permitir que as empresas mantenham a sua competitividade, após este período, logo que se verifique a retoma gradual da economia”.
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