Greenvolt cai 5% com setor energético a pressionar Lisboa
Bolsas europeias corrigem em baixa após os ganhos da última sessão. Em Lisboa, setor energético lidera perdas, com a Greenvolt a cair mais de 5%.
Lisboa acordou esta terça-feira com os investidores a mostrarem alguma aversão ao risco, sobretudo no setor da energia, onde a Greenvolt cai 5%, registando a maior queda na praça nacional. Europa também está em perda depois de uma sessão asiática no vermelho, com os investidores a digerirem os estímulos anunciados por Pequim para ajudar a conter o impacto dos confinamentos.
O principal índice português, o PSI, cai 0,26% para 6.063,82 pontos, com sete cotadas a negociar abaixo da linha de água. O setor da energia é o mais penalizado do dia. As ações da Greenvolt cedem 5,12% para 6,86 euros, depois de a empresa de energias renováveis liderada por Manso Neto ter anunciado a entrada no mercado da Islândia.
A Galp também recua 1,19% para 11,175 euros, num dia em que os preços do petróleo corrigem em baixa de 1%, depois de três sessões em alta.
No grupo EDP, a EDP Renováveis cai 0,49% para 22,2 euros e a casa-mãe EDP desvaloriza 0,30% para 4,68 euros.
No setor financeiro, o peso pesado BCP cai 0,61%, depois de ter disparado quase 5% na sessão anterior, beneficiando das declarações da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, sobre a saída dos juros negativos até final do terceiro trimestre. Esta terça-feira, em entrevista à Bloomberg a partir de Davos, Lagarde assegurou que o banco central não está num “modo de pânico” por causa da inflação e revelou que uma recessão da economia não figura no cenário base do BCE.
Do lado positivo, a Navigator soma cerca de 0,3% depois de anunciar uma subida dos lucros para 50,6 milhões de euros no primeiro trimestre, à boleia do aumento dos preços do papel.
Também as principais praças europeias registam perdas nos minutos iniciais da sessão desta terça-feira. O CAC-40 cai 0,74% e o IBEX-35 perde 0,9%, enquanto o DAX cede 1%. O índice de referência europeu Stoxx 600 desvaloriza 0,41%.
A Europa acompanha assim o sentimento negativo que se verificou nas praças asiáticas e quando os futuros de Wall Street também apontam para uma abertura em terreno negativo das bolsas de Nova Iorque.
Pequim anunciou um pacto de medidas de apoio às empresas e de estímulo à procura para contrariar o impacto dos confinamentos na segunda maior economia do mundo. As medidas incluem descontos de 21 mil milhões de dólares em impostos e investimentos na construção ferroviária, segundo a agência Xinhua News, citada pela Bloomberg.
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