Gás natural na Europa continua em mínimos desde o início da guerra
Preços recuam esta quinta-feira, depois de terem recuperado algum terreno ao longo da semana. Gás natural continua a cotar nos preços mais baixos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia.
O gás natural está de regresso às quedas na Europa, mantendo-se próximo dos preços alcançados no início da semana, quando este combustível recuou para valores anteriores ao início da guerra. O alívio prende-se com a perspetiva de menor procura.
Pelas 8h00 em Lisboa, os futuros de referência TTF para entrega em junho desciam 1,79%, para 86,5 euros por MWh (megawatt-hora), apesar de terem estado a subir mais de 4% cerca de meia hora antes, de acordo com a Barchart.
Evolução do gás natural TTF em Amesterdão:
![](https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2022/05/capturar.jpg)
Na segunda-feira, o gás natural atingiu o preço mais baixo em três meses, ao cair para 82,95 euros. Este valor compara com os 317 euros a que o TTF chegou a cotar em Amesterdão em 7 de março, pouco depois do começo da invasão russa da Ucrânia.
A forte oscilação deste combustível nos mercados internacionais levou mesmo Portugal e Espanha a negociarem com a Comissão Europeia uma “exceção ibérica” para impedir que a alta de preço do gás contagie os preços da eletricidade.
Apesar do recuo da procura, que é parcialmente explicado pela subida das temperaturas, o mercado de gás continua em tumulto face ao risco de corte de abastecimento ao continente pela Rússia. Moscovo já fechou a torneira a países como Polónia, Bulgária e Finlândia e, numa escala bastante inferior, à Alemanha.
Esta quinta-feira, a Reuters noticia também que a Gazprom, a estatal russa do setor do gás, terá reduzido os pagamentos à Ucrânia pelo trânsito do combustível por aquele território desde que Kiev suspendeu os fluxos através do ponto de Sokhranovka. A queixa foi feita pelo líder da ucraniana Naftogaz, Yury Vitrenko.
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