Arábia Saudita, África e América Latina querem evitar a seca
A sementeira de nuvens na Arábia Saudita, a Grande Muralha Verde em África e a Colheita de Água na América Latina são as soluções que estas regiões estão a desenvolver para combater a desertificação.
A desertificação dos ecossistemas é um problema global que tem vindo a piorar devido ao impacto da atividade humana no planeta. Em resposta a esta situação, a Arábia Saudita, a África e a América Latina estão a desenvolver alguns projetos promissores com o objetivo de conseguirem evitar a seca, noticia a Servimedia.
De acordo com dados das Nações Unidas, estima-se que, até 2050, as secas poderão afetar mais de três quartos da população mundial. Dentro dos projetos que as três regiões estão a desenvolver para travar esta situação, destaca-se a Grande Muralha Verde de África, a Colheita de Água na América Latina, e a sementeira de nuvens na Arábia Saudita.
A Grande Muralha Verde de África é um dos projetos mais ambiciosos. Esta iniciativa teve início em 2007, na região do Sahel, conta com a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação como parceiro-chave e tem como objetivo cultivar 8 mil quilómetros de vegetação em todo o continente para transformar a vida de milhões de pessoas.
Já a Colheita da Chuva, projeto levado a cabo pela América Latina, consiste na construção de infraestruturas naturais (reservatórios) para armazenar água das chuvas, aumentar a sua infiltração e utilizá-la em tempos de seca. Melhorar a disponibilidade e qualidade da água, reduzir os riscos de desastres e melhorar a adaptação às alterações climáticas são os principais objetivos deste projeto.
Por sua vez, a Arábia Saudita também quis apostar num projeto para prevenir a seca no país. E, com o objetivo de aumentar a pluviosidade do em 10-20%, o reino saudita desenvolveu a sementeira de nuvens, que consiste na libertação de partículas de iodeto de prata ou outros aerossóis em certos tipos de nuvens para aumentar a pluviosidade ou a queda de neve.
Este projeto saudita vai ser implementado em duas fases. Primeiro vai concentrar-se em algumas das áreas mais povoadas do reino, tais como as regiões de Riade, Qassim e Hail, seguidas de Asir, Al-Baha e Taif, que estão próximas do Mar Vermelho.
Além disso, a Arábia Saudita encarregou o agrónomo espanhol Salvador Roig de converter Rub al-Khali, o maior deserto de areia do mundo, numa floresta do tamanho da Espanha. A ação faz parte da “Iniciativa Verde Saudita”, um projeto que visa plantar milhões de árvores, reduzir a pegada de carbono e proteger a água e a terra do reino.
Este ano, Espanha também vai acolher o Dia Mundial da Desertificação e Seca, que tem como lema “Rising Together from Drought”. As iniciativas na luta contra o progresso da desertificação centram-se na redução dos efeitos das alterações climáticas, visam a recuperação dos ecossistemas e da biodiversidade e ajudam a capturar o carbono da atmosfera, bem como a garantir um futuro para as pessoas e para o planeta.
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