Hungria trava embargo petrolífero da UE ao recusar sancionar patriarca russo
Vitor Orbán travou o embargo petrolífero russo, na reta final da aprovação do sexto pacote de sanções, para retirar o nome do chefe da Igreja Ortodoxa russa da lista negra da União Europeia.
A Hungria travou esta quinta-feira a adoção do embargo petrolífero e de novas sanções europeias contra Moscovo, para obter a retirada do chefe da Igreja Ortodoxa russa da lista negra da União Europeia, indicaram várias fontes diplomáticas. O patriarca Cirilo é considerado “um aliado de longa data do Presidente Vladimir Putin” e “tornou-se um dos principais apoiantes da agressão militar russa à Ucrânia”, sublinha a proposta de sanções submetida à aprovação dos Estados-membros da União Europeia (UE).
Os dirigentes dos 27 reunidos em cimeira na segunda e na terça-feira em Bruxelas chegaram a acordo para reduzir em cerca de 90% as suas importações de petróleo russo até ao fim deste ano, a fim de ‘secar’ o financiamento da guerra russa na Ucrânia.
Este embargo é a principal medida do sexto pacote de sanções da UE, que prevê um alargamento da ‘lista negra’ do bloco comunitário a cerca de 60 personalidades, uma das quais o chefe da Igreja Ortodoxa russa, o patriarca Cirilo, e a exclusão de três bancos russos do sistema financeiro internacional Swift, incluindo o Sberbank, a principal instituição bancária do país.
É necessária unanimidade para a adoção de sanções europeias, e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, deu o seu acordo a este novo pacote de sanções que deveria ser finalizado esta quarta, numa reunião dos embaixadores, antes da sua publicação no jornal oficial da UE, para entrar em vigor.
Agora, estão em curso consultas com Budapeste para tentar levantar a oposição da Hungria, indicaram fontes diplomáticas europeias.
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