Wall Street cai mais de 2% com receios de recessão
Subida dos juros da Fed aumenta os receios dos investidores em relação a uma recessão na maior economia do mundo. Bolsa de Nova Iorque abriu sessão a cair mais de 2%.
A bolsa de Nova Iorque negociava no vermelho no início da sessão, depois de a Reserva Federal norte-americana ter anunciado na quarta-feira uma subida da sua taxa de juro de referência.
Pelas 14h45 (hora em Lisboa), o índice Dow Jones descia 2,37% para 29.943,46 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq recuava 2,60% para 10.818,26 pontos e o S&P500 caía 2,20% para 3.707,80 pontos.
Na quarta-feira, Wall Street fechou a subir, com o Dow Jones a ganhar 1%, pouco depois de a Fed ter anunciado um aumento da taxa de juro para combater a inflação.
A Fed decidiu subir a taxa de juro de referência em 75 pontos base, o terceiro aumento desde março e o maior desde 1994.
A decisão da Fed foi anunciada em comunicado após uma reunião de dois dias do comité de política monetária do banco central norte-americano e a taxa dos fundos federais fica agora entre 1,50% e 1,75%.
O banco central norte-americano reafirmou a intenção de travar a escalada da inflação para que possa regressar à meta de 2%.
Nas novas projeções que divulgou, a Fed indicou que espera agora uma inflação de 5,2% este ano, em vez dos 4,3% que previa em março e antecipou um crescimento mais fraco de 1,7%, quando há três meses previa 2,8%.
No mesmo dia, Banco Central Europeu (BCE) prometeu “flexibilidade” na política monetária para acalmar a tensão no mercado de dívida, após uma reunião de emergência do Conselho de Governadores.
A instituição “vai aplicar alguma flexibilidade no reinvestimento” das obrigações adquiridas no âmbito do programa de emergência lançado durante a pandemia (PEPP), anunciou o BCE no final da reunião, na quarta-feira, realizada por videoconferência.
O BCE vai também “acelerar” o projeto de um novo instrumento “anti-fragmentação” para impedir uma divergência acentuada entre as taxas de juro dos países do Norte e os do Sul na zona euro.
Com estas medidas, o BCE pretende afastar a ameaça de uma nova crise das dívidas soberanas que comprometa a sua política de luta contra a inflação.
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