UE recebeu mais de 12 mil pedidos de asilo de refugiados ucranianos em março
A invasão russa da Ucrânia fez disparar o número de pedidos de asilo na União Europeia. No final de maio já existiam mais de um milhão de ucranianos com proteção temporária na Polónia.
Os pedidos de asilo na União Europeia (UE) dispararam com a guerra na Ucrânia. O número de pessoas que requisitou proteção internacional pela primeira vez aumentou 35% em março face ao mês anterior, o que se deve em grande parte ao aumento de pedidos por parte de refugiados ucranianos, que totalizaram os 12 mil.
“Em março de 2022, 73.850 requerentes de asilo pela primeira vez (cidadãos não pertencentes à UE) solicitaram proteção internacional nos Estados-membros da UE”, adianta o Eurostat esta segunda-feira, pela ocasião do Dia Mundial do Refugiado. Isto representa um aumento de 115% em relação a março de 2021 (34.310) e de 35% em relação a fevereiro de 2022 (54.565).
Este aumento reflete a subida no número de requerentes ucranianos pela primeira vez (de 2.370 em fevereiro para 12.875 em março; +443%) devido à agressão militar da Rússia à Ucrânia.
Com o aumento das fugas da Ucrânia, após a invasão russa, os ucranianos tornaram-se no maior grupo de requerentes de asilo em março (12.875 requerentes de asilo pela primeira vez), seguidos pelos afegãos (7.770), sírios (7.320), venezuelanos (4.705) e colombianos (3.565).
Segundo os dados do Eurostat, é na Polónia que se regista o maior número de ucranianos que beneficiam de proteção temporária na UE (1.142.375 ucranianos com proteção temporária no final de maio de 2022).
Já olhando para o total de pedidos de asilo, é a Alemanha que concentra o maior número de requerentes. Foram 14.135 os que fizeram o pedido pela primeira vez na Alemanha, em março, o que corresponde a 19% de todos os pedidos iniciais na UE. Espanha foi o segundo país com mais pedidos (11.130, 15%), à frente de França (10.240, 14%), Itália (6.035, 8%), Áustria (4.295, 6%) e Roménia (4.270, 6%). “Estes seis Estados-membros, em conjunto, representam mais de dois terços (68%) de todos os requerentes de primeira viagem na UE”, destaca o Eurostat.
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