Partido de Scholz pondera expulsão de ex-chanceler alemão Schröder
Órgãos do Partido Social-Democrata (SPD), do chanceler alemão Olaf Scholz, reuniram-se para ponderar a expulsão do ex-líder Gerhard Schröder, mas não chegaram a uma decisão.
Os órgãos locais do Partido Social-Democrata (SPD), do chanceler alemão Olaf Scholz, reuniram-se na quinta-feira para ponderar a expulsão do ex-líder Gerhard Schröder, mas não chegaram a uma decisão.
A relação de longa data de Schröder com o setor da energia russo e a rejeição em se distanciar do presidente da Rússia, Vladimir Putin, depois da invasão da Ucrânia, deixaram a sua posição política frágil.
Uma comissão de arbitragem do SPD em Hanôver, onde reside o antigo chanceler, considerou 17 pedidos de expulsão de membros do partido.
Schroeder não se apresentou na audiência e também não teve um advogado em sua representação, informou a agência de notícias alemã Dpa.
O dirigente local do partido, Christoph Matterne, disse após o fim da audiência sem resultados que será tomada uma decisão nas próximas três semanas. Mas as expectativas para expulsar o antigo chanceler não são altas. Na Alemanha, expulsar membros de partidos é um processo complicado e falha com frequência.
Schroeder, de 78 anos, não deu sinal de atender aos apelos de figuras importantes do partido para sair pelo seu próprio pé. Foi chanceler de 1998 a 2005 e foi líder dos sociais-democratas de 1999 a 2004.
Em maio, a empresa estatal russa de energia Rosneft disse que o ex-líder planeava deixar o conselho de administração, que presidia desde 2017. Também não está a aceitar uma indicação, tornada pública algumas semanas antes do início da guerra da Rússia na Ucrânia, para integrar o conselho administração da Gazprom.
Schröder tem outras ligações com o setor de energia russo, chefiando durante vários anos o comité de acionistas da Nord Stream AG – a empresa que administra o gasoduto Nord Stream 1 sob o Mar Báltico – e liderando o conselho de administração da Nord Stream 2, um segundo gasoduto que o governo de Scholz interrompeu em fevereiro.
Em maio, os deputados alemães concordaram em fechar o escritório de Schröder, financiado pelos contribuintes. Schröder minimizou a pressão, dizendo em comentários ao jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung publicado na segunda-feira que “não vai desistir” das suas “oportunidades de falar com o presidente Putin” e questionando o foco na entrega de armas para a Ucrânia. “Não acredito numa solução militar”, disse.
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