Bolsas europeias em queda antes da subida de juros do BCE
Lisboa acompanha a tendência negativa das congéneres europeias, no dia que antecede a primeira subida das taxas de juro na Zona Euro em mais de uma década.
Depois de três sessões consecutivas em alta, a bolsa de Lisboa fechou em terreno negativo esta quarta-feira, antecipando a primeira subida das taxas de juro na Zona Euro desde 2011, agendada para a reunião desta quinta do Banco Central Europeu (BCE). O PSI fechou em queda de 0,6%, para 5.940,52 pontos, com apenas três cotadas no “verde”.
No dia antes de apresentar os resultados do segundo trimestre e primeiro semestre de 2022, a Navigator valorizou 1,06%, para 4,01 euros por ação, seguida dos CTT e da EDP, que ganharam 0,63% e 0,15%, respetivamente. Os títulos da Semapa mantiveram-se inalterados.
A penalizar a praça lisboeta esteve, sobretudo, a REN. A energética perdeu quase 3%, embora tenhas boas perspetivas quanto aos resultados do último trimestre, que serão divulgados em 28 de julho.
A Galp, a Corticeira Amorim e Jerónimo Martins derraparam entre 1% e 1,70%, seguindo-se a Greenvolt, que recuou 0,90%, e a NOS, que deslizou 0,85%.
Com recuos menores, mas que ainda assim pressionaram o principal índice nacional, estiveram a EDP Renováveis, o BCP e a Mota Engil. Estas cotadas perderam, na mesma ordem, 0,04%, 0,14% e 0,16%.
Pelas principais praças da Europa, o sentimento também é negativo. O índice pan-europeu Stoxx 600 perdeu 0,2%, tal como a praça de Frankfurt. O índice britânico FTSE 100 deslizou 0,4% e o francês CAC-40 recuou 0,3%, enquanto o espanhol IBEX-35 teve o pior desempenho, ao cair 1,1%.
Para quinta-feira, está reservado o ponto alto da semana: a reunião do BCE, que vai anunciar a primeira subida das taxas de juro em mais de uma década. Resta saber se será de 25 pontos base, como anunciado por Christine Lagarde em junho, ou de 50 pontos base, uma possibilidade que, segundo a Reuters, estará em cima da mesa.
Por outro lado, está agendada para quinta-feira a retoma das operações do Nord Stream 1, o principal gasoduto que liga a Rússia à Europa e que está encerrado desde 11 de julho para trabalhos de manutenção.
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