Há obras no aeroporto de Lisboa “que já se deviam ter feito e que se podem fazer já”, diz Montenegro
Presidente do PSD afirma que se podiam ter aproveitado os últimos dois anos para se avançar com obras no aeroporto de Lisboa. "Não há mais tempo a perder", diz Luís Montenegro.
O presidente do PSD afirma que “não há mais tempo a perder” no que toca ao novo aeroporto de Lisboa e que, enquanto não há uma decisão sobre a localização da nova infraestrutura, se podiam avançar com “obras imperiosas” no aeroporto Humberto Delgado. O partido tem estado a ouvir técnicos e entidades especializadas no assunto e Luís Montenegro diz que uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) “vai ter de se fazer”.
O líder dos sociais-democratas esteve reunido na passada sexta-feira com António Costa para discutir a questão do novo aeroporto na capital e, esta terça-feira, em declarações aos jornalistas, adiantou que nessa reunião informou o primeiro-ministro que o PSD está a fazer “um conjunto de audições” sobre o tema do aeroporto. “No final desta semana já teremos ouvido cerca de uma dezena de pessoas e entidades”, disse.
Mas Luís Montenegro recusa qualquer pressão sobre o partido. “Tentarei ser o mais rápido que for capaz para ter uma decisão exequível”, continuou. “Mas não aceito pressões de ninguém, nem chantagens psicológicas ou políticas. Não vamos impor ao PSD um prazo apertado para se decidir uma coisa em sete dias que o Governo não conseguiu decidir em sete anos“, disse.
Enquanto não há uma decisão quanto à escolha da localização do futuro aeroporto de Lisboa, o social-democrata defende que se “pode ir fazendo alguma coisa”. “Há coisas que já se deviam ter feito e que se podem fazer já e uma delas são as obras imperiosas no aeroporto de Lisboa“, notou, referindo que se “podiam ter aproveitado os dois anos de pandemia” para isso, quando o tráfego aéreo foi praticamente nulo.
Para o presidente do PSD, o aeroporto Humberto Delgado “tem problemas que são hoje notícia negativa” e que o país não está a passar uma “boa imagem” em termos turísticos. “Não há mais tempo a perder”, defendeu.
Luís Montenegro acredita que a AAE pedida pelo Governo quanto às possíveis localizações não vai acontecer – “está na cara que a AAE não se vai realizar”, disse –, mas afirma: “Uma AAE vai ter de se fazer”.
O presidente do PSD disse ainda ser contra a criação de uma nova taxa sobre os lucros extraordinários em setores como a banca ou as energéticas. “Era se calhar muito mais popular – e demagógico – dizer que se deviam taxar estes rendimentos excecionais, mas infelizmente vivemos num país onde todas as empresas já pagam muitos impostos, como o IRC, a derrama estadual, derrama local, e, no caso do setor energético, uma contribuição extraordinária suplementar que no Orçamento deste ano será de 125 milhões de euros”, disse.
Montenegro acrescentou que “não há justificação para criar mais impostos e será um sinal incorreto aos que investem no setor da energia em Portugal” e lembrou que “havendo lucros superiores haverá também uma arrecadação de impostos superior”.
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