SATA prevê saída de 150 trabalhadores até final de 2023 através de rescisões

  • Lusa
  • 4 Julho 2022

O grupo de aviação prevê poupanças de 70 milhões de euros até 2025, através da “reestruturação da frota” e da “eficiência operacional”.

Cerca de 100 trabalhadores já saíram da companhia aérea açoriana SATA desde que foi lançado o primeiro programa de rescisões, em 2020, anunciou esta segunda-feira o presidente da empresa, adiantando que outros 50 funcionários deverão sair até final de 2023.

O número foi revelado por Luís Rodrigues durante uma apresentação aos jornalistas do Plano de Reestruturação da SATA, que decorreu na sede da companhia de aviação, em Ponta Delgada. “Nós negociámos saídas até à data de cerca de 100 pessoas e ainda vão sair mais 50 até ao final de 2023”, declarou.

O primeiro programa de rescisões negociadas para saídas por mútuo acordo, pré-reformas e reformas antecipadas foi lançado no final de 2020. Luís Rodrigues reforçou que a reestruturação do grupo não prevê despedimentos coletivos e destacou que a administração está em “contacto permanente com os sindicatos”.

“Neste momento, está a decorrer uma nova vaga interna de acordos de rescisão, pré-reformas, reformas antecipadas e saídas por mútuo acordo. A adesão tem sido interessante. Nesse tema, acho que não vai haver problema algum”, assinalou, enaltecendo a “paz social” no interior da empresa. O presidente da companhia açoriana especificou que as rescisões têm sido “transversais”, não afetando nenhuma área ou serviço do grupo em particular.

“As rescisões têm uma particularidade: têm de ser feitas de acordo com a operação e de acordo com a chefia. Se houver alguma área em que as pessoas queiram ir embora e isso crie problema operacionais, não pode ser”, salientou.

Durante a apresentação, Luís Rodrigues avançou com “cinco pilares” para garantir a “sobrevivência e o desenvolvimento” da SATA: a “otimização da rede”, a “reestruturação da frota”, a “eficiência operacional”, a “negociação com fornecedores” e a “agilização do trabalho”.

O grupo de aviação prevê poupanças de 70 milhões de euros até 2025, através da “reestruturação da frota” e da “eficiência operacional”, implementando “programas de eficiência” para “otimizar o planeamento” e “reduzir o consumo de combustível em terra”.

A SATA vai ainda “reestruturar” o catering a bordo, reduzir os “custos de distribuição” (com o “fim das comissões pagas a operadores turísticos”) e “otimizar os serviços partilhados”, procedendo à “digitalização dos processos”. Para atingir aquela poupança, a SATA pretende ainda negociar com os fornecedores os contratos do ‘handling’, dos “custos com estadias”, da manutenção das aeronaves (aumentando a “utilização de recursos internos”) e do serviço de ‘leasing’.

A companhia quer proceder à “redução temporária da remuneração”, “reestruturar as subsidiárias” nos Estados Unidos e Canadá e renegociar os acordos laborais para “melhorar a produtividade e diminuir a contratação sazonal”. Luís Rodrigues realçou ainda que de janeiro a junho de 2022 se registou o “melhor primeiro semestre de sempre” da SATA em termos de receita e que os resultados operacionais da companhia estão “em linha com o Plano de Reestruturação”.

O presidente da companhia reforçou que o Plano de Reestruturação prevê a obtenção de resultados positivos em 2023. Em 14 de junho foi anunciado que a SATA teve em 2021 um resultado antes de juros e impostos positivo e um resultado líquido negativo de –57,4 milhões de euros, uma melhoria de mais de 30 milhões face a 2020.

Em comunicado, a companhia revelou que o “resultado líquido consolidado melhorou em mais de 30 milhões de euros” no ano passado, comparativamente a 2020 (quando o prejuízo se fixou em 88 milhões), continuando, contudo, em “terreno negativo” no valor de -57,4 milhões de euros.

A Comissão Europeia aprovou, em 07 de junho, uma ajuda estatal portuguesa para apoio à reestruturação da companhia aérea de 453,25 milhões de euros em empréstimos e garantias estatais.

As dificuldades financeiras da SATA perduram desde pelo menos 2014, altura em que a companhia aérea detida na totalidade pelo Governo Regional dos Açores começou a registar prejuízos, agravados pelos efeitos da pandemia de covid-19, que teve um enorme impacto no setor da aviação.

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Brussels Airlines cancela cerca de 700 voos em julho e agosto para evitar greves

  • Lusa
  • 4 Julho 2022

Num primeiro momento estava previsto o cancelamento de 148 voos durante o mês de julho, mas afinal serão anulados 675 voos durante os dois meses de verão.

A companhia Brussels Airlines vai cancelar cerca de 700 voos entre julho e agosto para reduzir a carga de trabalho dos seus funcionários e evitar novas greves como a que teve lugar no final de junho.

Os cancelamentos equivalem a 6% dos voos programados para essa temporada e a Brussels Airlines estima perder cerca de 10 milhões de euros com a decisão, mas segundo os ‘media’ locais esse número é idêntico ao da primeira estimativa dos prejuízos causados pela greve de pilotos e pessoal de cabine durante três dias em junho.

Segundo a agência Europa Press, num primeiro momento estava previsto o cancelamento de 148 voos durante o mês de julho, mas afinal serão anulados 675 voos durante os dois meses de verão, por pressão dos sindicatos, tendo a companhia assegurado que não pode assumir mais cancelamentos.

Após ter sido anunciada a decisão, os sindicatos e a empresa retomam os contactos para encontrar soluções a curto prazo para a “sobrecarga” de trabalho denunciada por pilotos e tripulantes e deixarão as negociações sobre medidas a um prazo mais longo para o final do verão.

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Montenegro ainda não foi contactado para reunião sobre novo aeroporto

  • Lusa
  • 4 Julho 2022

“Estamos com Governo há sete anos incapaz de resolver esse problema. Não vamos criar a expectativa que ele se vai resolver em sete dias”, disso o líder da oposição.

O líder do PSD disse esta segunda-feira que não foi contactado pelo Governo para abordar o futuro aeroporto de Lisboa e que tal não tem de ocorrer com pressa, garantindo que o partido quer falar a uma só voz.

“Dentro do PSD não é como dentro do Governo. Nós queremos falar todos a uma só voz. Queremos articular posições, queremos coordenar posições e, portanto, eu tenho de falar com os meus companheiros de partido, com aqueles que me acompanham nos órgãos nacionais e depois, atempadamente, falaremos também com o Governo”, afirmou aos jornalistas Luís Montenegro, em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, a sua primeira deslocação enquanto presidente do partido em exercício de funções.

Adiantando que não foi contactado para qualquer reunião visando debater o futuro aeroporto do país, o dirigente do PSD explicou que “não ocorreu, nem tem de ocorrer com essa pressa”. “Estamos com Governo há sete anos incapaz de resolver esse problema. Não vamos criar a expectativa que ele se vai resolver em sete dias”, declarou.

Afirmando que o partido está muito sereno “relativamente àquilo que o país precisa do ponto de vista estratégico”, Luís Montenegro esclareceu que o PSD está a instalar os órgãos nacionais que foram eleitos no domingo, no 40.º Congresso do PSD.

“E como tive ocasião de dizer no Congresso Nacional do PSD, transmitiremos ao Governo em primeira mão a nossa posição, e também a metodologia e os requisitos que poderemos vir a reputar como fundamentais, essenciais mesmo, para que possa haver um processo de diálogo”, explicou.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro António Costa determinou a revogação do despacho que aponta os concelhos do Montijo e Alcochete, como localizações para a nova solução aeroportuária da região de Lisboa, desautorizando o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, que no dia anterior apresentou esta proposta.

A solução apontada passa por avançar com o projeto de um novo aeroporto no Montijo complementar ao Aeroporto Humberto Delgado, para estar operacional no final de 2026, sendo os dois para encerrar quando o aeroporto no Campo de Tiro Alcochete estiver concluído, previsivelmente em 2035.

Quanto à regionalização, questionado com o facto de o anúncio de não apoiar um referendo à regionalização em 2024 ter apanhado de surpresa alguns autarcas e se vai manter a mesma posição, Montenegro respondeu: “Não está à espera de que eu vá dizer na segunda-feira uma coisa diferente do que disse no domingo”.

“Defendemos que é completamente inoportuno fazer o referendo nesta legislatura. Se o Governo entender fazê-lo, fará. Mas numa altura em que o Governo tem um processo de descentralização em curso que não agrada a ninguém, o Governo não consegue descentralizar competências para os municípios e para as associações [comunidades] intermunicipais que seriam as mais simples de descentralizar, acha que tem credibilidade para dizer ao país que consegue fazer um processo de descentralização através da criação de regiões administrativas se nem naquilo que é quase básico consegue fazer?”, perguntou.

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Stoneweg amplia administração financeira e de investimento

  • Servimedia
  • 4 Julho 2022

O grupo de investimento imobiliário Stoneweg expandiu o seu Conselho de Administração com três novos diretores e ainda criou duas novas direções nas áreas de finanças e investimento.

O Stoneweg, grupo de investimento imobiliário com sede em Genebra, decidiu expandir o seu Conselho de Administração com a nomeação de três novos diretores, noticia a Servimedia.

São Simona Terranova, fundadora da MT Finance, uma empresa de consultoria em regulação e gestão de risco, é uma das novas diretoras do grupo. Anteriormente, foi diretora na PWC e, mais tarde, sócia da Deloitte, o que se traduz em mais de 20 anos de experiência em auditoria e num vasto conhecimento da comunidade financeira suíça e europeia.

O segundo dos novos diretores é Clarence Peter, um advogado e sócio principal da Kellerhals Carrard, que aconselha várias empresas nacionais e internacionais sobre direito societário e comercial.

Por fim, o terceiro e último novo diretor da Stoneweg é Yvar Mentha, sócio da BRP (Bizzozero & Partners), uma empresa suíça de consultoria reguladora transfronteiriça. Antes de se juntar ao BRP, trabalhou durante mais de 20 anos em vários cargos superiores num grande banco privado sediado em Genebra. É um perito reconhecido no campo institucional na Suíça.

Para além das novas adições ao Conselho de Administração, Stoneweg também criou duas novas direções – Finanças e Investimento-, que serão chefiadas por Yvan Mermod (CFO) e Rafael Cerezo (CIO), respetivamente.

Yvan Mermod terá a sua sede em Genebra, onde vai supervisionar as atividades contabilísticas e financeiras do grupo, bem como os aspetos de conformidade regulamentar. Com mais de 25 anos de experiência, foi anteriormente sócio da KPMG Suíça, onde supervisionou o setor de gestão de investimentos para a Suíça francófona.

O novo CFO de Stoneweg mostrou-se agradecido por se juntar “a uma empresa extremamente dinâmica, com uma equipa talentosa e motivada e uma vasta gama de atividades/estratégias com grande potencial de crescimento. Estou ansioso por trabalhar com o resto da equipa de gestão enquanto embarcarmos na próxima fase da viagem do grupo”.

Rafael Cerezo terá a sua sede em Madrid e vai ser responsável pelo desenvolvimento das estratégias de investimento do grupo. Cerezo iniciou a sua carreira no Barclays Plc e, depois, trabalhou durante mais de 15 anos na M&G Investments. Trabalhou em Londres como investidor sénior e gestor de fundos dentro da equipa de reestruturação e situações especiais da M&G e, mais recentemente, como co-diretor do negócio.

Para Rafael Cerezo, o compromisso da empresa é importante e acredita que “o investimento imobiliário, tal como concebido por Stoneweg, abre novas oportunidades num setor que muitas vezes carece de imaginação. Para mim é uma oportunidade de me juntar a uma empresa que oferece aos investidores oportunidades únicas e soluções inovadoras”.

Estas nomeações coincidem com um forte período de crescimento para a Stoneweg desde a sua criação em 2015, e a chegada destes profissionais ao negócio é um marco importante na abordagem dos ambiciosos planos de crescimento da empresa.

“Temos a sorte de ter desfrutado de um crescimento anual impressionante desde o lançamento de Stoneweg em 2015. Isto deve-se principalmente à qualidade das nossas equipas, a todos os níveis. O reforço do nosso Conselho de Administração e o recrutamento de líderes seniores é fulcral para a nossa concentração na atração e retenção das melhores pessoas, permitindo-nos consolidar as nossas bases fortes e assegurar que estamos a proporcionar um crescimento sustentável nos próximos anos”, concluiu Jaume Sabater, CEO da Stoneweg.

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Tailandesa Minor transforma antigo mosteiro em hotel de luxo no Alentejo

Anantara Hotels, Resorts & Spas, pertencente à Minor Hotels, vai transformar o antigo mosteiro de Vila Viçosa num hotel de luxo. Unidade hoteleiras abre portas em 2024.

A tailandesa Anantara, pertencente ao Grupo Minor Hotels, fechou mais uma aquisição em território nacional. Através de uma parceria com o grupo português Investaureum, a empresa comprou um antigo mosteiro em Vila Viçosa, no Alentejo, e vai transformá-lo num hotel de cinco estrelas com mais de 50 quartos. Sem ser revelado o valor do investimento, sabe-se que o Anantara Royal Vila Viçosa Resort abre portas em 2024.

Localizado no centro de Vila Viçosa, conhecida como a “Princesa do Alentejo”, o novo resort terá 50 quartos, dez suítes, 16 residências, uma piscina exterior e interior, três restaurantes, um bar e uma adega, diz a Anantara, em comunicado enviado esta segunda-feira. Será ainda criado o Anantara Spa, com uma sala de fitness, e três salas de conferência.

Este projeto resulta de uma parceria estratégica entre os portugueses da Investaureum e a tailandesa Anantara, que “vai trazer a sua experiência de luxo a esta propriedade, contribuindo também para o desenvolvimento económico da região” de Vila Viçosa. O Anantara Royal Vila Viçosa Resort está atualmente em fase de reabilitação e construção e irá abrir portas em 2024.

Ramón Aragonés, diretor-executivo da NH HOTELS, parte integrante da Minor Hotels, empresa-mãe de Anantara, comenta que esta nova unidade vai dar “continuidade à expansão da marca Anantara na Europa e em Portugal”. É o segundo hotel da marca em território nacional, depois de um no Algarve. A Anantara estreou-se na Europa em 2017 com a abertura do Anantara Vilamoura Algarve Resort.

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Hoopers fecha ronda de meio milhão para desenvolver comunidade de jogadores e fãs de basquetebol

Este investimento vai permitir aumentar a equipa, dar sequência ao desenvolvimento da plataforma tecnológica e expandir as operações para outro mercado.

A startup portuguesa Hoopers, plataforma de comunidade que conecta jogadores, fãs e entusiastas de basquetebol, através de campos, conteúdos, experiências e NFTs, levantou uma ronda de investimento de meio milhão de euros com a Sport Horizon Holding, fundo de investimento europeu especializado na indústria de SportsTech, e a Portugal Ventures. A ronda conta também com a participação de business angels, como Niko Klansek, investidor na Niftify e partner do fundo de web3 Kenmare, e de Ricardo Carvalho, investidor em Sports Tech e Inovação Social. Este investimento vai permitir aumentar a equipa, dar sequência ao desenvolvimento da plataforma tecnológica e expandir as operações para outro mercado.

“Este investimento é um voto de confiança no trabalho que temos desenvolvido até aqui, mas sobretudo no potencial da criação e afirmação de uma plataforma global de comunidade que combine basquetebol, arte urbana e hip-hop, através da fusão entre o mundo físico e o digital. Queremos aproveitar a enorme base instalada neste desporto, o potencial da Web3 e explorar oportunidades de expansão para outros mercados”, explica André Costa, CEO da Hoopers, citado em comunicado.

Para Dario Montagnese, managing partner da Sport Horizon Holding, “o investimento na Hoopers representa a entrada da Sport Horizon no mercado português”. “Acreditamos neste projeto desde a primeira abordagem com a equipa, em quem depositamos grande confiança. Estamos convencidos de que depois dos excelentes resultados alcançados num mercado relativamente pequeno, como é o caso de Portugal, a Hoopers tem potencial para escalar globalmente.”

As expectativas de Teresa Fiúza, vice-presidente da Portugal Ventures, também são elevadas. “Este investimento na Hoopers, não é apenas numa plataforma digital, mas sim numa comunidade que liga o desporto às indústrias criativas. Através do basquetebol, da música hip-hop e da arte urbana, estamos confiantes que vamos conseguir tornar a sociedade mais inclusiva e participativa em áreas fundamentais para o enriquecimento do ser humano”, afirma.

Incubada na Startup Lisboa e na Startup Braga, a Hoopers prepara-se para continuar a anunciar novos projetos de recuperação de campos desportivos com intervenções de arte urbana e novos produtos, assim como lançar o seu projeto de NFTs focado na comunidade.

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ANA prepara “chatbot” para ajuda automática aos passageiros nos aeroportos

Gestora de aeroportos, incluindo o de Lisboa, encontra-se a desenvolver uma aplicação móvel para tratamento automatizado dos problemas dos passageiros e envio de informação.

A ANA, gestora de vários aeroportos portugueses, incluindo o de Lisboa, está a desenvolver um “chatbot” para ajudar os passageiros no esclarecimento de dúvidas ou resolução de problemas. A empresa espera que esta “aplicação informática para telemóveis” seja capaz de dar informações e direcionar as pessoas para os canais apropriados, consoante a questão.

A medida faz parte do plano de contingência preparado em conjunto com o Governo para dar resposta “ao aumento exponencial do desembarque de passageiros no período do verão”, avançou o Ministério da Administração Interna num comunicado.

“No plano tecnológico: a ANA encontra-se a desenvolver um ‘chatbot’ – aplicação informática para telemóveis – para informação e auxílio dos passageiros, com vista a um melhor direcionamento dos mesmos para o canal apropriado”, lê-se na nota divulgada esta segunda-feira.

“Chatbot” é o nome dado a aplicações que recorrem a métodos de inteligência artificial – uns mais do que outros – que permitem o tratamento automatizado de pedidos ou questões colocadas pelas pessoas. O recurso a “chatbots” é uma tendência crescente nos serviços de apoio ao cliente, mas pode gerar frustração por não permitir o contacto imediato com uma pessoa real.

A ANA acredita que um “chatbot” também pode ajudar no auxílio aos passageiros nos aeroportos portugueses, sendo uma de duas medidas ainda em fase de implementação. A outra é “desenvolver sinalética que permitirá melhorar e simplificar os diversos canais dedicados ao fluxo de passageiros”.

A par destas, o Ministério da Administração Interna dá conta do reforço de meios humanos nos aeroportos, incluindo inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP). Além disso, está a ser alargado o recurso às portas tecnológicas de controlo eletrónico de passageiros.

Estas medidas surgem numa altura em que a retoma dos voos após a Covid-19 está a gerar caos nos aeroportos ao nível internacional, incluindo em Portugal, sobretudo no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Neste fim de semana, foram cancelados dezenas de voos, deixando em terra milhares de pessoas e provocando longas filas e demoras, à medida que os passageiros procuravam solução para os respetivos constrangimentos.

Para esta segunda-feira, a ANA prevê o cancelamento de 29 voos de e para o aeroporto de Lisboa, entre 15 partidas e 14 chegadas.

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Lufthansa Group reforça voos do Porto para Zurique e Genebra. Câmara “agradece” aposta

Companhia aérea Swiss, do Lufthansa Group, reforça oferta para este verão, com mais dez voos para Zurique e mais quatro para Genebra. A Câmara do Porto considera uma grande aposta na cidade.

Durante os meses de julho e agosto, o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, vai ter disponível mais dez voos semanais diretos para Zurique e mais quatro para Genebra operados pela companhia aérea Swiss International Air Lines (Swiss), que pertence ao Lufthansa Group. Esta aposta na cidade vem responder aos apelos do município face ao “desinvestimento” da TAP e à necessidade de “atrair outras companhias aéreas” para a região. “Em breve, vamos apresentar ao Governo algumas soluções que encontrámos, já que não se consegue ter as ligações asseguradas pela companhia aérea portuguesa TAP“, anunciou a vereadora com o Pelouro do Turismo e da Internacionalização da Câmara do Porto, Catarina Santos Cunha.

À margem da apresentação do reforço de voos pela Swiss, no Jardim Botânico do Porto, a vereadora com o Pelouro do Turismo e da Internacionalização explicou que o documento, a apresentar ao Governo, resulta de um grupo de trabalho constituído com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) “no sentido de se encontrar outra forma de atrair companhias aéreas”.

Por isso mesmo, o anúncio de mais 14 voos diretos, a partir do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, da parte da companhia aérea suíça Swiss, surge como uma lufada de ar fresco para Catarina Santos Cunha. O município tem travado uma “luta” para conseguir posicionar a cidade e atrair mais companhias aéreas, sobretudo desde o “desinvestimento” da TAP na infraestrutura localizada no concelho da Maia. A vereadora acredita que é só uma questão de tempo até muitas mais companhias aéreas seguirem o exemplo da Swiss para alavancar a região.

Em breve, vamos apresentar ao Governo algumas soluções que encontrámos, já que não se consegue ter as ligações asseguradas pela companhia aérea portuguesa TAP.

Catarina Santos Cunha

Vereadora da Câmara do Porto com o Pelouro do Turismo e da Internacionalização

Para a vereadora do município do Porto, este reforço “só demonstra que a cidade e a região se estão a posicionar cada vez melhor“. Mais, reiterou: “É um reconhecimento de como temos crescido face ao resto do país, mesmo em termos de turismo. Faz parte da estratégia que estamos a desenvolver e que será brevemente comunicada na procura de um turismo mais bem posicionado, com a preocupação na internacionalização, nas visitas de negócios”, por exemplo.

“O mercado da Suíça interessa. Além disso, esta companhia aérea tem ligações internacionais para outros destinos do mundo que são relevantes para nós”, afirmou a vereadora do município do Porto, lembrando que o Aeroporto Francisco Sá Carneiro foi recentemente distinguido pelo Airport Council International com o prémio de ‘Best European Airport 2022’.

Entre as razões para esta aposta da Swiss no Porto estão, segundo o o diretor-geral de vendas em Portugal, Thomas Ahlers, o facto de “ser uma cidade mais segura, politicamente estável comparada com outros locais do mundo, com muito potencial, além de as pessoas serem simpáticas e amigáveis”.

“Além dos serviços existentes de manhã, meio-dia e noite do Porto para Zurique, a Swiss disponibiliza um voo matinal do Porto quatro vezes por semana desde 1 de julho. O voo LX2069 sai do Porto às 03:05 e chega a Zurique às 06:30, dando aos passageiros um ótimo acesso a uma vasta rede de voos de ligação atraentes do hub Swiss”, anunciou o diretor-geral de vendas Portugal, durante a sessão de apresentação.

“A Swiss está a oferecer 70% mais voos a partir do Porto do que em 2019, antes da pandemia, até seis frequências diárias. No total, a companhia aérea está a operar um número recorde de nove voos diários das cinco cidades portuguesas de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Ponta Delgada para a Suíça no horário de Verão”, sublinhou ainda o diretor-geral de vendas Portugal. Interpelado pelos jornalistas se este reforço vai continuar no inverno, Thomas Ahlers respondeu: “Ainda não temos novidades e detalhes sobre o inverno; apenas este anúncio para o verão”.

A diretora geral do Lufthansa Group para a Europa Ocidental, Júlia Hillenbrand, destacou, por sua vez, “a sustentabilidade como pedra angular do programa de transformação da Swiss”, com “80% menos ruído a ser emitido pelas aeronaves modernas na descolagem em comparação com as construídas há 60 anos”.

“Os voos para Genebra estão disponíveis a partir de 78 euros para um voo de ida e volta. A tarifa mais barata para um voo de ida e volta para Zurique é de 99 euros”, divulga a companhia aérea suíça.

Também presente no evento, Leslie Bent, representante do turismo da Suíça em Portugal, adiantou que houve um aumento de portugueses a viajar para aquele país à procura de destinos de natureza. E aproveitou a oportunidade para referir que o “país não é só neve, tem muito mais do que isso para oferecer. Viajar para a Suíça é mágico, tem imensos museus para visitar, entre muitas outras atrações. Além dos famosos queijos e chocolates”.

“Com uma das frotas de aeronaves mais avançadas e eficientes em termos de carbono da Europa, a Swiss é uma companhia aérea de primeira linha que oferece voos diretos a partir de Zurique e Genebra para manter a Suíça ligada à Europa e ao mundo”, informa a companhia aérea. Faz parte do Lufthansa Group e é também membro da Star Alliance, a maior rede mundial de companhias aéreas.

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Espanha: Aserta, MIC Insurance, e Abarca no top 3 do seguro de caução

  • Servimedia
  • 4 Julho 2022

As seguradoras Aserta, MIC Insurance e Abarca estão no top 3 de seguros de caução em Espanha. Os dados são do ranking de prémios das companhias de seguros diretos de 2021, publicado pelo ICEA.

A Aserta, MIC Insurance Company e Abarca Companhia de Seguros são as três seguradoras que lideram o ranking de prémios das companhias de seguros de caução direta em Espanha, de acordo com o ranking de prémios das companhias de seguros diretos de 2021, publicado pelo ICEA, noticia a Servimedia.

A seguradora Aserta, presidida por Enrique Murguía Pozzi, pertence ao Grupo Financeiro Aserta, uma entidade mexicana que opera em vários países, com um nível de prémios de 31,9 milhões de euros, com uma quota de mercado de 20,5%.

Já a MIC Insurance é uma empresa pertencente ao grupo empresarial Morera & Vallejo, com sede em Sevilha e presidida por Antonio Morera Vallejo. Alcançou 24,7 milhões de euros em prémios e representa uma quota de mercado de mais de 16% em Espanha.

Por último, a Abarca é uma companhia de seguros portuguesa que opera não só em Portugal, mas também noutros mercados, como Espanha e a Itália, centrando-se exclusivamente na linha de negócio Surety. Esta seguradora é liderada por Nuno Oliveira Matos e atingiu um nível de 16,3 milhões de prémios, com uma quota de mercado de 10,5 por cento.

A posição da MIC Insurance, a primeira empresa com sede em Espanha no top 3 em seguros de caução, destaca-se de outras empresas de origem espanhola. Tem 90% mais prémios do que o Crédito y Caución (com um volume de 13 milhões e uma quota de mercado de 10%) e mais do dobro do nível do CESCE, que tem 10,4 milhões em prémios e uma quota de mercado de 8,4%.

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Recessão em Portugal menos provável do que na média europeia, diz Constâncio

  • Lusa
  • 4 Julho 2022

A recuperação do turismo nacional pode “facilitar a que se possa evitar” uma recessão no país, disse ainda o antigo vice-presidente do Banco Central Europeu.

O ex-ministro das Finanças Vítor Constâncio defendeu esta segunda-feira que uma recessão em Portugal será menos provável do que na média europeia, justificando que o centro da Europa será mais afetado devido à sua maior dependência do gás russo.

Se a recessão, quer nos Estados Unidos quer na Europa, for suave, é possível que vários países [como Portugal] escapem a uma descida suave do PIB (Produto Interno Bruto)”, afirmou o antigo vice-presidente do Banco Central Europeu, no encontro sobre as alterações fiscais do Orçamento do Estado para este ano, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

Vítor Constâncio disse também que a recuperação do turismo nacional pode “facilitar a que se possa evitar” uma recessão no país, justificando que os efeitos da guerra na Ucrânia são maiores para países do centro da Europa, como a Alemanha.

O antigo ministro das Finanças disse ser “óbvio” que devido a uma inflação este ano superior à prevista significa que vai haver mais receita do que a orçamentada, nomeadamente em impostos indiretos como o IVA, que é uma percentagem em relação aos preços e que, por isso, acompanha a evolução da inflação. “Se o orçamento for cumprido na parte das despesas, se não houver razões para aumentar as despesas, é obvio que as receitas serão mais altas do que as que estão orçamentadas e haverá um défice menor”, frisou.

No evento, organizado pela sociedade de advogados RFF & Associados, Rogério Fernandes Ferreira falou sobre a contribuição especial para a conservação dos recursos florestais, a denominada “taxa das celuloses” criada em 2020 e que aguarda ser regulamentada. “Preparem-se portanto que, em momentos em que é difícil politicamente apresentar agravamento dos impostos tradicionais, há esta via indireta de criar outro tipo de receitas“, avisou o sócio e fundador da RFF.

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CEO da TAP diz que situação nos aeroportos “não deverá melhorar nas próximas semanas”

Presidente executiva da TAP afirma que o transporte aéreo, bem como a respetiva estrutura e serviços complementares, enfrenta uma séria limitação de recursos a nível global.

As dificuldades das companhias aéreas e do handling nos aeroportos que tem provocado atrasos e mesmo o cancelamento de voos vão persistir nas próximas semanas, alerta a CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, numa carta aos clientes publicada no site da companhia.

“Neste momento, reconhecemos que não estamos a oferecer o serviço de excelência que planeámos e que queremos que experiencie connosco, face à crise que o transporte aéreo atravessa e que, de acordo com as previsões mais recentes, não deverá melhorar nas próximas semanas, fruto do aumento regular das viagens de lazer e de negócios. Por tudo isto, apresentamos-lhe as nossas mais sinceras desculpas”, escreve a CEO na mensagem.

“Ainda que as restrições à mobilidade de passageiros tenham sido levantadas na sua maioria, o transporte aéreo, bem como a respetiva estrutura e serviços complementares, enfrenta uma séria limitação de recursos a nível global, num momento em que as operações de voo passaram praticamente do zero para cerca de 90% dos níveis pré-pandemia”, justifica a responsável.

O fim de semana foi marcado por vários cancelamentos, inclusive de voos da TAP. Os problemas foram agudizados na sexta-feira pelo rebentamento de um pneu de uma aeronave no Aeroporto Humberto Delgado, que obrigou a encerrar a pista durante algumas horas. A falta de pessoal no handling em vários aeroportos e algumas greves também têm contribuído para os constrangimentos. No caso da companhia aérea portuguesa, a operação também tem sido penalizada pelo absentismo entre os tripulantes, que ronda os 20%, segundo apurou o ECO.

Os problemas foram reconhecidos pela presidente-executiva da TAP ainda no domingo, no Brasil. “Devido a constrangimentos em vários aeroportos em que a TAP opera, incluindo o incidente com um jato privado na sexta-feira no aeroporto de Lisboa, muitos voos da companhia foram afetados e, consequentemente, toda a nossa operação”.

Este fim de semana não foi fácil para a TAP devido a constrangimentos vários. Só com o empenho e esforço das equipas, tanto de terra como do ar, foi possível prestar o melhor serviço possível aos nossos passageiros, levá-los ao destino e normalizar a operação. O nosso muito obrigado a todos”, refere também a CEO na carta divulgada hoje.

“Garantimos que a TAP e todas as nossas equipas estão empenhadas, neste momento, em minimizar ao máximo todo e qualquer inconveniente que possa surgir durante a sua jornada connosco, esperando contar com um transporte aéreo mais robusto, funcional e articulado no verão de 2023″, diz Christine Ourmières-Widener.

Esta manhã, a ANA – Aeroportos de Portugal estimava à Agência Lusa que durante o dia de hoje fossem cancelados 29 voos de e para o aeroporto de Lisboa, entre 15 partidas e 14 chegadas.

(notícia atualizada às 15h41)

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BCE vai encarecer financiamento de empresas que emitam mais carbono

  • Lusa
  • 4 Julho 2022

O BCE terá em conta as emissões de carbono das empresas nas suas compras de obrigações empresariais no âmbito dos programas de compra de dívida e operações de refinanciamento.

O Banco Central Europeu (BCE) vai encarecer o financiamento de empresas que emitam mais carbono e dar-lhes incentivos para reduzir as emissões, segundo o anúncio, feito esta segunda-feira, de que vai “incorporar as alterações climáticas nas suas operações de política monetária”.

A partir deste ano, o BCE terá em conta as emissões de carbono das empresas nas suas compras de obrigações empresariais no âmbito dos programas de compra de dívida e operações de refinanciamento.

O BCE também exigirá que as empresas forneçam mais informações sobre as suas emissões e que administrem melhor os riscos relacionados com o clima. Com estas medidas, o BCE pretende “reduzir o risco financeiro relacionado com o clima no balanço do Eurossistema, encorajar a transparência e apoiar a transição verde da economia”.

“Com estas decisões estamos a traduzir o nosso empenho na luta contra as alterações climáticas em ações reais”, disse a presidente do BCE, Christine Lagarde. “No âmbito do nosso mandato, estamos a tomar medidas mais concretas para incorporar as alterações climáticas nas nossas operações de política monetária”, de acordo com Lagarde.

O BCE deverá alinhar as suas atividades com os objetivos do Acordo de Paris sobre alterações climáticas, que estabelece a neutralidade de carbono até 2025.

Há um ano, ao rever a estratégia de política monetária, o BCE já dizia que “as alterações climáticas e a transição para uma economia de baixo carbono afetam o valor e o perfil de risco dos ativos” que detém no seu balanço, o que poderia levar a uma acumulação indesejável de riscos financeiros relacionados com o clima.

É por isso que o BCE e os bancos centrais nacionais querem descarbonizar gradualmente as suas participações em obrigações de empresas em conformidade com o Acordo de Paris e, para tal, reduzirão as obrigações das empresas que emitem mais carbono dos seus balanços.

A partir de outubro, o BCE irá reinvestir obrigações adquiridas com vencimento nos próximos anos em empresas com menores emissões de gases com efeito de estufa, objetivos mais ambiciosos de redução de emissões e melhor informação sobre os seus riscos climáticos.

Isabel Schnabel, membro do Conselho Executivo do BCE, disse numa conferência de imprensa que a carteira de obrigações de empresas do BCE vale 350.000 milhões de euros, 10% dos quais são reinvestidos, pelo que cerca de 30.000 milhões de euros de reinvestimentos por ano.

O BCE irá aumentar a proporção de obrigações no seu balanço detidas por empresas que emitem menos e estão mais empenhadas na luta contra as alterações climáticas. O BCE não quer excluir nenhuma empresa, mas quer que aquelas que são menos verdes façam a transição e lhes dêem incentivos.

Assim, será estabelecida uma nova taxa de referência para as empresas de baixas emissões. Até agora, a taxa de referência que existe no mercado é fixa.

Além disso, o BCE publicará informações sobre o clima da sua carteira de obrigações de empresas, regularmente a partir do primeiro trimestre de 2023, mas não fornecerá dados sobre empresas individuais, como nunca o fez antes.

Ainda assim, o BCE salienta que “o volume de compras de obrigações de empresas continuará a ser determinado unicamente por considerações de política monetária e pela sua importância na consecução do objetivo da inflação”.

O BCE também reduz a proporção de dívida emitida por empresas de carbono intensivo que os bancos podem colocar como garantia em operações de refinanciamento. Desta forma, o BCE pretende reduzir os riscos relacionados com o clima nas operações de empréstimo.

Numa primeira fase, antes do final de 2024, o BCE aplicará estes limites aos instrumentos de dívida negociáveis emitidos por empresas não financeiras, desde que sejam satisfeitas as “condições técnicas necessárias”. Posteriormente, poderia acrescentar tais limites a novas classes de ativos.

O BCE também terá em conta os riscos das alterações climáticas já este ano ao rever o corte que aplica às obrigações de empresas que os bancos utilizam como garantia.

O BCE aplica cortes no valor das garantias em função do seu risco, mas insiste que serão mantidas amplas garantias para permitir que a política monetária seja implementada eficazmente.

A partir de 2026, o BCE só aceitará como garantia ativos e créditos de empresas e devedores que cumpram com a diretiva sobre informação empresarial sustentável. Como a implementação da diretiva foi adiada, o BCE aplicará este critério a partir de 2026.

A diretiva não afeta muitos ativos que podem ser utilizados como garantia em operações de empréstimo do BCE, tais como títulos garantidos por ativos e obrigações cobertas.

Além disso, o BCE “insta as agências de notação a serem mais transparentes sobre a forma como incorporam os riscos climáticos nas suas notações” e a exigirem mais informação às empresas sobre estes riscos.

A partir do final de 2024, o BCE exigirá também aos bancos centrais nacionais dos países do euro que estabeleçam padrões mínimos para a avaliação do risco climático dos empréstimos hipotecários.

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