Caos no aeroporto. TAP diz que incidente com jato privado em Lisboa afetou e fez divergir muitos voos

  • Lusa e ECO
  • 3 Julho 2022

Para domingo está previsto o cancelamento de 41 voos (23 chegadas e 18 partidas), de acordo com a informação disponível no site da ANA.

Constrangimentos em vários aeroportos europeus estão a levar a cancelamentos de voos, que aliados ao aumento da procura têm gerado a criação de longas filas nos aeroportos. Além disso, o incidente com um jato privado e consequente encerramento da pista no aeroporto de Lisboa, na sexta-feira, afetou e fez divergir para outros aeroportos muitos voos da TAP, disse à Lusa fonte oficial da transportadora aérea.

“A pista no aeroporto de Lisboa não esteve operacional durante algumas horas na sexta-feira, 01 de julho, à tarde, devido a um incidente com um jato privado. Em consequência, muitos voos da TAP foram afetados e divergiram para outros aeroportos”, afirmou a fonte da TAP.

Apesar dos “muitos voos impactados” e do período de alta temporada turística que se atravessa, a TAP assegura estar a fazer o seu “melhor para minimizar o impacto desta situação”.

Na base desta resposta da TAP estão questões da Lusa sobre o número de voos com saída ou chegada prevista para Lisboa que no sábado foram cancelados ou sofreram atrasos e sobre os passageiros afetados. Aos passageiros afetados por esta situação, a fonte oficial a companhia área indica que “deverão aguardar uma mensagem da TAP com um novo horário de voo”.

De acordo com a ANA – Aeroportos de Portugal, no sábado foram cancelados 65 voos (40 chegadas e 25 partidas) “devido a um conjunto de constrangimentos em vários aeroportos europeus”.

Relativamente ao dia de hoje, e de acordo com a informação disponível no site da ANA, está previsto o cancelamento de 41 voos (23 chegadas e 18 partidas), a maior parte do quais da TAP.

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Quem é quem na equipa de Montenegro no PSD?

Já está escolhida a equipa de Luís Montenegro no PSD. Hugo Soares é secretário-geral do partido, Paulo Rangel um dos vice-presidentes e Pedro Reis lidera o Movimento Acreditar.

Já está escolhida a equipa do novo líder do PSD, Luís Montenegro e que vai a votos no último dia do 40º congresso do partido, que decorre no Porto. Hugo Soares, antigo líder parlamentar da bancada social-democrata, será o secretário-geral do partido, sucedendo a José Silvano. Já Pedro Reis vai liderar o Movimento Acreditar, uma plataforma de discussão com a sociedade da qual deverá resultar o programa eleitoral.

O “número 2” de Montenegro será então Hugo Soares, que foi vice-presidente na bancada de Luís Montenegro e acabou por suceder a este na liderança parlamentar. Foi também líder da Juventude Social-Democrata, entre 2012 e 2014.

Montenegro escolheu também Pedro Reis, ex-presidente da AICEP, para coordenar o Movimento Acreditar. Esta plataforma, que vai funcionar como uma espécie de “Estados Gerais”, servirá para discussão política com a sociedade, instituições e personalidades, com o objetivo de elaborar um programa eleitoral nos próximos dois anos.

Na equipa de Montenegro, anunciada no Congresso do PSD este sábado, figura ainda o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, que vai encabeçar a lista ao Conselho Nacional, seguido da antiga ministra Maria Luís Albuquerque, enquanto o Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, será o novo presidente da Mesa do Congresso.

Para o Conselho de Jurisdição Nacional foi escolhido José Matos Correia, ex-deputado e antigo vice-presidente do PSD, enquanto para a Comissão Política Nacional, como vice-presidentes do partido, ficam: Paulo Rangel, Miguel Pinto Luz, Margarida Balseiro Lopes, António Leitão Amaro, Paulo Cunha e Inês Ramalho.

Montenegro anunciou ainda que a Academia de formação do PSD será liderada pelo ex-eurodeputado Carlos Coelho, o Conselho Estratégico Nacional (CEN) por Pedro Duarte, ex-líder da JSD e ex-secretário de Estado da Juventude, e a coordenação das autárquicas fica a cargo de Pedro Alves, líder distrital de Viseu.

Além disso, tinha já sido revelado esta sexta-feira que Joaquim Miranda Sarmento, que era conhecido como o “Centeno de Rio”, vai substituir Paulo Mota Pinto na liderança da bancada parlamentar do PSD.

À chegada ao Congresso, Montenegro disse estar “muito contente” com as listas que ia apresentar. “Eu acho que não há ninguém no PSD que não esteja hoje mobilizado e motivado para ajudar a direção do partido, a sua liderança, neste grande desafio que é recuperar a confiança dos portugueses e darmos a Portugal uma alternativa politica de governo, de gestão dos recursos públicos que possa criar mais riqueza, mais condições de vida, estamos todos muito juntos”, apontou.

Montenegro sucede a Rui Rio na liderança do PSD, que anunciou a sua saída após os resultados das eleições antecipadas de janeiro, que deram maioria absoluta ao PS.

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Montenegro escolhe Hugo Soares para secretário-geral do PSD

  • ECO
  • 2 Julho 2022

Já é conhecida a lista que Luís Montenegro apresenta ao congresso do partido e que vai ser votada este domingo.

Paulo Rangel, Miguel Pinto Luz, Margarida Balseiro Lopes, António Leitão Amaro, Paulo Cunha e Inês Ramalho são os nomes escolhidos para a comissão política do PSD e Hugo Soares é o candidato a secretário-geral. A lista agora anunciada pelo presidente eleito do partido vai a votos no domingo.

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Greves cancelam centenas de voos em Madrid e Paris

  • Lusa
  • 2 Julho 2022

Os aeroportos de Madrid e de Paris estão a viver um fim de semana de caos por causa das greves. Há centenas de voos cancelados.

A greve de trabalhadores cancelou dezenas de voos esta manhã de sábado no aeroporto de Paris Charles de Gaulle (CDG), enquanto em Madrid 15 voos foram cancelados e outros 175 sofreram atrasos devido a greves na easyJet e Ryanair. No principal aeroporto da capital francesa, o conflito está relacionado com os salários e condições de trabalho e pode afetar o arranque das férias daqui a uma semana.

Os bombeiros do Paris CDG estão em greve desde quinta-feira, o que obrigou a Direção Geral da Aviação Civil (DGAC) a pedir a suspensão preventiva de voos e a encerrar parte das pistas, por questões de segurança.

Os funcionários dos Aeroportos de Paris (ADP), grupo controlado maioritariamente pelo Estado, e os subcontratados associaram-se ao movimento de contestação social intersindical, de acordo com a direção.

Os cancelamentos afetaram um voo em cada cinco entre as 07h00 e as 14h00 deste sábado nas chegadas e partidas do Paris CDG, contra um voo em cada seis na quinta-feira e na sexta-feira. Isto representa 150 voos suprimidos em 1.300, de acordo com um porta-voz do grupo ADP.

O outro grande aeroporto de Paris, Orly, não foi afetado pela greve.

As negociações salariais não foram concluídas na sexta-feira e a mesa negocial permanece aberta, disse o porta-voz do ADP.

Os bombeiros levantaram, entretanto, o pré-aviso de greve para o resto do fim de semana, o que para a DGAC e a ADP permite antever um domingo sem perturbações.

Por outro lado, apresentaram outro pré-aviso de greve que se prolonga desde as 05h00 de 08 de julho, sexta-feira, até à meia-noite de domingo, 10 de julho, o primeiro fim de semana das férias grandes escolares.

Em Madrid, pelas 13h00 locais, cinco voos da companhia de baixo custo easyJet e 10 voos da também ‘low cost’ Ryanair tinham sido cancelados e 175 outros sofreram atrasos, dos quais 52 da easyJet e 123 da Ryanair, segundo números avançados pelos sindicatos em comunicado.

Na Ryanair, os representantes do sindicato espanhol USO já anunciaram três novos períodos de greve, de quatro dias cada: de 12 a 15 de julho; de 18 a 21 de julho; e de 25 a 28 de julho, nos 10 aeroportos espanhóis onde a companhia irlandesa opera.

A greve na Ryanair pretende obter melhores condições de trabalho para os 1.900 assistentes de cabine da companhia em Espanha.

Já o pessoal de cabine da easyJet reivindica um alinhamento das suas condições de trabalho com as dos seus colegas no resto da Europa.

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ANA aumenta para 65 previsão de voos cancelados hoje no aeroporto de Lisboa

  • Lusa
  • 2 Julho 2022

“Aconselhamos os passageiros com voo marcado para hoje a contactarem as companhias aéreas”, indicou a ANA.

A ANA – Aeroportos de Portugal aumentou de 32 para 65 a previsão de voos cancelados durante o dia de hoje com destino e origem no aeroporto de Lisboa, devido a constrangimentos em vários aeroportos europeus.

“Devido a um conjunto de constrangimentos em vários aeroportos europeus, estão previstos, para o dia de hoje, 65 voos cancelados – 40 chegadas e 25 partidas”, informou a ANA, numa nota enviada à Lusa.

Esta informação atualiza os dados divulgados pela ANA há cerca de duas horas, que apontavam para o cancelamento de um total de 32 voos no aeroporto de Lisboa, nomeadamente 18 chegadas e 14 partidas.

Neste âmbito, “o aeroporto de Lisboa implementou medidas para apoiar as companhias aéreas, nomeadamente a instalação de balcões móveis suplementares para reagendamento de voos”, afirmou a empresa concessionária dos aeroportos, indicando que foram também reforçadas as equipas de apoio aos passageiros e distribuição de águas.

“Aconselhamos os passageiros com voo marcado para hoje a contactarem as companhias aéreas”, indicou a ANA.

De acordo com a informação disponível no ‘site’ da ANA, até às 16:30 de hoje foram canceladas três dezenas de voos com origem e destino a Lisboa. Em causa estão, segundo informações recolhidas no referido ‘site’, voos com destino várias cidades europeias, mas também a Filadélfia, Acra, Dakar, Porto Santo e Varadero.

Do lado das chegadas há também indicação de cancelamento de vários voos que estavam previstos aterrar em Lisboa durante a manhã, provenientes de origens tão variadas quanto Tanger, Porto, Sal, Bratislava, Madrid, Paris, Milão, Frankfurt, Roma, Recife ou Casablanca. Até ao final do dia, a informação atualmente disponível aponta para o cancelamento de mais de duas dezenas de voos com origem e destino a Lisboa.

Na maioria destas situações estão em causa voos da TAP, de acordo com os mesmos dados.

O aeroporto do Porto registou até ao momento o cancelamento de uma partida com destino a Amesterdão e de duas chegadas.

Os cancelamentos de voos aliados ao aumento da procura têm gerado a criação de longas filas nos aeroportos, com muitos passageiros a queixarem-se das horas perdidas à espera da bagagem e a reportarem o facto de apenas conseguirem recuperar as malas dias depois de terem chegado.

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Ministra não prevê falta de alimentos provocada pela seca ou pela guerra

  • Lusa
  • 2 Julho 2022

“Criámos, com toda a cadeia alimentar, desde a produção até ao retalho, grupos de acompanhamento para que não haja quebra", apontou a ministra.

A ministra da Agricultura e Alimentação garantiu hoje que “não há dados que apontem para a falta de alimentos” devido às situações de seca no país e de guerra na Ucrânia, e prometeu apoio para os setores de produção.

Maria do Céu Antunes, que esteve nos concelhos da Póvoa de Varzim e Vila do Conde, distrito do Porto, a inaugurar num novo complexo de armazéns de aprestos da comunidade piscatória local, deixou uma mensagem de “tranquilidade”, lembrando que o Governo está monitorizar a situação.

“Criámos, com toda a cadeia alimentar, desde a produção até ao retalho, grupos de acompanhamento para que não haja quebra e que os produtos continuem a chegar à mesa dos nossos cidadãos. Não temos dados que nos apontem para uma falta de alimentos”, vincou a governante.

Ainda assim, e apesar de não acreditar numa escassez, a ministra disse ser “inevitável” uma subida generalizada dos preços que pode criar “constrangimentos, nomeadamente sociais”. “Estamos a sentir esse aumento de preços, causados pela inflação, pelos maiores custos com energia e pela subida dos fatores de produção, mas criámos um conjunto de medidas, para o setor da agricultura e da pesca, para minimizar essas subidas”, disse Maria do Céu Antunes.

A governante reconheceu as “incertezas” sobre o tempo que irá durar a guerra na Ucrânia e os impactos inerentes, mas prometeu que o Governo “está atento à situação e pronto para aplicar medidas”, o mesmo se passando com a situação de seca em Portugal.

“Temos um plano de ação a curto prazo, que está já a ser implementado, e um de médio/longo, para criar sistemas mais resilientes e sustentáveis no uso eficiente da água, que é determinante para podermos garantir as melhores condições para produção alimentar no país”, completou.

Nesta questão da alimentação, Maria do Céu Antunes lembrou a importância do setor da pesca, divulgando que a quantidade de capturas no país aumentou de 99 mil toneladas em 2020 para 124 mil em 2021, numa tendência que está ter seguimento este ano.

“Em 2021 o valor do pescado transacionado nas lotas e nos portos de Portugal continental atingiu os 270 milhões de euros, o que representa um aumento de 27% quando comprado com 2020, e de 17,5% em relação a 2019”, disse.

A ministra da Agricultura e Alimentação afirmou, ainda, que o setor das pescas nacional “tem o maior valor individual no pacote global de exportações de toda a fileira agroalimentar, representando mil milhões de euros anuais”.

“Temos de continuar a apoiar este setor, e já entre 2023 e 2027 haverá o Fundo Europeu do Assuntos Marítimos (FEAM) com uma dotação superior a 500 milhões de euros, para melhorarmos as condições de segurança dos nossos portos de pesca e fomentar a pesca sustentável e economicamente viável para as comunidades”, anunciou.

Precisamente sobre as condições de segurança dos pescadores, e sendo alertada pelos presidentes da Câmara da Póvoa de Varzim e Vila do Conde para a necessidade constante de intervenções nos portos locais, a ministra garantiu a ação do Governo.

“É absolutamente determinante. Temos trabalhado com a Docapesca nos planos para essas intervenções e estamos a fazer descentralizações de competências para que os próprios municípios possam trabalhar, em conjunto com o Governo, para servir o melhor possível as comunidades piscatórias e dar-lhes as melhores condições de segurança”, prometeu a ministra da Agricultura.

Maria do Céu Antunes marcou hoje presença na inauguração de um novo complexo de armazéns de aprestos da comunidade piscatória da Póvoa de Varzim e Vila do Conde, distrito do Porto, promovida pela Associação Pró Maior Segurança dos Homens do Mar, e participou numa homenagem a José Festas, antigo presidente do organismo, que morreu em 2021.

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Mecanismo ibérico permitiu poupança média diária de “cerca de 14%”

  • Lusa
  • 2 Julho 2022

Nos primeiros 15 dias de aplicação, o mecanismo ibérico permitiu que as pessoas com contratos de fornecimento de eletricidade expostos beneficiassem de uma poupança média diária de 38 euros/MWh.

O mecanismo ibérico, que estabelece um preço máximo do gás para produção de eletricidade, permitiu às famílias e empresas uma poupança média diária de “cerca de 14%” nos primeiros 15 dias de aplicação, anunciou hoje o Ministério do Ambiente.

“Nos primeiros 15 dias de aplicação, o mecanismo ibérico permitiu que as famílias e as empresas com contratos de fornecimento de eletricidade expostos ao preço do mercado ‘spot’/à vista de eletricidade beneficiassem de uma poupança média diária de 38 €/MWh [euros por Megawatt-hora], correspondendo a uma redução média diária de cerca de 14%”, revelou o gabinete do ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro.

Em comunicado, a tutela explicou que as famílias e as empresas expostas ao mercado ‘spot’ de eletricidade suportaram “um preço médio de 237,84 €/MWh graças à existência do mecanismo, por contraponto ao valor de 275,90 €/MWh que pagariam se esta medida não tivesse sido aplicada”.

Segundo os dados diários do preço grossista no mercado de eletricidade durante os 15 dias de aplicação do mecanismo ibérico, apresentados pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática, o dia de 22 de junho foi o que registou o preço mais elevado em Portugal com o mecanismo, de 284,87 €/MWh, que sem mecanismo foi de 296,19 €/MWh, quando em França foi de 383,14 €/MWh e em Itália foi de 368,07 €/MWh.

Durante este período, com o mecanismo ibérico Portugal registou o preço mais baixo no dia 26 de junho, no valor de 178,38 €/MWh, que sem mecanismo aumenta para 252,56 €/MWh, em França foi de 249,07 €/MWh e em Itália foi de 286,15 €/MWh, de acordo com os dados divulgados pelo gabinete do ministro do Ambiente relativamente à evolução de preços nos mesmos 15 dias.

A tutela informou ainda que, durante os primeiros 15 dias de aplicação do mecanismo ibérico, “o preço do gás natural (GN) cresceu mais de 45%, passando dos 80 €/MWh registados no dia 15 de junho para os 116,03 €/MWh do dia 30, o que levou ao aumento do custo da geração de eletricidade a partir de GN”.

Com efeitos no mercado de eletricidade desde 15 de junho, o mecanismo ibérico define um regime excecional para a fixação dos preços no Mercado Ibérico de Eletricidade (MIBEL), na sequência da escalada de preços no mercado do gás natural (em máximos históricos), com consequências diretas negativas na subida dos preços da eletricidade.

A medida está em vigor até 31 de maio de 2023, englobando o período de maior consumo de eletricidade (outono e inverno) e, “durante este período, está definido um preço máximo médio de 48,75 euros por Megawatt-hora para o GN utilizado na produção de eletricidade”, lembrou o Ministério do Ambiente.

O mecanismo ibérico pretende “limitar a escalada dos preços da eletricidade e proteger quem está mais exposto aos preços do mercado à vista (‘spot’)”, beneficiando também os restantes consumidores de eletricidade à medida que renovem os seus contratos de fornecimento.

A medida resulta do trabalho de estreita cooperação entre os Governos de Portugal e de Espanha, para separar o preço do GN da formação de preço de eletricidade no MIBEL, sendo ainda consequência do reconhecimento, pela Comissão Europeia, das especificidades ibéricas, nomeadamente a reduzida capacidade de interligação elétrica da Península Ibérica à Europa Continental.

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Sindicatos da Ryanair anunciam mais 12 dias de greve este mês em Espanha

  • Lusa
  • 2 Julho 2022

Os 12 novos dias de greve terão, como os anteriores, 24 horas de duração e todos os trabalhadores da Ryanair em Espanha estão convocados.

Os sindicatos da companhia aérea Ryanair convocaram mais 12 dias de greve em Espanha para a tripulação de cabine durante este mês, após seis dias de paralisação que terminaram hoje.

Num comunicado hoje divulgado, os sindicatos USO e Sitcpla anunciaram greve para os dias 12, 13, 14, 15, 18, 19, 20, 21, 25, 26, 27 e 28 de julho nos dez aeroportos espanhóis onde a Ryanair opera – Madrid, Málaga, Sevilha, Alicante, Valência, Barcelona, Girona, Santiago de Compostela, Ibiza e Palma de Maiorca.

Em declarações à comunicação social, a secretária-geral da USO na Ryanair, Lidia Arasanz, assegurou que os sindicatos “foram forçados” a convocar novos dias de greve após os seis dias de greve que geraram 200 cancelamentos de voos e quase mil voos atrasados em todo o país.

Da mesma forma, criticou o facto de a empresa não ouvir os trabalhadores e “preferir deixar milhares de passageiros em terra a sentar-se para negociar um acordo sob a lei espanhola”. Os 12 novos dias de greve terão, como os anteriores, 24 horas de duração e todos os trabalhadores da Ryanair em Espanha estão convocados.

Dada a falta de progressos, os sindicatos convocaram a greve e os já elevados serviços mínimos autorizados pelo Governo não foram respeitados pela empresa. Até às 13:00, 10 voos foram cancelados e houve 123 atrasos neste sexto dia de greve da tripulação de cabine da Ryanair nas 10 bases da companhia aérea em Espanha.

Este dia de greve na Ryanair coincide com o segundo, de um total de nove, da tripulação de cabine da empresa britânica de baixo custo easyJet, que foram convocados pelo sindicato da USO para os dias 01, 02, 03, 15, 16, 17, 29, 30 e 31 de julho nos aeroportos de Málaga, El Prat e Palma de Maiorca. Devido à greve da easyJet, houve hoje cinco cancelamento e 52 voos com atrasos até às 13:00.

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Um em cada cinco carros novos em Portugal já está ligado à corrente

Híbridos plug-in e elétricos valeram 20% das vendas de automóveis novos de passageiros na primeira metade do ano e já têm mais peso no mercado do que as unidades a gasóleo.

Um em cada cinco carros novos de passageiros comprados em Portugal no primeiro semestre está ligado à corrente. A aposta em soluções eletrificadas está mesmo acima da compra de unidades apenas a gasóleo, assim demonstram os dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

Entre janeiro e junho de 2022, os carros híbridos plug-in (com tomada de carregamento) e os elétricos puros ficaram com uma quota de mercado total de 20% entre os automóveis ligeiros de passageiros. No mesmo período, as vendas de carros a gasóleo valeram 18,4% e têm já os automóveis puramente híbridos a aproximarem-se.

No mesmo período do ano passado, o peso dos diesel andava em torno dos 25%, enquanto os veículos eletrificados contavam com uma fatia do mercado de apenas 15%.

“Há cada vez maior oferta das marcas de carros com energias alternativas”, assinala ao ECO o secretário-geral da ACAP, Helder Pedro. Para cumprir com as cada vez mais exigentes metas de emissões, os híbridos plug-in e os elétricos são fundamentais para as fabricantes automóveis diminuírem a pegada ambiental.

Apesar da transição ecológica, os automóveis movidos a combustível ainda valem 60% do mercado. As unidades a gasolina, entre janeiro e junho, ficaram com 42,7% das matrículas.

Queda sem fim

2022 era apontado com o primeiro ano em relativa normalidade no comércio automóvel, depois de 2020 e 2021 terem ficado marcados pela pandemia de Covid-19. Mas os portugueses compraram menos 9,9% de carros ligeiros de passageiros no primeiro semestre deste ano do que em igual período de 2021: 75.449 unidades em 2022 e 81.445 em 2021.

À falta de semicondutores para a produção de carros juntaram-se os efeitos da guerra na Ucrânia, que “alteraram as cadeias logísticas e de abastecimento”. Somam-se ainda os custos da subida da taxa de inflação, que “estão a afetar a confiança dos consumidores” e são um travão ao investimento, resume Helder Pedro.

A diminuição da oferta também penaliza as empresas de aluguer de automóveis, que antes da pandemia representavam 28% das compras e agora têm um peso pouco acima dos 20%. O cenário não deverá melhorar até final do ano, antecipa o secretário-geral da ACAP.

Luxo imune à crise

Apesar de o mercado estar em travagem, as marcas de luxo têm acelerado as vendas nos últimos meses. No total, Aston Martin, Bentley, Ferrari, Maserati e Lamborghini venderam 96 unidades entre janeiro e junho, mais 30 do que no mesmo período do ano passado.

A britânica Bentley destaca-se, com 30 unidades matriculadas, o dobro dos registos do primeiro semestre de 2021. E a Maserati saltou das 10 para as 24 matrículas. Mais modestas foram as subidas na Aston Martin (das 15 para as 17 unidades) e na Ferrari (de 17 para 18). A Lamborghini foi a exceção, tendo descido das nove para as sete viaturas.

Na tabela geral do primeiro semestre, a Peugeot ocupa o primeiro lugar, com 8.713 unidades, menos 8,5% do que em 2021; segue-se a Renault, com 5.584 veículos, menos 38,2%; a japonesa Toyota cresceu 19%, para 5.434 carros, e ocupa o terceiro posto.

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Aeroporto de Lisboa com previsão de 32 voos cancelados hoje, diz ANA

  • Lusa
  • 2 Julho 2022

Em causa está um "conjunto de constrangimentos em vários aeroportos europeus", explica a ANA.

A ANA – Aeroportos de Portugal prevê o cancelamento, durante o dia de hoje, de 32 voos com destino e origem no aeroporto de Lisboa, devido a constrangimentos em vários aeroportos europeus.

“Devido a um conjunto de constrangimentos em vários aeroportos europeus, estão previstos, para o dia de hoje, 32 voos cancelados – 18 chegadas e 14 partidas”, referiu a ANA em resposta à Lusa.

A empresa concessionária dos aeroportos adianta que “o Aeroporto de Lisboa implementou medidas para apoiar as companhias aéreas, nomeadamente a instalação de balcões móveis suplementares para reagendamento de voos”, mas aconselha os passageiros com voo marcado para hoje a contactarem as companhias aéreas.

De acordo com a informação disponível no ‘site’ da ANA, até às 13:00 de hoje foram cancelados duas dezenas e meia de voos com origem e destino a Lisboa. Em causa estão, segundo informações recolhidas no referido ‘site’, voos com destino várias cidades europeias, mas também a Filadélfia, Acra, Dakar, Porto Santo e Varadero.

Do lado das chegadas há também indicação de cancelamento de vários voos que estavam previstos aterrar em Lisboa durante a manhã, provenientes de origens tão variadas quanto Tanger, Porto, Sal, Bratislava, Madrid, Paris, Milão, Frankfurt, Roma, Recife ou Casablanca.

Até ao final do dia, a informação atualmente disponível aponta para o cancelamento de mais de duas dezenas de voos com origem e destino a Lisboa. Na maioria destas situações estão em causa voos da TAP, de acordo com os mesmos dados.

O aeroporto do Porto registou até ao momento o cancelamento de uma partida com destino a Amesterdão e de duas chegadas.

Os cancelamentos de voos aliados ao aumento da procura têm gerado a criação de longas filas nos aeroportos, com muitos passageiros a queixarem-se das horas perdidas à espera da bagagem e a reportarem o facto de apenas conseguirem recuperar as malas dias depois de terem chegado.

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BE denuncia “jogo de interesses” entre PS e PSD no aeroporto e fala em “vergonha”

  • Lusa
  • 2 Julho 2022

Catarina Martins disse que a opção Montijo se assumirá como um “negócio milionário” para a multinacional Vinci mas será prejudicial para o ambiente e para a economia portuguesa.

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, criticou hoje o “jogo de interesses” entre PS e PSD sobre o novo aeroporto, sublinhando que a solução Montijo é “uma absoluta vergonha”.

“Quando pensamos no aeroporto para ser construído no nosso país, uma infraestrutura que é tão cara e tão importante, é uma absoluta vergonha o jogo de interesses entre o PS e o PSD”, disse catarina Martins em Braga durante uma ação integrada no roteiro pela justiça climática do partido.

Catarina Martins disse que a opção Montijo se assumirá como um “negócio milionário” para a multinacional Vinci mas será prejudicial para o ambiente e para a economia portuguesa.

Para Catarina Martins, o Governo quer selar um acordo com o novo líder do PSD, Luís Montenegro, para construir um aeroporto no Montijo “que há-de dar muito dinheiro à Vinci mas que vai matar muitas espécies e atacar todo um ecossistema”. Isto, acrescentou, “ao mesmo tempo que se gasta dinheiro a fazer um aeroporto que os cientistas já disseram que vai ficar inundado em poucos anos, com a subida do nível das águas”.

“Isto não é fazer decisões estruturais, isto é ser estruturalmente contra a economia portuguesa, porque põe-nos a gastar dinheiro e a fazer investimentos que servem uma multinacional estrangeira que está cá uns anos a explorar os nossos aeroportos, vai-se embora e nos deixa com um aeroporto inundado e com um desastre ecológico”, acrescentou.

Catarina Martins disse que a sintonia entre PS e PSD ficou bem patente no discurso de Luís Montenegro na sexta-feira, na abertura do congresso social-democrata. “[Luís Montenegro] não teve nenhuma proposta para o país. Percebe-se, o PSD não fez nenhuma proposta para o país porque o PS está a fazer neste momento tudo o que o PSD na verdade faria e quer fazer”, afirmou.

Para o BE, em termos de transportes, o país precisa de uma “planificação ecológica, que pense os transportes para todo o país, que pense em toda a população e que pense a transição energética de uma forma que não paguemos tanto para os lucros de uns poucos e que ao mesmo tempo possamos proteger o ambiente”.

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China volta a suspender voo direto com Portugal após detetar casos entre passageiros

  • Lusa
  • 2 Julho 2022

Os voos para a China estão sujeitos à política "circuit breaker" ('interruptor', em português), em que quando são detetados cinco ou mais casos a bordo, a ligação é suspensa por duas semanas.

As autoridades chinesas anunciaram hoje que vão suspender, durante duas semanas, a ligação aérea entre Portugal e China, que já estava suspensa por um mês, após detetarem casos de covid-19 a bordo.

Em comunicado difundido no seu portal oficial, a Administração de Aviação Civil da China informou que o voo entre Lisboa e a cidade chinesa de Xi’an, operado pela companhia aérea Beijing Capital Airlines, passará a estar suspenso a partir de 25 de julho, por um período adicional de duas semanas, após terem sido detetados cinco casos de covid-19, em 19 de junho, num voo oriundo de Lisboa.

Os voos para a China estão sujeitos à política “circuit breaker” (‘interruptor’, em português), em que quando são detetados cinco ou mais casos a bordo, a ligação é suspensa por duas semanas. Caso haja dez ou mais casos, a ligação é suspensa por um mês. A ligação Portugal – China tem a frequência de um voo por semana.

No voo anterior, realizado no dia 12 de junho, foram detetados dez casos positivos a bordo, pelo que as autoridades chinesas suspenderam a ligação pelo período de um mês, a partir de 27 de junho. No conjunto, o voo passa assim a estar suspenso por um período de seis semanas. A ligação aérea direta entre Portugal e a China foi retomada em 12 de junho após ter estado suspensa durante mais de seis meses.

As autoridades de Xi’an, a capital da província de Shaanxi, no centro da China, suspenderam a ligação com Lisboa em 25 de dezembro de 2021, numa altura em que a região enfrentava um surto de covid-19. A cidade só retomou este mês as ligações internacionais.

Ao abrigo da estratégia de ‘zero casos’ de covid-19, a China mantém as fronteiras praticamente encerradas desde março de 2020. O país autoriza apenas um voo por cidade e por companhia aérea, o que reduziu o número de ligações aéreas internacionais para o país em 98%, face ao período pré-pandemia. Quem chega à China tem que cumprir ainda uma quarentena de sete dias, em instalações designadas pelo Governo, e mais três em casa.

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