INE revê crescimento em alta. Afinal, PIB não caiu no segundo trimestre
Números do crescimento da economia foram revistos em alta: afinal, a economia escapou à contração no segundo trimestre, tendo estagnado em relação ao trimestre anterior, indica INE.
Afinal, a economia portuguesa não contraiu no segundo trimestre do ano, como apontou inicialmente o Instituto Nacional de Estatística (INE), que acabou de rever em alta o crescimento económico de Portugal entre os meses de abril e junho.
Depois de avançar inicialmente com uma contração de 0,2% em cadeia, o INE indica agora que o PIB registou uma variação nula no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior. Portugal escapa à queda, mas estagna.
O crescimento em termos homólogos também foi revisto em alta: passou dos 6,9% calculados inicialmente para 7,1%, com a taxa de variação a melhorar igualmente 0,2 pontos percentuais face aos primeiros números divulgados pelo INE.
Apesar da revisão em alta, a evolução registada no segundo trimestre mostra uma travagem em relação ao desempenho registado no primeiro trimestre, em que a economia acelerou mais de 11% em termos homólogos.
Ainda que a guerra da Rússia na Ucrânia e a alta dos preços da energia possam ter feito mossa na economia, o gabinete de estatísticas faz questão de esclarecer que a desaceleração do PIB também “reflete em parte um efeito de base, dado que no primeiro trimestre de 2021 estiveram em vigor várias medidas de combate à pandemia que condicionaram a atividade económica“.
O INE explica que a procura interna deu um menor contributo para a subida do PIB neste período, “verificando-se um crescimento menos acentuado do consumo privado e do investimento”. Já a procura externa líquida reforçou a sua importância, “em resultado da aceleração mais acentuada das Exportações de Bens e Serviços que a das Importações de Bens e Serviços”, acrescenta.
A economia conseguiu tirar partido da alta dos preços nos negócios com os outros países. Pagou mais pelas compras que fez ao exterior, porém vendeu mais caro aquilo que exportou, sobretudo nas componentes de serviços (onde se inclui o turismo, um dos motores da economia), o que determinou “uma perda menos intensa dos termos de troca que no trimestre anterior”.
“O efeito da evolução dos termos de troca conjugado com o comportamento positivo em volume resultaram numa melhoria do Saldo Externo de Bens e Serviços em termos nominais, situando-se em -2,2% do PIB (-3,6% do PIB no 1.º trimestre)”, aponta.
Em relação ao mercado de trabalho, o INE adianta que o emprego (medido em número de indivíduos e ajustado de sazonalidade) para o conjunto dos ramos de atividade da economia aumentou 1,8% em termos homólogos (4,4% no trimestre anterior), enquanto o emprego remunerado registou uma variação de 2,8% (4,6% no trimestre anterior).
(Notícia atualizada às 11h44)
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