De 2,7 a 545,4 milhões. Os números do turismo até junho
Depois de dois anos marcados pela pandemia, o setor turístico começa a recuperar. As receitas em junho já estavam 19% acima dos níveis de 2019.
Foi a partir de abril que o turismo começou a recuperar dos impactos causados por dois anos de pandemia, voltando aos níveis pré-Covid. Em junho, as receitas do setor já superavam os níveis de 2019, com mais de 545 milhões de euros encaixados, graças a quase três milhões de hóspedes. E as previsões do Governo apontam para um crescimento de 4% a 5% das receitas face a 2019.
A secretária de Estado do Turismo acredita que as receitas turísticas cresçam 4% a 5% este ano, comparando com 2019, dada a recuperação “muito vigorosa” do setor. “O turismo tem vindo a recuperar de uma forma muito vigorosa”, disse a secretária de Estado do Turismo, em entrevista à Lusa. “Temos confiança de que, inclusivamente, podemos ultrapassar as receitas turísticas observadas em 2019”, afirmou Rita Marques.
Este ano, no primeiro semestre, os números já foram animadores, com quase três milhões de hóspedes, mais de sete milhões de dormidas e mais de 545 milhões de euros em proveitos. No dia em que se comemora o Dia Mundial do Turismo, o ECO reuniu cinco números que caracterizam o estado atual deste setor.
2,7 milhões de hóspedes
Os números mais recentes publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, em junho, os alojamentos turísticos nacionais receberam 2,7 milhões de turistas. Este número representa um disparo de 97,3% face ao mesmo mês de 2021.
Dos quase três milhões de turistas que passaram por Portugal este ano, 1,09 milhões foram turistas nacionais (aumento de 19,9% face a junho de 2021) e 1,58 milhões de turistas estrangeiros (+254,8% do que em junho de 2021). Aqui, o Reino Unido manteve-se como o principal mercado emissor (257 mil turistas), à frente do mercado norte-americano (180 mil turistas) e espanhol (172 mil turistas)
7,2 milhões de dormidas
Em junho, contaram-se 7,2 milhões de dormidas, um aumento de 110,2% face a 2021, embora uma descida de 0,4% face a 2019, refere o INE. O mercado interno assegurou 2,3 milhões de dormidas, enquanto as dormidas dos estrangeiros totalizaram 4,8 milhões. Houve subidas no número de dormidas em todas as regiões, mais notórias na Madeira (+16,8%) e no Norte (+6,2%). O maior decréscimo foi observado no Algarve (-8,1%).
545,4 milhões de euros em receitas
Nos estabelecimentos de alojamento turístico, os proveitos totais ascenderam a 545,4 milhões de euros em junho, um aumento de 157% face a 2021, enquanto os proveitos de aposento totalizaram 416,4 milhões de euros (+165,4%). Face a 2019, registaram-se subidas de 17% e 17,4%, respetivamente.
2,68 noites de estada média
A estada média aumentou 6,6% para 2,68 noites — estada média dos residentes foi de 2,13 noites e dos estrangeiros foi de 3,06 noites. Em junho, 15,7% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (28,4% em junho de 2021).
111,8 euros por quarto ocupado
O rendimento médio por quarto disponível situou-se em 70,6 euros em junho e o rendimento médio por quarto ocupado atingiu 111,8 euros. Em relação a junho de 2019, o primeiro aumentou 13,6% e o segundo cresceu 14,6%.
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