Ex-MNE polaco agradece aos EUA por sabotagem nos gasodutos Nord Stream 1 e 2
O atual eurodeputado do PPE agradeceu aos EUA pela alegada sabotagem nos gasodutos Nord Stream 1 e 2, que ligam diretamente a Alemanha à Rússia.
O eurodeputado polaco Radoslaw Sikorski, do grupo político PPE – do qual o PSD faz parte –, agradeceu esta terça-feira aos Estados Unidos por terem alegadamente provocado danos nos gasodutos Nord Stream 1 e 2.
Numa publicação na sua conta na rede social Twitter, acompanhada de uma fotografia em que é possível ver uma das três fugas de gás detetadas, o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da Polónia, durante o governo de Donald Tusk, afirmou “Obrigada, EUA”.
Tweet from @radeksikorski
“Como dizemos em polaco, uma coisa pequena, mas muita alegria“, acrescentou Sikorski, marido da escritora Anne Applebaum, numa outra publicação na mesma rede social, com a mesma fonte.
Tweet from @sikorskiradek
Em outro tweet, Sikorski escreve que os “danos no Nordstream reduzem o espaço de manobra de Putin. Se quiser retomar o fornecimento de gás para a Europa, terá que conversar com os países que controlam os gasodutos Brotherhood e Yamal”, ou seja, com a Ucrânia e a Polónia.
Tweet from @sikorskiradek
Esta terça-feira, foram detetadas três fugas de gás, das quais duas foram sinalizadas nos tubos do Nord Stream 1, junto à Suécia, a que se soma uma outra fuga num tubo do Nord Stream 2, a sudeste da ilha dinamarquesa de Bornholm. Segundo a Reuters, as fugas no gasoduto estão a resultar na formação de bolhas de gás natural no Mar Báltico.
Alemanha, Polónia e Dinamarca acreditam que existem suspeitas de que as recentes ruturas nos dois gasodutos do Nord Stream tenham sido intencionalmente provocadas. De acordo com uma autoridade de segurança alemã, citada pela Bloomberg, os indícios apontam para uma causa violenta da rotura e não um simples problema técnico.
As declarações alemãs surgem na sequência daquelas proferidas pelo primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, que esta manhã lançou um alerta para uma possível sabotagem, enquanto a homóloga dinamarquesa, Mette Frederiksen, não excluiu, para já, essa possibilidade, afirmando ser “difícil imaginar que se trate de uma coincidência”, avança a Reuters.
Esta possibilidade não é rejeitada pela Rússia, que desde o início do mês não tem enviado gás para a Europa através do Nord Stream 1 por alegada falta de condições técnicas. Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ainda é prematuro falar em sabotagem, mas lembrou que nenhuma hipótese “pode ser eliminada”.
Já a dona do gasoduto, a estatal russa Gazprom, voltou a reiterar que ainda não é possível saber quando é que o Nord Stream 1 voltará a funcionar.
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