Montenegro recusa entrar em leilão de propostas de alteração ao Orçamento
Líder do PSD critica “Orçamento de tapa-buracos” e não crê que Governo ainda vá negociar no Parlamento. Aponta o dedo à “austeridade” de Costa, mas está “preparado para estar quatro anos na oposição.
Luís Montenegro classifica o Orçamento do Estado para 2023 como uma proposta “de tapa-buracos” e “mais um programa de intervenção muito limitado no tempo”. Após ter apresentado oito prioridades antes de Fernando Medina apresentar o documento, o presidente do PSD diz que vai apresentar “um conjunto mais alargado de propostas de alteração” na discussão na especialidade, mesmo não crendo que “o Governo vá propriamente negociar”. “Não vamos entrar aqui numa espécie de leilão de propostas para ver quem apresenta mais, quem é que agrada mais a este ou àquele”, salvaguardou.
Em entrevista ao JN e TSF, publicada este domingo, o sucessor de Rui Rio voltou a denunciar um corte de mil milhões de euros no sistema de pensões “nas costas dos portugueses, de forma dissimulada, sem o primeiro-ministro ter a coragem de dizer exatamente ao que vinha”. O chefe do maior partido da oposição diz que “falta coragem” ao Governo e que a perda de poder de compra dos portugueses “é a expressão socialista da austeridade”. “Os pais da austeridade em Portugal são sempre socialistas. Nos últimos 25 anos foram António Guterres, José Sócrates e António Costa”, atirou.
Já instado a comentar a possibilidade de dissolução da Assembleia da República, uma hipótese colocada pelo Presidente da República no discurso do 5 de outubro, Montenegro começou por ironizar que “se de cada vez que os governos falhassem as suas promessas tivessem de cessar funções, entraríamos em ciclos governativos de quatro ou cinco meses, pelo menos se fossem socialistas”. O líder laranja está a contar que o atual Executivo cumpra o mandato de quatro anos e, embora garanta que o PSD estaria pronto a governar o país “amanhã”, está “preparado para estar quatro anos na oposição”.
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